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ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE
                                                 Curso de Línguas e Humanidades

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                                                          GRUPO I


TEMA: O TEMPO DA GUERRA FRIA – A CONSOLIDAÇÃO DE UM MUNDO BIPOLAR.
Este grupo baseia-se na análise dos seguintes documentos:

Doc. 1 – Política de alianças entre a Europa e os EUA, segundo a perspectiva britânica (The Guardian, 15 de Janeiro de 1963)
Doc. 2 – Política de alianças entre a Europa e os EUA, segundo o presidente da França, general De Gaulle (23 de Julho de 1964)
________________________________________________________________________________

Doc. 1

Política de alianças entre a Europa e os EUA, segundo a perspectiva britânica

(The Guardian, 15 de Janeiro de 1963)

É impensável que o Reino Unido se integre numa Europa tal como o presidente De Gaulle
a concebe. O Reino Unido é, em última análise, uma potência atlântica antes de ser
europeia, e os seus laços com os EUA têm, pelo menos, tanto valor como os seus laços
com a Europa Ocidental.
É por estas razões que as condições postas pelo general De Gaulle são inaceitáveis.

Doc.2

Política de alianças entre a Europa e os EUA,
segundo o presidente da França, general De Gaulle (23 de Julho de 1964)

No final da última guerra mundial […] só os EUA e a URSS eram grandes potências […].
É evidente que as coisas mudaram. Os estados ocidentais do nosso Velho Continente
refizerama sua economia. Restabeleceram as suas forças militares. […] Sobretudo,
tomaram consciência dos seus vínculos naturais. Numa palavra, a Europa Ocidental
aparece como susceptível de constituir uma entidade capital, repleta de valores e de
meios, capaz de viver a sua vida, não seguramente em oposição ao Novo Mundo, mas
sim a seu lado. […]
Convém, sem dúvida, que mantenha com a América uma aliança que, no Atlântico Norte,
interesse a uma e a outra, enquanto dure a ameaça soviética. Mas as razões que, para a
Europa, faziam da aliança uma subordinação deixam cada vez mais de ter sentido.

1. Compare, relativamente à afirmação política e militar da Europa Ocidental face à
liderança dos EUA, a perspectiva expressa no documento 1 com a perspectiva expressa
no documento 2.

2. Recorrendo aos seus conhecimentos, explicite dois dos momentos de maior tensão que
aconteceram durante a Guerra Fria.
GRUPO II


 TEMA: PORTUGAL – IMOBILISMO POLÍTICO E CRESCIMENTO ECONÓMICO DO
                         PÓS-GUERRA A 1974
Doc. 1




1. Demonstre, com alguns exemplos práticos, a alteração da política económica reflectida no
documento.

                                                   GRUPO III

TEMA: PORTUGAL, DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA




Doc. 2

                         Proclamação do General Humberto Delgado (Maio de 1958)

                                A todos os Portugueses da Metrópole e do Ultramar
        Cidadãos de todas as idades e de todas as correntes liberais antitotalitárias, não só da Oposição declarada,
como também dos próprios sectores da Situação [...].
        Se é perigoso para alguém candidatar-se e se os portugueses têm medo de votar ou não crêem na validade
do voto – graves acontecimentos estão subvertendo o nosso querido Portugal e imperioso é que se tomem medidas
salvadoras. [...]
        Creio estar no espírito de todos que as responsabilidades internacionais assumidas por Portugal, a sua
presença nos organismos de carácter democrático e a unidade que temos de defender em territórios portugueses
espalhados por quatro continentes, não podem nem devem ser perturbadas por mudanças bruscas e violentas de
regime ou de política.
        Como candidato independente proponho ao País, sem dúvida mal preparado para súbitas mudanças, a
adopção progressiva e tão rápida quanto possível dos hábitos políticos correntes nos países democráticos. De resto,
aderindo à ONU e ao Pacto do Atlântico, Portugal tomou o compromisso de reger-se por instituições democráticas,
conforme o preâmbulo dos mesmos documentos. [...]
          O abismo trágico só se constituirá se a Situação teimar em impedir que o Povo eleja livremente os seus
representantes e decida por si os seus destinos.
          Na dignidade e na seriedade das eleições [...] os soberanos direitos e anseios do Povo [...] exigem que o Poder
se legitime e consagre por métodos análogos aos usados nas nações livres do Mundo [...].
          Um poder que assente no uso imoderado da força e não no respeito dos direitos humanos desperta paixões e
violências, que ao explodir tudo subvertem e nada constroem.
                                                     Programa mínimo
                                                             [...]
                                                     Na ordem interna
1.º – cumprir e fazer cumprir, sem esquivas e sem sofismas, na pureza do juramento a prestar, a actual Constituição
Política da República, nomeadamente o art.º 8.º, que garante a todos os cidadãos os direitos fundamentais [...];
2.º – garantir [...] que a Nação possa organizar-se politicamente em regime de pacífica convivência, eleger livremente
os seus representantes e decidir dos seus destinos [...].
                                                    Na ordem externa
1.º – manter e consolidar os nossos compromissos e direitos internacionais de potência ocidental, geograficamente
dispersa, mas política e moralmente unida e indissociável; [...]
3.º – defender e prestigiar a todo o transe os direitos da nossa Soberania.

Doc. 3
 Angola, Moçambique e Guiné são províncias de Portugal. Os seus habitantes, pretos ou brancos, são
portugueses. As perturbações de ordem interna, as violências lá produzidas, as agressões por guerrilhas vindas
do exterior têm de ser reprimidas e repelidas pelos portugueses. É um dever e uma responsabilidade nossas.
(…).
  De vez em quando, amigos estrangeiros aconselham-nos a negociar. E já cá dentro se escutaram vozes nesse
sentido. Tive ensejo de examinar publicamente tal sugestão. (…).
  Uma tal negociação equivaleria à capitulação. (…).

                                               Discurso de Marcello Caetano na rádio e na televisão em 3 de Julho de 1972



1. Justifique a seguinte afirmação de Humberto Delgado: «(...) os portugueses (...) não crêem na validade
do voto (...)».


2. Analise a evolução política do Estado Novo, de 1945 a inícios dos anos 70.

A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes tópicos de desenvolvimento:
- a “democratização” do regime após a 2ª guerra.
- os momentos de oposição - os vários episódios.
– o impacto político das eleições de 1958.
- a justificação para a manutenção do império e o isolamento internacional de Portugal.

Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos.

Identificação das fontes:
Doc1 – Discurso de Salazar a 7/10/1945
Doc 2.: Proclamação do General Humberto Delgado (Maio de 1958), in Arquivo Histórico da Força Aérea,
http://www.humbertodelgado.pt
Doc. 3 –Discurso de Marcelo        Caetano, 197


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Regimes totalitários
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Estado novo esquema
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Doc1
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Temas saídos em exame 2008
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(12º ano lh2 3 1º t 2º p 2011-12)

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE Curso de Línguas e Humanidades Duração da Prova: 90 minutos Ano Lectivo de 2011/12 TESTE ESCRITO DE HISTÓRIA A – 12º Ano GRUPO I TEMA: O TEMPO DA GUERRA FRIA – A CONSOLIDAÇÃO DE UM MUNDO BIPOLAR. Este grupo baseia-se na análise dos seguintes documentos: Doc. 1 – Política de alianças entre a Europa e os EUA, segundo a perspectiva britânica (The Guardian, 15 de Janeiro de 1963) Doc. 2 – Política de alianças entre a Europa e os EUA, segundo o presidente da França, general De Gaulle (23 de Julho de 1964) ________________________________________________________________________________ Doc. 1 Política de alianças entre a Europa e os EUA, segundo a perspectiva britânica (The Guardian, 15 de Janeiro de 1963) É impensável que o Reino Unido se integre numa Europa tal como o presidente De Gaulle a concebe. O Reino Unido é, em última análise, uma potência atlântica antes de ser europeia, e os seus laços com os EUA têm, pelo menos, tanto valor como os seus laços com a Europa Ocidental. É por estas razões que as condições postas pelo general De Gaulle são inaceitáveis. Doc.2 Política de alianças entre a Europa e os EUA, segundo o presidente da França, general De Gaulle (23 de Julho de 1964) No final da última guerra mundial […] só os EUA e a URSS eram grandes potências […]. É evidente que as coisas mudaram. Os estados ocidentais do nosso Velho Continente refizerama sua economia. Restabeleceram as suas forças militares. […] Sobretudo, tomaram consciência dos seus vínculos naturais. Numa palavra, a Europa Ocidental aparece como susceptível de constituir uma entidade capital, repleta de valores e de meios, capaz de viver a sua vida, não seguramente em oposição ao Novo Mundo, mas sim a seu lado. […] Convém, sem dúvida, que mantenha com a América uma aliança que, no Atlântico Norte, interesse a uma e a outra, enquanto dure a ameaça soviética. Mas as razões que, para a Europa, faziam da aliança uma subordinação deixam cada vez mais de ter sentido. 1. Compare, relativamente à afirmação política e militar da Europa Ocidental face à liderança dos EUA, a perspectiva expressa no documento 1 com a perspectiva expressa no documento 2. 2. Recorrendo aos seus conhecimentos, explicite dois dos momentos de maior tensão que aconteceram durante a Guerra Fria.
  • 2. GRUPO II TEMA: PORTUGAL – IMOBILISMO POLÍTICO E CRESCIMENTO ECONÓMICO DO PÓS-GUERRA A 1974 Doc. 1 1. Demonstre, com alguns exemplos práticos, a alteração da política económica reflectida no documento. GRUPO III TEMA: PORTUGAL, DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA Doc. 2 Proclamação do General Humberto Delgado (Maio de 1958) A todos os Portugueses da Metrópole e do Ultramar Cidadãos de todas as idades e de todas as correntes liberais antitotalitárias, não só da Oposição declarada, como também dos próprios sectores da Situação [...]. Se é perigoso para alguém candidatar-se e se os portugueses têm medo de votar ou não crêem na validade do voto – graves acontecimentos estão subvertendo o nosso querido Portugal e imperioso é que se tomem medidas salvadoras. [...] Creio estar no espírito de todos que as responsabilidades internacionais assumidas por Portugal, a sua presença nos organismos de carácter democrático e a unidade que temos de defender em territórios portugueses espalhados por quatro continentes, não podem nem devem ser perturbadas por mudanças bruscas e violentas de regime ou de política. Como candidato independente proponho ao País, sem dúvida mal preparado para súbitas mudanças, a adopção progressiva e tão rápida quanto possível dos hábitos políticos correntes nos países democráticos. De resto,
  • 3. aderindo à ONU e ao Pacto do Atlântico, Portugal tomou o compromisso de reger-se por instituições democráticas, conforme o preâmbulo dos mesmos documentos. [...] O abismo trágico só se constituirá se a Situação teimar em impedir que o Povo eleja livremente os seus representantes e decida por si os seus destinos. Na dignidade e na seriedade das eleições [...] os soberanos direitos e anseios do Povo [...] exigem que o Poder se legitime e consagre por métodos análogos aos usados nas nações livres do Mundo [...]. Um poder que assente no uso imoderado da força e não no respeito dos direitos humanos desperta paixões e violências, que ao explodir tudo subvertem e nada constroem. Programa mínimo [...] Na ordem interna 1.º – cumprir e fazer cumprir, sem esquivas e sem sofismas, na pureza do juramento a prestar, a actual Constituição Política da República, nomeadamente o art.º 8.º, que garante a todos os cidadãos os direitos fundamentais [...]; 2.º – garantir [...] que a Nação possa organizar-se politicamente em regime de pacífica convivência, eleger livremente os seus representantes e decidir dos seus destinos [...]. Na ordem externa 1.º – manter e consolidar os nossos compromissos e direitos internacionais de potência ocidental, geograficamente dispersa, mas política e moralmente unida e indissociável; [...] 3.º – defender e prestigiar a todo o transe os direitos da nossa Soberania. Doc. 3 Angola, Moçambique e Guiné são províncias de Portugal. Os seus habitantes, pretos ou brancos, são portugueses. As perturbações de ordem interna, as violências lá produzidas, as agressões por guerrilhas vindas do exterior têm de ser reprimidas e repelidas pelos portugueses. É um dever e uma responsabilidade nossas. (…). De vez em quando, amigos estrangeiros aconselham-nos a negociar. E já cá dentro se escutaram vozes nesse sentido. Tive ensejo de examinar publicamente tal sugestão. (…). Uma tal negociação equivaleria à capitulação. (…). Discurso de Marcello Caetano na rádio e na televisão em 3 de Julho de 1972 1. Justifique a seguinte afirmação de Humberto Delgado: «(...) os portugueses (...) não crêem na validade do voto (...)». 2. Analise a evolução política do Estado Novo, de 1945 a inícios dos anos 70. A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes tópicos de desenvolvimento: - a “democratização” do regime após a 2ª guerra. - os momentos de oposição - os vários episódios. – o impacto político das eleições de 1958. - a justificação para a manutenção do império e o isolamento internacional de Portugal. Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos. Identificação das fontes: Doc1 – Discurso de Salazar a 7/10/1945 Doc 2.: Proclamação do General Humberto Delgado (Maio de 1958), in Arquivo Histórico da Força Aérea, http://www.humbertodelgado.pt Doc. 3 –Discurso de Marcelo Caetano, 197 Cotações Grupo I - 20+20 = 40 Grupo II - 30 Grupo III - 25 +105 Total: 200 pontos