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Cultura do Paraná
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

A cultura do Paraná é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas
por paranaenses. É muito rica, por ter recebido a contribuição dos portugueses e
espanhóis; dos africanos e indígenas; dos imigrantes italianos, alemães, neerlandeses,
poloneses, ucranianos, japoneses, árabes, coreanos, chineses e búlgaros; dos gaúchos,
catarinenses, mineiros, e nordestinos.




Museu Paranaense.

O Paraná tem 51 museus. Na capital, o Museu Paranaense, o mais importante de todos
os museus do Estado, guarda objetos de arte antiga e peças indígenas; o Museu David
Carneiro tem documentos históricos, artísticos e arqueológicos; o Museu Guido Viaro, o
Museu Oscar Niemeyer, e o Museu Alfredo Andersen contém telas de pintores famosos
e objetos de arte; o Museu da Imagem e do Som guarda depoimentos de diversas
pessoas à vida artística, o Museu Egípcio e Rosacruz contém centenas de réplicas, além
de uma múmia autêntica chamada Tothmea. Em Paranaguá está o Museu de
Arqueologia e Artes Populares, da Universidade Federal do Paraná, e no município da
Lapa, o Museu das Armas. Na cidade de Londrina se encontram o Museu Histórico de
Londrina e o Museu de Arte de Londrina. Em Ponta Grossa encontra-se o Museu dos
Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o Museu de Arqueologia,
com uma grande coleção de réplicas arqueológicas, notadamente egípcias, pré-
colombianas e brasileiras, e o Museu Época, com o maior acervo sobre a história do
município. Em Cascavel o Museu de Artes de Cascavel e Museu da Imagem e do Som
de Cascavel.




Fachada do teatro, com mural de Poty Lazzarotto.
O maior teatro do Paraná é o Teatro Guaíra de Curitiba, que conta com um auditório
principal para 2.173 pessoas e outros dois secundários para 608 espectadores somados.
A capital também tem destaque para a Ópera de Arame, importante obra arquitetônica
com capacidade para 2.100 pessoas, e o Teatro Paiol.

No interior, o maior teatro é o Teatro Municipal de Toledo, com 1.022 assentos. Logo
depois estão o moderno Calil Haddad em Maringá para 800 espectadores e o histórico
Cine-Teatro Ópera, em Ponta Grossa, para 933 pessoas divididos em três auditórios.




Lambrequim.

Uma das mais persistentes lendas da arquitetura paranaense é o lambrequim. Em
Curitiba, o Código de Posturas de 1919 normatizava a construção de casas de madeira e,
no parágrafo 7o do Artigo 61: “Sejam as abas dos telhados, excepto as do fundo,
guarnecidas de lambrequins.” O decorativismo era evidente. Sem calhas à disposição, os
lambrequins se justificavam, como pingadeiras, nas arestas por onde as águas das
chuvas fluíam, impedindo que a água escorresse pelos beirais. Mas as posturas
municipais passaram a exigir os lambrequins em todas as abas. Com isso, o modismo
dos lambrequins tornou-se lei. Décadas depois, os responsáveis pelas políticas culturais
esqueceram os modismos. De desconhecimento em desconhecimento, acreditou-se que
os lambrequins eram uma prova clara e claríssima da influência dos imigrantes. Poderia
se cogitar uma influência germânica ou italiana, pois os construtores alemães eram
bastante ativos. Mas como alemães e italianos havia em outras partes do Brasil, onde os
lambrequins não eram tão triviais, a solução foi inventar genealogias que acabaram
ligando os lambrequins aos poloneses. Ora, se a maioria dos poloneses que imigraram
para o Brasil se estabeleceram na região de Curitiba, e como só em Curitiba todas as
casas de madeira foram decoradas com lambrequins, o lambrequim só podia estar
relacionado aos poloneses ou, pelo menos, esta seria a “origem mais provável”, sem que
outras hipóteses fossem formuladas. E, assim, o modismo que se transformou numa
imposição legal inexistente em outras cidades brasileiras seria divulgado como uma
particularidade cultural da arquitetura do Paraná, influenciada por grupos étnicos, como
os imigrantes poloneses ou ucranianos.

O folclore do Paraná é muito rico, cujas manifestações estão nas festas populares, na
dança, na mitologia e na culinária, assim como em todos os estados do Brasil.
Todos os municípios festejam seus santos padroeiros, além dos festejos principais dos
ciclos tradicionais de cada ano. As principais festas populares tradicionais do Paraná
são: a Festa de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, com grande procissão; e a
Congada da Lapa (auto popular de origem africana), em homenagem a São Benedito, no
município da Lapa.

As principais danças típicas do Paraná são: o curitibano, dança de roda aos pares; o
quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; o nhô-chico, dança popular do litoral e
o fandango, dança típica de Paranaguá.

Entre os mitos e superstições do folclore paranaense merece destaque o porco-preto:
ninguém sai de casa em noite escura que não o encontre - nem pau, nem pedra, nem
bala o atingem.

Os principais pratos típicos do Paraná são: o barreado, apreciado em toda a região
litorânea e feito à base de carne cozida, por muito tempo, em panela de barro, até
desmanchar-se; o churrasco: como em todo o sul, um dos pratos mais característicos do
interior; e os pratos das comunidades de tradição alemã, polonesa e italiana.

Os principais festivais do Paraná são: o Festival de Teatro de Curitiba; o Festival de
Inverno de Antonina; o Festival Internacional da Música de Londrina; a Mostra
Londrina de Cinema; o Festival Internacional de Teatro de Londrina; o Fenata - Festival
Nacional de Teatro Amador, em Ponta Grossa; o FEMUCAM - Festival de Música da
Capital da Amizade, em Umuarama; o FUC - Festival Universitário da Canção, em
Ponta Grossa; o Festival de Dança de Cascavel; o Festival de Música de Cascavel; o
Festival de Teatro de Cascavel; o Festival Folclórico e de Etnias do Paraná e o
FEMUCIC - Festival de Música Cidade Canção, em Maringá.

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Parana

  • 1. Cultura do Paraná Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa A cultura do Paraná é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas por paranaenses. É muito rica, por ter recebido a contribuição dos portugueses e espanhóis; dos africanos e indígenas; dos imigrantes italianos, alemães, neerlandeses, poloneses, ucranianos, japoneses, árabes, coreanos, chineses e búlgaros; dos gaúchos, catarinenses, mineiros, e nordestinos. Museu Paranaense. O Paraná tem 51 museus. Na capital, o Museu Paranaense, o mais importante de todos os museus do Estado, guarda objetos de arte antiga e peças indígenas; o Museu David Carneiro tem documentos históricos, artísticos e arqueológicos; o Museu Guido Viaro, o Museu Oscar Niemeyer, e o Museu Alfredo Andersen contém telas de pintores famosos e objetos de arte; o Museu da Imagem e do Som guarda depoimentos de diversas pessoas à vida artística, o Museu Egípcio e Rosacruz contém centenas de réplicas, além de uma múmia autêntica chamada Tothmea. Em Paranaguá está o Museu de Arqueologia e Artes Populares, da Universidade Federal do Paraná, e no município da Lapa, o Museu das Armas. Na cidade de Londrina se encontram o Museu Histórico de Londrina e o Museu de Arte de Londrina. Em Ponta Grossa encontra-se o Museu dos Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o Museu de Arqueologia, com uma grande coleção de réplicas arqueológicas, notadamente egípcias, pré- colombianas e brasileiras, e o Museu Época, com o maior acervo sobre a história do município. Em Cascavel o Museu de Artes de Cascavel e Museu da Imagem e do Som de Cascavel. Fachada do teatro, com mural de Poty Lazzarotto.
  • 2. O maior teatro do Paraná é o Teatro Guaíra de Curitiba, que conta com um auditório principal para 2.173 pessoas e outros dois secundários para 608 espectadores somados. A capital também tem destaque para a Ópera de Arame, importante obra arquitetônica com capacidade para 2.100 pessoas, e o Teatro Paiol. No interior, o maior teatro é o Teatro Municipal de Toledo, com 1.022 assentos. Logo depois estão o moderno Calil Haddad em Maringá para 800 espectadores e o histórico Cine-Teatro Ópera, em Ponta Grossa, para 933 pessoas divididos em três auditórios. Lambrequim. Uma das mais persistentes lendas da arquitetura paranaense é o lambrequim. Em Curitiba, o Código de Posturas de 1919 normatizava a construção de casas de madeira e, no parágrafo 7o do Artigo 61: “Sejam as abas dos telhados, excepto as do fundo, guarnecidas de lambrequins.” O decorativismo era evidente. Sem calhas à disposição, os lambrequins se justificavam, como pingadeiras, nas arestas por onde as águas das chuvas fluíam, impedindo que a água escorresse pelos beirais. Mas as posturas municipais passaram a exigir os lambrequins em todas as abas. Com isso, o modismo dos lambrequins tornou-se lei. Décadas depois, os responsáveis pelas políticas culturais esqueceram os modismos. De desconhecimento em desconhecimento, acreditou-se que os lambrequins eram uma prova clara e claríssima da influência dos imigrantes. Poderia se cogitar uma influência germânica ou italiana, pois os construtores alemães eram bastante ativos. Mas como alemães e italianos havia em outras partes do Brasil, onde os lambrequins não eram tão triviais, a solução foi inventar genealogias que acabaram ligando os lambrequins aos poloneses. Ora, se a maioria dos poloneses que imigraram para o Brasil se estabeleceram na região de Curitiba, e como só em Curitiba todas as casas de madeira foram decoradas com lambrequins, o lambrequim só podia estar relacionado aos poloneses ou, pelo menos, esta seria a “origem mais provável”, sem que outras hipóteses fossem formuladas. E, assim, o modismo que se transformou numa imposição legal inexistente em outras cidades brasileiras seria divulgado como uma particularidade cultural da arquitetura do Paraná, influenciada por grupos étnicos, como os imigrantes poloneses ou ucranianos. O folclore do Paraná é muito rico, cujas manifestações estão nas festas populares, na dança, na mitologia e na culinária, assim como em todos os estados do Brasil.
  • 3. Todos os municípios festejam seus santos padroeiros, além dos festejos principais dos ciclos tradicionais de cada ano. As principais festas populares tradicionais do Paraná são: a Festa de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, com grande procissão; e a Congada da Lapa (auto popular de origem africana), em homenagem a São Benedito, no município da Lapa. As principais danças típicas do Paraná são: o curitibano, dança de roda aos pares; o quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; o nhô-chico, dança popular do litoral e o fandango, dança típica de Paranaguá. Entre os mitos e superstições do folclore paranaense merece destaque o porco-preto: ninguém sai de casa em noite escura que não o encontre - nem pau, nem pedra, nem bala o atingem. Os principais pratos típicos do Paraná são: o barreado, apreciado em toda a região litorânea e feito à base de carne cozida, por muito tempo, em panela de barro, até desmanchar-se; o churrasco: como em todo o sul, um dos pratos mais característicos do interior; e os pratos das comunidades de tradição alemã, polonesa e italiana. Os principais festivais do Paraná são: o Festival de Teatro de Curitiba; o Festival de Inverno de Antonina; o Festival Internacional da Música de Londrina; a Mostra Londrina de Cinema; o Festival Internacional de Teatro de Londrina; o Fenata - Festival Nacional de Teatro Amador, em Ponta Grossa; o FEMUCAM - Festival de Música da Capital da Amizade, em Umuarama; o FUC - Festival Universitário da Canção, em Ponta Grossa; o Festival de Dança de Cascavel; o Festival de Música de Cascavel; o Festival de Teatro de Cascavel; o Festival Folclórico e de Etnias do Paraná e o FEMUCIC - Festival de Música Cidade Canção, em Maringá.