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PASTORAL FAMILIAR
DIOCESE DE GUARAPUAVA




      2011 / 2013
DEFESA DA VIDA




I. APRESENTAÇÃO
Deus abençoe a você que está lendo este informativo, buscando
aprimorar-se cada vez mais nos assuntos pertinentes ao Plano de Deus.

           Neste módulo, iremos abranger o tema “Defesa da Vida”, onde estarão
presentes algumas explicações da importância deste assunto no dia a dia de nossos
trabalhos pastorais bem como a maneira que deveremos disseminá-lo enquanto
agentes de pastoral familiar e demais leigos atuantes na igreja.

           Inicialmente a idéia de disseminar o tema com assiduidade e maior clareza
surgiu através da preocupação advinda do esquecimento com que a Palavra de Deus
trata da Vida, bem maior cultivado por Deus.

           Baseado nisso, o Papa João Paulo II, em 25 de março de 1995, no seu
décimo sétimo ano de pontificado, conduz e ministra a Encíclica Evangelium Vitae, ou
em português, O EVANGELHO DA VIDA.

           Esta seqüência de textos explicativos, baseados na Bíblia, no Catecismo da
Igreja Católica e demais documentos da Igreja Católica vem nos reavivar a importância
do tema Vida na Sociedade atual, para evangelização em todo o mundo.

           A sociedade atual, cada vez mais despreocupada com a vida, tem se valido
de pensamentos inúteis quanto à importância da vida, tanto quanto podemos
observar nas discussões de assuntos como aborto, fertilização artificial, métodos de
contracepção dentre outras barbáries, que estão cada vez mais tornando-se normais.

           Ora, observando esta normalidade frente a estas questões fundamentais
advindas dos princípios cristãos deixados por Deus, foi que o nosso querido Papa João
Paulo II em sua sabedoria divina nos apóia através deste tema para que juntos
possamos trazer de volta a importância da vida.

           Boa leitura!

           Alan e Geovana – Casal Referência em Defesa da Vida – Diocese de Guarapuava

           II. DEFESA DA VIDA NA PASTORAL FAMILIAR
Primeiramente, gostaríamos de ressaltar com extrema importância que o
tema Defesa da Vida não é um setor da Pastoral Familiar.

           Lembremos que os setores instituídos pelo Familiaris Consortio e
documentados junto aos diversos documentos da CNBB entre eles a Comissão
Episcopal para a Vida e a Família, onde regem as diretrizes da Pastoral Familiar, são
eles: Setor Pré-Matrimônio, Setor Pós-Matrimônio e Setor Casos Especiais. Por
enquanto, nada além disso.

           Portanto o que seria então este Defesa da Vida?

           Tão importante quanto o tema Planejamento Natural Familiar, este tema
Defesa da Vida ganhou importância após a instituição do Evangelium Vitae e tornou-se
necessária a sua disseminação.

           Quando temas como o Planejamento Natural Familiar e Defesa da Vida se
tornam mais evidentes que os demais temas trabalhados dentro dos setores da
Pastoral Familiar, torna-se também necessária a sua disseminação com maior acento.

           Sendo assim, o tema Defesa da Vida começou a ser disseminado pelos
Agentes da Pastoral Familiar em nível nacional. Observando a extrema importância do
tema e fazendo menção ao documento instituído por João Paulo II (Evangelium Vitae),
os Agentes da Pastoral Familiar em nível Estadual ou de Província, mobilizaram-se em
disseminar o tema deixando a critério dos bispos regionais se tal tema deveria
continuar a ser ministrado pelos agentes pastorais ou pelos demais leigos atuantes.
           Ora, tanto para ser repassado pelos agentes pastorais quanto para demais
leigos, a importância deixada desde o Evangelium Vitae é de que formem-se
evangelizadores, ou como estamos chamando desde o início das formações, de
disseminadores do tema Defesa da Vida.
           E para isso, contamos com você agente pastoral decanal e paroquial, para
formarmos disseminadores desse tema, seja em encontros promovidos pela Pastoral
Familiar, seja nas missas, seja em toda e quaisquer atividades pertinentes dentro do
Decanato e Paróquias.
Este trabalho continua aberto a todos os movimentos paroquiais e não só
Pastoral Familiar, contudo, os bispos diocesanos estão confiando este trabalho nas
mãos da Pastoral Familiar devido à experiência que temos adquirido ao longo de
nossos trabalhos pastorais o que facilitaria a formação de disseminadores do tema.
            Portanto, mesmo não sendo um setor da Pastoral Familiar, a Comissão
Diocesana em Defesa da Vida deve ser criada nas Dioceses, bem como na Diocese de
Guarapuava para tratar da disseminação deste assunto, portanto, finalmente sendo
tratado dentro dos 3 setores da Pastoral Familiar citados acima.
            Através disso poderemos continuar com o Plano de Deus instituído por
Nossa Santidade, o Papa, através do Evangelium Vitae, disseminando o tema Defesa da
Vida em todas as nossa atividades Pastorais com o apoio do bispo e dos agentes da
Pastoral Familiar a nível nacional e de província.


            III. DISSEMINADORES EM DEFESA DA VIDA


            O maior questionamento criado dentro da Pastoral Familiar é se deve ser
feito coordenação decanal e paroquial para este tema. A resposta advinda da
Comissão Regional Sul II da Pastoral Familiar, do Estado do Paraná, onde estamos
inseridos nos coloca o seguinte:
            Não é necessária a formação de coordenadores paroquiais nem decanais,
somente a criação de uma Equipe Diocesana ou Comissão Diocesana, onde haverá um
casal líder que deverá ter seus ajudantes para a parte de formação. As demais pessoas
que receberem tal formação serão chamados disseminadores do tema Defesa da Vida,
ou seja, o maior objetivo aqui não é encher a Pastoral Familiar de Coordenações além
das que já existem no Pré, Pós e Casos Especiais, e sim abrir os olhos dos cristãos
frente a importância de agir conforme Deus quer perante ao assunto Vida.
            Portanto assim como o tema Planejamento Natural Familiar que é feito
para disseminação dentre as pessoas que participam das atividades de Evangelização,
o tema Defesa da Vida deve seguir o mesmo princípio, uma Comissão Diocesana com
agentes disseminadores.
            A formação passada pelo Regional Sul II para a Diocese de Guarapuava, nos
mostra claramente o objetivo de reavivar a Defesa da Vida em todos os seus aspectos,
trabalho este, que pode ser maior difundido entre os membros de uma família, mais
uma vez demonstrando o porquê dos bispos estarem entregando este trabalho em
nossas mãos de agentes pastorais.
           Vale ressaltar que o tema Defesa da Vida já vem sendo discutido através da
Pastoral Familiar com a Semana da Vida que vem acontecendo todos os anos no mês
de Outubro, onde as diversas comunidades mobilizam-se em passar temas para as
pessoas refletirem sobre a Vida.
           O Dia do Nascituro comemorado em 8 de Outubro já é uma realidade
Nacional e instituído nos calendários nacionais. Neste dia vemos também mobilizações
dos agentes pastorais para debater sobre o assunto.
           Na Diocese de Guarapuava não poderíamos deixar de citar o Terço pela
Vida, onde desde o ano de 2010 está sendo feita a oração do terço da Pastoral Familiar
e uma mobilzação para acender uma vela pela vida onde em determinado horário e
local estão todos os agentes pastorais juntamente com os paroquianos de todas as
igrejas reunidos em uma grande corrente de oração em favor da vida.
           Este último trabalho vem sendo bem visto pelas outras dioceses, como a
Arquidiocese de Londrina que vem executando a mesma mobilização.
           Como vimos este tema pode ser trabalhado de diversas formas e cada vez
mais dentro da Pastoral Familiar, que dispõe de Encontros de Noivos e Regularização
dentre outros em que podem ser tratados este tema.




           O último encontro dos líderes Diocesanos que aconteceu em nossa Diocese
demonstrou muita preocupação com o tema Vida, segundo o que nos mostra a carta
abaixo:
COMISSÃO REGIONAL DE PASTORAL FAMILIAR CRPF - COORDENAÇÃO 2008/2011
                       ASSEMBLÉIA REGIONAL - GUARAPUAVA
      CNBB – COMISSÃO REGIONAL DA PASTORAL FAMILIAR – REGIONAL SUL II
 Rua Saldanha Marinho, 1266 – CEP:80.430-160 – Curitiba – PR Fone (41) 3224.7512–
                             E-mail: paulords@terra.com.br


Guarapuava, 12 de setembro de 2010.


Para: CNBB; Assembléia Legislativa do PR; Candidatos ao pleito de 2010; Congresso
Nacional; demais cidadãos.


Nós, católicos, participantes da Assembléia Estadual da Pastoral Familiar, abrangendo
todas as dioceses e Eparquia Ucraniana do Estado do Paraná, denominado Regional Sul
II da CNBB, reunidos na cidade de Guarapuava, de 10 a 12 de setembro de 2010,
sentimo-nos no dever de nos manifestarmos conforme segue:
Oportunamente reiteramos nosso apoio incondicional a ações de nossos pastores em
favor da valorização e promoção da vida e da família.
Repudiamos toda e qualquer ação que atente contra a dignidade da vida humana,
desde a sua concepção até a morte natural, bem como aquelas que, mesmo de forma
indireta, contribuem para a disseminação da promiscuidade entre nossos jovens e
adolescentes. Especificamente, queremos repudiar a decisão do Ministério da Saúde
de promover a instalação de máquinas dispensadoras de preservativos (máquinas de
camisinha) dentro de escolas públicas. O governo Federal informou que serão
instaladas 40 destas maquinas dentro de nossas escolas até o final deste ano letivo e a
partir de 2011 em todas as escolas do país.
É preciso ter em mente, que há muito mais prejuízo em favorecer a promiscuidade do
que em coibir doenças ou prevenir gravidez indesejada com essa desastrada medida
proposta e em fase de execução pelo Ministério da Saúde. Faz-se necessário, muito
mais do que distribuir camisinhas. É preciso formar para os valores, ministrar educação
sexual coerente, ensinar a responsabilidade diante do sexo, e não tomar atitudes de
incentivo a promiscuidade. Apoiamos o nosso Papa Bento XVI que, no ano passado,
afirmou que distribuir camisinhas não é a resposta para resolver o problema da
transmissão do vírus HIV.
A mensagem de Jesus Cristo, nosso Salvador e Libertador nos impele a proclamarmos a
vida como o maior bem, pois Ele veio para “que todos tenham vida e vida plena”,
rechaçamos as ações que deixam de lado os valores da família que desde os seus
primórdios preza o respeito mútuo, a valorização do ser humano e a conduta cristã na
educação de seus filhos e filhas.
             Esta carta está assinada por todos os participantes da Assembléia Regional
da Pastoral Familiar (Regional Sul II), em Guarapuava PR, conforme lista de presença
anexa à Ata da mesma Assembléia.




             IV. O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA E OS TEMAS RELATIVOS À VIDA



             Abaixo temos alguns trechos do catecismo da igreja católica que
exemplificam tudo o que é relativo à vida de acordo com os títulos conhecidos pela
sociedade atual e ministrados pelos Agentes Pastorais em Defesa da Vida à Nível de
Província:


Dignidade Humana
A dignidade da pessoa humana está fundamentada na criação à imagem e semelhança
de Deus. Dotada de uma alma espiritual e imortal, de inteligência e de livre vontade, a
pessoa humana está ordenada a Deus e chamada, com a sua alma e o seu corpo, à
bem-aventurança eterna.
1699-1715

Liberdade do Homem
É o poder dado por Deus ao homem de agir ou de não agir, de fazer isto ou aquilo, de
estabelecer assim por si mesmo ações deliberadas. A liberdade caracteriza os atos
propriamente humanos. Quanto mais fazemos o bem, tanto mais nos tornamos livres.
A liberdade atinge a própria perfeição quando está ordenada a Deus, sumo Bem e
nossa Bem aventurança. A liberdade implica também a possibilidade de escolher entre
o bem e o mal. A escolha do mal é um abuso da liberdade, que leva à escravidão do
pecado.
1730-1733 1743-1744


Liberdade e Responsabilidade
A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos na medida em que são
voluntários, ainda que a imputabilidade e a responsabilidade de uma ação possam
ficar diminuídas e às vezes ser anuladas pela ignorância, pela inadvertência, pela
violência sofrida, pelo medo, pelas afeições imoderadas, pelos hábitos.
1734-1737 1745-1746


Respeito à Liberdade
O direito ao exercício da liberdade é próprio de todo homem, porquanto é inseparável
da sua dignidade de pessoa humana. Portanto, esse direito deve ser sempre
respeitado, particularmente no campo moral e religioso, e deve ser civilmente
reconhecido e protegido nos limites do bem comum e da justa ordem pública.
1738-1747


Atos Ilícitos
Há atos cuja escolha é sempre ilícita por motivo do seu objeto (por exemplo, a
blasfêmia, o homicídio, o adultério). A escolha deles comporta uma desordem da
vontade, ou seja, um mal moral, que não pode ser justificado com o recurso aos bens
que eventualmente dele pudessem derivar.
1756,1761


Consciência Moral
A consciência moral, presente no íntimo da pessoa, é um juízo da razão, que, no
momento oportuno, impõe ao homem fazer o bem e evitar o mal. Graças a ela a
pessoa humana percebe a qualidade moral de um ato a ser realizado ou já realizado,
permitindo-lhe assumir sua responsabilidade. Quando escuta a consciência moral, o
homem prudente pode ouvir a voz de Deus que lhe fala.
1776-1780 1795-1797
A dignidade da pessoa em relação à consciência moral
A dignidade da pessoa humana implica a retidão da consciência moral (ou seja, que
esteja de acordo com o que é justo e bom segundo a razão e a Lei divina). Por motivo
da mesma dignidade pessoal, o homem não deve ser obrigado a agir contra a
consciência e não se deve sequer impedi-lo, dentro dos limites do bem comum, de
operar em conformidade com ela, sobretudo no campo religioso.
1780-1782 1798


A Pessoa e a Sociedade
A pessoa é e deve ser, o princípio, sujeito e fim de todas as situações sociais. Algumas
sociedades, como a família e a comunidade civil, são necessárias a ela. São úteis
também outras associações, tanto dentro das comunidades políticas como no plano
internacional, no respeito do princípio de subsidiariedade.
1881-1882 1892-1893


Princípio de Subsidiariedade
O princípio de subsidiariedade opõe-se a todas as formas de coletivismo; traça os
limites da intervenção do Estado; tem em vista harmonizar as relações entre os
indivíduos e as sociedades; tende a instaurar uma verdadeira ordem internacional.
1885


A Autêntica Convivência Humana
Exige respeitar a justiça, a justa hierarquia dos valores, e subordinar as dimensões
materiais e instintivas às interiores e espirituais. Em particular, onde o pecado perverte
o clima social, é preciso fazer apelo à conversão dos corações e à graça de Deus para
obter mudanças sociais que estejam realmente a serviço de toda pessoa e da pessoa
toda. A caridade, que exige e nos torna capazes da prática da justiça, é o maior
mandamento social.
1886-1889 1895-1896


O Bem Comum
O bem comum inclui: o respeito e a promoção dos direitos fundamentais da pessoa; o
desenvolvimento dos bens espirituais e temporais das pessoas e da sociedade; a paz e
a segurança de todos.
A realização mais completa do bem comum está nas comunidades políticas que
defendem e promovem o bem dos cidadãos e dos organismos intermediários, sem
esquecer o bem universal da família humana.
1907-1909 1925 1927


Garantia da Justiça Social
A sociedade garante a justiça social quando respeita a dignidade e os direitos da
pessoa, fim próprio da mesma sociedade. Além disso, a sociedade persegue a justiça
social, que está ligada ao bem comum e ao exercício da autoridade, quando fornece as
condições que permitam às associações e aos indivíduos conseguir aquilo a que têm
direito.
1928-1933 1943-1944


A Igualdade entre as Pessoas
Todos os homens gozam de igual dignidade e direitos fundamentais, porquanto,
criados à imagem do único Deus e dotados de uma mesma alma racional, têm a
mesma natureza e origem e são chamados, em Cristo, único salvador, à mesma bem-
aventurança divina.
1934-1935 1945


A Lei Natural
A lei natural, inscrita pelo Criador no coração de todo homem, consiste numa
participação da sabedoria e da bondade de Deus e exprime o sentido moral originário,
que permite ao homem discernir, por meio da razão, o bem e o mal. Ela é universal e
imutável e proporciona a base dos deveres e dos direitos fundamentais da pessoa,
bem como da comunidade humana e da própria lei civil.
Por causa do pecado, a lei natural nem sempre e nem por todos é percebida
igualmente de modo claro e imediato.
Por isso Deus "escreveu nas tábuas da Lei o que os homens não conseguiam ler em
seus corações"
(Santo Agostinho).
1954-1960 1978-1979


A Família no Plano de Deus
Um homem e uma mulher unidos em matrimônio formam juntamente com seus filhos
uma família. Deus instituiu a família e dotou-a da sua constituição fundamental. 0
matrimônio e a família são ordenados para o bem dos esposos, para a procriação e
para a educação dos filhos. Entre os membros de uma mesma família estabelecem-se
relações pessoais e responsabilidades primárias. Em Cristo, a família se torna igreja
doméstica, porque é comunidade de fé, de esperança e de amor.
2201-2205 2249


Família e Sociedade
A família é a célula originária da sociedade humana e antecede qualquer
reconhecimento por parte da autoridade pública. Os princípios e os valores familiares
constituem o fundamento da vida social. A vida de família é uma iniciação à vida da
sociedade.
2207-2208


Deveres da Sociedade para com a Família
A sociedade tem o dever de apoiar e consolidar o matrimônio e a família, no respeito
também do princípio de subsidiariedade. Os poderes públicos devem respeitar,
proteger e favorecer a verdadeira natureza do matrimônio e da família, a moral
pública, os direitos dos pais e a prosperidade doméstica.
2209-2213 2250


A Autoridade da Sociedade Civil
Deve ser sempre exercida como um serviço, respeitando os direitos fundamentais do
homem, uma justa hierarquia dos valores, das leis, a justiça distributiva e o princípio
de subsidiariedade. Cada qual, no exercício da autoridade, deve procurar o interesse
da comunidade mais que o próprio, e deve inspirar as suas decisões na verdade sobre
Deus, sobre o homem e sobre o mundo.
2234-2237 2254


Objeção de Consciência
O cidadão não deve em consciência obedecer quando as ordens das autoridades civis
se opõem às exigências da ordem moral: "É preciso obedecer a Deus antes que aos
homens" (At 5,29).
2242-2243 2256


A Vida Humana
A vida humana é sagrada. Desde seu início ela comporta a ação criadora de Deus e
permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. A
ninguém é lícito destruir diretamente um ser humano inocente, sendo isso
gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador. "Não mates o
inocente nem o justo" (Ex 23,7).
2258-2262 2318-2320


O Quinto Mandamento
O quinto mandamento proíbe como gravemente contrários à lei moral:
 O homicídio direto e voluntário, e a cooperação com ele;
 O aborto direto, querido como fim ou como meio, bem como a cooperação com
  ele, sob pena de excomunhão, porque o ser humano, desde sua concepção, deve
  ser respeitado e protegido de modo absoluto em sua integridade;
 A eutanásia direta, que consiste em pôr fim, com um ato ou omissão de uma ação
  devida, à vida de pessoas deficientes, doentes ou próximas da morte;
 O suicídio e a cooperação voluntária com ele, porquanto é uma ofensa grave ao
  justo amor de Deus, de si e do próximo;
Quanto à responsabilidade, ela pode ser agravada em razão do escândalo ou atenuada
por particulares distúrbios psíquicos ou grave medo.
2268-2283 2321-2326
Assistência na Morte
Os cuidados que ordinariamente se devem a uma pessoa doente não podem ser
legitimamente interrompidos. São, porém, legítimos o uso de analgésicos, que não
tenham a morte como objetivo, e a renúncia à "obstinação terapêutica", ou seja, à
utilização de procedimentos médicos desproporcionais e sem razoável esperança de
êxito positivo.
2278-2279


A Proteção do Embrião
O direito inalienável à vida de todo indivíduo humano desde sua concepção é um
elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação. Quando o Estado não põe
sua força a serviço dos direitos de todos e em particular dos mais fracos, entre os quais
os concebidos ainda não nascidos, minam-se os fundamentos mesmos de um Estado
de direito.
2273-2274


O Escândalo
O escândalo, que consiste em induzir outros a fazer o mal, evita-se respeitando a alma
e o corpo da pessoa. Se se induz deliberadamente outros a pecar gravemente, comete-
se uma culpa grave.
2284-2287


Cuidados com o Corpo
Temos de ter um razoável cuidado da saúde física própria e alheia, evitando, todavia, o
culto do corpo e toda espécie de excessos. Além disso, deve-se evitar o uso de drogas
que causam gravíssimos danos à saúde e à vida humana, e também o abuso dos
alimentos, do álcool, do fumo e dos medicamentos.
2288-2291
As Experiências Científicas com Seres Humanos
São moralmente legítimas se estão a serviço do bem integral da pessoa e da
sociedade, sem riscos desproporcionais para a vida e a integridade física e psíquica dos
indivíduos, oportunamente informados e consencientes.
2292-2295


Transplante de Órgãos
O transplante de órgãos é moralmente aceitável com o consentimento do doador e
sem riscos excessivos para ele. Para o nobre ato da doação dos órgãos após a morte
deve ser plenamente constatada a morte real do doador.
2296


Práticas Contrárias à Integridade da Pessoa Humana
São: a tomada de reféns e sequestros de pessoa, o terrorismo, a tortura, a violência, a
esterilização direta. As amputações e as mutilações de uma pessoa são moralmente
permitidas somente para indispensáveis fins terapêuticos dela.
2297-2298


Cuidados com os Moribundos
Os moribundos têm direito a viver com dignidade os últimos momentos da sua vida
terrena, sobretudo com o apoio da oração e dos sacramentos que preparam para o
encontro com o Deus vivo.
2299


A Pessoa e a Identidade Sexual
Deus criou o ser humano, homem e mulher, com igual dignidade pessoal, e inscreveu
nele a vocação do amor e da comunhão. Cabe a cada um aceitar a própria identidade
sexual, reconhecendo sua importância para a pessoa toda, a especificidade e a
complementaridade.
2331-2336 2392-2393


A Castidade
A castidade é a positiva integração da sexualidade na pessoa. A sexualidade se torna
humana quando é integrada de modo justo na relação de pessoa a pessoa. A castidade
é uma virtude moral, um dom de Deus, uma graça, um fruto do Espírito.
2337-2338
Somos Chamados a Viver a Castidade
Todos, seguindo a Cristo, modelo de castidade, são chamados a levar uma vida casta
segundo o próprio estado de vida: uns vivendo na virgindade ou no celibato
consagrado, um modo iminente de se dedicar mais facilmente a Deus com coração
indiviso; outros, se casados, vivendo a castidade conjugal; se não casados, vivendo a
castidade na continência.
2348-2350 2394


Os Pecados Contra a Castidade
São pecados gravemente contrários à castidade, cada qual segundo a natureza do
próprio objeto: o adultério, a masturbação, a fornicação, a pornografia, a prostituição,
o estupro, os atos homossexuais. Esses pecados são expressão do vício da luxúria.
Cometidos com menores, esses atos são um atentado ainda mais grave contra a
integridade física e moral deles.
2351-2359 2396


Deveres das Autoridades Civis com Relação à Castidade
Elas, por serem obrigadas a promover o respeito da dignidade da pessoa, devem
contribuir para criar um ambiente favorável à castidade, até impedindo, com leis
adequadas, a difusão de algumas das supracitadas graves ofensas à castidade, para
proteger, sobretudo, os menores e os mais fracos.
2354


Regulação dos Nascimentos
A regulação dos nascimentos, que representa um dos aspectos da paternidade e
maternidade responsáveis, é objetivamente conforme à moralidade quando é feita
pelos esposos sem imposições externas, não por egoísmo, mas por sérios motivos e
com métodos conformes aos critérios objetivos da moralidade, ou seja, com a
continência periódica e o recurso aos períodos infecundos.
2368-2369 2399
Meios Imorais para Regulação dos Nacimentos
É intrinsecamente imoral toda ação - como, por exemplo, a esterilização direta ou
contracepção - que, em previsão do ato conjugal, ou na sua realização, ou no
desdobramento das suas consequências naturais, se proponha como objetivo ou como
meio impedir a procriação.
2370-2372


A Inseminação e a Fecundação Artificial
São imorais porque dissociam a procriação do ato com que os esposos se dão
mutuamente, instaurando assim um domínio da técnica sobre a origem e sobre o
destino da pessoa humana. Além disso, a inseminação e a fecundação heteróloga, com
o recurso a técnicas que envolvem uma pessoa estranha ao casal conjugal, ferem o
direito do filho de nascer de um pai e de uma mãe conhecidos por ele, ligados entre si
pelo matrimônio e com o direito exclusivo a se tornarem pais somente um por meio do
outro.
2373-2377


Os Filhos
O filho é um dom de Deus, o dom maior do matrimônio. Não existe um direito a ter
filhos ("o filho devido, a todo custo"). Existe, sim, o direito do filho de ser o fruto do
ato conjugal dos seus pais e também o direito de ser respeitado como pessoa desde o
momento de sua concepção.
2378


A Esterilidade dos Esposos
Quando o dom do filho não lhes é concedido, os esposos, depois de ter esgotado os
legítimos recursos à medicina, podem mostrar sua generosidade mediante a guarda ou
adoção, ou pela prestação de serviços significativos a favor do próximo. Realizam
assim uma valiosa fecundidade espiritual.
2379


Ofensas à Dignidade do Matrimônio
São: o adultério, o divórcio, a poligamia, o incesto, a união livre (convivência,
concubinato), o ato sexual antes ou fora do matrimônio.
2380-2391 2400


A Solidariedade entre as Nações
No plano internacional, todas as nações e instituições devem agir com base na
solidariedade e subsidiariedade, com o fim de eliminar ou pelo menos reduzir a
miséria, a desigualdade dos recursos e dos meios econômicos, as injustiças econômicas
e sociais, a exploração das pessoas, o acúmulo das dívidas dos países pobres, os
mecanismos perversos que obstaculizam o desenvolvimento dos países menos
progredidos.
2437-2441


Participação na Vida Política e Social
Os fiéis leigos intervêm diretamente na vida política e social animando, com espírito
cristão, as realidades temporais e colaborando com todos, como autênticas
testemunhas do Evangelho e agentes de paz e de justiça.
2442


A Verdade
Toda pessoa é chamada à sinceridade e à veracidade no agir e no falar. Cada um tem o
dever de procurar a verdade e de a ela aderir, ordenando toda a própria vida segundo
as exigências da verdade. Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou
inteiramente: ele é a Verdade. Quem o segue vive no Espírito de verdade, e é avesso à
duplicidade, à simulação e à hipocrisia.
2464-2470 2504


Testemunho da Verdade
O cristão deve dar testemunho da verdade evangélica em todos os campos da sua
atividade pública e privada, mesmo com o sacrifício, se necessário, da própria vida. O
martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé.
2471-2474 2505-2506
Os Meios de Comunicação Social
A informação midiática deve estar a serviço do bem comum e no seu conteúdo deve
ser sempre verdadeira e, salvas a justiça e caridade, também íntegra. Deve, além disso,
exprimir-se de modo honesto e conveniente, respeitando escrupulosamente as leis
morais, os legítimos direitos e a dignidade da pessoa.
2493-2499 2512




             30 DIA EM ORAÇÃO PELA VIDA!




           V. CONCLUSÃO




           Após todos estes conceitos, podemos perceber que tão importante quanto
defender a vida desde a sua concepção é também defender os direitos à vida plena em
Deus enquanto seres humanos gerados e crescidos. Devemos evangelizar as pessoas
para que elas tenham armas para defender a sua vida não só das ações mundanas,
mas também espirituais.

           “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância” (Jo, 10, 10)

           Para termos vida em abundância é necessário estarmos em sintonia com
Deus. E para conseguirmos esta sintonia, necessitamos ser evangelizados. Você
querido amigo agente já está sendo evangelizado, mas e os demais ao seu redor?




           Jesus veio para que todos os homens tenham vida, e não somente isto,
mas vida em abundância. A palavra vida pode ser entendida de duas formas: a
primeira refere-se simplesmente a estar vivo; a segunda é a qualidade da vida que se
tem. Quando Jesus proferiu estas palavras, estava se referindo às duas coisas.




           V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

BÍBLIA SAGRADA – EDIÇÃO CLARETIANA – 1996 – 6ª EDIÇÃO – EDITORA
AVE MARIA LTDA.

MOVIMENTO EM DEFESA DA VIDA DA ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO -
http://www.defesadavida.com/

IOANNES PAULUS PP. II – EVANGELIUM VITAE – VATICANO, ENCÍCLICAS
PROFERIDAS. 25/03/1995

CARTA REGIONAL - CNBB – COMISSÃO REGIONAL DA PASTORAL FAMILIAR
– REGIONAL SUL II, Rua Saldanha Marinho, 1266 – CEP:80.430-160 Curitiba
– PR Fone (41) 3224.7512

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  • 1. PASTORAL FAMILIAR DIOCESE DE GUARAPUAVA 2011 / 2013
  • 2. DEFESA DA VIDA I. APRESENTAÇÃO
  • 3. Deus abençoe a você que está lendo este informativo, buscando aprimorar-se cada vez mais nos assuntos pertinentes ao Plano de Deus. Neste módulo, iremos abranger o tema “Defesa da Vida”, onde estarão presentes algumas explicações da importância deste assunto no dia a dia de nossos trabalhos pastorais bem como a maneira que deveremos disseminá-lo enquanto agentes de pastoral familiar e demais leigos atuantes na igreja. Inicialmente a idéia de disseminar o tema com assiduidade e maior clareza surgiu através da preocupação advinda do esquecimento com que a Palavra de Deus trata da Vida, bem maior cultivado por Deus. Baseado nisso, o Papa João Paulo II, em 25 de março de 1995, no seu décimo sétimo ano de pontificado, conduz e ministra a Encíclica Evangelium Vitae, ou em português, O EVANGELHO DA VIDA. Esta seqüência de textos explicativos, baseados na Bíblia, no Catecismo da Igreja Católica e demais documentos da Igreja Católica vem nos reavivar a importância do tema Vida na Sociedade atual, para evangelização em todo o mundo. A sociedade atual, cada vez mais despreocupada com a vida, tem se valido de pensamentos inúteis quanto à importância da vida, tanto quanto podemos observar nas discussões de assuntos como aborto, fertilização artificial, métodos de contracepção dentre outras barbáries, que estão cada vez mais tornando-se normais. Ora, observando esta normalidade frente a estas questões fundamentais advindas dos princípios cristãos deixados por Deus, foi que o nosso querido Papa João Paulo II em sua sabedoria divina nos apóia através deste tema para que juntos possamos trazer de volta a importância da vida. Boa leitura! Alan e Geovana – Casal Referência em Defesa da Vida – Diocese de Guarapuava II. DEFESA DA VIDA NA PASTORAL FAMILIAR
  • 4. Primeiramente, gostaríamos de ressaltar com extrema importância que o tema Defesa da Vida não é um setor da Pastoral Familiar. Lembremos que os setores instituídos pelo Familiaris Consortio e documentados junto aos diversos documentos da CNBB entre eles a Comissão Episcopal para a Vida e a Família, onde regem as diretrizes da Pastoral Familiar, são eles: Setor Pré-Matrimônio, Setor Pós-Matrimônio e Setor Casos Especiais. Por enquanto, nada além disso. Portanto o que seria então este Defesa da Vida? Tão importante quanto o tema Planejamento Natural Familiar, este tema Defesa da Vida ganhou importância após a instituição do Evangelium Vitae e tornou-se necessária a sua disseminação. Quando temas como o Planejamento Natural Familiar e Defesa da Vida se tornam mais evidentes que os demais temas trabalhados dentro dos setores da Pastoral Familiar, torna-se também necessária a sua disseminação com maior acento. Sendo assim, o tema Defesa da Vida começou a ser disseminado pelos Agentes da Pastoral Familiar em nível nacional. Observando a extrema importância do tema e fazendo menção ao documento instituído por João Paulo II (Evangelium Vitae), os Agentes da Pastoral Familiar em nível Estadual ou de Província, mobilizaram-se em disseminar o tema deixando a critério dos bispos regionais se tal tema deveria continuar a ser ministrado pelos agentes pastorais ou pelos demais leigos atuantes. Ora, tanto para ser repassado pelos agentes pastorais quanto para demais leigos, a importância deixada desde o Evangelium Vitae é de que formem-se evangelizadores, ou como estamos chamando desde o início das formações, de disseminadores do tema Defesa da Vida. E para isso, contamos com você agente pastoral decanal e paroquial, para formarmos disseminadores desse tema, seja em encontros promovidos pela Pastoral Familiar, seja nas missas, seja em toda e quaisquer atividades pertinentes dentro do Decanato e Paróquias.
  • 5. Este trabalho continua aberto a todos os movimentos paroquiais e não só Pastoral Familiar, contudo, os bispos diocesanos estão confiando este trabalho nas mãos da Pastoral Familiar devido à experiência que temos adquirido ao longo de nossos trabalhos pastorais o que facilitaria a formação de disseminadores do tema. Portanto, mesmo não sendo um setor da Pastoral Familiar, a Comissão Diocesana em Defesa da Vida deve ser criada nas Dioceses, bem como na Diocese de Guarapuava para tratar da disseminação deste assunto, portanto, finalmente sendo tratado dentro dos 3 setores da Pastoral Familiar citados acima. Através disso poderemos continuar com o Plano de Deus instituído por Nossa Santidade, o Papa, através do Evangelium Vitae, disseminando o tema Defesa da Vida em todas as nossa atividades Pastorais com o apoio do bispo e dos agentes da Pastoral Familiar a nível nacional e de província. III. DISSEMINADORES EM DEFESA DA VIDA O maior questionamento criado dentro da Pastoral Familiar é se deve ser feito coordenação decanal e paroquial para este tema. A resposta advinda da Comissão Regional Sul II da Pastoral Familiar, do Estado do Paraná, onde estamos inseridos nos coloca o seguinte: Não é necessária a formação de coordenadores paroquiais nem decanais, somente a criação de uma Equipe Diocesana ou Comissão Diocesana, onde haverá um casal líder que deverá ter seus ajudantes para a parte de formação. As demais pessoas que receberem tal formação serão chamados disseminadores do tema Defesa da Vida, ou seja, o maior objetivo aqui não é encher a Pastoral Familiar de Coordenações além das que já existem no Pré, Pós e Casos Especiais, e sim abrir os olhos dos cristãos frente a importância de agir conforme Deus quer perante ao assunto Vida. Portanto assim como o tema Planejamento Natural Familiar que é feito para disseminação dentre as pessoas que participam das atividades de Evangelização, o tema Defesa da Vida deve seguir o mesmo princípio, uma Comissão Diocesana com agentes disseminadores. A formação passada pelo Regional Sul II para a Diocese de Guarapuava, nos mostra claramente o objetivo de reavivar a Defesa da Vida em todos os seus aspectos,
  • 6. trabalho este, que pode ser maior difundido entre os membros de uma família, mais uma vez demonstrando o porquê dos bispos estarem entregando este trabalho em nossas mãos de agentes pastorais. Vale ressaltar que o tema Defesa da Vida já vem sendo discutido através da Pastoral Familiar com a Semana da Vida que vem acontecendo todos os anos no mês de Outubro, onde as diversas comunidades mobilizam-se em passar temas para as pessoas refletirem sobre a Vida. O Dia do Nascituro comemorado em 8 de Outubro já é uma realidade Nacional e instituído nos calendários nacionais. Neste dia vemos também mobilizações dos agentes pastorais para debater sobre o assunto. Na Diocese de Guarapuava não poderíamos deixar de citar o Terço pela Vida, onde desde o ano de 2010 está sendo feita a oração do terço da Pastoral Familiar e uma mobilzação para acender uma vela pela vida onde em determinado horário e local estão todos os agentes pastorais juntamente com os paroquianos de todas as igrejas reunidos em uma grande corrente de oração em favor da vida. Este último trabalho vem sendo bem visto pelas outras dioceses, como a Arquidiocese de Londrina que vem executando a mesma mobilização. Como vimos este tema pode ser trabalhado de diversas formas e cada vez mais dentro da Pastoral Familiar, que dispõe de Encontros de Noivos e Regularização dentre outros em que podem ser tratados este tema. O último encontro dos líderes Diocesanos que aconteceu em nossa Diocese demonstrou muita preocupação com o tema Vida, segundo o que nos mostra a carta abaixo:
  • 7. COMISSÃO REGIONAL DE PASTORAL FAMILIAR CRPF - COORDENAÇÃO 2008/2011 ASSEMBLÉIA REGIONAL - GUARAPUAVA CNBB – COMISSÃO REGIONAL DA PASTORAL FAMILIAR – REGIONAL SUL II Rua Saldanha Marinho, 1266 – CEP:80.430-160 – Curitiba – PR Fone (41) 3224.7512– E-mail: paulords@terra.com.br Guarapuava, 12 de setembro de 2010. Para: CNBB; Assembléia Legislativa do PR; Candidatos ao pleito de 2010; Congresso Nacional; demais cidadãos. Nós, católicos, participantes da Assembléia Estadual da Pastoral Familiar, abrangendo todas as dioceses e Eparquia Ucraniana do Estado do Paraná, denominado Regional Sul II da CNBB, reunidos na cidade de Guarapuava, de 10 a 12 de setembro de 2010, sentimo-nos no dever de nos manifestarmos conforme segue: Oportunamente reiteramos nosso apoio incondicional a ações de nossos pastores em favor da valorização e promoção da vida e da família. Repudiamos toda e qualquer ação que atente contra a dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural, bem como aquelas que, mesmo de forma indireta, contribuem para a disseminação da promiscuidade entre nossos jovens e adolescentes. Especificamente, queremos repudiar a decisão do Ministério da Saúde de promover a instalação de máquinas dispensadoras de preservativos (máquinas de camisinha) dentro de escolas públicas. O governo Federal informou que serão instaladas 40 destas maquinas dentro de nossas escolas até o final deste ano letivo e a partir de 2011 em todas as escolas do país. É preciso ter em mente, que há muito mais prejuízo em favorecer a promiscuidade do que em coibir doenças ou prevenir gravidez indesejada com essa desastrada medida proposta e em fase de execução pelo Ministério da Saúde. Faz-se necessário, muito mais do que distribuir camisinhas. É preciso formar para os valores, ministrar educação sexual coerente, ensinar a responsabilidade diante do sexo, e não tomar atitudes de incentivo a promiscuidade. Apoiamos o nosso Papa Bento XVI que, no ano passado,
  • 8. afirmou que distribuir camisinhas não é a resposta para resolver o problema da transmissão do vírus HIV. A mensagem de Jesus Cristo, nosso Salvador e Libertador nos impele a proclamarmos a vida como o maior bem, pois Ele veio para “que todos tenham vida e vida plena”, rechaçamos as ações que deixam de lado os valores da família que desde os seus primórdios preza o respeito mútuo, a valorização do ser humano e a conduta cristã na educação de seus filhos e filhas. Esta carta está assinada por todos os participantes da Assembléia Regional da Pastoral Familiar (Regional Sul II), em Guarapuava PR, conforme lista de presença anexa à Ata da mesma Assembléia. IV. O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA E OS TEMAS RELATIVOS À VIDA Abaixo temos alguns trechos do catecismo da igreja católica que exemplificam tudo o que é relativo à vida de acordo com os títulos conhecidos pela sociedade atual e ministrados pelos Agentes Pastorais em Defesa da Vida à Nível de Província: Dignidade Humana A dignidade da pessoa humana está fundamentada na criação à imagem e semelhança de Deus. Dotada de uma alma espiritual e imortal, de inteligência e de livre vontade, a pessoa humana está ordenada a Deus e chamada, com a sua alma e o seu corpo, à bem-aventurança eterna. 1699-1715 Liberdade do Homem É o poder dado por Deus ao homem de agir ou de não agir, de fazer isto ou aquilo, de estabelecer assim por si mesmo ações deliberadas. A liberdade caracteriza os atos propriamente humanos. Quanto mais fazemos o bem, tanto mais nos tornamos livres. A liberdade atinge a própria perfeição quando está ordenada a Deus, sumo Bem e nossa Bem aventurança. A liberdade implica também a possibilidade de escolher entre
  • 9. o bem e o mal. A escolha do mal é um abuso da liberdade, que leva à escravidão do pecado. 1730-1733 1743-1744 Liberdade e Responsabilidade A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos na medida em que são voluntários, ainda que a imputabilidade e a responsabilidade de uma ação possam ficar diminuídas e às vezes ser anuladas pela ignorância, pela inadvertência, pela violência sofrida, pelo medo, pelas afeições imoderadas, pelos hábitos. 1734-1737 1745-1746 Respeito à Liberdade O direito ao exercício da liberdade é próprio de todo homem, porquanto é inseparável da sua dignidade de pessoa humana. Portanto, esse direito deve ser sempre respeitado, particularmente no campo moral e religioso, e deve ser civilmente reconhecido e protegido nos limites do bem comum e da justa ordem pública. 1738-1747 Atos Ilícitos Há atos cuja escolha é sempre ilícita por motivo do seu objeto (por exemplo, a blasfêmia, o homicídio, o adultério). A escolha deles comporta uma desordem da vontade, ou seja, um mal moral, que não pode ser justificado com o recurso aos bens que eventualmente dele pudessem derivar. 1756,1761 Consciência Moral A consciência moral, presente no íntimo da pessoa, é um juízo da razão, que, no momento oportuno, impõe ao homem fazer o bem e evitar o mal. Graças a ela a pessoa humana percebe a qualidade moral de um ato a ser realizado ou já realizado, permitindo-lhe assumir sua responsabilidade. Quando escuta a consciência moral, o homem prudente pode ouvir a voz de Deus que lhe fala. 1776-1780 1795-1797
  • 10. A dignidade da pessoa em relação à consciência moral A dignidade da pessoa humana implica a retidão da consciência moral (ou seja, que esteja de acordo com o que é justo e bom segundo a razão e a Lei divina). Por motivo da mesma dignidade pessoal, o homem não deve ser obrigado a agir contra a consciência e não se deve sequer impedi-lo, dentro dos limites do bem comum, de operar em conformidade com ela, sobretudo no campo religioso. 1780-1782 1798 A Pessoa e a Sociedade A pessoa é e deve ser, o princípio, sujeito e fim de todas as situações sociais. Algumas sociedades, como a família e a comunidade civil, são necessárias a ela. São úteis também outras associações, tanto dentro das comunidades políticas como no plano internacional, no respeito do princípio de subsidiariedade. 1881-1882 1892-1893 Princípio de Subsidiariedade O princípio de subsidiariedade opõe-se a todas as formas de coletivismo; traça os limites da intervenção do Estado; tem em vista harmonizar as relações entre os indivíduos e as sociedades; tende a instaurar uma verdadeira ordem internacional. 1885 A Autêntica Convivência Humana Exige respeitar a justiça, a justa hierarquia dos valores, e subordinar as dimensões materiais e instintivas às interiores e espirituais. Em particular, onde o pecado perverte o clima social, é preciso fazer apelo à conversão dos corações e à graça de Deus para obter mudanças sociais que estejam realmente a serviço de toda pessoa e da pessoa toda. A caridade, que exige e nos torna capazes da prática da justiça, é o maior mandamento social. 1886-1889 1895-1896 O Bem Comum
  • 11. O bem comum inclui: o respeito e a promoção dos direitos fundamentais da pessoa; o desenvolvimento dos bens espirituais e temporais das pessoas e da sociedade; a paz e a segurança de todos. A realização mais completa do bem comum está nas comunidades políticas que defendem e promovem o bem dos cidadãos e dos organismos intermediários, sem esquecer o bem universal da família humana. 1907-1909 1925 1927 Garantia da Justiça Social A sociedade garante a justiça social quando respeita a dignidade e os direitos da pessoa, fim próprio da mesma sociedade. Além disso, a sociedade persegue a justiça social, que está ligada ao bem comum e ao exercício da autoridade, quando fornece as condições que permitam às associações e aos indivíduos conseguir aquilo a que têm direito. 1928-1933 1943-1944 A Igualdade entre as Pessoas Todos os homens gozam de igual dignidade e direitos fundamentais, porquanto, criados à imagem do único Deus e dotados de uma mesma alma racional, têm a mesma natureza e origem e são chamados, em Cristo, único salvador, à mesma bem- aventurança divina. 1934-1935 1945 A Lei Natural A lei natural, inscrita pelo Criador no coração de todo homem, consiste numa participação da sabedoria e da bondade de Deus e exprime o sentido moral originário, que permite ao homem discernir, por meio da razão, o bem e o mal. Ela é universal e imutável e proporciona a base dos deveres e dos direitos fundamentais da pessoa, bem como da comunidade humana e da própria lei civil. Por causa do pecado, a lei natural nem sempre e nem por todos é percebida igualmente de modo claro e imediato.
  • 12. Por isso Deus "escreveu nas tábuas da Lei o que os homens não conseguiam ler em seus corações" (Santo Agostinho). 1954-1960 1978-1979 A Família no Plano de Deus Um homem e uma mulher unidos em matrimônio formam juntamente com seus filhos uma família. Deus instituiu a família e dotou-a da sua constituição fundamental. 0 matrimônio e a família são ordenados para o bem dos esposos, para a procriação e para a educação dos filhos. Entre os membros de uma mesma família estabelecem-se relações pessoais e responsabilidades primárias. Em Cristo, a família se torna igreja doméstica, porque é comunidade de fé, de esperança e de amor. 2201-2205 2249 Família e Sociedade A família é a célula originária da sociedade humana e antecede qualquer reconhecimento por parte da autoridade pública. Os princípios e os valores familiares constituem o fundamento da vida social. A vida de família é uma iniciação à vida da sociedade. 2207-2208 Deveres da Sociedade para com a Família A sociedade tem o dever de apoiar e consolidar o matrimônio e a família, no respeito também do princípio de subsidiariedade. Os poderes públicos devem respeitar, proteger e favorecer a verdadeira natureza do matrimônio e da família, a moral pública, os direitos dos pais e a prosperidade doméstica. 2209-2213 2250 A Autoridade da Sociedade Civil Deve ser sempre exercida como um serviço, respeitando os direitos fundamentais do homem, uma justa hierarquia dos valores, das leis, a justiça distributiva e o princípio de subsidiariedade. Cada qual, no exercício da autoridade, deve procurar o interesse
  • 13. da comunidade mais que o próprio, e deve inspirar as suas decisões na verdade sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo. 2234-2237 2254 Objeção de Consciência O cidadão não deve em consciência obedecer quando as ordens das autoridades civis se opõem às exigências da ordem moral: "É preciso obedecer a Deus antes que aos homens" (At 5,29). 2242-2243 2256 A Vida Humana A vida humana é sagrada. Desde seu início ela comporta a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. A ninguém é lícito destruir diretamente um ser humano inocente, sendo isso gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador. "Não mates o inocente nem o justo" (Ex 23,7). 2258-2262 2318-2320 O Quinto Mandamento O quinto mandamento proíbe como gravemente contrários à lei moral:  O homicídio direto e voluntário, e a cooperação com ele;  O aborto direto, querido como fim ou como meio, bem como a cooperação com ele, sob pena de excomunhão, porque o ser humano, desde sua concepção, deve ser respeitado e protegido de modo absoluto em sua integridade;  A eutanásia direta, que consiste em pôr fim, com um ato ou omissão de uma ação devida, à vida de pessoas deficientes, doentes ou próximas da morte;  O suicídio e a cooperação voluntária com ele, porquanto é uma ofensa grave ao justo amor de Deus, de si e do próximo; Quanto à responsabilidade, ela pode ser agravada em razão do escândalo ou atenuada por particulares distúrbios psíquicos ou grave medo. 2268-2283 2321-2326
  • 14. Assistência na Morte Os cuidados que ordinariamente se devem a uma pessoa doente não podem ser legitimamente interrompidos. São, porém, legítimos o uso de analgésicos, que não tenham a morte como objetivo, e a renúncia à "obstinação terapêutica", ou seja, à utilização de procedimentos médicos desproporcionais e sem razoável esperança de êxito positivo. 2278-2279 A Proteção do Embrião O direito inalienável à vida de todo indivíduo humano desde sua concepção é um elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação. Quando o Estado não põe sua força a serviço dos direitos de todos e em particular dos mais fracos, entre os quais os concebidos ainda não nascidos, minam-se os fundamentos mesmos de um Estado de direito. 2273-2274 O Escândalo O escândalo, que consiste em induzir outros a fazer o mal, evita-se respeitando a alma e o corpo da pessoa. Se se induz deliberadamente outros a pecar gravemente, comete- se uma culpa grave. 2284-2287 Cuidados com o Corpo Temos de ter um razoável cuidado da saúde física própria e alheia, evitando, todavia, o culto do corpo e toda espécie de excessos. Além disso, deve-se evitar o uso de drogas que causam gravíssimos danos à saúde e à vida humana, e também o abuso dos alimentos, do álcool, do fumo e dos medicamentos. 2288-2291 As Experiências Científicas com Seres Humanos São moralmente legítimas se estão a serviço do bem integral da pessoa e da sociedade, sem riscos desproporcionais para a vida e a integridade física e psíquica dos indivíduos, oportunamente informados e consencientes.
  • 15. 2292-2295 Transplante de Órgãos O transplante de órgãos é moralmente aceitável com o consentimento do doador e sem riscos excessivos para ele. Para o nobre ato da doação dos órgãos após a morte deve ser plenamente constatada a morte real do doador. 2296 Práticas Contrárias à Integridade da Pessoa Humana São: a tomada de reféns e sequestros de pessoa, o terrorismo, a tortura, a violência, a esterilização direta. As amputações e as mutilações de uma pessoa são moralmente permitidas somente para indispensáveis fins terapêuticos dela. 2297-2298 Cuidados com os Moribundos Os moribundos têm direito a viver com dignidade os últimos momentos da sua vida terrena, sobretudo com o apoio da oração e dos sacramentos que preparam para o encontro com o Deus vivo. 2299 A Pessoa e a Identidade Sexual Deus criou o ser humano, homem e mulher, com igual dignidade pessoal, e inscreveu nele a vocação do amor e da comunhão. Cabe a cada um aceitar a própria identidade sexual, reconhecendo sua importância para a pessoa toda, a especificidade e a complementaridade. 2331-2336 2392-2393 A Castidade A castidade é a positiva integração da sexualidade na pessoa. A sexualidade se torna humana quando é integrada de modo justo na relação de pessoa a pessoa. A castidade é uma virtude moral, um dom de Deus, uma graça, um fruto do Espírito. 2337-2338
  • 16. Somos Chamados a Viver a Castidade Todos, seguindo a Cristo, modelo de castidade, são chamados a levar uma vida casta segundo o próprio estado de vida: uns vivendo na virgindade ou no celibato consagrado, um modo iminente de se dedicar mais facilmente a Deus com coração indiviso; outros, se casados, vivendo a castidade conjugal; se não casados, vivendo a castidade na continência. 2348-2350 2394 Os Pecados Contra a Castidade São pecados gravemente contrários à castidade, cada qual segundo a natureza do próprio objeto: o adultério, a masturbação, a fornicação, a pornografia, a prostituição, o estupro, os atos homossexuais. Esses pecados são expressão do vício da luxúria. Cometidos com menores, esses atos são um atentado ainda mais grave contra a integridade física e moral deles. 2351-2359 2396 Deveres das Autoridades Civis com Relação à Castidade Elas, por serem obrigadas a promover o respeito da dignidade da pessoa, devem contribuir para criar um ambiente favorável à castidade, até impedindo, com leis adequadas, a difusão de algumas das supracitadas graves ofensas à castidade, para proteger, sobretudo, os menores e os mais fracos. 2354 Regulação dos Nascimentos A regulação dos nascimentos, que representa um dos aspectos da paternidade e maternidade responsáveis, é objetivamente conforme à moralidade quando é feita pelos esposos sem imposições externas, não por egoísmo, mas por sérios motivos e com métodos conformes aos critérios objetivos da moralidade, ou seja, com a continência periódica e o recurso aos períodos infecundos. 2368-2369 2399
  • 17. Meios Imorais para Regulação dos Nacimentos É intrinsecamente imoral toda ação - como, por exemplo, a esterilização direta ou contracepção - que, em previsão do ato conjugal, ou na sua realização, ou no desdobramento das suas consequências naturais, se proponha como objetivo ou como meio impedir a procriação. 2370-2372 A Inseminação e a Fecundação Artificial São imorais porque dissociam a procriação do ato com que os esposos se dão mutuamente, instaurando assim um domínio da técnica sobre a origem e sobre o destino da pessoa humana. Além disso, a inseminação e a fecundação heteróloga, com o recurso a técnicas que envolvem uma pessoa estranha ao casal conjugal, ferem o direito do filho de nascer de um pai e de uma mãe conhecidos por ele, ligados entre si pelo matrimônio e com o direito exclusivo a se tornarem pais somente um por meio do outro. 2373-2377 Os Filhos O filho é um dom de Deus, o dom maior do matrimônio. Não existe um direito a ter filhos ("o filho devido, a todo custo"). Existe, sim, o direito do filho de ser o fruto do ato conjugal dos seus pais e também o direito de ser respeitado como pessoa desde o momento de sua concepção. 2378 A Esterilidade dos Esposos Quando o dom do filho não lhes é concedido, os esposos, depois de ter esgotado os legítimos recursos à medicina, podem mostrar sua generosidade mediante a guarda ou adoção, ou pela prestação de serviços significativos a favor do próximo. Realizam assim uma valiosa fecundidade espiritual. 2379 Ofensas à Dignidade do Matrimônio
  • 18. São: o adultério, o divórcio, a poligamia, o incesto, a união livre (convivência, concubinato), o ato sexual antes ou fora do matrimônio. 2380-2391 2400 A Solidariedade entre as Nações No plano internacional, todas as nações e instituições devem agir com base na solidariedade e subsidiariedade, com o fim de eliminar ou pelo menos reduzir a miséria, a desigualdade dos recursos e dos meios econômicos, as injustiças econômicas e sociais, a exploração das pessoas, o acúmulo das dívidas dos países pobres, os mecanismos perversos que obstaculizam o desenvolvimento dos países menos progredidos. 2437-2441 Participação na Vida Política e Social Os fiéis leigos intervêm diretamente na vida política e social animando, com espírito cristão, as realidades temporais e colaborando com todos, como autênticas testemunhas do Evangelho e agentes de paz e de justiça. 2442 A Verdade Toda pessoa é chamada à sinceridade e à veracidade no agir e no falar. Cada um tem o dever de procurar a verdade e de a ela aderir, ordenando toda a própria vida segundo as exigências da verdade. Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou inteiramente: ele é a Verdade. Quem o segue vive no Espírito de verdade, e é avesso à duplicidade, à simulação e à hipocrisia. 2464-2470 2504 Testemunho da Verdade O cristão deve dar testemunho da verdade evangélica em todos os campos da sua atividade pública e privada, mesmo com o sacrifício, se necessário, da própria vida. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé. 2471-2474 2505-2506
  • 19. Os Meios de Comunicação Social A informação midiática deve estar a serviço do bem comum e no seu conteúdo deve ser sempre verdadeira e, salvas a justiça e caridade, também íntegra. Deve, além disso, exprimir-se de modo honesto e conveniente, respeitando escrupulosamente as leis morais, os legítimos direitos e a dignidade da pessoa. 2493-2499 2512 30 DIA EM ORAÇÃO PELA VIDA! V. CONCLUSÃO Após todos estes conceitos, podemos perceber que tão importante quanto defender a vida desde a sua concepção é também defender os direitos à vida plena em Deus enquanto seres humanos gerados e crescidos. Devemos evangelizar as pessoas
  • 20. para que elas tenham armas para defender a sua vida não só das ações mundanas, mas também espirituais. “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância” (Jo, 10, 10) Para termos vida em abundância é necessário estarmos em sintonia com Deus. E para conseguirmos esta sintonia, necessitamos ser evangelizados. Você querido amigo agente já está sendo evangelizado, mas e os demais ao seu redor? Jesus veio para que todos os homens tenham vida, e não somente isto, mas vida em abundância. A palavra vida pode ser entendida de duas formas: a primeira refere-se simplesmente a estar vivo; a segunda é a qualidade da vida que se tem. Quando Jesus proferiu estas palavras, estava se referindo às duas coisas. V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • 21. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA BÍBLIA SAGRADA – EDIÇÃO CLARETIANA – 1996 – 6ª EDIÇÃO – EDITORA AVE MARIA LTDA. MOVIMENTO EM DEFESA DA VIDA DA ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO - http://www.defesadavida.com/ IOANNES PAULUS PP. II – EVANGELIUM VITAE – VATICANO, ENCÍCLICAS PROFERIDAS. 25/03/1995 CARTA REGIONAL - CNBB – COMISSÃO REGIONAL DA PASTORAL FAMILIAR – REGIONAL SUL II, Rua Saldanha Marinho, 1266 – CEP:80.430-160 Curitiba – PR Fone (41) 3224.7512