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ADUBAÇÃO


                             Cada milho com
                             o manejo que MERECE
                             Visto as particularidades das muitas regiões produtoras de milho safrinha
                              no país, principalmente em relação à disponibilidade de água no solo e
                             dos métodos de aplicação dos fertilizantes, são distintas as estratégias de
                                                        manejo da adubação
                                       Aildson Pereira Duarte, Programa Milho e Sorgo IAC/APTA, Instituto Agronômico, Campinas/SP, aildson@apta.sp.gov.br




                             O
                                   cultivo do milho na segunda            de hectares e a produtividade média                O emprego de insumos e práticas
                                   safra sob sequeiro, em suces-          dobrou para aproximadamente cinco              culturais típicos de sistemas de alta
                                   são de culturas, denominado            toneladas por hectare, devido, prin-           tecnologia é crescente no milho sa-
                             milho safrinha, expandiu rapidamen-          cipalmente, à consolidação do siste-           frinha, embora ainda predomine mé-
                             te no Brasil nas duas últimas déca-          ma plantio direto, à antecipação da            dio investimento em tecnologia. A adu-
                             das. Neste período, a área evoluiu de        época de semeadura e ao lançamento             bação tem acompanhado esta tendên-
                             inexpressiva para mais de 7 milhões          de híbridos adaptados.                         cia, mas é necessário melhorá-la para
Fotos: Leandro M. Mittmann




                             38 | MARÇO 2013
suplantar os níveis atuais de produti-     pequenas propriedades, adubação no       rando pouco volume de solo, é ne-
vidade na cultura. Neste artigo, se-       sulco de semeadura e diversos espa-      cessário o fornecimento de N na se-
rão apresentadas as principais pecu-       çamentos entre linhas (de 45 a 90 cen-   meadura para suprir esta grande de-
liaridades e os pontos que requerem        tímetros). Nos chapadões do Centro-      manda inicial do nutriente.
maior atenção no manejo da aduba-          Oeste e do Mapito as temperaturas            O milho safrinha se beneficia do
ção do milho safrinha.                     são mais elevadas e ocorre deficiên-     nitrogênio presente nos restos cultu-
    A diversidade de ambientes de pro-     cia hídrica no final do desenvolvimen-   rais da soja, mas não se conhece bem
dução do milho safrinha, principal-        to da cultura (inverno seco), predo-     quanto do nutriente fica disponível
mente quanto à disponibilidade de          minando grandes propriedades, espa-      para este cereal, o que dificulta o cál-
água no solo e dos métodos de apli-        çamento reduzido (45 e 50 centíme-       culo do crédito de nitrogênio na adu-
cação dos fertilizantes, condicionam       tros) e aplicação de todo adubo a lan-   bação nitrogenada do milho. Existem
diferentes estratégias de manejo da        ço para facilitar a parte operacional.   variações na própria eficiência do
adubação ao cereal. As regiões pro-            Importância do nitrogênio — O        processo simbiótico e na proporção
dutoras de milho safrinha podem ser        nitrogênio (N) é o nutriente requeri-    de grãos na massa total da parte aé-
divididas nas seguintes: cultivo tra-      do e exportado em maior quantidade       rea da soja, bem como nas condições
dicional, desde o início da década de      pelo milho (figuras 1 e 2). Como         para a mineralização da matéria or-
1990 em substituição ao trigo (Para-       aproximadamente 1,5% do grão é           gânica e liberação do N no solo. Es-
ná, sudoeste de São Paulo e parte do       composto por nitrogênio, são expor-      tima-se que ficam para o milho em
Mato Grosso do Sul); chapadões do          tados 15 quilos de N por tonelada de     sucessão cerca de 20 kg de N para
Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e         milho, que corresponde a 75 kg/hec-      cada tonelada de soja, ou seja, 60 kg/
Mato Grosso do Sul), ocupando áre-         tare de N quando se produz 5 tonela-     ha de N quando se produz três tone-
as que ficavam ociosas após a co-          das/ha de grãos. A maior parte do ni-    ladas/ha de soja, o que não é sufici-
lheita da soja; e a nova fronteira agrí-   trogênio (60% a 70%) é acumulada         ente para suprir a exportação deste
cola do Mapito (Maranhão, Piauí e          na planta antes do florescimento e o     nutriente na maioria das lavouras de
Tocantins).                                potencial produtivo máximo é defini-     milho safrinha.
    A região de cultivo tradicional é      do nos estádios iniciais (figura 3).         Quanto e quando aplicar nitro-
de baixa altitude, baixas temperatu-       Como o sistema radicular é pouco de-     gênio — Em condições tropicais não
ras e risco de geadas, predominando        senvolvido em plantas jovens, explo-     é possível prever a resposta das cul-




                                                                                                              A GRANJA | 39
ADUBAÇÃO
turas ao nitrogênio a
partir da análise de      Quando se emprega pouco
solo. A recomenda- nitrogênio e a produtividade
ção de adubação é          do milho é elevada, pode
                             haver resposta da soja
feita considerando-se       cultivada em sucessão à
o histórico de cultu-       adubação nitrogenada
ras na área - que no
caso do milho safri-
nha é quase sempre a soja -, a de-
manda de nutrientes pelas plantas, a
estimada a partir da produtividade e
os resultados de experimentos de res-
posta da cultura aos fertilizantes.
    Os primeiros experimentos em
rede sobre adubação do milho safri-
nha foram conduzidos pelo Instituto
Agronômico (IAC), na região paulis-
ta do Médio Paranapanema, no perí-
odo 1993 a 1995. Verificou-se que o
parcelamento do N com 10 kg/ha de
N na semeadura e o restante em co-
bertura, antiga adubação padrão, po- sio no sulco de semeadura (exemplos:        com o regime hídrico regional e a pro-
deria ser aumentada para 30 kg/ha na fórmulas NPK 13-13-13, 16-16-16 e           dutividade esperada.
semeadura. A aplicação de apenas 30 16-18-14+S), passou a ser ampla-                Modos de aplicação — Um dos
kg/ha no sulco de semeadura era su- mente adotado nas regiões tradicio-          pontos críticos da adubação de co-
ficiente para produzir de maneira eco- nais de milho safrinha para evitar as     bertura é o modo de aplicação e o tipo
nômica até 4 t/ha de milho em grãos. incertezas de haver ou não umidade          de fertilizante nitrogenado. Com a
    O uso de 30 kg/ha na semeadura, no solo no momento em que deveria            adoção do espaçamento reduzido, es-
juntamente com o fósforo e o potás- ser feita a cobertura, o que poderia         pecialmente em Goiás e Mato Gros-
                                                    levar à deficiência nas      so, é frequente a aplicação do nitro-
                                                    plantas pelo fato de não     gênio a lanço na superfície do solo
                     Figura 1
                                                    fazê-la ou pela sua bai-     sob sistema plantio direto. Nestas
                                                    xa eficiência.               condições, a ureia pode ter grandes
                                                        Com o aumento da         perdas de N por volatilização e reque-
                                                    produtividade e a ampli-     rer o aumento da dose ou o uso de
                                                    ação da área de cultivo      mistura com inibidores químicos
                                                    do milho safrinha, im-       para minimizar as perdas. Embora a
                                                    plantou-se nova rede de      ureia seja preferida devido a maior
                                                    experimentos em dife-                       Figura 2
                                                    rentes regiões produto-
                                                    ras, para atualizar as in-
                                                    formações sobre o ma-
                                                    nejo da adubação. Veri-
                                                    ficou-se, ao aplicar
                                                    aproximadamente 27 kg/
                                                    ha de N no sulco de se-
                                                    meadura, em sucessão a
                                                    soja e solos argilosos,
                                                    que a frequência de res-
                                                    posta ao N em cobertu-
                                                    ra é muito baixa até pro-
                                                    dutividades de 6 t/ha
                                                    (Figura 4). No entanto,
                                                    para suplantar este pa-
                                                    tamar produtivo é fun-
                                                    damental complementar
                                                    a adubação de semeadu-
                                                    ra com N em cobertura
                                                    em doses compatíveis
40 | MARÇO 2013
Adubação de sistema: P, K, S e
     Produção de grãos de safrinha à época de aplicação de
                                                                                    micronutrientes — A análise perió-
     N. Resultados de 13 ensaios (1993 a 1995). Valores entre
                                                                                    dica do solo é fundamental para a re-
    parênteses se referem ao número de ensaios usados para
                                                                                    comendação de N, P, S e micronutri-
                    calcular a resposta média
                                                                                    entes nos fertilizantes. No planejamen-
                                                                                    to da adubação não se deve conside-
   Dose de N    N aplicado                       Rendimento de grãos                rar apenas o milho, mas a sucessão
           Semeadura    Cobertura                1993-94 (8)   1995 (5)             de culturas de milho e soja (adubação
               — kg/ha de N —                      — kg/ha (grãos) —                de sistema). Os teores de fósforo na
                                                                                    camada 0-20 centímetros do solo de-
   30         10           20                       3.110       4.470               vem ser médios ou altos para o culti-
   30         30            0                     3.080(ns)   4.570(ns)             vo do milho safrinha. Em solos com
                                                                                    baixo teor de fósforo, o cultivo é qua-
                                                                                    se sempre antieconômico pela neces-
   60               10               50              3.130          4.440
                                                                                    sidade de altas doses de fertilizantes
   60               30               30            3.120(ns)      4.550(ns)         fosfatados. O fósforo deve ser apli-
                                                                                    cado preferencialmente no sulco de
                                              Fonte: Cantarella e Duarte, 1995      semeadura, podendo-se optar pela
                                                                                    aplicação a lanço nos solos de alta fer-
disponibilidade, menor preço e faci-      fica longe das raízes do milho e não      tilidade para reposição dos nutrientes
lidade de aplicação, o nitrato de amô-    é aproveitado imediatamente. Nestas       exportados nas colheitas.
nio também tem sido utilizado por não     condições, a eficiência do uso do fer-        Deve-se evitar o parcelamento da
apresentar perdas de N quando apli-       tilizante é reduzida e pode haver defi-   adubação com potássio para a cultu-
cado na superfície sem enterrar.          ciência nos estádios iniciais.            ra do milho safrinha. Geralmente, as
   Ao mesmo tempo, cresceu a adu-             Quando se emprega pouco N e a         quantidades recomendadas nesta épo-
bação exclusiva de nitrogênio, fósfo-     produtividade do milho é elevada,         ca são menores do que as do milho
ro e potássio na superfície, pois a se-   pode haver resposta da soja cultiva-      verão, reduzindo os riscos de injúri-
meadura é realizada com máquinas          da em sucessão à adubação nitroge-        as do sistema radicular devido ao efei-
sem mecanismo de adubação, visan-         nada, pois aumenta a exportação dos       to salino do potássio e do nitrogênio
do alto rendimento operacional. É pri-    nutrientes e a imobilização de N e S      aplicados no sulco de semeadura (a
orizada a adubação de cobertura e         no solo para a decomposição dos res-      soma de N e K 2O não deve ultrapas-
pouco ou nenhum fertilizante nitro-       tos culturais do milho (palha com ele-    sar 70-80 kg/ha). Como o potássio é
genado é aplicado imediatamente após      vadas relações C/N e C/S). Equivo-        o nutriente acumulado em maior
a semeadura. Geralmente, a aplica-        cadamente, em vez de adubar adequa-       quantidade nos estádios iniciais de de-
ção é feita em área total e, como as      damente o milho, alguns agricultores      senvolvimento das plantas de milho
raízes ainda são pequenas e não ocu-      estão utilizando fertilizantes com ni-    (figura 1), a sua aplicação a lanço de
pam a área da entrelinha, parte do N      trogênio na cultura da soja.              maneira isolada ou em fórmulas NPK




                                                                                                              A GRANJA | 41
ADUBAÇÃO
              Figura 3                  aplicação do potássio na cultura da                       Figura 4
                                        soja e reduzir as doses no milho safri-
                                        nha.
                                           No caso do enxofre (S), deve-se
                                        priorizar sua suplementação quando o
                                        teor de S-SO42- for inferior a 5 mg/
                                        dm3. O enxofre pode ser suprido no
                                        milho tanto na adubação de semeadu-
                                        ra como em cobertura do milho, em
                                        doses entre 20 a 40 kg/ha, ou apenas
                                        na soja. Sugere-se amostrar também
                                        a camada subsuperficial (20-40 cm e
                                        40-60 cm), pois as análises realizadas
                                        com amostras de solo da camada de
                                        0-20 cm tendem a subestimar a dis-
                                        ponibilidade de S no solo. É sabido que
                                        o S geralmente não se acumula nas
                                        camadas superficiais de solos que re-
                                        cebem calcário e adubo fosfatado, por
                                        causa da predominância de cargas
                                        negativas devido aos maiores valores
como 20-00-20 deve ser feita o mais     de pH e do deslocamento do sulfato        entes, o teor adequado no solo não
cedo possível. Como frequentemente      dos sítios de adsorção, provocado pelo    assegura ausência de deficiência nas
não há umidade adequada no solo para    P (ao contrário do S, o P diminui em      plantas. Por isso, é fundamental a
que imediatamente parte do potássio     profundidade).                            amostragem periódica de folhas nas
aplicado na superfície movimente e         Teores baixos de micronutrientes       culturas em sucessão, mesmo na au-
seja absorvido pelas raízes, o efeito   no solo indicam a necessidade da sua      sência de sintoma(s) visual(ais) de
desta adubação sobre a produtividade    inclusão na adubação no solo e/ou via     deficiência, visando conhecer o es-
da cultura pode ser pouco expressivo    foliar. Porém, em função de inúme-        tado nutricional das plantas e plane-
ou nulo. Uma das opções é priorizar a   ras interações na absorção dos nutri-     jar as próximas adubações.



                                                                                      Cresceu a adubação exclusiva de
                                                                                      nitrogênio, fósforo e potássio na
                                                                                       superfície, pois a semeadura é
                                                                                        realizada com máquinas sem
                                                                                      mecanismo de adubação, visando
                                                                                      ao alto rendimento operacional




42 | MARÇO 2013

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Artigo Adubação do Milho safrinha - Revista A granja

  • 1. ADUBAÇÃO Cada milho com o manejo que MERECE Visto as particularidades das muitas regiões produtoras de milho safrinha no país, principalmente em relação à disponibilidade de água no solo e dos métodos de aplicação dos fertilizantes, são distintas as estratégias de manejo da adubação Aildson Pereira Duarte, Programa Milho e Sorgo IAC/APTA, Instituto Agronômico, Campinas/SP, aildson@apta.sp.gov.br O cultivo do milho na segunda de hectares e a produtividade média O emprego de insumos e práticas safra sob sequeiro, em suces- dobrou para aproximadamente cinco culturais típicos de sistemas de alta são de culturas, denominado toneladas por hectare, devido, prin- tecnologia é crescente no milho sa- milho safrinha, expandiu rapidamen- cipalmente, à consolidação do siste- frinha, embora ainda predomine mé- te no Brasil nas duas últimas déca- ma plantio direto, à antecipação da dio investimento em tecnologia. A adu- das. Neste período, a área evoluiu de época de semeadura e ao lançamento bação tem acompanhado esta tendên- inexpressiva para mais de 7 milhões de híbridos adaptados. cia, mas é necessário melhorá-la para Fotos: Leandro M. Mittmann 38 | MARÇO 2013
  • 2. suplantar os níveis atuais de produti- pequenas propriedades, adubação no rando pouco volume de solo, é ne- vidade na cultura. Neste artigo, se- sulco de semeadura e diversos espa- cessário o fornecimento de N na se- rão apresentadas as principais pecu- çamentos entre linhas (de 45 a 90 cen- meadura para suprir esta grande de- liaridades e os pontos que requerem tímetros). Nos chapadões do Centro- manda inicial do nutriente. maior atenção no manejo da aduba- Oeste e do Mapito as temperaturas O milho safrinha se beneficia do ção do milho safrinha. são mais elevadas e ocorre deficiên- nitrogênio presente nos restos cultu- A diversidade de ambientes de pro- cia hídrica no final do desenvolvimen- rais da soja, mas não se conhece bem dução do milho safrinha, principal- to da cultura (inverno seco), predo- quanto do nutriente fica disponível mente quanto à disponibilidade de minando grandes propriedades, espa- para este cereal, o que dificulta o cál- água no solo e dos métodos de apli- çamento reduzido (45 e 50 centíme- culo do crédito de nitrogênio na adu- cação dos fertilizantes, condicionam tros) e aplicação de todo adubo a lan- bação nitrogenada do milho. Existem diferentes estratégias de manejo da ço para facilitar a parte operacional. variações na própria eficiência do adubação ao cereal. As regiões pro- Importância do nitrogênio — O processo simbiótico e na proporção dutoras de milho safrinha podem ser nitrogênio (N) é o nutriente requeri- de grãos na massa total da parte aé- divididas nas seguintes: cultivo tra- do e exportado em maior quantidade rea da soja, bem como nas condições dicional, desde o início da década de pelo milho (figuras 1 e 2). Como para a mineralização da matéria or- 1990 em substituição ao trigo (Para- aproximadamente 1,5% do grão é gânica e liberação do N no solo. Es- ná, sudoeste de São Paulo e parte do composto por nitrogênio, são expor- tima-se que ficam para o milho em Mato Grosso do Sul); chapadões do tados 15 quilos de N por tonelada de sucessão cerca de 20 kg de N para Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e milho, que corresponde a 75 kg/hec- cada tonelada de soja, ou seja, 60 kg/ Mato Grosso do Sul), ocupando áre- tare de N quando se produz 5 tonela- ha de N quando se produz três tone- as que ficavam ociosas após a co- das/ha de grãos. A maior parte do ni- ladas/ha de soja, o que não é sufici- lheita da soja; e a nova fronteira agrí- trogênio (60% a 70%) é acumulada ente para suprir a exportação deste cola do Mapito (Maranhão, Piauí e na planta antes do florescimento e o nutriente na maioria das lavouras de Tocantins). potencial produtivo máximo é defini- milho safrinha. A região de cultivo tradicional é do nos estádios iniciais (figura 3). Quanto e quando aplicar nitro- de baixa altitude, baixas temperatu- Como o sistema radicular é pouco de- gênio — Em condições tropicais não ras e risco de geadas, predominando senvolvido em plantas jovens, explo- é possível prever a resposta das cul- A GRANJA | 39
  • 3. ADUBAÇÃO turas ao nitrogênio a partir da análise de Quando se emprega pouco solo. A recomenda- nitrogênio e a produtividade ção de adubação é do milho é elevada, pode haver resposta da soja feita considerando-se cultivada em sucessão à o histórico de cultu- adubação nitrogenada ras na área - que no caso do milho safri- nha é quase sempre a soja -, a de- manda de nutrientes pelas plantas, a estimada a partir da produtividade e os resultados de experimentos de res- posta da cultura aos fertilizantes. Os primeiros experimentos em rede sobre adubação do milho safri- nha foram conduzidos pelo Instituto Agronômico (IAC), na região paulis- ta do Médio Paranapanema, no perí- odo 1993 a 1995. Verificou-se que o parcelamento do N com 10 kg/ha de N na semeadura e o restante em co- bertura, antiga adubação padrão, po- sio no sulco de semeadura (exemplos: com o regime hídrico regional e a pro- deria ser aumentada para 30 kg/ha na fórmulas NPK 13-13-13, 16-16-16 e dutividade esperada. semeadura. A aplicação de apenas 30 16-18-14+S), passou a ser ampla- Modos de aplicação — Um dos kg/ha no sulco de semeadura era su- mente adotado nas regiões tradicio- pontos críticos da adubação de co- ficiente para produzir de maneira eco- nais de milho safrinha para evitar as bertura é o modo de aplicação e o tipo nômica até 4 t/ha de milho em grãos. incertezas de haver ou não umidade de fertilizante nitrogenado. Com a O uso de 30 kg/ha na semeadura, no solo no momento em que deveria adoção do espaçamento reduzido, es- juntamente com o fósforo e o potás- ser feita a cobertura, o que poderia pecialmente em Goiás e Mato Gros- levar à deficiência nas so, é frequente a aplicação do nitro- plantas pelo fato de não gênio a lanço na superfície do solo Figura 1 fazê-la ou pela sua bai- sob sistema plantio direto. Nestas xa eficiência. condições, a ureia pode ter grandes Com o aumento da perdas de N por volatilização e reque- produtividade e a ampli- rer o aumento da dose ou o uso de ação da área de cultivo mistura com inibidores químicos do milho safrinha, im- para minimizar as perdas. Embora a plantou-se nova rede de ureia seja preferida devido a maior experimentos em dife- Figura 2 rentes regiões produto- ras, para atualizar as in- formações sobre o ma- nejo da adubação. Veri- ficou-se, ao aplicar aproximadamente 27 kg/ ha de N no sulco de se- meadura, em sucessão a soja e solos argilosos, que a frequência de res- posta ao N em cobertu- ra é muito baixa até pro- dutividades de 6 t/ha (Figura 4). No entanto, para suplantar este pa- tamar produtivo é fun- damental complementar a adubação de semeadu- ra com N em cobertura em doses compatíveis 40 | MARÇO 2013
  • 4. Adubação de sistema: P, K, S e Produção de grãos de safrinha à época de aplicação de micronutrientes — A análise perió- N. Resultados de 13 ensaios (1993 a 1995). Valores entre dica do solo é fundamental para a re- parênteses se referem ao número de ensaios usados para comendação de N, P, S e micronutri- calcular a resposta média entes nos fertilizantes. No planejamen- to da adubação não se deve conside- Dose de N N aplicado Rendimento de grãos rar apenas o milho, mas a sucessão Semeadura Cobertura 1993-94 (8) 1995 (5) de culturas de milho e soja (adubação — kg/ha de N — — kg/ha (grãos) — de sistema). Os teores de fósforo na camada 0-20 centímetros do solo de- 30 10 20 3.110 4.470 vem ser médios ou altos para o culti- 30 30 0 3.080(ns) 4.570(ns) vo do milho safrinha. Em solos com baixo teor de fósforo, o cultivo é qua- se sempre antieconômico pela neces- 60 10 50 3.130 4.440 sidade de altas doses de fertilizantes 60 30 30 3.120(ns) 4.550(ns) fosfatados. O fósforo deve ser apli- cado preferencialmente no sulco de Fonte: Cantarella e Duarte, 1995 semeadura, podendo-se optar pela aplicação a lanço nos solos de alta fer- disponibilidade, menor preço e faci- fica longe das raízes do milho e não tilidade para reposição dos nutrientes lidade de aplicação, o nitrato de amô- é aproveitado imediatamente. Nestas exportados nas colheitas. nio também tem sido utilizado por não condições, a eficiência do uso do fer- Deve-se evitar o parcelamento da apresentar perdas de N quando apli- tilizante é reduzida e pode haver defi- adubação com potássio para a cultu- cado na superfície sem enterrar. ciência nos estádios iniciais. ra do milho safrinha. Geralmente, as Ao mesmo tempo, cresceu a adu- Quando se emprega pouco N e a quantidades recomendadas nesta épo- bação exclusiva de nitrogênio, fósfo- produtividade do milho é elevada, ca são menores do que as do milho ro e potássio na superfície, pois a se- pode haver resposta da soja cultiva- verão, reduzindo os riscos de injúri- meadura é realizada com máquinas da em sucessão à adubação nitroge- as do sistema radicular devido ao efei- sem mecanismo de adubação, visan- nada, pois aumenta a exportação dos to salino do potássio e do nitrogênio do alto rendimento operacional. É pri- nutrientes e a imobilização de N e S aplicados no sulco de semeadura (a orizada a adubação de cobertura e no solo para a decomposição dos res- soma de N e K 2O não deve ultrapas- pouco ou nenhum fertilizante nitro- tos culturais do milho (palha com ele- sar 70-80 kg/ha). Como o potássio é genado é aplicado imediatamente após vadas relações C/N e C/S). Equivo- o nutriente acumulado em maior a semeadura. Geralmente, a aplica- cadamente, em vez de adubar adequa- quantidade nos estádios iniciais de de- ção é feita em área total e, como as damente o milho, alguns agricultores senvolvimento das plantas de milho raízes ainda são pequenas e não ocu- estão utilizando fertilizantes com ni- (figura 1), a sua aplicação a lanço de pam a área da entrelinha, parte do N trogênio na cultura da soja. maneira isolada ou em fórmulas NPK A GRANJA | 41
  • 5. ADUBAÇÃO Figura 3 aplicação do potássio na cultura da Figura 4 soja e reduzir as doses no milho safri- nha. No caso do enxofre (S), deve-se priorizar sua suplementação quando o teor de S-SO42- for inferior a 5 mg/ dm3. O enxofre pode ser suprido no milho tanto na adubação de semeadu- ra como em cobertura do milho, em doses entre 20 a 40 kg/ha, ou apenas na soja. Sugere-se amostrar também a camada subsuperficial (20-40 cm e 40-60 cm), pois as análises realizadas com amostras de solo da camada de 0-20 cm tendem a subestimar a dis- ponibilidade de S no solo. É sabido que o S geralmente não se acumula nas camadas superficiais de solos que re- cebem calcário e adubo fosfatado, por causa da predominância de cargas negativas devido aos maiores valores como 20-00-20 deve ser feita o mais de pH e do deslocamento do sulfato entes, o teor adequado no solo não cedo possível. Como frequentemente dos sítios de adsorção, provocado pelo assegura ausência de deficiência nas não há umidade adequada no solo para P (ao contrário do S, o P diminui em plantas. Por isso, é fundamental a que imediatamente parte do potássio profundidade). amostragem periódica de folhas nas aplicado na superfície movimente e Teores baixos de micronutrientes culturas em sucessão, mesmo na au- seja absorvido pelas raízes, o efeito no solo indicam a necessidade da sua sência de sintoma(s) visual(ais) de desta adubação sobre a produtividade inclusão na adubação no solo e/ou via deficiência, visando conhecer o es- da cultura pode ser pouco expressivo foliar. Porém, em função de inúme- tado nutricional das plantas e plane- ou nulo. Uma das opções é priorizar a ras interações na absorção dos nutri- jar as próximas adubações. Cresceu a adubação exclusiva de nitrogênio, fósforo e potássio na superfície, pois a semeadura é realizada com máquinas sem mecanismo de adubação, visando ao alto rendimento operacional 42 | MARÇO 2013