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CECÍLIA MEIRELES
(1907-1967)
7 de novembro de 1901. Dona Matilde Benevides, professora
municipal, viúva do senhor Carlos Alberto de Carvalho Meireles, ex-funcionário do
Banco do Brasil, dá luz a uma menina. Marcada desde cedo pelo signo da morte,
é a própria Cecília Meireles quem nos conta. "Nasci aqui mesmo no Rio de
Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três
anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos
materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade
com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno
(...). Em toda a vida, nunca me esforçei por ganhar nem me espantei por perder. A
noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é fundamento mesmo da minha
personalidade".
Área mágica da infância
Carinhosamente educada pela avó materna, de origem açoriana,
dona Jacinta Garcia Benevides, a menina Cecília freqüenta o curso primário na
Escola Estácio de Sá, recebendo em 1910, ao final dos quatro anos, das mãos de
Olavo Bilac, inspetor escolar do distrito, uma medalha de ouro com seu nome gravado.
É o prêmio por seu esforço durante todo o curso, sempre com a nota máxima, ou
seja, "distinção e louvor". De sua meninice, são outras as lembranças que Cecília
nos traz: "Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem
negativas, e forma sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a
área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos
mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e
as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram,
e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que
até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses
dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano".
Fascinação do saber
E é esta paixão pelos livros, sempre conforme depoimento da
própria escritora que a encaminha para o magistério. Em 1917, tendo cursado a
Escola Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, Cecília diploma-se
como professora. A mesma fascinação do saber conduz ainda a jovem para o estudo
de línguas, para o Conservatório Nacional de Música, onde tem aulas de canto e
violino. Enquanto isto, forja-se a poetisa, que desde cedo, compunha cantigas para
os brinquedos e, desde a escola primária, fazia "versos" - "o que não quer dizer que
escrevesse poesias".
Entre a família, a poesia e a educação
Terminando o curso normal, Cecília começa a lecionar,
publicando em 1919, seu primeiro livro de poemas, Espectros. Em 1922, casa-se
com o português Fernando Correa Dias, artista plástico, não abandonando,
contudo, as atividades profissionais. Em 1923, publica sua segunda obra, Nunca
Mais... e Poema dos Poemas, ilustrada pelo marido. O nascimento da primeira filha,
Maria Elvira, e o de mais duas outras, relizam-na como mulher. A poetisa prossegue
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sua caminhada, produzindo, em 1925, Baladas para El-Rei. Por sua vez, a
Educadora ao Público, em 1927. Criança, meu Amor, prosa poética, mais tarde
indicada oficialmente como livro de leitura nas escolas. Em 1929, Cecília Meireles
candidata-se a cátedra de Literatura da Escola Normal, apresentando a tese "O
espírito Vitorioso". Apesar da brilhante defesa, no dizer de Eliane Zagury, a jovem
professora não consegue vencer as mentes já predispostas a oferecer o cargo a
quem fosse reconhecidamente católico. Cecília não desanima. Malgrado
perseguições mais ou menos veladas, enfrentando dificuldades econômicas,
empenha-se ainda mais na tarefa de renovação educacional. Datam desse período
- 1930/1934 - suas colaborações diárias sobre educação para o Diário de Notícias, do
Rio de Janeiro. Graças a este entusiasmo, é convidada, em 1934, a organizar um
Centro Infantil no pavilhão Mourisco, em Botafogo. Surge então, a primeira biblioteca
infantil, sonho de alguém cuja infância solitária tinha sido enriquecida pela companhia
de livros. É breve, no entanto, a concretização de seu projeto. As Aventuras de Tom
Sawyer, de Mark Twain, considerada obra perigosa, provoca o fechamento do
Centro. Sinal dos tempos. Anos depois, esta mesma obra, em programação
destinada ao público infantil, através da televisão, atingira o aconchego dos lares,
recreando, igualmente, adultos e crianças.
Viagens, Conferências, Jornalismo
Convidada pelo governo português, Cecília Meireles inicia nesse
mesmo ano suas viagens ao exterior. Em Lisboa e Coimbra, difunde a cultura
nacional, realizando uma série de conferências, nas quais discorre sobre
aspectos de nossa literatura e de nosso folclore. Ao regressar, em 1935, novo
sofrimento a aguarda: o suicídio do marido. Responsável pela educação das
filhas, Cecília amplia suas atividades profissionais: ministra aulas de Literatura
Luso Brasileira e de Técnica e Crítica Literária na Universidade Federal da então
capital da República; discorre sobre folclore no período carioca A Manhã; envia
crônicas para o Correio Paulistano de São Paulo; dirige a revista Travel in Brasil, no
Departamento de Imprensa e Propaganda do Rio de Janeiro. Não é de surpreender
que silencie a artista a sombra da jornalista e professora.
Reconhecimento da Academia
Corre o ano de 1938. Uma nova etapa tem início no itinerário de
Cecília Meireles, mulher, poetisa e profissional. Seu livro de poemas, Viagem, que
será publicado no ano seguinte, recebe da Academia Brasileira de Letras o Prêmio
de Poesia. A poetisa é agora reconhecida oficialmente, enquanto a mulher,
casando-se em 1940, com o professor Heitor Grillo, constitui um novo lar. Brilha a
profissional, lecionando Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas e
fazendo conferências sobre literatura, folclore e Educação, no México. Tempos depois,
visita ainda o Uruguai e a Argentina. É um período de intensa produção literária: em
1942, Cecília publica Vaga Música; em 1945, Mar Absoluto; em 1949, Retrato
Natural, transmitindo a busca e a perplexidade da poetisa diante do enigma da
existência humana.
Interesse pelo Folclore
Em 1951, participa, como secretária e membro da comissão
Nacional do Folclore, do I Congresso Nacional do Folclore, realizado no Rio
Grande do Sul. É na infância que vamos encontrar as raízes deste amor pelas
tradições e crenças populares. De pajem, "Uma Escura e Obscura Pedrinha".
Cecília ouvira histórias, contos, advinhações, fábulas, aprendera danças, por sua
avó, muitas coisas do folclore açoriano lhe haviam sido transmitido. É imensa,
portanto, sua satisfação, quando tem a oportunidade de visitar os Açores,
2
percorrendo também a França, a Bélgica e a Holanda. Aí escreve Os doze
Noturnos de Holanda e O Aeronauta, publicando-se em 1952. No ano seguinte, após
longos anos de pesquisa, vem a luz o Romanceiro da Inconfidência.
Em 1967, no Rio de Janeiro, falece, vítima de pertinaz enfermidade.
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Cecília Meireles, a poetisa e educadora brasileira

  • 1. CECÍLIA MEIRELES (1907-1967) 7 de novembro de 1901. Dona Matilde Benevides, professora municipal, viúva do senhor Carlos Alberto de Carvalho Meireles, ex-funcionário do Banco do Brasil, dá luz a uma menina. Marcada desde cedo pelo signo da morte, é a própria Cecília Meireles quem nos conta. "Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno (...). Em toda a vida, nunca me esforçei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é fundamento mesmo da minha personalidade". Área mágica da infância Carinhosamente educada pela avó materna, de origem açoriana, dona Jacinta Garcia Benevides, a menina Cecília freqüenta o curso primário na Escola Estácio de Sá, recebendo em 1910, ao final dos quatro anos, das mãos de Olavo Bilac, inspetor escolar do distrito, uma medalha de ouro com seu nome gravado. É o prêmio por seu esforço durante todo o curso, sempre com a nota máxima, ou seja, "distinção e louvor". De sua meninice, são outras as lembranças que Cecília nos traz: "Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e forma sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano". Fascinação do saber E é esta paixão pelos livros, sempre conforme depoimento da própria escritora que a encaminha para o magistério. Em 1917, tendo cursado a Escola Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, Cecília diploma-se como professora. A mesma fascinação do saber conduz ainda a jovem para o estudo de línguas, para o Conservatório Nacional de Música, onde tem aulas de canto e violino. Enquanto isto, forja-se a poetisa, que desde cedo, compunha cantigas para os brinquedos e, desde a escola primária, fazia "versos" - "o que não quer dizer que escrevesse poesias". Entre a família, a poesia e a educação Terminando o curso normal, Cecília começa a lecionar, publicando em 1919, seu primeiro livro de poemas, Espectros. Em 1922, casa-se com o português Fernando Correa Dias, artista plástico, não abandonando, contudo, as atividades profissionais. Em 1923, publica sua segunda obra, Nunca Mais... e Poema dos Poemas, ilustrada pelo marido. O nascimento da primeira filha, Maria Elvira, e o de mais duas outras, relizam-na como mulher. A poetisa prossegue 1
  • 2. sua caminhada, produzindo, em 1925, Baladas para El-Rei. Por sua vez, a Educadora ao Público, em 1927. Criança, meu Amor, prosa poética, mais tarde indicada oficialmente como livro de leitura nas escolas. Em 1929, Cecília Meireles candidata-se a cátedra de Literatura da Escola Normal, apresentando a tese "O espírito Vitorioso". Apesar da brilhante defesa, no dizer de Eliane Zagury, a jovem professora não consegue vencer as mentes já predispostas a oferecer o cargo a quem fosse reconhecidamente católico. Cecília não desanima. Malgrado perseguições mais ou menos veladas, enfrentando dificuldades econômicas, empenha-se ainda mais na tarefa de renovação educacional. Datam desse período - 1930/1934 - suas colaborações diárias sobre educação para o Diário de Notícias, do Rio de Janeiro. Graças a este entusiasmo, é convidada, em 1934, a organizar um Centro Infantil no pavilhão Mourisco, em Botafogo. Surge então, a primeira biblioteca infantil, sonho de alguém cuja infância solitária tinha sido enriquecida pela companhia de livros. É breve, no entanto, a concretização de seu projeto. As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, considerada obra perigosa, provoca o fechamento do Centro. Sinal dos tempos. Anos depois, esta mesma obra, em programação destinada ao público infantil, através da televisão, atingira o aconchego dos lares, recreando, igualmente, adultos e crianças. Viagens, Conferências, Jornalismo Convidada pelo governo português, Cecília Meireles inicia nesse mesmo ano suas viagens ao exterior. Em Lisboa e Coimbra, difunde a cultura nacional, realizando uma série de conferências, nas quais discorre sobre aspectos de nossa literatura e de nosso folclore. Ao regressar, em 1935, novo sofrimento a aguarda: o suicídio do marido. Responsável pela educação das filhas, Cecília amplia suas atividades profissionais: ministra aulas de Literatura Luso Brasileira e de Técnica e Crítica Literária na Universidade Federal da então capital da República; discorre sobre folclore no período carioca A Manhã; envia crônicas para o Correio Paulistano de São Paulo; dirige a revista Travel in Brasil, no Departamento de Imprensa e Propaganda do Rio de Janeiro. Não é de surpreender que silencie a artista a sombra da jornalista e professora. Reconhecimento da Academia Corre o ano de 1938. Uma nova etapa tem início no itinerário de Cecília Meireles, mulher, poetisa e profissional. Seu livro de poemas, Viagem, que será publicado no ano seguinte, recebe da Academia Brasileira de Letras o Prêmio de Poesia. A poetisa é agora reconhecida oficialmente, enquanto a mulher, casando-se em 1940, com o professor Heitor Grillo, constitui um novo lar. Brilha a profissional, lecionando Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas e fazendo conferências sobre literatura, folclore e Educação, no México. Tempos depois, visita ainda o Uruguai e a Argentina. É um período de intensa produção literária: em 1942, Cecília publica Vaga Música; em 1945, Mar Absoluto; em 1949, Retrato Natural, transmitindo a busca e a perplexidade da poetisa diante do enigma da existência humana. Interesse pelo Folclore Em 1951, participa, como secretária e membro da comissão Nacional do Folclore, do I Congresso Nacional do Folclore, realizado no Rio Grande do Sul. É na infância que vamos encontrar as raízes deste amor pelas tradições e crenças populares. De pajem, "Uma Escura e Obscura Pedrinha". Cecília ouvira histórias, contos, advinhações, fábulas, aprendera danças, por sua avó, muitas coisas do folclore açoriano lhe haviam sido transmitido. É imensa, portanto, sua satisfação, quando tem a oportunidade de visitar os Açores, 2
  • 3. percorrendo também a França, a Bélgica e a Holanda. Aí escreve Os doze Noturnos de Holanda e O Aeronauta, publicando-se em 1952. No ano seguinte, após longos anos de pesquisa, vem a luz o Romanceiro da Inconfidência. Em 1967, no Rio de Janeiro, falece, vítima de pertinaz enfermidade. 3