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Seca prolongada prejudica
desenvolvimento de culturas
Nível de água acumulada
no Cantareira cai para 25%
Período de outubro a março
é o mais seco em 123 anos
RECORDE ||| HISTÓRICO
Maria Teresa Costa
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
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O monitoramento da seca no
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Plantação de café na Fazenda Tozan, em Campinas: período prolongado de seca afeta o desenvolvimento da cultura e impede a brotação de novos ramos para a próxima safra
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Brunini. O estudo sobre os
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prolongada aponta que a
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mas não faz sua parte”, conta o
comerciante Anderson Glau-
cius. Segundo a assessoria de
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manas houve vazamento de es-
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denciado rapidamente. O que
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te um vazamento de água. Se-
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volvimento de Campinas (Em-
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rua e providenciar o reparo. A
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às 22h30 de ontem, horário que
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Conselhofiscal
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Pedreira, e 2m3
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a Grande São Paulo. O comitê
anticrise, o Gtag-Cantareira,
recomendou à Companhia de
Saneamento Básico (Sabesp)
que reavalie a sua operação
do sistema e leve em
consideração um cenário
mais desfavorável no seu
plano de transferência de
água do Cantareira para São
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que vem sendo retirado desde
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início do ano. Em 13 de março
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Período de outubro a março é o mais seco em 123 anos

  • 1. Seca prolongada prejudica desenvolvimento de culturas Nível de água acumulada no Cantareira cai para 25% Período de outubro a março é o mais seco em 123 anos RECORDE ||| HISTÓRICO Maria Teresa Costa DA AGÊNCIA ANHANGUERA teresa@rac.com.br O monitoramento da seca no Estado de São Paulo feito pelo Instituto Agronômico de Cam- pinas (IAC) aponta que o perío- do de chuvas, de outubro de 2013 a março de 2014, foi o mais seco dos últimos 123 anos em Campinas. As perspectivas de melhora não são boas e uma projeção com as médias históricas de chuvas de abril a setembro apontam que a seca irá até a Primavera, pelo me- nos, afetando os cultivos, pro- cessos agrícolas e o abasteci- mento público. O estudo, feito com base no banco de dados do IAC, o mais completo do Brasil, com registros desde 1890, mostra que a segurança hídrica do Estado está ameaça- da pelo comprometimento dos reservatórios e pela falta de chuva, que podem trazer sérios problemas, como racionamen- to de água e de energia. O período de janeiro a mar- ço, tradicionalmente o mais chuvoso, foi o segundo mais seco da série histórica do IAC. O primeiro deles, segundo o pesquisador, ocorreu em 1978. O planejamento do uso dos re- cursos hídricos já deveria ser iniciado, segundo o pesquisa- dor do Centro Integrado de In- formações Agrometeorológi- cas (Ciiagro), Orivaldo Bruni- ni, que coordena o trabalho fei- to pelo IAC com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), participa- ção da Coordenadoria de Assis- tência Técnica Integral (Cati) e da Fundação de Apoio à Pes- quisa Agrícola (Fundag), res- ponsável por procedimentos administrativos. “Como não temos mecanis- mos para evitar o fenômeno da seca, devemos adotar técnicas e ações que possam mitigar, ao longo do tempo, os efeitos da- nosos desta situação”, disse. Se- gundo ele, a probabilidade de seca elevada como a que está ocorrendo é de uma a duas ve- zes em 100 anos. As chuvas da semana passa- da, no entanto, não alteram o quadro. “Pode ter havido altera- ção momentânea da situação de seca agrícola, mas os aspec- tos meteorológicos e hidrológi- cos ainda são sérios”, afirmou. Isso porque, do ponto de vista agrícola, ainda não teve início a estação seca no Estado. O IAC vai realizar semanalmente a análise de seca e nos próximos 15 dias a situação será avaliada para as diversas culturas. O monitoramento das condi- ções agrometerológicas é feito pelo IAC em 145 pontos no Es- tado de São Paulo e essa rede vai a 181 até junho, ampliando a capacidade do Ciiagro em dar subsídios para previsão e suporte para programas de sus- tentabilidade da agricultura, se- gurança alimentar e segurança hídrica. Os dados do sistema são usa- dos para planejamento em di- versas áreas como pecuária, agricultura, saúde e também para a Defesa Civil, que há mais de 20 anos utiliza as infor- mações do IAC para o planeja- mento antecipado e prevenção de desastres, como ações junto aos moradores de rua, fecha- mento de vias, remoção de pes- soas de área de risco, entre ou- tras. Além dessas ações pon- tuais, os dados do IAC contri- buem para duas operações im- portantes da Defesa Civil: Ope- ração Verão e Estiagem. Os da- dos também são utilizados por outras instituições de pesqui- sas brasileiras e universidades e ainda compõem os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A estrutura da rede de moni- toramento, segundo o IAC, for- nece dados atualizados a cada 20 minutos, a cada hora e to- tais diários de chuva, tempera- tura e umidade relativa do ar. Desde 2005, a instituição pas- sou a utilizar um parâmetro agrometeorológico para análi- se de seca, baseado na diferen- ciação das culturas e em suas capacidades de retenção de água no solo. Vazamento causa revolta de moradores no Centro Plantação de café na Fazenda Tozan, em Campinas: período prolongado de seca afeta o desenvolvimento da cultura e impede a brotação de novos ramos para a próxima safra Vazamento deixa água empoçada na Rua Ferreira Penteado: Sanasa prometeu conserto para ontem à noite O Conselho Fiscal do Consór- cio das Bacias dos Rios Piracica- ba, Capivari e Jundiaí (PCJ) pre- para moções de repúdio aos ór- gãos gestores do Sistema Canta- reira pelo volume de água en- viado aos rios das bacias. O pre- sidente do conselho, José Júlio Lopes de Abreu, pediu aos ve- readores membros da entidade que façam a manifestação de protesto. O conselho é forma- do por vereadores das cidades que estão nas Bacias PCJ. Abreu chama a atenção pa- ra caso seja consumida toda a reserva técnica do Sistema Can- tareira, a Grande São Paulo ain- da teria como fonte de abasteci- mento o Sistema integrado dos reservatórios do Alto Tietê (Bil- lings, Guarapiranga, entre ou- tros), que supriria suas necessi- dades hídricas em até 50%. As Bacias PCJ não possuem outra alternativa a não ser o Sistema Cantareira. Nos últimos anos, as Bacias PCJ tiveram a necessidade de envio de até 12m3 /s do Sistema Cantareira, durante a estiagem. Estudos do Consórcio PCJ para a renovação da outorga do sis- tema, atenta que até 2018 esses 12m3 /s não serão mais suficien- tes e a vazão necessária passa- rá a ser de 18m3 /s. (MTC/AAN) A seca prolongada vai trazer sérios problemas para a agricultura paulista, principalmente porque nem todos os agricultores estão preparados para enfrentá-la. “Embora se possa pensar em irrigação, nem todos os agricultores estavam preparados para esta técnica, seja no aspecto técnico ou legal e, além disso, não existe reserva hídrica adequada para tal prática”, disse o pesquisador Orivaldo Brunini. O estudo sobre os efeitos do período de seca prolongada aponta que a produtividade da cana será afetada porque a rebrota da soqueira dessa planta é desfavorecida pela baixa reserva hídrica no solo. A estiagem favorece a colheita do milho safrinha, mas é prejudicial a seu desenvolvimento. A falta de chuva, informa o estudo, pode comprometer a indução floral e a brota de novos ramos para a próxima safra de café. A seca já afeta a produção na Fazenda Tozan, tradicional produtora de café. O solo seco compromete o controle químico de pragas e ervas daninhas, porque as plantas tem baixa absorção de água. As características gerais analisadas em diversas regiões, envolvendo diferentes culturas, apontam uma situação muito difícil para a agricultura. (MTC/AAN) A demora da Sanasa em conser- tar um vazamento de água na Rua Ferreira Penteado, na altu- ra do número 938, vem provo- cando revolta nos moradores, comerciantes e pedestres que passam pelo Centro de Campi- nas. Há cerca de 15 dias os co- merciantes perceberam que co- meçou a minar água do asfalto. “Isso faz uns 15 dias, no come- ço era pouca água. Mas no final de semana passada uma equi- pe da Sanasa veio aqui, fez um buraco e o vazamento aumen- tou muito”, conta o comercian- te Nei Garbin. Desde então, a água jorra li- vremente e, num momento em que Campinas vive uma das es- tiagens mais fortes dos últimos anos, vem causando reclama- ções entre os pedestres. “A gen- te ouve comentário o dia intei- ro de gente reclamando que a Sanasa pede para economizar, mas não faz sua parte”, conta o comerciante Anderson Glau- cius. Segundo a assessoria de imprensa da Sanasa, há duas se- manas houve vazamento de es- goto na rua e o reparo foi provi- denciado rapidamente. O que aconteceu é que no mesmo lo- cal onde antes havia o vazamen- to de esgoto, ocorreu novamen- te um vazamento de água. Se- gundo a assessoria, poucas ho- ras após a comunicação do pro- blema, a empresa solicitou à Empresa Municipal de Desen- volvimento de Campinas (Em- dec) a autorização para fechar a rua e providenciar o reparo. A autorização foi concedida para às 22h30 de ontem, horário que não compromete a fluidez do trânsito. (AAN) Levantamento do IAC aponta que estiagem vai até a Primavera, prejudicando o abastecimento e a agricultura César Rodrigues/AAN Gustavo Tilio/Especial para a AAN Chuvas dos últimos dias não alteraram o quadro hídrico Conselhofiscal pedemoção derepúdio a gestores O nível de água acumulado no Sistema Cantareira caiu ontem para 25,05% no chamado sistema equivalente, formado pelas represas que estão nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A região de Campinas recebeu 3m3 /s, sendo 1m3 /s no Rio Jaguari, que está com vazão bastante baixa em Pedreira, e 2m3 /s no Atibaia — 17,9m3 /s foram enviados para a Grande São Paulo. O comitê anticrise, o Gtag-Cantareira, recomendou à Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) que reavalie a sua operação do sistema e leve em consideração um cenário mais desfavorável no seu plano de transferência de água do Cantareira para São Paulo. A empresa planejava transferir 22,6m3 /s em junho; 22,9m3 /s em julho, 22,5m3 /s em agosto, 22,8m3 /s em setembro, 20,9m3 /s em outubro e 21,4m3 /s em novembro, quando terminaria o volume morto, que vem sendo retirado desde 15 de maio. Segundo comitê, a quantidade de água que entrou no sistema este ano foi 28% menor do que o mínimo registrado entre 1930 e 2013. A redução na retirada de água das represas do Cantareira vem sendo adotada desde o início do ano. Em 13 de março a vazão captada caiu de 33 para 27,9m3 /s. (MTC/AAN) Demora da Sanasa em fazer conserto gerou reclamações A8 CORREIO POPULARA8 Campinas, quinta-feira, 29 de maio de 2014 CIDADES