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Animado por Jezabel Coutinho
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Ninguém jogava às escondidas melhor do que ela. Na relva verde, nos arbustos verdes, quem conseguia encontrá-la?
Quando ia para a escola avisavam-na sempre – Tem cuidado, não vá um burro comer-te. És tão verde!
Se a levavam à praia, os pais andavam sempre numa aflição. O seu corpo verde ondeava nas ondas verdes, os seus cabelos verdes despenteavam-se entre as algas verdes, os seus dedos verdes brincavam nas rochas como verdes caranguejos.
Trepava às figueiras sem que o dono dos figos lhe ralhasse. Os próprios pássaros, ao senti-la passar no meio da folhagem verde, a confundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
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Fim
O SENHOR POUCA SORTE
Aquele rapaz nasceu numa sexta-feira, dia 13, daí a sua pouca sorte. Nunca apanhou uma doença para poder faltar à escola. Que pouca sorte! Comprou uma galinha, pois queria ovos frescos, para fazer omeletas, mas a galinha só punha ovos de ouro!  Que pouca sorte!
Saiam-lhe sempre automóveis nas rifas. Já tinha 17 carros, sem ter carta de condução. Que pouca sorte!
Quando caiu o helicóptero em que viajava, foi pousar, são e salvo, em cima de uma cerejeira. Logo ele, que não gostava de cerejas. Que pouca sorte!
Nunca casou porque tinha tantas namoradas, que não sabia qual havia de escolher.  Que pouca sorte!
Se lá em casa rebentava um cano ou entrava chuva pelo telhado, não tinha senhorio que lhe pagasse o concerto, porque era ele o dono da casa. Que pouca sorte! Mandou abrir um poço no quintal para regar a hortaliça. Mas do poço, em vez de água, saltou um repuxo de petróleo. Que pouca sorte!
Foi para a guerra como cozinheiro dos generais. Aumentou trinta quilos, comendo pudins ao pequeno almoço, um peru ao almoço, dez gelados ao lanche, um bacalhau ao jantar. Nem sequer foi condecorado. Que pouca sorte!
Fim
O HOMEM DAS BARBAS Aquele homem nunca tinha cortado as barbas. Elas cresceram até ao peito, até à barriga, até aos pés, até arrastarem pelo chão. Quando se esquecia de pôr o cinto, atava-as à cintura, para não lhe caírem as calças. Quando queria varrer a casa não precisava de outra vassoura – usava as barbas.
Quando parava a bicicleta na cidade, deixava-a ficar sempre presa às barbas para ninguém lha roubar.
Quando precisava de secar a roupa, estendia as barbas entre duas estacas, no quintal, e nelas pendurava as camisas, as cuecas, os lençóis.
Quando a neta o vinha visitar, era certo e sabido que lhe pedia logo: - Avozinho, deixa-me saltar à corda com as suas barbas?
Para tirar água do poço, atava um balde às barbas… e era só puxar! Se levava o cão a passeio, que trela julgam que usava? As barbas, está-se mesmo a ver!
Na praia toda a gente o conhecia. Era o mais famoso nadador salvador. Se havia alguém em perigo, atirava-lhe logo uma bóia amarrada às barbas.
E de Inverno, o que fazia? Trabalhava como limpa-chaminés. Enfiava as barbas pelas chaminés abaixo, vasculhava, vasculhava… não havia chaminés mais bem limpas em toda a região.
O pior foi que certo dia, estando um fogão aceso, as barbas começaram a arder. Correu para o mar, para as pôr de molho.  Sabem o que aconteceu?  Vieram presos nas barbas, como numa rede, vinte caranguejos, trinta sardinhas mais um tubarão.
Fim

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  • 2.
  • 3. Ninguém jogava às escondidas melhor do que ela. Na relva verde, nos arbustos verdes, quem conseguia encontrá-la?
  • 4. Quando ia para a escola avisavam-na sempre – Tem cuidado, não vá um burro comer-te. És tão verde!
  • 5. Se a levavam à praia, os pais andavam sempre numa aflição. O seu corpo verde ondeava nas ondas verdes, os seus cabelos verdes despenteavam-se entre as algas verdes, os seus dedos verdes brincavam nas rochas como verdes caranguejos.
  • 6. Trepava às figueiras sem que o dono dos figos lhe ralhasse. Os próprios pássaros, ao senti-la passar no meio da folhagem verde, a confundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
  • 7.
  • 8. Fim
  • 10. Aquele rapaz nasceu numa sexta-feira, dia 13, daí a sua pouca sorte. Nunca apanhou uma doença para poder faltar à escola. Que pouca sorte! Comprou uma galinha, pois queria ovos frescos, para fazer omeletas, mas a galinha só punha ovos de ouro! Que pouca sorte!
  • 11. Saiam-lhe sempre automóveis nas rifas. Já tinha 17 carros, sem ter carta de condução. Que pouca sorte!
  • 12. Quando caiu o helicóptero em que viajava, foi pousar, são e salvo, em cima de uma cerejeira. Logo ele, que não gostava de cerejas. Que pouca sorte!
  • 13. Nunca casou porque tinha tantas namoradas, que não sabia qual havia de escolher. Que pouca sorte!
  • 14. Se lá em casa rebentava um cano ou entrava chuva pelo telhado, não tinha senhorio que lhe pagasse o concerto, porque era ele o dono da casa. Que pouca sorte! Mandou abrir um poço no quintal para regar a hortaliça. Mas do poço, em vez de água, saltou um repuxo de petróleo. Que pouca sorte!
  • 15. Foi para a guerra como cozinheiro dos generais. Aumentou trinta quilos, comendo pudins ao pequeno almoço, um peru ao almoço, dez gelados ao lanche, um bacalhau ao jantar. Nem sequer foi condecorado. Que pouca sorte!
  • 16. Fim
  • 17. O HOMEM DAS BARBAS Aquele homem nunca tinha cortado as barbas. Elas cresceram até ao peito, até à barriga, até aos pés, até arrastarem pelo chão. Quando se esquecia de pôr o cinto, atava-as à cintura, para não lhe caírem as calças. Quando queria varrer a casa não precisava de outra vassoura – usava as barbas.
  • 18. Quando parava a bicicleta na cidade, deixava-a ficar sempre presa às barbas para ninguém lha roubar.
  • 19. Quando precisava de secar a roupa, estendia as barbas entre duas estacas, no quintal, e nelas pendurava as camisas, as cuecas, os lençóis.
  • 20. Quando a neta o vinha visitar, era certo e sabido que lhe pedia logo: - Avozinho, deixa-me saltar à corda com as suas barbas?
  • 21. Para tirar água do poço, atava um balde às barbas… e era só puxar! Se levava o cão a passeio, que trela julgam que usava? As barbas, está-se mesmo a ver!
  • 22. Na praia toda a gente o conhecia. Era o mais famoso nadador salvador. Se havia alguém em perigo, atirava-lhe logo uma bóia amarrada às barbas.
  • 23. E de Inverno, o que fazia? Trabalhava como limpa-chaminés. Enfiava as barbas pelas chaminés abaixo, vasculhava, vasculhava… não havia chaminés mais bem limpas em toda a região.
  • 24. O pior foi que certo dia, estando um fogão aceso, as barbas começaram a arder. Correu para o mar, para as pôr de molho. Sabem o que aconteceu? Vieram presos nas barbas, como numa rede, vinte caranguejos, trinta sardinhas mais um tubarão.
  • 25. Fim