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A Narração e o narrador 
A narrativa possibilita, por meio da 
linguagem, a criação de outra realidade 
e a fruição da experiência mágica de 
criá-la. 
2 
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Narração 
• A narração consiste em arranjar uma 
sequência de fatos na qual os personagens se 
movimentam num determinado espaço à 
medida que o tempo passa; 
• O texto narrativo é baseado na ação que 
envolve personagens, tempo, espaço e 
conflito. 
3 
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Elementos da narrativa 
• Narrador; 
• Personagens; 
• Enredo: 
É o conjunto de fatos ligados entre si que fundamentam a ação de um 
texto narrativo. 
• Espaço: 
Espaço é o lugar em que a narrativa ocorre. 
• Tempo: 
 Cronológico : os fatos são apresentados de acordo com a ordem dos 
acontecimentos. 
 Psicológico: a maneira pela qual a passagem do tempo é vivenciada. 
4 
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Narrador 
• Narrador Personagem: Participa da história, ou 
seja, é uma personagem da história que ele 
próprio está contando. É narrado em 1° pessoa; 
• Narrador Observador: Não participa da história, 
apenas conta um fato que assistiu. É narrado em 
3° pessoa; 
• Narrador Onisciente: Também é narrado em 3° 
pessoa e sabe tudo o enredo e os personagens, 
inclusive seus pensamentos. 
5 
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Quando, certa manhã, Gregor Samsa acordou de 
sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama 
metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava 
deitado sobre suas coisas duras como couraça e, ao 
levantar um pouco a cabeça, viu o seu ventre abaulado, 
marrom, dividido por nervuras arqueadas, no topo do 
qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se 
sustinha. Suas numerosas pernas, lastimavelmente finas 
em comparação com o volume do resto do corpo, 
tremulavam desamparadas diante dos seus olhos. – O 
que aconteceu comigo?, pensou. 
(Franz Kafka, A metamorfose) 
6 
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De longe em longe, sento-me fatigado e escrevo 
uma linha. Digo em voz baixa: 
- Estraguei a minha vida, estraguei-a estupidamente. 
Penso em Madalena com insistência. Se fosse 
possível recomeçarmos [...] 
Para ser franco, declaro que esses infelizes não me 
inspiram simpatia. Lastimo a situação em que se acham, 
reconheço ter contribuído para isso, mas não vou além. 
Estamos tão separados! 
(Graciliano Ramos, São Bernardo) 
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Então, decorridos alguns dias de amargo pesar, 
verificou-se uma transformação visível nos sintomas da 
enfermidade mental de meu amigo. Suas maneiras 
habituais haviam desaparecido. Suas ocupações ordinárias 
foram negligenciadas ou esquecidas. Andava de um 
aposento para outro com passos apressados, desiguais e 
sem finalidade. A palidez de seu rosto adquirira, se 
possível, um tom mais cadavérico – mas a luminosidade 
dos seus olhos se dissipara por completo. Não se ouvia 
mais, no tom de sua voz, certa aspereza ocasional, como 
acontecia antes, e um trêmulo balbucio, como de extremo 
terror, caracterizava agora, habitualmente, suas frases. 
(Edgar Allan Poe, A queda da casa de Usher) 
8 
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Personagem e tipos de discurso 
A criação de uma personagem implica dar a 
ela vida, gestos, intenções e traços que a 
tornem única. A fala constitui um recurso 
primoroso para a expressividade e 
construção psicológica das personagens. 
9 
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O que é um personagem? 
Designa, no interior da prosa literária (conto, 
novela ou romance) e do teatro, os seres fictícios 
construídos à imagem e semelhança dos seres 
humanos: se estes são pessoas reais, aqueles são 
"pessoas" imaginárias, se os primeiros habitam o 
mundo que nos cerca, os outros movem-se no 
espaço arquitetado pela fantasia do prosado! 
(Massaud Moisés. Dicionário de Termos Literários) 
10 
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Tipos de personagem 
1. Planas (lineares) 
Constituídas de uma única ideia ou qualidade; carecem 
de profundidade. A personalidade delas é pobre, 
repetitiva; são previsíveis quanto ao seu 
comportamento, infensas à evolução. Jamais nos 
surpreenderão durante ou ao final da narrativa. 
2. Redondas 
São complexas, bem acabadas interiormente, repelem 
todo o intuito de simplificação. São também chamadas 
de multiformes e nos surpreenderão porque evoluem 
na narrativa. 
11 
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Tipos de personagem 
• Principais e secundárias 
A referência serve para designar que às principais cabe 
sustentar, como eixo, todos os fatos inerentes à narrativa. Às 
secundárias cabe dar suporte à continuidade da história, 
intermediando as ações e girando ao redor das principais 
como seres complementares. 
a) Protagonistas 
As que encabeçam as ações, sustentam o eixo narrativo. O 
mesmo que principais. Leonardo (filho) em Memórias de um 
Sargento de Milícias é bom exemplo disso. 
12 
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Tipos de personagem 
b) Antagonistas 
Designação atual para o antigo vilão. Cabe a elas impedir, 
dificultar, atormentar a "vida" das personagens protagonistas. 
c) Coadjuvantes 
O mesmo que secundárias. Co-auxiliam no desenvolvimento 
da história. 
13 
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Tipos de discurso 
• Discurso direto: 
É o registro integral da fala da personagem. 
Ocorre, portanto, a reprodução exata do que 
a personagem diz. Normalmente é 
acompanhado por verbo de elocução, dois 
pontos e travessão (linha seguinte). Mas 
existem variantes dessa apresentação 
convencional. 
14 
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─ Eu vou jogar a areia naquele casal por causa 
de que eles estão se abraçando e se beijando 
muito ─ explicou o menininho, dando outra 
fungada. 
─ Pois é caro, disse, está um preço bem mais 
razoável do que imaginei. 
15 
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─ Pai... 
─ Hmmmm? 
─ Como é o feminino de sexo? 
─ O quê? 
─ O feminino de sexo. 
─ Não tem. 
─ Sexo não tem feminino? 
─ Não. 
[...] 
─ Não devia ser “sexa”? 
─ Não. 
(Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola) 
16 
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Tipos de discurso 
• Discurso indireto: 
Ocorre quando narrador reproduz com suas 
palavras a fala das personagens. 
Entrei no gabinete, sentei na cadeira, o dentista 
botou um guardanapo de papel no meu pescoço. 
Abri a boca e disse que meu dente de trás estava 
doendo muito. Ele olhou com um espelhinho e 
perguntou como é que eu tinha deixado os meus 
dentes ficarem naquele estado. 
(Rubem Fonseca. Contos reunidos) 
17 
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Discurso direto Discurso indireto 
1ª pessoa 
Ela afirmou: 
- Não vou à escola. 
3ª pessoa 
Ela afirmou que não iria à escola. 
Presente do indicativo 
A mãe retrucou: 
- Fico preocupada com isso. 
Pretérito imperfeito do indicativo 
A mãe retrucou que ficava preocupada com aquilo. 
Pretérito perfeito 
A irmã lembrou: 
- Você ainda não fez a prova. 
Pretérito mais-que-perfeito 
A irmã lembrou que ela ainda não fizera a prova. 
Futuro do presente 
Meu pai perguntou: 
- Você participará do campeonato? 
Futuro do pretérito 
Meu pai perguntou se eu participaria do campeonato. 
Imperativo 
A mãe pediu: 
- Vão as duas para a escola! 
Pretérito imperfeito do subjuntivo 
A mãe pediu que as duas fossem para a escola. 
Adjuntos adverbiais: 
Aqui, cá, aí 
Maria explicou: 
-Aqui é o meu lugar. 
Ontem 
Ele exclamou: 
-Ontem foi um dia terrível! 
Amanhã 
O professor avisou: 
- Amanhã aplicarei a prova. 
Adjuntos adverbiais 
Ali, lá 
Maria explicou que ali era o seu lugar. 
O dia anterior 
Ele exclamou que o dia anterior fora terrível. 
O dia seguinte 
O professor avisou que no dia seguinte aplicaria nova 
prova 
Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa 18 
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Tipos de discurso 
• Discurso indireto livre: 
Ocorre quando o narrador insere discretamente a fala 
ou os pensamentos da personagem em sua fala. 
Um pintassilgo veio voando, veio e pousou no arame 
farpado da cerca. [...] Vendo o pintassilgo sentiu uma 
súbita alegria, feito encontrasse um velho conhecido. 
Assobiou remedando o passarinho, fez dueto com ele. 
Passarinho era a melhor coisa do mundo. Pintassilgo 
nem se fala. 
(Autran Dourado. Ópera dos mortos) 
19 
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Quem um dia irá dizer que existe razão 
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer 
Que não existe razão? 
Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar 
Ficou deitado e viu que horas eram 
Enquanto Mônica tomava um conhaque 
Noutro canto da cidade 
Como eles disseram 
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer 
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer 
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse 
- Tem uma festa legal e a gente quer se divertir 
Festa estranha, com gente esquisita 
- Eu não estou legal, não aguento mais birita 
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais 
Sobre o boyzinho que tentava impressionar 
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa 
- É quase duas, eu vou me ferrar 
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Eduardo e Mônica trocaram telefone 
Depois telefonaram e decidiram seencontrar 
O Eduardo sugeriu uma lanchonete 
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard 
Se encontraram então no parque da cidade 
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo 
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar 
Mas a menina tinha tinta no cabelo 
Eduardo e Mônica eram nada parecidos 
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis 
Ela fazia Medicina e falava alemão 
E ele ainda nas aulinhas de inglês 
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus 
De Van Gogh e dos Mutantes 
Do Caetano e de Rimbaud 
E o Eduardo gostava de novela 
E jogava futebol-de-botão com seu avô 
Ela falava coisas sobre o Planalto Central 
Também magia e meditação 
E o Eduardo ainda estava 
No esquema "escola, cinema, clube, televisão" 
21 
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E, mesmo com tudo diferente 
Veio mesmo, de repente 
Uma vontade de se ver 
E os dois se encontravam todo dia 
E a vontade crescia 
Como tinha de ser 
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia 
Teatro e artesanato e foram viajar 
A Mônica explicava pro Eduardo 
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar 
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer 
E decidiu trabalhar 
E ela se formou no mesmo mês 
Em que ele passou no vestibular 
E os dois comemoraram juntos 
E também brigaram juntos, muitas vezes depois 
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa 
Que nem feijão com arroz 
22 
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Construíram uma casa uns dois anos atrás 
Mais ou menos quando os gêmeos vieram 
Batalharam grana e seguraram legal 
A barra mais pesada que tiveram 
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília 
E a nossa amizade dá saudade no verão 
Só que nessas férias não vão viajar 
Porque o filhinho do Eduardo 
Tá de recuperação 
E quem um dia irá dizer que existe razão 
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer 
Que não existe razão? 
(Eduardo e Mônica – Legião Urbana) 
23 
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Questões do ENEM 
24 
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(Questão 114 – ENEM 2010) 
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, 
jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na 
cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário 
mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria 
Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior 
escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado 
pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o 
matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado 
de Assis. 
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto 
citado constitui-se de: 
25 
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a) fatos ficcionais, relacionados com outros de caráter realista, relativos à 
vida de um renomado escritor. 
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade 
por seus trabalhos e vida cotidiana. 
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura 
argumentativa, destacando como tema seus principais feitos. 
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade 
histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos 
públicos. 
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela 
ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem 
objetiva. 
26 
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Proposta de redação 
O que acontece no processo político e nas instituições quando mais 
mulheres ocupam cargos públicos e eletivos? As mulheres “fazem 
diferença” na política ao trazer para a vida pública experiências distintas e 
uma outra perspectiva, as quais, somadas às dos homens, ampliam o 
campo das temáticas tratadas na política, pelo simples fato de que 
homens e mulheres diferem em suas prioridades. 
(Lúcia Avelar. Mulheres na elite política brasileira) 
27 
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Proposta de redação 
• A partir do fragmento anterior, construa uma personagem 
feminina que assuma algum tipo de liderança (na sala de aula, 
na associação de bairro, em uma banda de rock, na igreja, em 
algum tipo de movimento sindical etc.). Faça, inicialmente, 
uma lista de características (nome, idade, maneira de vestir, 
hábitos, ocupações). Em seguida, crie uma narrativa em prosa 
e com o foco narrativo em 3ª pessoa. Procure empregar os 
tipos de discurso estudados. Lembre-se de que sua 
personagem será resultado dos efeitos de linguagem que 
você conseguir produzir. 
28 
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Vamos treinar! 
Questões de vestibulares 
29 
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(ITA) Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho: 
No plano expressivo, a força da ...... em ...... provém essencialmente de sua 
capacidade de ...... o episódio, fazendo ...... da situação a personagem, 
tornando-a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de teatro ...... o 
narrador desempenha a mera função de indicador de falas. 
a) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir - onde; 
b) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar-se - donde; 
c) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em que; 
d) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir - na qual; 
e) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar - protagonizar - em que. 
30 
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(FATEC) 
"Ela insistiu: 
- Me dá esse papel aí.“ 
Na transposição da fala da personagem para o discurso indireto, a 
alternativa correta é: 
a) Ela insistiu que desse aquele papel aí. 
b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali. 
c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí. 
d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí. 
e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali. 
31 
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(ESAN) "Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela 
campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas, de 
aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá 
Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha.“ 
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a 
impressão de que há diferença entre eles. A personagem fala misturada à 
narração. Esse discurso é chamado: 
a) discurso indireto livre 
b) discurso direto 
c) discurso indireto 
d) discurso implícito 
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32 
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Aulas de Redação: narração

  • 1. 1
  • 2. A Narração e o narrador A narrativa possibilita, por meio da linguagem, a criação de outra realidade e a fruição da experiência mágica de criá-la. 2 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 3. Narração • A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa; • O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. 3 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 4. Elementos da narrativa • Narrador; • Personagens; • Enredo: É o conjunto de fatos ligados entre si que fundamentam a ação de um texto narrativo. • Espaço: Espaço é o lugar em que a narrativa ocorre. • Tempo:  Cronológico : os fatos são apresentados de acordo com a ordem dos acontecimentos.  Psicológico: a maneira pela qual a passagem do tempo é vivenciada. 4 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 5. Narrador • Narrador Personagem: Participa da história, ou seja, é uma personagem da história que ele próprio está contando. É narrado em 1° pessoa; • Narrador Observador: Não participa da história, apenas conta um fato que assistiu. É narrado em 3° pessoa; • Narrador Onisciente: Também é narrado em 3° pessoa e sabe tudo o enredo e os personagens, inclusive seus pensamentos. 5 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 6. Quando, certa manhã, Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas coisas duras como couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu o seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas, no topo do qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha. Suas numerosas pernas, lastimavelmente finas em comparação com o volume do resto do corpo, tremulavam desamparadas diante dos seus olhos. – O que aconteceu comigo?, pensou. (Franz Kafka, A metamorfose) 6 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 7. De longe em longe, sento-me fatigado e escrevo uma linha. Digo em voz baixa: - Estraguei a minha vida, estraguei-a estupidamente. Penso em Madalena com insistência. Se fosse possível recomeçarmos [...] Para ser franco, declaro que esses infelizes não me inspiram simpatia. Lastimo a situação em que se acham, reconheço ter contribuído para isso, mas não vou além. Estamos tão separados! (Graciliano Ramos, São Bernardo) 7 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 8. Então, decorridos alguns dias de amargo pesar, verificou-se uma transformação visível nos sintomas da enfermidade mental de meu amigo. Suas maneiras habituais haviam desaparecido. Suas ocupações ordinárias foram negligenciadas ou esquecidas. Andava de um aposento para outro com passos apressados, desiguais e sem finalidade. A palidez de seu rosto adquirira, se possível, um tom mais cadavérico – mas a luminosidade dos seus olhos se dissipara por completo. Não se ouvia mais, no tom de sua voz, certa aspereza ocasional, como acontecia antes, e um trêmulo balbucio, como de extremo terror, caracterizava agora, habitualmente, suas frases. (Edgar Allan Poe, A queda da casa de Usher) 8 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 9. Personagem e tipos de discurso A criação de uma personagem implica dar a ela vida, gestos, intenções e traços que a tornem única. A fala constitui um recurso primoroso para a expressividade e construção psicológica das personagens. 9 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 10. O que é um personagem? Designa, no interior da prosa literária (conto, novela ou romance) e do teatro, os seres fictícios construídos à imagem e semelhança dos seres humanos: se estes são pessoas reais, aqueles são "pessoas" imaginárias, se os primeiros habitam o mundo que nos cerca, os outros movem-se no espaço arquitetado pela fantasia do prosado! (Massaud Moisés. Dicionário de Termos Literários) 10 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 11. Tipos de personagem 1. Planas (lineares) Constituídas de uma única ideia ou qualidade; carecem de profundidade. A personalidade delas é pobre, repetitiva; são previsíveis quanto ao seu comportamento, infensas à evolução. Jamais nos surpreenderão durante ou ao final da narrativa. 2. Redondas São complexas, bem acabadas interiormente, repelem todo o intuito de simplificação. São também chamadas de multiformes e nos surpreenderão porque evoluem na narrativa. 11 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 12. Tipos de personagem • Principais e secundárias A referência serve para designar que às principais cabe sustentar, como eixo, todos os fatos inerentes à narrativa. Às secundárias cabe dar suporte à continuidade da história, intermediando as ações e girando ao redor das principais como seres complementares. a) Protagonistas As que encabeçam as ações, sustentam o eixo narrativo. O mesmo que principais. Leonardo (filho) em Memórias de um Sargento de Milícias é bom exemplo disso. 12 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 13. Tipos de personagem b) Antagonistas Designação atual para o antigo vilão. Cabe a elas impedir, dificultar, atormentar a "vida" das personagens protagonistas. c) Coadjuvantes O mesmo que secundárias. Co-auxiliam no desenvolvimento da história. 13 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 14. Tipos de discurso • Discurso direto: É o registro integral da fala da personagem. Ocorre, portanto, a reprodução exata do que a personagem diz. Normalmente é acompanhado por verbo de elocução, dois pontos e travessão (linha seguinte). Mas existem variantes dessa apresentação convencional. 14 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 15. ─ Eu vou jogar a areia naquele casal por causa de que eles estão se abraçando e se beijando muito ─ explicou o menininho, dando outra fungada. ─ Pois é caro, disse, está um preço bem mais razoável do que imaginei. 15 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 16. ─ Pai... ─ Hmmmm? ─ Como é o feminino de sexo? ─ O quê? ─ O feminino de sexo. ─ Não tem. ─ Sexo não tem feminino? ─ Não. [...] ─ Não devia ser “sexa”? ─ Não. (Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola) 16 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 17. Tipos de discurso • Discurso indireto: Ocorre quando narrador reproduz com suas palavras a fala das personagens. Entrei no gabinete, sentei na cadeira, o dentista botou um guardanapo de papel no meu pescoço. Abri a boca e disse que meu dente de trás estava doendo muito. Ele olhou com um espelhinho e perguntou como é que eu tinha deixado os meus dentes ficarem naquele estado. (Rubem Fonseca. Contos reunidos) 17 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 18. Discurso direto Discurso indireto 1ª pessoa Ela afirmou: - Não vou à escola. 3ª pessoa Ela afirmou que não iria à escola. Presente do indicativo A mãe retrucou: - Fico preocupada com isso. Pretérito imperfeito do indicativo A mãe retrucou que ficava preocupada com aquilo. Pretérito perfeito A irmã lembrou: - Você ainda não fez a prova. Pretérito mais-que-perfeito A irmã lembrou que ela ainda não fizera a prova. Futuro do presente Meu pai perguntou: - Você participará do campeonato? Futuro do pretérito Meu pai perguntou se eu participaria do campeonato. Imperativo A mãe pediu: - Vão as duas para a escola! Pretérito imperfeito do subjuntivo A mãe pediu que as duas fossem para a escola. Adjuntos adverbiais: Aqui, cá, aí Maria explicou: -Aqui é o meu lugar. Ontem Ele exclamou: -Ontem foi um dia terrível! Amanhã O professor avisou: - Amanhã aplicarei a prova. Adjuntos adverbiais Ali, lá Maria explicou que ali era o seu lugar. O dia anterior Ele exclamou que o dia anterior fora terrível. O dia seguinte O professor avisou que no dia seguinte aplicaria nova prova Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa 18 maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 19. Tipos de discurso • Discurso indireto livre: Ocorre quando o narrador insere discretamente a fala ou os pensamentos da personagem em sua fala. Um pintassilgo veio voando, veio e pousou no arame farpado da cerca. [...] Vendo o pintassilgo sentiu uma súbita alegria, feito encontrasse um velho conhecido. Assobiou remedando o passarinho, fez dueto com ele. Passarinho era a melhor coisa do mundo. Pintassilgo nem se fala. (Autran Dourado. Ópera dos mortos) 19 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 20. Quem um dia irá dizer que existe razão Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão? Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar Ficou deitado e viu que horas eram Enquanto Mônica tomava um conhaque Noutro canto da cidade Como eles disseram Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse - Tem uma festa legal e a gente quer se divertir Festa estranha, com gente esquisita - Eu não estou legal, não aguento mais birita E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa - É quase duas, eu vou me ferrar Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa 20 maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 21. Eduardo e Mônica trocaram telefone Depois telefonaram e decidiram seencontrar O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver o filme do Godard Se encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo O Eduardo achou estranho e melhor não comentar Mas a menina tinha tinta no cabelo Eduardo e Mônica eram nada parecidos Ela era de Leão e ele tinha dezesseis Ela fazia Medicina e falava alemão E ele ainda nas aulinhas de inglês Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus De Van Gogh e dos Mutantes Do Caetano e de Rimbaud E o Eduardo gostava de novela E jogava futebol-de-botão com seu avô Ela falava coisas sobre o Planalto Central Também magia e meditação E o Eduardo ainda estava No esquema "escola, cinema, clube, televisão" 21 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 22. E, mesmo com tudo diferente Veio mesmo, de repente Uma vontade de se ver E os dois se encontravam todo dia E a vontade crescia Como tinha de ser Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia Teatro e artesanato e foram viajar A Mônica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer E decidiu trabalhar E ela se formou no mesmo mês Em que ele passou no vestibular E os dois comemoraram juntos E também brigaram juntos, muitas vezes depois E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa Que nem feijão com arroz 22 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 23. Construíram uma casa uns dois anos atrás Mais ou menos quando os gêmeos vieram Batalharam grana e seguraram legal A barra mais pesada que tiveram Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília E a nossa amizade dá saudade no verão Só que nessas férias não vão viajar Porque o filhinho do Eduardo Tá de recuperação E quem um dia irá dizer que existe razão Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão? (Eduardo e Mônica – Legião Urbana) 23 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 24. Questões do ENEM 24 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 25. (Questão 114 – ENEM 2010) Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis. Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de: 25 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 26. a) fatos ficcionais, relacionados com outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor. b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana. c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos. d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos. e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva. 26 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 27. Proposta de redação O que acontece no processo político e nas instituições quando mais mulheres ocupam cargos públicos e eletivos? As mulheres “fazem diferença” na política ao trazer para a vida pública experiências distintas e uma outra perspectiva, as quais, somadas às dos homens, ampliam o campo das temáticas tratadas na política, pelo simples fato de que homens e mulheres diferem em suas prioridades. (Lúcia Avelar. Mulheres na elite política brasileira) 27 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 28. Proposta de redação • A partir do fragmento anterior, construa uma personagem feminina que assuma algum tipo de liderança (na sala de aula, na associação de bairro, em uma banda de rock, na igreja, em algum tipo de movimento sindical etc.). Faça, inicialmente, uma lista de características (nome, idade, maneira de vestir, hábitos, ocupações). Em seguida, crie uma narrativa em prosa e com o foco narrativo em 3ª pessoa. Procure empregar os tipos de discurso estudados. Lembre-se de que sua personagem será resultado dos efeitos de linguagem que você conseguir produzir. 28 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 29. Vamos treinar! Questões de vestibulares 29 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 30. (ITA) Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho: No plano expressivo, a força da ...... em ...... provém essencialmente de sua capacidade de ...... o episódio, fazendo ...... da situação a personagem, tornando-a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de teatro ...... o narrador desempenha a mera função de indicador de falas. a) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir - onde; b) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar-se - donde; c) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em que; d) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir - na qual; e) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar - protagonizar - em que. 30 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 31. (FATEC) "Ela insistiu: - Me dá esse papel aí.“ Na transposição da fala da personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é: a) Ela insistiu que desse aquele papel aí. b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali. c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí. d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí. e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali. 31 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com
  • 32. (ESAN) "Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha.“ O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que há diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado: a) discurso indireto livre b) discurso direto c) discurso indireto d) discurso implícito e) discurso explícito 32 Coordenador Regional: Walter Alencar de Sousa maranhaoprofissionaluresjp.blogspot.com