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Figueiredo, A. D. (1999) Problemática das Infraestruturas: uma Análise
                                                              Tridimensional, .Apresentação na Conferência “Challenges ’99”,
                                                                                   Universidade do Minho, Braga, Maio de 1999



    Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99)                                     Univ. do Minho, Maio de 1999




          PROBLEMÁTICA DAS INFRAESTRUTURAS:
                        UMA ANÁLISE TRIDIMENSIONAL


                                           António Dias de Figueiredo
                                      Departamento de Engenharia Informática
                                             Universidade de Coimbra

                                                   (orador convidado)




A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 1
AGENDA




                        •  Infraestruturas, para quê?
                        •  Contextos, conteúdos e infraestruturas

                        •  Infraestruturas - componente infraestrutural

                        •  Infraestruturas - componente de conteúdos
                        •  Infraestruturas - componente contextual

                        •  Conclusão




A. Dias de Figueiredo     Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 2
INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ?



          Estabelecer infraestruturas, de forma estratégica, significa
                            esclarecer, antes de mais, para quê ...


      •  As infraestruturas de uma indústria transformadora tradicional são
           significativamente diferentes, por exemplo, das infrastruturas de uma
           indústria cultural, como a do cinema ou do vídeo.


      •  Esclarecer quais as infraestruturas da nossa Educação significa esclarecer,
           antes de mais, que Educação queremos ter.



A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 3
INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ?



      Esclarecer que Educação queremos ter significa sonhar o país
                        que queremos ser dentro de 10, 20, 30 anos ...

      •  Um país de funcionários, de empregados, de operários – de trabalhadores
           por conta de outrem?

      •  Um país de empreendedores, de criadores, de agentes transformadores,
           num mundo de mudança, de globalização, de mobilidade física e virtual, de
           mutação nas formas de trabalhar, de transformação dos estilos de vida?




A. Dias de Figueiredo    Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 4
INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ?




                                         A (infra)estrutura … gera!


                        •  Uma infraestrutura burocrática gera burocracia.


                        •  Uma infraestrutura dinâmica gera dinamismo.




A. Dias de Figueiredo    Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 5
INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ?




          A Escola que temos rege-se, ainda, pelos padrões de uma
              repartição estatal. É uma repartição estatal para
                    o fornecimento burocrático de ensino.

            É, ainda, em larga medida – apesar das boas intenções
               de todos nós para a reformar – uma infraestrutura
                         para o adestramento dos futuros
                       trabalhadores por conta de outrem.




A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 6
INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ?




   A Escola de que precisamos é uma Escola plenamente integrada
               na vida social e económica de um país.

     Já não tem sentido uma Escola apenas rodeada pela realidade
                  social e económica, onde se conta
             como é a realidade e essa realidade é visitada,
          de vez em quando, para se ver, de fora, como ela é.




A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 7
INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ?



    Uma escola plenamente integrada não pode ser uma repartição
    burocrática. Tem que escolher as opções da sua intervenção na
                  realidade e ser responsável por elas.

    Tem que ter uma larga medida de autonomia, que lhe permita
    estabelecer os seus planos estratégicos em diálogo com o meio
                          em que se integra.

   As infraestruturas de que falamos aqui são os recursos para a
   criação da Escola como um espaço autónomo e responsável de
                        construção de saber.



A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 8
CONTEXTOS, CONTEÚDOS E INFRAESTRUTURAS



           A construção de saber, tal como a criação de valor numa
               organização, tem usualmente três componentes:

               •  contexto - o ambiente onde o valor é criado;

               •  conteúdo - a essência do valor criado ou a criar; e

               •  infraestrutura - o conjunto de recursos necessários
                    para a criação de valor.




A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 9
CONTEXTOS, CONTEÚDOS E INFRAESTRUTURAS


                                      Numa escola, por exemplo:
     •  os contextos são os ambientes e estratégias de aprendizagem, a
         dinâmica dos espaços de construção de saber, as formas de participação na
         realidade social e económica, a cultura da escola, os valores e
         comportamentos que ela instila;

     •  os conteúdos são os saberes estruturados fornecidos pelos curricula e
         suportados por livros e outros media.

     •  as infraestruturas são os recursos necessários à criação de contextos
         onde os conteúdos são interiorizados: equipamentos, redes, espaços,
         serviços de apoio, recursos de organização e gestão.


A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 10
CONTEXTOS, CONTEÚDOS E INFRAESTRUTURAS

       Se nos detivermos apenas sobre as infraestruturas, observamos que
          elas próprias apresentam aspectos contextuais e de conteúdo




A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 11
COMPONENTE INFRAESTRUTURAL


                                     EQUIPAMENTOS & REDES
   Apetrechamento informático e de rede e respectiva manutenção e
   renovação.
      •  Estabelecer um Sistema de Informação adequado aos objectivos
         estratégicos do Sistema de Ensino, integrando todos os nós do sistema
         (Administração Central, Administração Regional e escolas). Incluír uma
         intranet flexivel e uma solução de workflow para apoio às funções
         administrativas. Estruturar o modelo de dados de forma a que possa ser
         utilizado com facilidade pelo Ensino Superior (Administração e
         estabelecimentos de Ensino Superior).

      •  Para as escolas, fornecer equipamento e redes de acordo com critérios
         que não se baseiem numa lógica de créditos por escola, mas sim numa
         lógica de projectos de escola.


A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 12
COMPONENTE INFRAESTRUTURAL


                                    EQUIPAMENTOS & REDES
     •  Os projectos de escola, que justificariam a instalação dos equipamentos,
        deveriam decorrer de uma estratégia coerente de escola assumida num
        contexto de autonomia e plena integração na realidade envolvente.

     •  Não excluir projectos que sejam parcialmente financiados pela realidade
        económica e social, cujo potencial para sensibilizar aos desafios da criação
        de valor reconhecível pelo mercado pode ser elevado.

     •  Na ausência de projectos de escola, limitar as infraestruturas às
        indispensáveis para integrar a escola no Sistema de Informação Educativo
        e para assegurar um embrião de formação e sensibilização para a futura
        proposta de projectos.




A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 13
COMPONENTE INFRAESTRUTURAL


                                    EQUIPAMENTOS & REDES
     •  A seu tempo, as pressões dos alunos, dos pais e da própria perda de
        estatuto aos olhos da opinião pública levará à emergência de projectos de
        escola.

     •  Prever estruturas de aconselhamento para a apresentação de projectos,
        eventualmente constituidas por consultores devidamente credenciados.

     •  Prever mecanismos da auto-avaliação da qualidade dos projectos de
        escola, a ser realizada de forma regular pelas próprias escolas.
        Complementar esses mecanismos com um sistema de avaliação externa
        regular.



A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 14
COMPONENTE INFRAESTRUTURAL


                                                    ESPAÇOS



     •  Encarar a criação de centros de recursos como uma necessidade tão vital

         como a criação de espaços lectivos, laboratoriais, de educação física e de

         lazer.




A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 15
COMPONENTE INFRAESTRUTURAL


                                                    SERVIÇOS
     •  Para apoiar a actividade dos projectos, dos professores, dos alunos, dos
        pais e da comunidade em geral (que urge atraír como parceira activa para a
        renovação da Educação) é importante incentivar a criação de sítios com
        repositórios de conteúdos e propostas de contextos de exploração.

     •  Estes sítios poderão ser iniciativa de escolas, de grupos de professores, de
        professores individuais, de cidadãos, de empresas e de quaisquer outras
        entidades que queiram contribuir para a renovação da Educação. Deveria
        ser instituído um sistema de prémios a atribuír anualmente aos mais bem
        sucedidos.

     •  Dever-se-ia prever, ainda, a constituição de carteiras de consultores
        devidamente credenciados para apoiarem o processo, tanto a nível macro
        como meta e micro.



A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 16
COMPONENTE DE CONTEÚDOS


                                                  CONTEÚDOS
     •  Os conteúdos deveriam ser desenvolvidos pelos serviços atrás mencionados
        e deveriam incluír também documentos em suportes convencionais (livros,
        revistas, newsletters).

     •  Para além dos incentivos proporcionados pela atribuição de prémios anuais,
        há que prever a criação de um mercado de conteúdos de qualidade, pagos.

     •  O alargamento do mercado para além das fronteiras da escola, com
        conteúdos susceptíveis de interessar à generalidade da população poderá
        contribuír em larga medida para a viabilização desse mercado.

     •  Alguns operadores poderão, em todo o caso, fornecer conteúdos gratuitos,
        em portais que usem esses conteúdos como elementos para atraír
        potenciais clientes ou fidelizar clientes regulares.



A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 17
COMPONENTE CONTEXTUAL


     •  LIDERANÇA. É essencial estimular o surgimento de lideranças a todos os
        níveis do processo. Liderança entedida como a capacidade para imprimir
        direcções estratégicas, mobilizar vontades, promover a mudança e instilar
        uma cultura e uma ética.
     •  ESTRATÉGIA. A capacidade para imprimir estratégais deriva das
        capacidades de liderança. É indispensável que todas as iniciativas chave
        decorram de visões mobilizadoras e sustentáveis no tempo, da identificação
        de missões, do reconhecimento de objectivos, da consideração de factores
        críticos de sucesso, do esclarecimento de competências a reunir.
     •  AUTONOMIA. A autonomia é condição indispensável para que a escola se
        desburocratize e se constitua como elemento integral da realidade em que
        se inscreve.



A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 18
COMPONENTE CONTEXTUAL


     •  QUALIDADE. É importante que se comecem a imprimir desde já os
        princípios da Gestão da Qualidade – extensíveis, aliás, a todo o processo
        educativo – centrados sobre uma cultura de excelência, de melhoria
        contínua, de racionalidade nos custos, de participação de todos os parceiros
        na configuração de um projecto de escola e de uma auto-avaliação regular
        confirmada e aferida através de processos de auditoria externa.
     •  ORGANIZAÇÃO. A estrutura organizativa deverá ser afinada tendo em conta
        as recomendações resultantes da Gestão da Qualidade e os desafios
        colocados pela gestão responsável da autonomia.
     •  GESTÃO. A Gestão deverá ser assegurada por elementos eleitos,
        devidamente preparados para o seu exercício com elevados níveis de
        profissionalismo e dedicação. Deverão ser proporcionados cursos de
        formação para o seu exercício.


A. Dias de Figueiredo   Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999   Acetato 19
CONCLUSÕES



           A infraestruturação do Sistema Educativo para a
  integração harmoniosa das Tecnologias da Informação e
  da Comunicação deve centrar-se em projectos que dêem
   expressão ao princípio de uma autonomia responsável,
                                 estrategicamente liderada a
                 todos os níveis e regida pelos fundamentos
                                     da Gestão da Qualidade.


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A Problematica das Infraestruturas: uma Analise Tridimensional

  • 1. Figueiredo, A. D. (1999) Problemática das Infraestruturas: uma Análise Tridimensional, .Apresentação na Conferência “Challenges ’99”, Universidade do Minho, Braga, Maio de 1999 Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) Univ. do Minho, Maio de 1999 PROBLEMÁTICA DAS INFRAESTRUTURAS: UMA ANÁLISE TRIDIMENSIONAL António Dias de Figueiredo Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra (orador convidado) A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 1
  • 2. AGENDA •  Infraestruturas, para quê? •  Contextos, conteúdos e infraestruturas •  Infraestruturas - componente infraestrutural •  Infraestruturas - componente de conteúdos •  Infraestruturas - componente contextual •  Conclusão A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 2
  • 3. INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ? Estabelecer infraestruturas, de forma estratégica, significa esclarecer, antes de mais, para quê ... •  As infraestruturas de uma indústria transformadora tradicional são significativamente diferentes, por exemplo, das infrastruturas de uma indústria cultural, como a do cinema ou do vídeo. •  Esclarecer quais as infraestruturas da nossa Educação significa esclarecer, antes de mais, que Educação queremos ter. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 3
  • 4. INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ? Esclarecer que Educação queremos ter significa sonhar o país que queremos ser dentro de 10, 20, 30 anos ... •  Um país de funcionários, de empregados, de operários – de trabalhadores por conta de outrem? •  Um país de empreendedores, de criadores, de agentes transformadores, num mundo de mudança, de globalização, de mobilidade física e virtual, de mutação nas formas de trabalhar, de transformação dos estilos de vida? A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 4
  • 5. INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ? A (infra)estrutura … gera! •  Uma infraestrutura burocrática gera burocracia. •  Uma infraestrutura dinâmica gera dinamismo. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 5
  • 6. INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ? A Escola que temos rege-se, ainda, pelos padrões de uma repartição estatal. É uma repartição estatal para o fornecimento burocrático de ensino. É, ainda, em larga medida – apesar das boas intenções de todos nós para a reformar – uma infraestrutura para o adestramento dos futuros trabalhadores por conta de outrem. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 6
  • 7. INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ? A Escola de que precisamos é uma Escola plenamente integrada na vida social e económica de um país. Já não tem sentido uma Escola apenas rodeada pela realidade social e económica, onde se conta como é a realidade e essa realidade é visitada, de vez em quando, para se ver, de fora, como ela é. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 7
  • 8. INFRAESTRUTURAS PARA QUÊ? Uma escola plenamente integrada não pode ser uma repartição burocrática. Tem que escolher as opções da sua intervenção na realidade e ser responsável por elas. Tem que ter uma larga medida de autonomia, que lhe permita estabelecer os seus planos estratégicos em diálogo com o meio em que se integra. As infraestruturas de que falamos aqui são os recursos para a criação da Escola como um espaço autónomo e responsável de construção de saber. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 8
  • 9. CONTEXTOS, CONTEÚDOS E INFRAESTRUTURAS A construção de saber, tal como a criação de valor numa organização, tem usualmente três componentes: •  contexto - o ambiente onde o valor é criado; •  conteúdo - a essência do valor criado ou a criar; e •  infraestrutura - o conjunto de recursos necessários para a criação de valor. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 9
  • 10. CONTEXTOS, CONTEÚDOS E INFRAESTRUTURAS Numa escola, por exemplo: •  os contextos são os ambientes e estratégias de aprendizagem, a dinâmica dos espaços de construção de saber, as formas de participação na realidade social e económica, a cultura da escola, os valores e comportamentos que ela instila; •  os conteúdos são os saberes estruturados fornecidos pelos curricula e suportados por livros e outros media. •  as infraestruturas são os recursos necessários à criação de contextos onde os conteúdos são interiorizados: equipamentos, redes, espaços, serviços de apoio, recursos de organização e gestão. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 10
  • 11. CONTEXTOS, CONTEÚDOS E INFRAESTRUTURAS Se nos detivermos apenas sobre as infraestruturas, observamos que elas próprias apresentam aspectos contextuais e de conteúdo A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 11
  • 12. COMPONENTE INFRAESTRUTURAL EQUIPAMENTOS & REDES Apetrechamento informático e de rede e respectiva manutenção e renovação. •  Estabelecer um Sistema de Informação adequado aos objectivos estratégicos do Sistema de Ensino, integrando todos os nós do sistema (Administração Central, Administração Regional e escolas). Incluír uma intranet flexivel e uma solução de workflow para apoio às funções administrativas. Estruturar o modelo de dados de forma a que possa ser utilizado com facilidade pelo Ensino Superior (Administração e estabelecimentos de Ensino Superior). •  Para as escolas, fornecer equipamento e redes de acordo com critérios que não se baseiem numa lógica de créditos por escola, mas sim numa lógica de projectos de escola. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 12
  • 13. COMPONENTE INFRAESTRUTURAL EQUIPAMENTOS & REDES •  Os projectos de escola, que justificariam a instalação dos equipamentos, deveriam decorrer de uma estratégia coerente de escola assumida num contexto de autonomia e plena integração na realidade envolvente. •  Não excluir projectos que sejam parcialmente financiados pela realidade económica e social, cujo potencial para sensibilizar aos desafios da criação de valor reconhecível pelo mercado pode ser elevado. •  Na ausência de projectos de escola, limitar as infraestruturas às indispensáveis para integrar a escola no Sistema de Informação Educativo e para assegurar um embrião de formação e sensibilização para a futura proposta de projectos. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 13
  • 14. COMPONENTE INFRAESTRUTURAL EQUIPAMENTOS & REDES •  A seu tempo, as pressões dos alunos, dos pais e da própria perda de estatuto aos olhos da opinião pública levará à emergência de projectos de escola. •  Prever estruturas de aconselhamento para a apresentação de projectos, eventualmente constituidas por consultores devidamente credenciados. •  Prever mecanismos da auto-avaliação da qualidade dos projectos de escola, a ser realizada de forma regular pelas próprias escolas. Complementar esses mecanismos com um sistema de avaliação externa regular. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 14
  • 15. COMPONENTE INFRAESTRUTURAL ESPAÇOS •  Encarar a criação de centros de recursos como uma necessidade tão vital como a criação de espaços lectivos, laboratoriais, de educação física e de lazer. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 15
  • 16. COMPONENTE INFRAESTRUTURAL SERVIÇOS •  Para apoiar a actividade dos projectos, dos professores, dos alunos, dos pais e da comunidade em geral (que urge atraír como parceira activa para a renovação da Educação) é importante incentivar a criação de sítios com repositórios de conteúdos e propostas de contextos de exploração. •  Estes sítios poderão ser iniciativa de escolas, de grupos de professores, de professores individuais, de cidadãos, de empresas e de quaisquer outras entidades que queiram contribuir para a renovação da Educação. Deveria ser instituído um sistema de prémios a atribuír anualmente aos mais bem sucedidos. •  Dever-se-ia prever, ainda, a constituição de carteiras de consultores devidamente credenciados para apoiarem o processo, tanto a nível macro como meta e micro. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 16
  • 17. COMPONENTE DE CONTEÚDOS CONTEÚDOS •  Os conteúdos deveriam ser desenvolvidos pelos serviços atrás mencionados e deveriam incluír também documentos em suportes convencionais (livros, revistas, newsletters). •  Para além dos incentivos proporcionados pela atribuição de prémios anuais, há que prever a criação de um mercado de conteúdos de qualidade, pagos. •  O alargamento do mercado para além das fronteiras da escola, com conteúdos susceptíveis de interessar à generalidade da população poderá contribuír em larga medida para a viabilização desse mercado. •  Alguns operadores poderão, em todo o caso, fornecer conteúdos gratuitos, em portais que usem esses conteúdos como elementos para atraír potenciais clientes ou fidelizar clientes regulares. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 17
  • 18. COMPONENTE CONTEXTUAL •  LIDERANÇA. É essencial estimular o surgimento de lideranças a todos os níveis do processo. Liderança entedida como a capacidade para imprimir direcções estratégicas, mobilizar vontades, promover a mudança e instilar uma cultura e uma ética. •  ESTRATÉGIA. A capacidade para imprimir estratégais deriva das capacidades de liderança. É indispensável que todas as iniciativas chave decorram de visões mobilizadoras e sustentáveis no tempo, da identificação de missões, do reconhecimento de objectivos, da consideração de factores críticos de sucesso, do esclarecimento de competências a reunir. •  AUTONOMIA. A autonomia é condição indispensável para que a escola se desburocratize e se constitua como elemento integral da realidade em que se inscreve. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 18
  • 19. COMPONENTE CONTEXTUAL •  QUALIDADE. É importante que se comecem a imprimir desde já os princípios da Gestão da Qualidade – extensíveis, aliás, a todo o processo educativo – centrados sobre uma cultura de excelência, de melhoria contínua, de racionalidade nos custos, de participação de todos os parceiros na configuração de um projecto de escola e de uma auto-avaliação regular confirmada e aferida através de processos de auditoria externa. •  ORGANIZAÇÃO. A estrutura organizativa deverá ser afinada tendo em conta as recomendações resultantes da Gestão da Qualidade e os desafios colocados pela gestão responsável da autonomia. •  GESTÃO. A Gestão deverá ser assegurada por elementos eleitos, devidamente preparados para o seu exercício com elevados níveis de profissionalismo e dedicação. Deverão ser proporcionados cursos de formação para o seu exercício. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 19
  • 20. CONCLUSÕES A infraestruturação do Sistema Educativo para a integração harmoniosa das Tecnologias da Informação e da Comunicação deve centrar-se em projectos que dêem expressão ao princípio de uma autonomia responsável, estrategicamente liderada a todos os níveis e regida pelos fundamentos da Gestão da Qualidade. A. Dias de Figueiredo Conferência CHALLENGES’99 (DESAFIOS’99) - Univ. do Minho / Nónio, Maio 1999 Acetato 20