A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em 1904 contra a lei de vacinação obrigatória. A população se sentiu invadida em sua privacidade pelas medidas arbitrárias do governo. Houve protestos violentos que paralisaram a cidade por uma semana até a lei ser revogada, mas com muitas mortes e prisões entre os manifestantes. A reforma urbana subsequente expulsou os pobres do centro da cidade.
2. INTRODUÇÃO
■O RIO DE JANEIRO NA
PRIMEIRA REPÚBLICA.
■A REVOLTA DA VACINA.
■O DESFECHO DA REVOLTA.
■O CONTEXTO POLÍTICO DA .
REVOLTA.
3.
4. O Cenário da cidade do Rio de Janeiro no início da República .
●O Centro do Rio de janeiro no início da primeira república
meados do século XIX era o local onde as pessoas residiam e
comercializavam pelas ruas, pela cidade encontravam-se porcos,
vacas, negras de tabuleiros, capoeiras além dos vários cortiços
onde viviam várias famílias amontoados nas pequenos quartos
com pouca ventilação e muita umidade, a sujeira e a
desorganização eram comuns nestes locais.
● os marinheiros desembarcavam no porto do Rio aterrorizados
pois muitos os que aqui desembarcavam contraiam vários tipos
de doenças, os imigrantes recusavam-se a vir trabalhar nas
lavouras de café temiam a”cidade da morte”, assim era
denominada a capital.
●Preocupado com esse cenário o presidente Rodrigues Alves e
o prefeito Pereira Passos começaram a realizar um projeto de
reurbanização e saneamento básico, e pediram o auxílio do
médico sanitarista Oswaldo Cruz para acabar com as epidemias
que eram constantes no Rio de Janeiro.
● Oswaldo Cruz assume o cargo de diretor geral do
departamento de saúde pública do governo federal e decreta a lei
de obrigatoriedade da vacina, com o objetivo acabar com as
epidemias que impediam a chegada do progresso, começa então
o processo de saneamento e urbanização da capital.
6. O CONTEXTO DA REVOLTA.
●Para cumprir seu objetivo Oswaldo cruz,
encaminhou ao congresso a proposta de lei de
obrigatoriedade da vacina em 31 de outubro.
●Começam os protestos e a insatisfação de diversos
setores da sociedade civil.
●A destruição de casebres para alargamento das
ruas e avenidas da cidade, junto com a política de
vacinação obrigatória e a arbitrariedade do
governo, e a falta de esclarecimentos á população
foram os fatores que desencadearam a revolta da
vacina.
●As brigadas de mata mosquitos formadas pelos
sanitaristas invadiam as casas com ajuda dos
policiais vacinando as pessoas á força, além de
exterminar ratos e mosquitos.
7. A População se viu invadida em
sua vida privada, seus costumes,
seu cotidiano, o governo não
desenvolveu nenhum programa de
orientação a população de como
seria a vacinação e a chegada dos
sanitaristas,eles agiam
violentamente revirando as casas
e quintais adentravam nas casas
mesmo sem a presença dos
maridos o que nesta época era
A Revolta da Vacina uma afronta,um desrespeito com a
família. A população sentia-se
violada com as medidas do
governo e obteve o apoio de
militares, monarquistas,
intelectuais, e alguns poucos
líderes operários daquela época,
que também estavam
descontentes com o governo de
Rodrigues Alves. Assim
começaram as manifestações
contra a vacinação obrigatória.
8. A Revolta da Vacina.
Durante o mês de novembro de 1904, século XX, o
Rio de Janeiro foi cenário de uma das maiores revoltas
urbanas que aconteceram neste país, onde centenas de
pessoas tomaram as ruas da cidade para protestar pela
medida adotada pelo governo.
Ocorreram manifestações de militares para retirada de
Rodrigues Alves do poder com o apoio de monarquistas
e intelectuais.
A Polícia e a Marinha tomaram as ruas da cidade onde
ocorreram confrontos violentos com a população que
destruía bondinhos, lojas, e formavam barricadas nas
ruas da cidade.
A população reagiu ativamente contra a obrigação da
vacina a cidade parou por mais de uma semana com
inúmeros protestos chegou até a ser decretado estado de
sítio na cidade.
10. A População estava insatisfeita com lei de obrigatoriedade da vacina e
com as medidas arbitrárias do governo .
O Governo decretou que quem não cumprisse a lei seria impedido de
assumir cargos públicos, além de não conseguirem matrícula nas escolas,
hospedagem em hotéis, viagens, casamentos e estariam sujeitos a pagar
multas.
11. O DESFECHO DA REVOLTA
Depois de decretado estado de sítio na cidade, foram contidas
as insurreições militares que tentavam tirar Rodrigues Alves
do poder.
O Desfecho final para a população foi de várias mortes, muitas
pessoas feridas e centenas deportadas para o Acre na ilha das
cobras.
A Questionada Lei da Vacina obrigatória foi revogada.
A vida dos participantes da revolta da vacina não seria mais a
mesma, dentre os presos que foram deportados para o acre
muitos deles morreram de varíola pois viviam em locais com
péssima higiene e em condições subumanas.
os que ficaram assistiram a reforma urbana de Pereira Passos
derrubando cortiços e despejando pessoas de suas casas, tendo
que se refugiarem nos morros do entorno do Rio de Janeiro,
ou nos locais mais afastados.
O centro da cidade não era mais local para a camada pobre, a
cidade após a reforma urbana ficou sendo um local de luxo e
refinamento onde apenas a burguesia poderia desfrutar.
13. CONTEXTO POLÍTICO DA REVOLTA.
A Revolta da Vacina ocorrida num momento decisivo de transformação
da sociedade Brasileira, nos fornece uma visão particularmente
esclarecedora de alguns elementos estruturais que preponderam em
nosso passado recente e que repercutem até os dias atuais.
A constituição de uma sociedade predominantemente urbanizada e de
origem burguesa no inicio da fase Republicana, que idealizavam uma
Capital Federal com ares Europeus, para que fossem reconhecidos como
um país estruturado e não mais visto como atrasado e de costumes
primitivos,a burguesia deveria limpar o centro da cidade retirando dela
toda a escória da sociedade do Rio de Janeiro, começando pela classe
pobre que teimava em resistir ao progresso da cidade.
A Cidade iria se erguer linda e deslumbrante com a reforma urbana de
Pereira Passos, e no campo da saúde Oswaldo Cruz finalizava o
empreendedorismo acabando de vez com os surtos endêmicos para que
europeus pudessem chegar a cidade sem o menor risco de contrair
qualquer doença, e os planos de crescimento econômico do país
finalmente iriam ser concretizados, juntamente com a exclusão da
camada pobre das ruas do centro do Rio de Janeiro.
16. BIBLIOGRAFIA
■SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina: Mentes
Insanas em Corpos Rebeldes. São Paulo, Cosac
Naify, 2010.
■CARVALHO,José Murilo de. Os Bestializados: O
Rio de Janeiro e a República que Não Foi. São
Paulo; Companhia das Letras,1987.
■PILETTI, Nelson. História e Vida Integrada: 9º ano
Ensino Fundamental. São Paulo, Editora Ática,
2009.