SlideShare a Scribd company logo
1 of 26
Download to read offline
DEPARTAMENTO DE AUTOMAÇÃO E SISTEMAS
COORDENAÇÃO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

MATEUS BARBOSA
PAULO XAVIER
PERÁCIO CONTREIRAS
VICTOR SAID
VICTÓRIA CABRAL
YASMIN FERREIRA

PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DOS TRANSFORMADORES ELÉTRICOS

Salvador
2014
MATEUS BARBOSA
PAULO XAVIER
PERÁCIO CONTREIRAS
VICTOR SAID
VICTÓRIA CABRAL
YASMIN FERREIRA

PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DOS TRANSFORMADORES ELÉTRICOS

Relatório de prática experimental, solicitado pela
professor Gilmar Melo, como requisito de avaliação
parcial da IV Unidade da disciplina de Física II, no
Instituto Federal Bahia – IFBA, Campus Salvador.
Prática realizada sob orientação da Prof.ª Dr.ª
Mayumi Fukutani Presa.

Salvador
2014
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Campo Magnético num condutor retilíneo .................................................. 7
Figura 2 – campo magnético numa bobina ................................................................. 7
Figura 3 – Diagrama fasorial da tensão alternada....................................................... 8
Figura 4 – Estrutura dos Transformadores .................................................................. 9
Figura 5 – Transformador mais elaborado. ............................................................... 11
Figura 6 – Esquema de um Autotransformador......................................................... 13
Figura 7 – Simbologia de dois transformadores de corrente. .................................... 14
Figura 8 – Símbolo do Transformador de Potência ................................................... 15
Figura 9 – Transformadores Monofásicos segundo ABNT e fluxograma .................. 17
Figura 10 – Conexões em transformadores .............................................................. 18
Figura 11 – Modelo genérico do transformador......................................................... 19
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA ............................................................................... 5
2.1 DESCOBERTA DO ELETROMAGNETISMO........................................................ 5
2.2 ELETROMAGNETISMO........................................................................................ 6
2.3 CORRENTE ALTERNADA .................................................................................... 8
3 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS ...................................................................... 9
4 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSFORMADORES ................................... 13
4.1 AUTOTRANSFORMADOR ................................................................................. 13
4.2 TRANSFORMADORES DE CORRENTE............................................................ 14
4.3 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ................................................................ 15
4.4 TRANSFORMADOR DE SINAL .......................................................................... 16
4.5 TRANSFORMADOR IDEAL ................................................................................ 16
4.6 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE FASES ...................................... 17
4.6.1 Transformadores monofásicos ......................................................................... 17
4.6.2 Transformadores trifásicos ............................................................................... 18
5 PRINCIPIO FÍSICO DE FUNCIONAMENTO ......................................................... 19
6 APLICAÇÕES ........................................................................................................ 22
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 24
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25
4

1 INTRODUÇÃO

Transformadores são aparelhos elétricos responsáveis por efetuar o controle
do valor da tensão alternada, aumentando ou diminuindo a sua intensidade,
enquanto mantém a mesma potência e frequência. Sendo aparelhos de natureza
estática, responsáveis por efetuar o transporte de energia elétrica, por meio de
indução eletromagnética. Os transformadores são utilizados para diversas
aplicações, desde isolamento elétrico, até a realização do controle da impedância de
dois circuitos distintos, ou realizando a filtragem de sinais de radiofrequência.
Os

transformadores funcionam

eletricamente

com base na

indução

eletromagnética, devido a suas características construtivas – constituído de três
elementos

básicos:

duas bobinas

interligadas

por

meio

de

um

material

ferromagnético condutor (núcleo permeabilidade magnética elevada) –, é possível
realizar a indução de uma bobina a outra sem contato direto entre as mesmas, por
intermédio do núcleo, alterando assim os valores da tensão.
Formalmente, essas máquinas elétricas são constituídas de um enrolamento
primário (bobina primária), um enrolamento secundário (bobina secundária) e do
núcleo ferromagnético. E podem ser classificadas de acordo com a aplicação a qual
se destinam, ao núcleo, ao tipo, e ao número de fases.
Deste modo, o objetivo desse relatório é efetuar um estudo descritivo a
respeito do principio de funcionamento dos transformadores, abordando desde a sua
construção, até os tipos e classificações, com foco nas aplicações práticas do
mesmo. A fim de fundamentar a elaboração deste relatório, a metodologia
empregada foi à revisão bibliográfica, a qual foi realizada utilizando livros, websites,
apostilas virtuais.
5

2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

2.1 DESCOBERTA DO ELETROMAGNETISMO

Há muitos séculos atrás, na antiga Grécia, principiaram os estudos sobre a
eletricidade e o magnetismo, com observações de determinadas pedras que eram
encontradas numa terra chamada Magnésia e outros experimentos, porém a
eletricidade e o magnetismo eram considerados dois ramos físicos distintos, até que
em 1820 o físico Hans Christian Oersted realiza um experimento no qual uma
bússola era deixada próximo a um condutor no qual há a passagem de corrente e
essa passagem de corrente gera um campo magnético que fará com que a bússola
se alinhe aos polos do campo magnético gerado ao invés de se alinha com o campo
magnético terrestre. Os resultados desse experimento introduziram um novo
conceito chamado eletromagnetismo no meio científico.
Alguns anos depois o inglês Michael Faraday estudou o campo magnético,
suas linhas de indução e outras peculiaridades do campo, e em seus estudos ele
chegou a conclusão que a variação do campo magnético é capaz de gerar corrente
elétrica, o que foi muito importante para a geração de energia elétrica, que somente
era possível através de pilhas, porém Faraday, por não ser formado em física não
pode fazer senão verbalizar sua fórmula afirmando que “corrente elétrica induzida
em um circuito fechado por um campo magnético é proporcional ao número de
linhas do fluxo que atravessa a área envolvida do circuito, por unidade de tempo”
(WITTAKER), porém tal verbalização de sua formula permitiu que Franz Ernest
Neumann matematizasse sua fórmula, gerando a atual lei de Faraday-NeumannLenz que pode ser expressa pela equação 1. Onde:

= Força eletromotriz induzida;

∆Φ = Variação do fluxo magnético no campo; ∆t = Tempo.

(1)

Junto com o equacionamento da lei de Faraday surgiu a lei de Lenz
equacionada na forma do menos na lei de Faraday e que afirma que para todo o
6

campo magnético induzido haverá outro indutor de sinal oposto que repelirá ou
atrairá o campo magnético indutor.
Para melhor exemplificar tomemos como exemplo uma bobina ligada a um
amperímetro e um imã que está sendo introduzido e retirado do centro da bobina.
No primeiro momento observa-se a introdução do imã na bobina. Nesse instante o
imã tem suas linhas de indução inseridas na bobina, o que vai gerar uma corrente
induzida na mesma. Pela lei de Lenz essa corrente deverá ser de modo que, pela
regra da mão direita perceba-se o campo indo em direção oposta ao campo
magnético do imã, provocando assim uma repulsão entre seus polos.
No segundo momento ocorre o processo inverso, pois com a retirada do imã a
corrente, segundo a lei de Lenz a corrente adquirirá sentido tal que gerará um
campo magnético que atrairá o campo magnético do imã, fazendo com que ele
retorne a posição de repulsão anterior. Uma aplicação prática da Lei de Lenz é o
trem-bala, nos quais se utiliza da levitação magnética para sustentar e mover o trem
em velocidades altíssimas.

2.2 ELETROMAGNETISMO

O eletromagnetismo é o termo utilizado na teoria de Maxwell para relacionar a
eletricidade com o magnetismo, pois foi-se descoberto que uma corrente elétrica era
capaz de gerar campos magnéticos que exerciam forças em partículas de material
ferromagnético, a chamada força eletromagnética num condutor reto foi expressa
matematicamente pela equação 2. Onde: F = Força eletromagnética; B = Campo
magnético; i = Corrente.

(2)

Com essa lei pode-se calcular algumas variáveis, porém elas somente são
aplicadas ao condutor reto então com a lei de Biot-Savart foi possível determinar o
campo magnético B utilizando a regra da mão direita.
7

Figura 1 – Campo Magnético num condutor retilíneo

Fonte: FÍSICA, 2014.

No condutor reto utilizando a regra da mão direita pode-se perceber que as
linhas de indução irão se localizar formando uma circunferência ao redor do fio
enquanto o vetor campo magnético se localiza tangenciando as linhas de indução.
O vetor campo magnético pode ser calculado pela equação 2. Onde: μ0 é a
constante de permeabilidade magnética no vácuo que tem valor igual a
; i é a corrente, medida em ampères (A); R é o raio no qual é medido o campo.

(3)

Figura 2 – campo magnético numa bobina

No condutor em formato de bobina outras variáveis já entram em ação. Por
mais que ele seja similar a um solenoide tanto em formato em alguns casos, quanto
na conformação do campo ele será expresso pela equação 4. Onde: N é o número
de voltas da bobina.
8

(4)

No solenoide as linhas de indução se comportam como num imã em forma de
barra e assim como na bobina o campo terá orientação norte e sul: sendo o cambo
magnético B pode ser calculado pela equação 5.

μ

(5)

2.3 CORRENTE ALTERNADA

A corrente alternada é o tipo de corrente que é atualmente mais utilizado na
atualidade. Sua geração é realizada utilizando-se de um imã que é movido no
interior de uma bobina chata, que gerará corrente, porém a movimentação desse
imã não será uniforme, pois este será oscilante, então ocorrerão momentos na
geração de corrente os quais a tensão ou a corrente sobe, chega em seu pico, para
depois decrescer e crescer na direção oposta. Onde: N é o número de voltas da
bobina; μ0 é a constante de permeabilidade magnética no vácuo que tem valor igual
; i é a corrente, medida em ampères (A)

Figura 3 – Diagrama fasorial da tensão alternada

Fonte: REGÔ, 2014.

Existem três tipos de tensão: a eficaz, que é aquela que libera a mesma
potencia que o mesmo valor de corrente, a máxima que é a corrente e tensão que é
gerada, e o valor RMS que é o valor comercial de tensão e corrente vendidos.
9

3 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS

Os transformadores são equipamentos de grande importância atualmente
para os sistemas de transmissão de energia elétrica, sendo este um dos setores
onde os transformadores são amplamente utilizados. No processo de transmissão
de energia elétrica é mais vantajoso que ela seja transmitida com uma alta tensão e
baixa corrente. Mas no ambiente residencial são utilizadas baixas tensões na ordem
de 220/110 V e correntes mais altas. Então para possibilitar esse abaixamento da
tensão, são utilizados justamente os transformadores, que terão sua estrutura física
e magnética explorada a seguir.
De forma geral os transformadores são constituídos de um enrolamento
primário, um enrolamento secundário e um núcleo ferromagnético, como
representado na figura 4. O enrolamento primário é aquele que recebe a energia
elétrica, seja está proveniente de um gerador, de um sistema de transmissão de
energia elétrica ou de algum circuito.

Figura 4 – Estrutura dos Transformadores

Fonte: KLESTON, 2006.

Analisando a estrutura do enrolamento primário na figura 1 fica evidente que
este é um solenoide (bobina longa) e a passagem de corrente elétrica por esse
solenoide irá determinar a criação de um campo magnético, cuja intensidade é dada
pela equação 6.
10

μ

(6)

Essa equação foi desenvolvida a partir de conclusão de da lei de Ampère e
Biot-Savart. Com esse campo magnético haverá, portanto um fluxo magnético, que
será vital no enrolamento secundário. O enrolamento secundário será o responsável
por gerar uma tensão induzida, a partir da variação do fluxo magnético que irá
passar através desse segundo enrolamento. Por fim o núcleo ferromagnético terá a
função de transferir o fluxo magnético gerado no primeiro enrolamento pela
passagem da corrente elétrica, para o segundo enrolamento. O principio físico de
funcionamento dos transformadores será mais analisado no tópico seguinte.
A estrutura do transformador será importantíssima para determinar se ele
será um transformador abaixador, elevador, isolante ou o nível da elevação ou
abaixamento que ele fará. O fator que irá determinar isso no transformador será o
número de espiras do enrolamento primário e do enrolamento secundário.
Como pode ser constado pela equação (6), mencionada na pagina anterior,
um maior número de espiras (N) irá gerar um campo magnético de maior intensidade
no enrolamento primário. Dessa forma o a tensão induzida no enrolamento
secundário poderá será maior, já essa tensão induzida vai depender também do
próprio número de espiras do segundo enrolamento.
Então os dois enrolamentos em conjunto, mais alguns fatores, irão determinar
as características do transformador. Dessa forma se os números de espiras dos dois
enrolamentos forem iguais, este será um transformador isolante, cuja função é isolar
eletricamente algum aparelho da rede elétrica. Já se a tensão no enrolamento
primário foi maior e a tensão no enrolamento secundário for menor, este será um
transformador abaixador e se o contrario acontecer (maior tensão no enrolamento
secundário) este será um transformador elevador.
Além do número de espiras nos enrolamentos, outros fatores que
determinarão qual a tensão induzida no segundo enrolamento é a área da secção
transversal do fio e o material ferromagnético, este último podendo ser aços-silícios
(ligas de ferro, carbono e silício), que são materiais de alta permeabilidade
magnética e alta resistividade elétrica, portanto muito bons fara serem utilizados nos
11

transformadores. Outro exemplo de núcleo de transformadores é o núcleo de ar,
porém esse tipo de núcleo só é utilizado em transformadores de pequeno porte. A
figura 5 mostra um transformador mais elabora do que o da figura 1 e sua estrutura
é bastante diferente.
Figura 5 – Transformador mais elaborado.

Fonte: NOGUEIRA, 2007.

Na figura 5 o enrolamento primário está “dentro” do enrolamento secundário e
é aquele com fios de área de secção transversal menor. O enrolamento secundário
possui fios com área de secção transversal maior. Nesse transformador o núcleo
ferromagnético é constituído por lâminas prensadas com formato de letra E, de
forma que o “traço” intermediário da letra E fica posicionado no interior dos dois
enrolamentos.
Os traços exteriores são os ficam fora dos dois enrolamentos, como pode ser
constatado na mesma figura. Entre os enrolamentos e o material ferromagnético
existem papeis isolantes para evitar que os dois enrolamentos entrem em contato e
a tensão de um passe para o outro. O funcionamento deste transformador é análogo
ao funcionamento do transformador elementar da figura 1.
Se estiver sendo construído um gerador que, por exemplo, receba uma
tensão de 220 V e libere uma tensão de 12 V, é realizado uma série de cálculos, que
irão determinar as características estruturais do transformador, como por exemplo, o
12

número de espiras em cada um dos enrolamentos e a área da secção transversal
dos fios utilizados em cada um dos enrolamentos. Dessa forma são projetados os
diversos tipos de transformadores, como os transformadores trifásicos utilizados nos
postes, que transformam cerca de 13.800 V em 127/220 V.
Ainda em relação a estrutura dos transformadores, estes podem ser
estruturados em monofásicos, bifásicos e trifásicos. Os trifásicos são alimentados
por mais de uma tensão e é como se possuíssem 3 transformadores monofásicos,
que podem ser ligados de diferentes formas.
Os transformadores monofásicos são constituídos de um enrolamento
primário e um enrolamento secundário, já o transformador trifásico é formado por
três enrolamentos primários defasados de 120º um em relação ao outro, que
recebem tensão e outros três enrolamentos secundários também defasados de 120º
um em relação ao outro. No caso do transformador trifásico encontrado nos postes
da cidade, cada uma dos 3 enrolamentos secundários fornecem 127 V e se forem
utilizados em conjunto fornecem 220 V.
Os transformadores, portanto, podem variar de estrutura um em relação ao
outro podendo apresentar mais ou menos enrolamentos. São utilizados amplamente
nas redes elétricas e também em diversos equipamentos e aparelhos elétricos. No
tópico seguinte, será explorado os conceitos físicos e as formulas físicas que
determinaram o desenvolvimento dos transformadores.
13

4 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSFORMADORES

4.1 AUTOTRANSFORMADOR

Em um autotransformador os enrolamentos primário e secundário são
parcialmente coincidentes, ou seja, geralmente a extremidade do enrolamento
primário coincide com um dos terminais do enrolamento secundário. Este tipo de
transformador é classificado também como redutor quando a quantidade de espiras
do enrolamento secundário for inferior ao do primário e caso contrário, é do tipo
elevador. Conforme a figura 6, o transformador é do tipo redutor.

Figura 6 – Esquema de um Autotransformador.

Fonte: Adaptações de KNIRSCH, 2014.

Seu principio de funcionamento se dá ao aplicarmos uma tensão a uma parte
do enrolamento, o campo gerado induzirá uma tensão superior nos extremos do
mesmo.O

autotransformador

possui

diversas

vantagens

em

relação

aos

transformadores comuns e uma característica específica, que é o seu tamanho
menor para a sua capacidade potencial e isso é devido a corrente de saída ser
parcialmente fornecida pelo lado de alimentação e parte induzida pelo campo, o que
reduz o campo permitindo um núcleo menor e mais barato.
De forma geral, tem como vantagens o seu rendimento mais eficaz e custo
menor, mas traz como consequência da coincidência parcial entre os enrolamentos,
a perda de isolamento galvânico entre a entrada e a saída das bobinas, o que limita
suas aplicações.
14

4.2 TRANSFORMADORES DE CORRENTE

Os transformadores de corrente, na sua forma básica, possuem um
enrolamento primário composto geralmente de poucas espiras, e um secundário no
qual a corrente nominal transformada é igual a 5 A. Nesse caso, são equipamentos
destinados a operar com seus enrolamentos secundários sobre carga de impedância
bastante reduzidas e com os instrumentos de medição e proteção tendo dimensões
menores. Eles são equipamentos que permitem aos instrumentos de proteção e
medição que não possuem correntes nominais de acordo com a corrente do circuito
ao qual são conectados, funcionarem da forma correta.
Os TC's (transformadores de corrente) transformam correntes elevadas, que
circulam no seu primário, em pequenas correntes secundárias, segundo uma
relação

de

transformação,

através

do fenômeno

chamado

de

conversão

eletromagnética. A corrente primária a ser mensurada, circulando nos enrolamentos
primários, gera um fluxo magnético alternado que induz forças eletromotrizes nos
enrolamentos primário e secundário.
Os transformadores de corrente possuem vários aspectos construtivos, de
acordo com a sua aplicação. Podendo ser TC tipo Barra, tipo Janela, com vários
enrolamentos primários e/ou

secundários.

Porém,

convencionou-se

que a

simbologia dos TC’s apresenta os terminais primários de alta tensão (H1 e H2) e os
terminais secundários (X1 e X2), ou no caso de modelos industriais demarca-se as
extremidades de alta tensão (P1 e P2) e as secundárias como 1s1, 1s2, 2s1, 2s2 e
2s3, conforme a figura 7.

Figura 7 – Simbologia de dois transformadores de corrente.

Fonte: WALKER, 2014.
15

Os transformadores de corrente são utilizados em aplicações de alta tensão,
fornecendo correntes reduzidas e isoladas do circuito primário a fim possibilitar a sua
utilização para instrumentos também de controle, em relés de indução, medidores de
energia e como suprimento de aparelhos com baixa resistência elétrica.

4.3 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL

O principal objetivo do transformador de potencial é transformar a potência do
enrolamento primário (V1, I1) em potência (V2, I2) do secundário, mantendo-se a
frequência constante. Em outras palavras, transferir de um circuito para outro,
energia elétrica, sem alterar a frequência, apenas variando os valores de tensão e
corrente.

A essa relação entre a tensão presente no lado primário e a tensão

transformada do secundário, dá-se o nome de relação de transformação. A figura 8
mostra a simbologia do transformador de potencial e a circulação da corrente.
Figura 8 – Símbolo do Transformador de Potência

Fonte: SIAVICHAY, 2014.

As funções básicas desse tipo de transformador é fornecer uma tensão
secundária proporcional à primária, com certa precisão dentro de uma faixa
especificada e realizar o isolamento contra altas tensões. De forma geral, a função
de um transformador de potência é minimizar perdas de transmissão ao reduzir a
corrente.
É comumente encontrado transformador de potencial nas cabines de entrada
de energia, para fornecer a alimentação de dispositivos de controle como relés de
mínima e máxima tensão, os quais são responsáveis por desarmar o disjuntor caso
os valores estejam fora dos pré-definidos, geralmente fornecendo a tensão
secundária de 220V. O núcleo é de chapas de aço-silício, envolvido por blindagem
16

metálica, com terminais de alta tensão afastados, adaptados à ligação das cabines.
Podem ser mono ou trifásicos.

4.4 TRANSFORMADOR DE SINAL

Os principais tipos de utilização dos transformadores de sinal são na
transformação de resistências em aplicações de áudio, como é o caso da entrada do
alto falante e saída do amplificador; e em impedâncias em amplificadores e
radiofrequência em receptores de telecomunicações.
O núcleo geralmente é semelhante ao transformador de alimentação, o qual
pode ser constituído de aço ou ferrite. O tempo de resposta das frequências de
rádio, dentro de uma faixa de 20 a 20.000 Hz, não é precisamente linear, mesmo
quando utiliza-se materiais de maior qualidade no núcleo, e essa variabilidade de
eficiência e linearidade ao longo da faixa de áudio, limita o seu uso.

4.5 TRANSFORMADOR IDEAL

O modelo idealizado do transformador é fundamental para se estabelecer as
relações básicas que caracterizam um transformador monofásico. Hipoteticamente,
transformador é considerado ideal se a permeabilidade magnética do núcleo
ferromagnético foi infinita, tendo como consequência, o fluxo confinado no núcleo,
não existindo corrente de excitação, nem fluxos de dispersão, e se não houver
perdas elétricas e magnéticas, ou seja, sem potência dissipada na resistência dos
enrolamentos ou histerese do núcleo.
No caso, a potência elétrica obtida no secundário é igual a potência elétrica
obtida no primário. A relação de transformação do modelo ideal se dá pela equação
fundamental dos transformadores, conforme a equação 7. Onde, N1 e N2 são os
números de espiras no primário e no secundário, respectivamente.

(7)
17

4.6 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE FASES

Antes de partir para o numero de fases em si, deve-se entender o que são
fases. Fases são definidas como sendo um ciclo ativo na voltagem, ou seja, a
corrente passa por um eixo horizontal, não físico, o início deste eixo representa a
grandeza “zero”, a corrente entra por este local. Chegando ao fim deste eixo o valor
da tensão será, por exemplo, 110V e logo após isso a corrente voltará ao valor de
“zero”. Esta excursão de valores é definida através de uma relação com um fio
neutro.
Outros conceitos importantes para a classificação das turbinas quanto ao
numero de fases são os de bobina primária e bobina secundária. As bobinas
primárias são bobinas alimentadas por uma tensão elétrica, esta tensão elétrica gera
um campo magnético que irá interferir numa outra turbina, induzindo-a a uma
corrente elétrica. Esta segunda bobina será a bobina secundária. Como as bobinas
são eletricamente isoladas a transferência ocorre única e exclusivamente através
das linhas de força magnética.

4.6.1 Transformadores monofásicos

Transformadores monofásicos são transformadores que só possuem, no
máximo, duas fases e são montados com uma bobina primaria responsável por
receber a maior tensão e uma bobina secundária responsável por receber uma
tensão de menor intensidade que a primeira, vide figura 9.

Figura 9 – Transformadores Monofásicos segundo ABNT e fluxograma

Fonte: Lio Gouvea, [200-]
18

4.6.2 Transformadores Trifásicos

Transformadores trifásicos são transformadores que possuem três fazes e
são montados com três bobinas primárias, que recebem a maior tensão, e as fases
encontram-se em defasagem uma da outra, e também possuem três bobinas
secundarias, que fornecem cada uma isoladamente 127V e ligadas entre si
fornecem uma tensão de 220V, sendo que estas fases também se encontram em
defasagem, uma da outra. As conexões em transformadores trifásicos podem ser
dos tipos Y-∆, ∆-Y, ∆-∆, Y-Y, ilustrados na figura 10.
Figura 10 – Conexões em transformadores

Fonte: Joaquim Eloir Rocha, [200-]

Conexão delta-estrela (∆-Y) – Neste tipo de conexão as tensões na bobina
secundaria tem um defasamento em 30º em relação às tensões na bobina primária,
porém, a tensão de linha na conexão Y fica adiantada em relação à tensão de linha
no ∆, e a corrente
Conexão estrela-delta (Y-∆) – Neste tipo de conexão, as tensões na bobina
secundaria tem um defasamento em 30º em relação às tensões na bobina primária,
porém, a tensão de linha na conexão Y fica atrasada em relação à tensão de linha
no ∆. As correntes de linha ou de fase acompanharão o sinal senoidal das tensões
por serem vetorialmente iguais.
19

5 PRINCIPIO FÍSICO DE FUNCIONAMENTO

O principio de funcionamento dos transformadores fundamenta-se pela
indução eletromagnética. Na figura 11, uma espira circular, conectada a uma pilha
que possui uma chave interruptora localizada em frente à espira circular 2, que está
ligada a um galvanômetro bastante sensível.

Figura 11 – Modelo genérico do transformador

Fonte: TELECURSO, 2000.

Estando a chave ligada, a corrente que percorrerá a espira 1, esta fornecerá
um campo magnético que atravessará a espira 2, e como não há variação do fluxo
magnético que atravessa a espira 2, e o campo magnético é constante e por a
corrente que é produzida na pilha ser continua, o galvanômetro ligado a espira 2,
não apresenta nem uma alteração.
Mas se ligarmos e desligarmos a chave o fluxo magnético começa a variar.
Quando a chave for aberta o ponteiro do galvanômetro vai oscilar por um
determinado sentido e quando a chave for fechada o ponteiro vai oscilar para outro
sentido contrário ao de quando a chave estava aberta; agora se a chave for aberta e
fechada continuamente o ponteiro do Galvanômetro vai oscilar continuamente, ou
seja, sem parar.
É possível substituir a pilha e a chave, estas ligadas a espira 1, por um
gerador de corrente alternada que vai gerar um efeito semelhante ao de abrir e
20

fechar a chave que é uma fonte variável de fem ou de diferença de potencial.
Ocorrerá que a espira 1 sobre efeito da corrente alternada induzira uma outra
corrente alternada na espira 2, e por consequência o galvanômetro oscilará. A
corrente elétrica existe pelo fato de existe uma fem (força eletro-motriz) ou uma
diferença no potencial que lhe dá origem.
O sentido da corrente induzida forma um fluxo magnético induzido que vai se
opor à variação do fluxo magnético denominado indutor. Faraday comprovou através
de experimentos que somente temos fem induzida em uma espira, imersa sobre um
campo magnético, se houver variação no número de linhas de indução que
atravessam a superfície de contato de uma espira. Os números de linhas de indução
é medido pela grandeza escalar que é chamada de fluxo magnético que é dado pela
equação 8.

(8)

Se a espira estiver inclinada em relação o campo magnético, o número de
linhas de indução que atravessa a espira é menor do que seria se a espira tivesse
perpendicular ao campo magnético, isto tornaria fluxo menor. Quando a espira for
paralela ao campo magnético, ela não será atravessada pelas linhas de indução e o
fluxo será nulo.
Grande parte do campo magnético que é gerado pela espira 1 não é captado
pela espira 2. Conhecendo as propriedades dos materiais ferromagnéticos sabemos
que eles possuem a propriedade de concentrar as linhas de campos. E por conta
disto se enrolamos as espiras 1 e 2 ao mesmo núcleo de material ferromagnético a
maioria das linhas de campo que a espira 1 produz será destinado a espira 2.
A potência (P), conforme equação 9, fornecida a um dispositivo elétrico é
dada pelo produto das grandezas elétricas tensão (U) e corrente (i), ou seja, se a
potência se manter constante, a corrente elétrica diminuirá quando a tensão
aumenta. E exatamente isto que ocorre num Transformador.

(9)
21

Sendo Np o número de espiras do primário (bobina que recebe a ddp a ser
transformada) e Ns o do secundário (bobina que fornece a ddp transformada), e
ainda, Up e Us os valores eficazes das respectivas ddps, demonstra-se pela
equação 10.

(10)

Chamada razão de transformação. Se Ns > Np, o transformador é um
elevador de ddp. Se Ns< Np, o transformador é um abaixador de ddp. Nos
transformadores

considerados

ideais,

a

potência

média

no

primário

é

aproximadamente igual àquela que alimenta o secundário, equação 11 e 12.

(11)

Portanto,

(12)

A dissipação de energia nos transformadores é devida, principalmente, ao
efeito joule nos condutores dos enrolamentos e às correntes de Foucault no núcleo
do transformador.
Nas correntes de Foucault, o fluxo magnético varia com o tempo e devido a
isso, fems induzidas fazem circular, dentro do cubo, correntes induzidas. Muitas
vezes às correntes de Foucault são indesejáveis, por isso o transformador é dotado
de lâminas, isoladas uma das outras através de um esmalte especial e dispostas
paralelamente ás linhas de indução. Desta forma como as lâminas estão
organizadas elas aumentam a resistência elétrica i diminui a intensidade das
correntes de Foucault, por meio deste esquema que é feita a diminuição da
dissipação de energia elétrica.
22

6 APLICAÇÕES

De acordo com Allan (2014), historicamente as primeiras aplicações práticas
dos transformadores foram realizadas visando solucionar o problema do transporte
energético enfrentados, principalmente, pela eletrotécnica. Em 1878 e 1883, foram
construídos circuitos capazes de dividir a tensão elétrica, Jablochkoff e Gaulard &
Gibbs, respectivamente, construíram tais circuitos com finalidades distintas.
Utilizando dos circuitos primários da bobina para induzir a tensão ao circuito
secundário, o qual alimentava um circuito elétrico que se dispunha em série,
Jablochkoff foi capaz de testar o funcionamento de diversas lâmpadas, também, em
série. Gaulard & Gibbs em 1883, com o mesmo procedimento dispuseram o circuito
secundário em paralelo a outro circuito, alimentando-o e comprovando o seu
funcionamento.
A divisão de tensão, com adequação as necessidades das máquinas elétricas
a serem alimentadas é uma das aplicações mais básicas dos transformadores. De
acordo com a mesma fonte, o método de distribuição elétrica desenvolvido e
utilizado até a contemporaneidade foi realizado com base nos dois experimentos
anteriores em 1885 por Zipernowski, Deri e Bláthy. Salienta-se que os
transformadores utilizados para esta finalidade denominam-se transformadores de
potência, e são amplamente utilizados nas redes de transmissão elétrica.
O desenvolvimento desse método possibilitou, além da transmissão da rede
elétrica a longas distância, solucionar uma série de problemas enfrentados pela
eletrotécnica e ciências da eletricidade em geral. Devido as suas propriedades de
transmissão, geradores são utilizados em associação a fontes de alimentação,
visando regular a tensão de saída, a fim de não danificar o circuito.
Aplicam-se também na realização de medidas elétricas. Em casos em que as
tensões medidas são muito altas, torna-se inviável utilizar um aparelho de medição
como um multímetro para monitorar as variáveis elétricas. Transformadores nesse
contexto são utilizados para reduzir a tensão da linha, possibilitando a medição
segura, tanto para o operador, quanto para o instrumento, impossibilitando risco de
acidentes ou danos ao equipamento, enquanto efetua-se medida precisa.
23

Devido à propriedade singular dos transformadores de reduzir a tensão, mas
manter a potência e a frequência iguais a da tensão original, eles podem ser
aplicados para a transmissão de altas frequências em qualquer escala. A
necessidade, em circuito eletrônicos, de componentes que atuam em alta frequência
é bastante ampla, com base no princípio dos transformadores é possível transmitir
altas frequências com baixos valores de tensão, teoricamente, com qualquer valor
de tensão.
Outra aplicação recorrente para os transformadores destina-se a proteção de
circuitos elétricos. Em caso de sobrecarga de tensão para o circuito, existe a
possibilidade de conectar-se uma chave ao transformador, fazendo com que este
reduza a tensão de alimentação a um valor seguro ao circuito. O método pelo qual
esse procedimento é realizado varia de circuito a circuito, todavia genericamente ele
consiste na utilização do transformador imediatamente após a fonte ou o elemento
do circuito que se pretende proteger, podendo estar conectado por uma chave, ou
não.
Uma utilização, também, em circuitos eletrônicos dos transformadores é para
o aumento da impedância do circuito. Associando um transformador em série é
possível aumentar a impedância do circuito, tendo em vista que essencialmente ele
é uma associação entre duas bobinas – que possuem impedância – ligadas por um
núcleo ferromagnético.
24

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabemos que o funcionamento de um transformador está diretamente ligado
à indução eletromagnética e que existe uma relação entre as espiras, onde o campo
magnético formado pela primeira espira não tem um grande aproveitamento pela
segunda espira. Para um maior aproveitamento do campo magnético pela segunda
espira é necessário enrolar a primeira e a segunda espira, visto que os materiais
ferromagnéticos possuem a propriedade de concentrar as linhas de indução.
A estrutura de um transformador é composta por: um enrolamento primário,
enrolamento secundário e um núcleo ferromagnético e o que vai determinar se um
transformador é elevador ou abaixador vai ser justamente o numero de espiras
presentes no enrolamento primário e secundário.
Os transformadores são classificados de acordo com as suas aplicações
baseando-se nisto temos os seguintes transformadores: autotransformador,
transformador de corrente, transformador de potencial, transformador de sinal e
transformador ideal. A primeira aplicação dos transformadores foi no setor de
transporte elétrico que apresentavam problemas. A função principal de um
transformador é reduzir ou aumentar grandezas elétricas como a tensão para
atender a alimentação de máquinas ou aparelhos eletrônicos.
E suas aplicações são as mais diversas dentre as quais pode-se destacar a
transformação de eletricidade para a transmissão a longas distâncias de modo a
minimizar as perdas por efeito joule o máximo possível, pode-se perceber
atualmente que os transformadores são uma tecnologia necessária para diversos
usos, mostrando como uma descoberta física pode mudar toda uma maneira de se
organizar o mundo, já que sem transformadores, muitas coisas não funcionariam,
como os celulares tablets entre outros, que são carregados com baixas voltagens, e
sem transformadores não seria possível ter essas tecnologias atualmente.
25

REFERÊNCIAS
ALLAN, Bruce. Aplicação dos transformadores. In: Máquinas Elétricas. Disponível
em: <http://goo.gl/BwkUaE>. Acesso em: 21 fev. 2014.
AMARANTE, Guilherme. Transformadores. Disponível em: <http://goo.gl/d4b9aM>.
Acesso em: 22 fev. 2014.
FILHO, C. R. S. Transformadores para Instrumentos.
<http://goo.gl/99hdSU> Acesso em: 23 fev. 2014.

Disponível

em:

GOULART, Rodrigo. Transformadores de número de fases. Disponível em:
<http://goo.gl/308i6y>. Acesso em: 22 fev. 2014.
GOUVEA,
Lio.
Transformadores
Monofásicos.
Disponível
em:
<http://goo.gl/SDvTMB>. Acesso em: 22 fev. 2014
.
GUEDES, Manuel. Transformadores – Ligações e Esfasamentos. Disponível em:
<http://goo.gl/gdd0fI>. Acesso em: 23 fev. 2014.
KLESTON, Ricardo. Trabalho Sobre Transformadores.
<http://goo.gl/fAa3Y8>. Acesso em: 22 fev. 2014.

Disponível

em:

KNIRSCH, Jorge. Transformador, um Mal necessário.
<http://goo.gl/kzLonS>. Acesso em: 23 fev. de 2014.

Disponível

em:

LIMA. Ronaldo. Como construir um Transformador.
<http://goo.gl/2aVYmN>. Acesso em: 22 fev. 2014.

Disponível

em:

MARQUES, Dominicano. Transformadores. Disponível em: <http://goo.gl/u5Y7w6>.
Acesso em: 22 fev. 2014.
MÜNCHOW, R.; NEVES, E. G. C. Capítulo 8: Transformadores elétricos.
Disponível em: <http://goo.gl/jWEFvl>. Acesso em: 22 fev 2014.
MUSEU
DAS
COMUNICAÇÕES.
Transformador.
<http://goo.gl/bVLFhA>. Acesso em: 22 fev. 2014.

Disponível

em:

RAMALHO, J.; Org. Os Fundamentos da Física: Vol. 3 - Eletricidade - 3º Ano. São
Paulo, Moderna – 9. ed. - 2007.
SIAVICHAY, Fernando. Projeto de transformadores monofásicos. Disponível em:
<http://goo.gl/rpXDb5>. Acesso em: 23 fev. de 2014.
SOARES, Alexandre. Materiais Elétricos e Equipamentos de Baixa Tensão.
Disponível em: <http://goo.gl/uYPcz>. Acesso em: 22 fev. 2014.
WALKER, Joel. Trabalho sobre transformadores de corrente. Disponível em:
<http://goo.gl/c0aerl>. Acesso em: 22 fev. 2014.

More Related Content

What's hot (20)

Instrumentos de Medidas Elétricas
Instrumentos de Medidas ElétricasInstrumentos de Medidas Elétricas
Instrumentos de Medidas Elétricas
 
Magnetismo e eletromagnetismo
Magnetismo e eletromagnetismoMagnetismo e eletromagnetismo
Magnetismo e eletromagnetismo
 
Corrente alternada
Corrente alternadaCorrente alternada
Corrente alternada
 
Trabalho transformadores
Trabalho transformadoresTrabalho transformadores
Trabalho transformadores
 
Eletrônica industrial transformadores
Eletrônica industrial transformadoresEletrônica industrial transformadores
Eletrônica industrial transformadores
 
Física 2 relatório Circuito RC
Física 2  relatório Circuito RCFísica 2  relatório Circuito RC
Física 2 relatório Circuito RC
 
Aula 4 eletromagnetismo[2]
Aula 4 eletromagnetismo[2]Aula 4 eletromagnetismo[2]
Aula 4 eletromagnetismo[2]
 
Relatório de física resistência e resistividade
Relatório de física   resistência e resistividadeRelatório de física   resistência e resistividade
Relatório de física resistência e resistividade
 
Geradores
GeradoresGeradores
Geradores
 
Materiais Isolantes - Conceitos
Materiais Isolantes - ConceitosMateriais Isolantes - Conceitos
Materiais Isolantes - Conceitos
 
Corrente elétrica
Corrente elétricaCorrente elétrica
Corrente elétrica
 
Transformadores
Transformadores Transformadores
Transformadores
 
Transformadores
TransformadoresTransformadores
Transformadores
 
Geradores e receptores
Geradores e receptoresGeradores e receptores
Geradores e receptores
 
Contatores e relés
Contatores e relésContatores e relés
Contatores e relés
 
Transformadores monofãsicos melec 0607
Transformadores monofãsicos melec 0607Transformadores monofãsicos melec 0607
Transformadores monofãsicos melec 0607
 
Transformador
TransformadorTransformador
Transformador
 
Amplificadores operacionais
Amplificadores operacionaisAmplificadores operacionais
Amplificadores operacionais
 
Asp i -_aula_7
Asp i -_aula_7Asp i -_aula_7
Asp i -_aula_7
 
Circuitos de corrente alternada
Circuitos de corrente alternadaCircuitos de corrente alternada
Circuitos de corrente alternada
 

Similar to Funcionamento Transformadores Elétricos

Relat.experimental teoria eletromagnetica
Relat.experimental teoria eletromagneticaRelat.experimental teoria eletromagnetica
Relat.experimental teoria eletromagneticaAlex Sales
 
Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério Robério Ribeiro
 
Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...
Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...
Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...Domingos Armindo Rolim Neto
 
Eletromagnetismo meu trabalho
Eletromagnetismo   meu trabalhoEletromagnetismo   meu trabalho
Eletromagnetismo meu trabalhoKamylla Xavier
 
Relatorio fisica iii - 2
Relatorio fisica iii - 2Relatorio fisica iii - 2
Relatorio fisica iii - 2AnaDahmer
 
Experimento corrente induzida
Experimento corrente induzidaExperimento corrente induzida
Experimento corrente induzidaMarcos Resal
 
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof ElvisFísica 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof ElvisElvis Soares
 
Eletromagnetismo complexas
Eletromagnetismo complexasEletromagnetismo complexas
Eletromagnetismo complexaszeu1507
 
Ondas eletromagneticas seletiva
Ondas eletromagneticas seletivaOndas eletromagneticas seletiva
Ondas eletromagneticas seletivaLuan Gutyerre
 
Física Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - EletromagnetismoFísica Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - EletromagnetismoThuan Saraiva
 
Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores - Sistema de Controle Guindast...
Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores  - Sistema de Controle Guindast...Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores  - Sistema de Controle Guindast...
Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores - Sistema de Controle Guindast...Pedro Victor Gomes Cabral de Brito
 
Meu trabalho fisica
Meu trabalho fisicaMeu trabalho fisica
Meu trabalho fisicastarolive
 
aula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptxaula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptxfilmezinho
 
Eletrodinâmica computacional
Eletrodinâmica computacionalEletrodinâmica computacional
Eletrodinâmica computacionalFelipe De Almeida
 

Similar to Funcionamento Transformadores Elétricos (20)

Relat.experimental teoria eletromagnetica
Relat.experimental teoria eletromagneticaRelat.experimental teoria eletromagnetica
Relat.experimental teoria eletromagnetica
 
Sensor de Campo Magnético
Sensor de Campo MagnéticoSensor de Campo Magnético
Sensor de Campo Magnético
 
Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério
 
Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...
Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...
Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Elétricas - Hesnick - Eng. Produçã...
 
Apostilapm
ApostilapmApostilapm
Apostilapm
 
Eletromagnetismo meu trabalho
Eletromagnetismo   meu trabalhoEletromagnetismo   meu trabalho
Eletromagnetismo meu trabalho
 
Relatorio fisica iii - 2
Relatorio fisica iii - 2Relatorio fisica iii - 2
Relatorio fisica iii - 2
 
Experimento corrente induzida
Experimento corrente induzidaExperimento corrente induzida
Experimento corrente induzida
 
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof ElvisFísica 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
 
Eletromagnetismo apo[1]
Eletromagnetismo apo[1]Eletromagnetismo apo[1]
Eletromagnetismo apo[1]
 
O eletromagnetismo
O eletromagnetismoO eletromagnetismo
O eletromagnetismo
 
Eletromagnetismo complexas
Eletromagnetismo complexasEletromagnetismo complexas
Eletromagnetismo complexas
 
LEVITAÇÃO MAGNÉTICA
LEVITAÇÃO MAGNÉTICALEVITAÇÃO MAGNÉTICA
LEVITAÇÃO MAGNÉTICA
 
Ondas eletromagneticas seletiva
Ondas eletromagneticas seletivaOndas eletromagneticas seletiva
Ondas eletromagneticas seletiva
 
Física Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - EletromagnetismoFísica Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - Eletromagnetismo
 
Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores - Sistema de Controle Guindast...
Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores  - Sistema de Controle Guindast...Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores  - Sistema de Controle Guindast...
Projeto Interdisciplinar - Microcontroladores - Sistema de Controle Guindast...
 
Meu trabalho fisica
Meu trabalho fisicaMeu trabalho fisica
Meu trabalho fisica
 
aula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptxaula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptx
 
Motor elétrico
Motor elétrico Motor elétrico
Motor elétrico
 
Eletrodinâmica computacional
Eletrodinâmica computacionalEletrodinâmica computacional
Eletrodinâmica computacional
 

More from Victor Said

Relatório sistema nervoso
Relatório sistema nervoso Relatório sistema nervoso
Relatório sistema nervoso Victor Said
 
História das pilhas
História das pilhasHistória das pilhas
História das pilhasVictor Said
 
Análise da obra Capitães de Areia
Análise da obra Capitães de AreiaAnálise da obra Capitães de Areia
Análise da obra Capitães de AreiaVictor Said
 
Primeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismoPrimeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismoVictor Said
 
A revolução de 30 no Brasil
A revolução de 30 no BrasilA revolução de 30 no Brasil
A revolução de 30 no BrasilVictor Said
 
A revolução do cangaço
A revolução do cangaçoA revolução do cangaço
A revolução do cangaçoVictor Said
 
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDOCamponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDOVictor Said
 
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaTeorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaVictor Said
 
Relatório termometria
Relatório termometriaRelatório termometria
Relatório termometriaVictor Said
 
Relatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicosRelatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicosVictor Said
 
Relatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicosRelatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicosVictor Said
 
Relatório tipos de geração de energia
Relatório tipos de geração de energiaRelatório tipos de geração de energia
Relatório tipos de geração de energiaVictor Said
 
Relatório diodos
Relatório diodos Relatório diodos
Relatório diodos Victor Said
 
Relatório Visita técnica a Xingó
Relatório Visita técnica a XingóRelatório Visita técnica a Xingó
Relatório Visita técnica a XingóVictor Said
 
Relatório calibragem de válvulas
Relatório calibragem de válvulasRelatório calibragem de válvulas
Relatório calibragem de válvulasVictor Said
 
Relatório calibragem de posicionador
Relatório calibragem de posicionadorRelatório calibragem de posicionador
Relatório calibragem de posicionadorVictor Said
 
Desastre de Bhopal
Desastre de BhopalDesastre de Bhopal
Desastre de BhopalVictor Said
 
Governadores de turbinas a vapor
Governadores de turbinas a vaporGovernadores de turbinas a vapor
Governadores de turbinas a vaporVictor Said
 
Relatório governadores de turbinas a vapor
Relatório governadores de turbinas a vaporRelatório governadores de turbinas a vapor
Relatório governadores de turbinas a vaporVictor Said
 

More from Victor Said (20)

Relatório sistema nervoso
Relatório sistema nervoso Relatório sistema nervoso
Relatório sistema nervoso
 
História das pilhas
História das pilhasHistória das pilhas
História das pilhas
 
Análise da obra Capitães de Areia
Análise da obra Capitães de AreiaAnálise da obra Capitães de Areia
Análise da obra Capitães de Areia
 
Primeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismoPrimeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismo
 
Guerra fria
Guerra friaGuerra fria
Guerra fria
 
A revolução de 30 no Brasil
A revolução de 30 no BrasilA revolução de 30 no Brasil
A revolução de 30 no Brasil
 
A revolução do cangaço
A revolução do cangaçoA revolução do cangaço
A revolução do cangaço
 
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDOCamponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO
 
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaTeorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
 
Relatório termometria
Relatório termometriaRelatório termometria
Relatório termometria
 
Relatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicosRelatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicos
 
Relatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicosRelatório motores monofásicos
Relatório motores monofásicos
 
Relatório tipos de geração de energia
Relatório tipos de geração de energiaRelatório tipos de geração de energia
Relatório tipos de geração de energia
 
Relatório diodos
Relatório diodos Relatório diodos
Relatório diodos
 
Relatório Visita técnica a Xingó
Relatório Visita técnica a XingóRelatório Visita técnica a Xingó
Relatório Visita técnica a Xingó
 
Relatório calibragem de válvulas
Relatório calibragem de válvulasRelatório calibragem de válvulas
Relatório calibragem de válvulas
 
Relatório calibragem de posicionador
Relatório calibragem de posicionadorRelatório calibragem de posicionador
Relatório calibragem de posicionador
 
Desastre de Bhopal
Desastre de BhopalDesastre de Bhopal
Desastre de Bhopal
 
Governadores de turbinas a vapor
Governadores de turbinas a vaporGovernadores de turbinas a vapor
Governadores de turbinas a vapor
 
Relatório governadores de turbinas a vapor
Relatório governadores de turbinas a vaporRelatório governadores de turbinas a vapor
Relatório governadores de turbinas a vapor
 

Recently uploaded

Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 

Recently uploaded (20)

Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 

Funcionamento Transformadores Elétricos

  • 1. DEPARTAMENTO DE AUTOMAÇÃO E SISTEMAS COORDENAÇÃO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL MATEUS BARBOSA PAULO XAVIER PERÁCIO CONTREIRAS VICTOR SAID VICTÓRIA CABRAL YASMIN FERREIRA PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DOS TRANSFORMADORES ELÉTRICOS Salvador 2014
  • 2. MATEUS BARBOSA PAULO XAVIER PERÁCIO CONTREIRAS VICTOR SAID VICTÓRIA CABRAL YASMIN FERREIRA PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DOS TRANSFORMADORES ELÉTRICOS Relatório de prática experimental, solicitado pela professor Gilmar Melo, como requisito de avaliação parcial da IV Unidade da disciplina de Física II, no Instituto Federal Bahia – IFBA, Campus Salvador. Prática realizada sob orientação da Prof.ª Dr.ª Mayumi Fukutani Presa. Salvador 2014
  • 3. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Campo Magnético num condutor retilíneo .................................................. 7 Figura 2 – campo magnético numa bobina ................................................................. 7 Figura 3 – Diagrama fasorial da tensão alternada....................................................... 8 Figura 4 – Estrutura dos Transformadores .................................................................. 9 Figura 5 – Transformador mais elaborado. ............................................................... 11 Figura 6 – Esquema de um Autotransformador......................................................... 13 Figura 7 – Simbologia de dois transformadores de corrente. .................................... 14 Figura 8 – Símbolo do Transformador de Potência ................................................... 15 Figura 9 – Transformadores Monofásicos segundo ABNT e fluxograma .................. 17 Figura 10 – Conexões em transformadores .............................................................. 18 Figura 11 – Modelo genérico do transformador......................................................... 19
  • 4. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA ............................................................................... 5 2.1 DESCOBERTA DO ELETROMAGNETISMO........................................................ 5 2.2 ELETROMAGNETISMO........................................................................................ 6 2.3 CORRENTE ALTERNADA .................................................................................... 8 3 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS ...................................................................... 9 4 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSFORMADORES ................................... 13 4.1 AUTOTRANSFORMADOR ................................................................................. 13 4.2 TRANSFORMADORES DE CORRENTE............................................................ 14 4.3 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ................................................................ 15 4.4 TRANSFORMADOR DE SINAL .......................................................................... 16 4.5 TRANSFORMADOR IDEAL ................................................................................ 16 4.6 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE FASES ...................................... 17 4.6.1 Transformadores monofásicos ......................................................................... 17 4.6.2 Transformadores trifásicos ............................................................................... 18 5 PRINCIPIO FÍSICO DE FUNCIONAMENTO ......................................................... 19 6 APLICAÇÕES ........................................................................................................ 22 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 24 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25
  • 5. 4 1 INTRODUÇÃO Transformadores são aparelhos elétricos responsáveis por efetuar o controle do valor da tensão alternada, aumentando ou diminuindo a sua intensidade, enquanto mantém a mesma potência e frequência. Sendo aparelhos de natureza estática, responsáveis por efetuar o transporte de energia elétrica, por meio de indução eletromagnética. Os transformadores são utilizados para diversas aplicações, desde isolamento elétrico, até a realização do controle da impedância de dois circuitos distintos, ou realizando a filtragem de sinais de radiofrequência. Os transformadores funcionam eletricamente com base na indução eletromagnética, devido a suas características construtivas – constituído de três elementos básicos: duas bobinas interligadas por meio de um material ferromagnético condutor (núcleo permeabilidade magnética elevada) –, é possível realizar a indução de uma bobina a outra sem contato direto entre as mesmas, por intermédio do núcleo, alterando assim os valores da tensão. Formalmente, essas máquinas elétricas são constituídas de um enrolamento primário (bobina primária), um enrolamento secundário (bobina secundária) e do núcleo ferromagnético. E podem ser classificadas de acordo com a aplicação a qual se destinam, ao núcleo, ao tipo, e ao número de fases. Deste modo, o objetivo desse relatório é efetuar um estudo descritivo a respeito do principio de funcionamento dos transformadores, abordando desde a sua construção, até os tipos e classificações, com foco nas aplicações práticas do mesmo. A fim de fundamentar a elaboração deste relatório, a metodologia empregada foi à revisão bibliográfica, a qual foi realizada utilizando livros, websites, apostilas virtuais.
  • 6. 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 2.1 DESCOBERTA DO ELETROMAGNETISMO Há muitos séculos atrás, na antiga Grécia, principiaram os estudos sobre a eletricidade e o magnetismo, com observações de determinadas pedras que eram encontradas numa terra chamada Magnésia e outros experimentos, porém a eletricidade e o magnetismo eram considerados dois ramos físicos distintos, até que em 1820 o físico Hans Christian Oersted realiza um experimento no qual uma bússola era deixada próximo a um condutor no qual há a passagem de corrente e essa passagem de corrente gera um campo magnético que fará com que a bússola se alinhe aos polos do campo magnético gerado ao invés de se alinha com o campo magnético terrestre. Os resultados desse experimento introduziram um novo conceito chamado eletromagnetismo no meio científico. Alguns anos depois o inglês Michael Faraday estudou o campo magnético, suas linhas de indução e outras peculiaridades do campo, e em seus estudos ele chegou a conclusão que a variação do campo magnético é capaz de gerar corrente elétrica, o que foi muito importante para a geração de energia elétrica, que somente era possível através de pilhas, porém Faraday, por não ser formado em física não pode fazer senão verbalizar sua fórmula afirmando que “corrente elétrica induzida em um circuito fechado por um campo magnético é proporcional ao número de linhas do fluxo que atravessa a área envolvida do circuito, por unidade de tempo” (WITTAKER), porém tal verbalização de sua formula permitiu que Franz Ernest Neumann matematizasse sua fórmula, gerando a atual lei de Faraday-NeumannLenz que pode ser expressa pela equação 1. Onde: = Força eletromotriz induzida; ∆Φ = Variação do fluxo magnético no campo; ∆t = Tempo. (1) Junto com o equacionamento da lei de Faraday surgiu a lei de Lenz equacionada na forma do menos na lei de Faraday e que afirma que para todo o
  • 7. 6 campo magnético induzido haverá outro indutor de sinal oposto que repelirá ou atrairá o campo magnético indutor. Para melhor exemplificar tomemos como exemplo uma bobina ligada a um amperímetro e um imã que está sendo introduzido e retirado do centro da bobina. No primeiro momento observa-se a introdução do imã na bobina. Nesse instante o imã tem suas linhas de indução inseridas na bobina, o que vai gerar uma corrente induzida na mesma. Pela lei de Lenz essa corrente deverá ser de modo que, pela regra da mão direita perceba-se o campo indo em direção oposta ao campo magnético do imã, provocando assim uma repulsão entre seus polos. No segundo momento ocorre o processo inverso, pois com a retirada do imã a corrente, segundo a lei de Lenz a corrente adquirirá sentido tal que gerará um campo magnético que atrairá o campo magnético do imã, fazendo com que ele retorne a posição de repulsão anterior. Uma aplicação prática da Lei de Lenz é o trem-bala, nos quais se utiliza da levitação magnética para sustentar e mover o trem em velocidades altíssimas. 2.2 ELETROMAGNETISMO O eletromagnetismo é o termo utilizado na teoria de Maxwell para relacionar a eletricidade com o magnetismo, pois foi-se descoberto que uma corrente elétrica era capaz de gerar campos magnéticos que exerciam forças em partículas de material ferromagnético, a chamada força eletromagnética num condutor reto foi expressa matematicamente pela equação 2. Onde: F = Força eletromagnética; B = Campo magnético; i = Corrente. (2) Com essa lei pode-se calcular algumas variáveis, porém elas somente são aplicadas ao condutor reto então com a lei de Biot-Savart foi possível determinar o campo magnético B utilizando a regra da mão direita.
  • 8. 7 Figura 1 – Campo Magnético num condutor retilíneo Fonte: FÍSICA, 2014. No condutor reto utilizando a regra da mão direita pode-se perceber que as linhas de indução irão se localizar formando uma circunferência ao redor do fio enquanto o vetor campo magnético se localiza tangenciando as linhas de indução. O vetor campo magnético pode ser calculado pela equação 2. Onde: μ0 é a constante de permeabilidade magnética no vácuo que tem valor igual a ; i é a corrente, medida em ampères (A); R é o raio no qual é medido o campo. (3) Figura 2 – campo magnético numa bobina No condutor em formato de bobina outras variáveis já entram em ação. Por mais que ele seja similar a um solenoide tanto em formato em alguns casos, quanto na conformação do campo ele será expresso pela equação 4. Onde: N é o número de voltas da bobina.
  • 9. 8 (4) No solenoide as linhas de indução se comportam como num imã em forma de barra e assim como na bobina o campo terá orientação norte e sul: sendo o cambo magnético B pode ser calculado pela equação 5. μ (5) 2.3 CORRENTE ALTERNADA A corrente alternada é o tipo de corrente que é atualmente mais utilizado na atualidade. Sua geração é realizada utilizando-se de um imã que é movido no interior de uma bobina chata, que gerará corrente, porém a movimentação desse imã não será uniforme, pois este será oscilante, então ocorrerão momentos na geração de corrente os quais a tensão ou a corrente sobe, chega em seu pico, para depois decrescer e crescer na direção oposta. Onde: N é o número de voltas da bobina; μ0 é a constante de permeabilidade magnética no vácuo que tem valor igual ; i é a corrente, medida em ampères (A) Figura 3 – Diagrama fasorial da tensão alternada Fonte: REGÔ, 2014. Existem três tipos de tensão: a eficaz, que é aquela que libera a mesma potencia que o mesmo valor de corrente, a máxima que é a corrente e tensão que é gerada, e o valor RMS que é o valor comercial de tensão e corrente vendidos.
  • 10. 9 3 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS Os transformadores são equipamentos de grande importância atualmente para os sistemas de transmissão de energia elétrica, sendo este um dos setores onde os transformadores são amplamente utilizados. No processo de transmissão de energia elétrica é mais vantajoso que ela seja transmitida com uma alta tensão e baixa corrente. Mas no ambiente residencial são utilizadas baixas tensões na ordem de 220/110 V e correntes mais altas. Então para possibilitar esse abaixamento da tensão, são utilizados justamente os transformadores, que terão sua estrutura física e magnética explorada a seguir. De forma geral os transformadores são constituídos de um enrolamento primário, um enrolamento secundário e um núcleo ferromagnético, como representado na figura 4. O enrolamento primário é aquele que recebe a energia elétrica, seja está proveniente de um gerador, de um sistema de transmissão de energia elétrica ou de algum circuito. Figura 4 – Estrutura dos Transformadores Fonte: KLESTON, 2006. Analisando a estrutura do enrolamento primário na figura 1 fica evidente que este é um solenoide (bobina longa) e a passagem de corrente elétrica por esse solenoide irá determinar a criação de um campo magnético, cuja intensidade é dada pela equação 6.
  • 11. 10 μ (6) Essa equação foi desenvolvida a partir de conclusão de da lei de Ampère e Biot-Savart. Com esse campo magnético haverá, portanto um fluxo magnético, que será vital no enrolamento secundário. O enrolamento secundário será o responsável por gerar uma tensão induzida, a partir da variação do fluxo magnético que irá passar através desse segundo enrolamento. Por fim o núcleo ferromagnético terá a função de transferir o fluxo magnético gerado no primeiro enrolamento pela passagem da corrente elétrica, para o segundo enrolamento. O principio físico de funcionamento dos transformadores será mais analisado no tópico seguinte. A estrutura do transformador será importantíssima para determinar se ele será um transformador abaixador, elevador, isolante ou o nível da elevação ou abaixamento que ele fará. O fator que irá determinar isso no transformador será o número de espiras do enrolamento primário e do enrolamento secundário. Como pode ser constado pela equação (6), mencionada na pagina anterior, um maior número de espiras (N) irá gerar um campo magnético de maior intensidade no enrolamento primário. Dessa forma o a tensão induzida no enrolamento secundário poderá será maior, já essa tensão induzida vai depender também do próprio número de espiras do segundo enrolamento. Então os dois enrolamentos em conjunto, mais alguns fatores, irão determinar as características do transformador. Dessa forma se os números de espiras dos dois enrolamentos forem iguais, este será um transformador isolante, cuja função é isolar eletricamente algum aparelho da rede elétrica. Já se a tensão no enrolamento primário foi maior e a tensão no enrolamento secundário for menor, este será um transformador abaixador e se o contrario acontecer (maior tensão no enrolamento secundário) este será um transformador elevador. Além do número de espiras nos enrolamentos, outros fatores que determinarão qual a tensão induzida no segundo enrolamento é a área da secção transversal do fio e o material ferromagnético, este último podendo ser aços-silícios (ligas de ferro, carbono e silício), que são materiais de alta permeabilidade magnética e alta resistividade elétrica, portanto muito bons fara serem utilizados nos
  • 12. 11 transformadores. Outro exemplo de núcleo de transformadores é o núcleo de ar, porém esse tipo de núcleo só é utilizado em transformadores de pequeno porte. A figura 5 mostra um transformador mais elabora do que o da figura 1 e sua estrutura é bastante diferente. Figura 5 – Transformador mais elaborado. Fonte: NOGUEIRA, 2007. Na figura 5 o enrolamento primário está “dentro” do enrolamento secundário e é aquele com fios de área de secção transversal menor. O enrolamento secundário possui fios com área de secção transversal maior. Nesse transformador o núcleo ferromagnético é constituído por lâminas prensadas com formato de letra E, de forma que o “traço” intermediário da letra E fica posicionado no interior dos dois enrolamentos. Os traços exteriores são os ficam fora dos dois enrolamentos, como pode ser constatado na mesma figura. Entre os enrolamentos e o material ferromagnético existem papeis isolantes para evitar que os dois enrolamentos entrem em contato e a tensão de um passe para o outro. O funcionamento deste transformador é análogo ao funcionamento do transformador elementar da figura 1. Se estiver sendo construído um gerador que, por exemplo, receba uma tensão de 220 V e libere uma tensão de 12 V, é realizado uma série de cálculos, que irão determinar as características estruturais do transformador, como por exemplo, o
  • 13. 12 número de espiras em cada um dos enrolamentos e a área da secção transversal dos fios utilizados em cada um dos enrolamentos. Dessa forma são projetados os diversos tipos de transformadores, como os transformadores trifásicos utilizados nos postes, que transformam cerca de 13.800 V em 127/220 V. Ainda em relação a estrutura dos transformadores, estes podem ser estruturados em monofásicos, bifásicos e trifásicos. Os trifásicos são alimentados por mais de uma tensão e é como se possuíssem 3 transformadores monofásicos, que podem ser ligados de diferentes formas. Os transformadores monofásicos são constituídos de um enrolamento primário e um enrolamento secundário, já o transformador trifásico é formado por três enrolamentos primários defasados de 120º um em relação ao outro, que recebem tensão e outros três enrolamentos secundários também defasados de 120º um em relação ao outro. No caso do transformador trifásico encontrado nos postes da cidade, cada uma dos 3 enrolamentos secundários fornecem 127 V e se forem utilizados em conjunto fornecem 220 V. Os transformadores, portanto, podem variar de estrutura um em relação ao outro podendo apresentar mais ou menos enrolamentos. São utilizados amplamente nas redes elétricas e também em diversos equipamentos e aparelhos elétricos. No tópico seguinte, será explorado os conceitos físicos e as formulas físicas que determinaram o desenvolvimento dos transformadores.
  • 14. 13 4 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSFORMADORES 4.1 AUTOTRANSFORMADOR Em um autotransformador os enrolamentos primário e secundário são parcialmente coincidentes, ou seja, geralmente a extremidade do enrolamento primário coincide com um dos terminais do enrolamento secundário. Este tipo de transformador é classificado também como redutor quando a quantidade de espiras do enrolamento secundário for inferior ao do primário e caso contrário, é do tipo elevador. Conforme a figura 6, o transformador é do tipo redutor. Figura 6 – Esquema de um Autotransformador. Fonte: Adaptações de KNIRSCH, 2014. Seu principio de funcionamento se dá ao aplicarmos uma tensão a uma parte do enrolamento, o campo gerado induzirá uma tensão superior nos extremos do mesmo.O autotransformador possui diversas vantagens em relação aos transformadores comuns e uma característica específica, que é o seu tamanho menor para a sua capacidade potencial e isso é devido a corrente de saída ser parcialmente fornecida pelo lado de alimentação e parte induzida pelo campo, o que reduz o campo permitindo um núcleo menor e mais barato. De forma geral, tem como vantagens o seu rendimento mais eficaz e custo menor, mas traz como consequência da coincidência parcial entre os enrolamentos, a perda de isolamento galvânico entre a entrada e a saída das bobinas, o que limita suas aplicações.
  • 15. 14 4.2 TRANSFORMADORES DE CORRENTE Os transformadores de corrente, na sua forma básica, possuem um enrolamento primário composto geralmente de poucas espiras, e um secundário no qual a corrente nominal transformada é igual a 5 A. Nesse caso, são equipamentos destinados a operar com seus enrolamentos secundários sobre carga de impedância bastante reduzidas e com os instrumentos de medição e proteção tendo dimensões menores. Eles são equipamentos que permitem aos instrumentos de proteção e medição que não possuem correntes nominais de acordo com a corrente do circuito ao qual são conectados, funcionarem da forma correta. Os TC's (transformadores de corrente) transformam correntes elevadas, que circulam no seu primário, em pequenas correntes secundárias, segundo uma relação de transformação, através do fenômeno chamado de conversão eletromagnética. A corrente primária a ser mensurada, circulando nos enrolamentos primários, gera um fluxo magnético alternado que induz forças eletromotrizes nos enrolamentos primário e secundário. Os transformadores de corrente possuem vários aspectos construtivos, de acordo com a sua aplicação. Podendo ser TC tipo Barra, tipo Janela, com vários enrolamentos primários e/ou secundários. Porém, convencionou-se que a simbologia dos TC’s apresenta os terminais primários de alta tensão (H1 e H2) e os terminais secundários (X1 e X2), ou no caso de modelos industriais demarca-se as extremidades de alta tensão (P1 e P2) e as secundárias como 1s1, 1s2, 2s1, 2s2 e 2s3, conforme a figura 7. Figura 7 – Simbologia de dois transformadores de corrente. Fonte: WALKER, 2014.
  • 16. 15 Os transformadores de corrente são utilizados em aplicações de alta tensão, fornecendo correntes reduzidas e isoladas do circuito primário a fim possibilitar a sua utilização para instrumentos também de controle, em relés de indução, medidores de energia e como suprimento de aparelhos com baixa resistência elétrica. 4.3 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL O principal objetivo do transformador de potencial é transformar a potência do enrolamento primário (V1, I1) em potência (V2, I2) do secundário, mantendo-se a frequência constante. Em outras palavras, transferir de um circuito para outro, energia elétrica, sem alterar a frequência, apenas variando os valores de tensão e corrente. A essa relação entre a tensão presente no lado primário e a tensão transformada do secundário, dá-se o nome de relação de transformação. A figura 8 mostra a simbologia do transformador de potencial e a circulação da corrente. Figura 8 – Símbolo do Transformador de Potência Fonte: SIAVICHAY, 2014. As funções básicas desse tipo de transformador é fornecer uma tensão secundária proporcional à primária, com certa precisão dentro de uma faixa especificada e realizar o isolamento contra altas tensões. De forma geral, a função de um transformador de potência é minimizar perdas de transmissão ao reduzir a corrente. É comumente encontrado transformador de potencial nas cabines de entrada de energia, para fornecer a alimentação de dispositivos de controle como relés de mínima e máxima tensão, os quais são responsáveis por desarmar o disjuntor caso os valores estejam fora dos pré-definidos, geralmente fornecendo a tensão secundária de 220V. O núcleo é de chapas de aço-silício, envolvido por blindagem
  • 17. 16 metálica, com terminais de alta tensão afastados, adaptados à ligação das cabines. Podem ser mono ou trifásicos. 4.4 TRANSFORMADOR DE SINAL Os principais tipos de utilização dos transformadores de sinal são na transformação de resistências em aplicações de áudio, como é o caso da entrada do alto falante e saída do amplificador; e em impedâncias em amplificadores e radiofrequência em receptores de telecomunicações. O núcleo geralmente é semelhante ao transformador de alimentação, o qual pode ser constituído de aço ou ferrite. O tempo de resposta das frequências de rádio, dentro de uma faixa de 20 a 20.000 Hz, não é precisamente linear, mesmo quando utiliza-se materiais de maior qualidade no núcleo, e essa variabilidade de eficiência e linearidade ao longo da faixa de áudio, limita o seu uso. 4.5 TRANSFORMADOR IDEAL O modelo idealizado do transformador é fundamental para se estabelecer as relações básicas que caracterizam um transformador monofásico. Hipoteticamente, transformador é considerado ideal se a permeabilidade magnética do núcleo ferromagnético foi infinita, tendo como consequência, o fluxo confinado no núcleo, não existindo corrente de excitação, nem fluxos de dispersão, e se não houver perdas elétricas e magnéticas, ou seja, sem potência dissipada na resistência dos enrolamentos ou histerese do núcleo. No caso, a potência elétrica obtida no secundário é igual a potência elétrica obtida no primário. A relação de transformação do modelo ideal se dá pela equação fundamental dos transformadores, conforme a equação 7. Onde, N1 e N2 são os números de espiras no primário e no secundário, respectivamente. (7)
  • 18. 17 4.6 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE FASES Antes de partir para o numero de fases em si, deve-se entender o que são fases. Fases são definidas como sendo um ciclo ativo na voltagem, ou seja, a corrente passa por um eixo horizontal, não físico, o início deste eixo representa a grandeza “zero”, a corrente entra por este local. Chegando ao fim deste eixo o valor da tensão será, por exemplo, 110V e logo após isso a corrente voltará ao valor de “zero”. Esta excursão de valores é definida através de uma relação com um fio neutro. Outros conceitos importantes para a classificação das turbinas quanto ao numero de fases são os de bobina primária e bobina secundária. As bobinas primárias são bobinas alimentadas por uma tensão elétrica, esta tensão elétrica gera um campo magnético que irá interferir numa outra turbina, induzindo-a a uma corrente elétrica. Esta segunda bobina será a bobina secundária. Como as bobinas são eletricamente isoladas a transferência ocorre única e exclusivamente através das linhas de força magnética. 4.6.1 Transformadores monofásicos Transformadores monofásicos são transformadores que só possuem, no máximo, duas fases e são montados com uma bobina primaria responsável por receber a maior tensão e uma bobina secundária responsável por receber uma tensão de menor intensidade que a primeira, vide figura 9. Figura 9 – Transformadores Monofásicos segundo ABNT e fluxograma Fonte: Lio Gouvea, [200-]
  • 19. 18 4.6.2 Transformadores Trifásicos Transformadores trifásicos são transformadores que possuem três fazes e são montados com três bobinas primárias, que recebem a maior tensão, e as fases encontram-se em defasagem uma da outra, e também possuem três bobinas secundarias, que fornecem cada uma isoladamente 127V e ligadas entre si fornecem uma tensão de 220V, sendo que estas fases também se encontram em defasagem, uma da outra. As conexões em transformadores trifásicos podem ser dos tipos Y-∆, ∆-Y, ∆-∆, Y-Y, ilustrados na figura 10. Figura 10 – Conexões em transformadores Fonte: Joaquim Eloir Rocha, [200-] Conexão delta-estrela (∆-Y) – Neste tipo de conexão as tensões na bobina secundaria tem um defasamento em 30º em relação às tensões na bobina primária, porém, a tensão de linha na conexão Y fica adiantada em relação à tensão de linha no ∆, e a corrente Conexão estrela-delta (Y-∆) – Neste tipo de conexão, as tensões na bobina secundaria tem um defasamento em 30º em relação às tensões na bobina primária, porém, a tensão de linha na conexão Y fica atrasada em relação à tensão de linha no ∆. As correntes de linha ou de fase acompanharão o sinal senoidal das tensões por serem vetorialmente iguais.
  • 20. 19 5 PRINCIPIO FÍSICO DE FUNCIONAMENTO O principio de funcionamento dos transformadores fundamenta-se pela indução eletromagnética. Na figura 11, uma espira circular, conectada a uma pilha que possui uma chave interruptora localizada em frente à espira circular 2, que está ligada a um galvanômetro bastante sensível. Figura 11 – Modelo genérico do transformador Fonte: TELECURSO, 2000. Estando a chave ligada, a corrente que percorrerá a espira 1, esta fornecerá um campo magnético que atravessará a espira 2, e como não há variação do fluxo magnético que atravessa a espira 2, e o campo magnético é constante e por a corrente que é produzida na pilha ser continua, o galvanômetro ligado a espira 2, não apresenta nem uma alteração. Mas se ligarmos e desligarmos a chave o fluxo magnético começa a variar. Quando a chave for aberta o ponteiro do galvanômetro vai oscilar por um determinado sentido e quando a chave for fechada o ponteiro vai oscilar para outro sentido contrário ao de quando a chave estava aberta; agora se a chave for aberta e fechada continuamente o ponteiro do Galvanômetro vai oscilar continuamente, ou seja, sem parar. É possível substituir a pilha e a chave, estas ligadas a espira 1, por um gerador de corrente alternada que vai gerar um efeito semelhante ao de abrir e
  • 21. 20 fechar a chave que é uma fonte variável de fem ou de diferença de potencial. Ocorrerá que a espira 1 sobre efeito da corrente alternada induzira uma outra corrente alternada na espira 2, e por consequência o galvanômetro oscilará. A corrente elétrica existe pelo fato de existe uma fem (força eletro-motriz) ou uma diferença no potencial que lhe dá origem. O sentido da corrente induzida forma um fluxo magnético induzido que vai se opor à variação do fluxo magnético denominado indutor. Faraday comprovou através de experimentos que somente temos fem induzida em uma espira, imersa sobre um campo magnético, se houver variação no número de linhas de indução que atravessam a superfície de contato de uma espira. Os números de linhas de indução é medido pela grandeza escalar que é chamada de fluxo magnético que é dado pela equação 8. (8) Se a espira estiver inclinada em relação o campo magnético, o número de linhas de indução que atravessa a espira é menor do que seria se a espira tivesse perpendicular ao campo magnético, isto tornaria fluxo menor. Quando a espira for paralela ao campo magnético, ela não será atravessada pelas linhas de indução e o fluxo será nulo. Grande parte do campo magnético que é gerado pela espira 1 não é captado pela espira 2. Conhecendo as propriedades dos materiais ferromagnéticos sabemos que eles possuem a propriedade de concentrar as linhas de campos. E por conta disto se enrolamos as espiras 1 e 2 ao mesmo núcleo de material ferromagnético a maioria das linhas de campo que a espira 1 produz será destinado a espira 2. A potência (P), conforme equação 9, fornecida a um dispositivo elétrico é dada pelo produto das grandezas elétricas tensão (U) e corrente (i), ou seja, se a potência se manter constante, a corrente elétrica diminuirá quando a tensão aumenta. E exatamente isto que ocorre num Transformador. (9)
  • 22. 21 Sendo Np o número de espiras do primário (bobina que recebe a ddp a ser transformada) e Ns o do secundário (bobina que fornece a ddp transformada), e ainda, Up e Us os valores eficazes das respectivas ddps, demonstra-se pela equação 10. (10) Chamada razão de transformação. Se Ns > Np, o transformador é um elevador de ddp. Se Ns< Np, o transformador é um abaixador de ddp. Nos transformadores considerados ideais, a potência média no primário é aproximadamente igual àquela que alimenta o secundário, equação 11 e 12. (11) Portanto, (12) A dissipação de energia nos transformadores é devida, principalmente, ao efeito joule nos condutores dos enrolamentos e às correntes de Foucault no núcleo do transformador. Nas correntes de Foucault, o fluxo magnético varia com o tempo e devido a isso, fems induzidas fazem circular, dentro do cubo, correntes induzidas. Muitas vezes às correntes de Foucault são indesejáveis, por isso o transformador é dotado de lâminas, isoladas uma das outras através de um esmalte especial e dispostas paralelamente ás linhas de indução. Desta forma como as lâminas estão organizadas elas aumentam a resistência elétrica i diminui a intensidade das correntes de Foucault, por meio deste esquema que é feita a diminuição da dissipação de energia elétrica.
  • 23. 22 6 APLICAÇÕES De acordo com Allan (2014), historicamente as primeiras aplicações práticas dos transformadores foram realizadas visando solucionar o problema do transporte energético enfrentados, principalmente, pela eletrotécnica. Em 1878 e 1883, foram construídos circuitos capazes de dividir a tensão elétrica, Jablochkoff e Gaulard & Gibbs, respectivamente, construíram tais circuitos com finalidades distintas. Utilizando dos circuitos primários da bobina para induzir a tensão ao circuito secundário, o qual alimentava um circuito elétrico que se dispunha em série, Jablochkoff foi capaz de testar o funcionamento de diversas lâmpadas, também, em série. Gaulard & Gibbs em 1883, com o mesmo procedimento dispuseram o circuito secundário em paralelo a outro circuito, alimentando-o e comprovando o seu funcionamento. A divisão de tensão, com adequação as necessidades das máquinas elétricas a serem alimentadas é uma das aplicações mais básicas dos transformadores. De acordo com a mesma fonte, o método de distribuição elétrica desenvolvido e utilizado até a contemporaneidade foi realizado com base nos dois experimentos anteriores em 1885 por Zipernowski, Deri e Bláthy. Salienta-se que os transformadores utilizados para esta finalidade denominam-se transformadores de potência, e são amplamente utilizados nas redes de transmissão elétrica. O desenvolvimento desse método possibilitou, além da transmissão da rede elétrica a longas distância, solucionar uma série de problemas enfrentados pela eletrotécnica e ciências da eletricidade em geral. Devido as suas propriedades de transmissão, geradores são utilizados em associação a fontes de alimentação, visando regular a tensão de saída, a fim de não danificar o circuito. Aplicam-se também na realização de medidas elétricas. Em casos em que as tensões medidas são muito altas, torna-se inviável utilizar um aparelho de medição como um multímetro para monitorar as variáveis elétricas. Transformadores nesse contexto são utilizados para reduzir a tensão da linha, possibilitando a medição segura, tanto para o operador, quanto para o instrumento, impossibilitando risco de acidentes ou danos ao equipamento, enquanto efetua-se medida precisa.
  • 24. 23 Devido à propriedade singular dos transformadores de reduzir a tensão, mas manter a potência e a frequência iguais a da tensão original, eles podem ser aplicados para a transmissão de altas frequências em qualquer escala. A necessidade, em circuito eletrônicos, de componentes que atuam em alta frequência é bastante ampla, com base no princípio dos transformadores é possível transmitir altas frequências com baixos valores de tensão, teoricamente, com qualquer valor de tensão. Outra aplicação recorrente para os transformadores destina-se a proteção de circuitos elétricos. Em caso de sobrecarga de tensão para o circuito, existe a possibilidade de conectar-se uma chave ao transformador, fazendo com que este reduza a tensão de alimentação a um valor seguro ao circuito. O método pelo qual esse procedimento é realizado varia de circuito a circuito, todavia genericamente ele consiste na utilização do transformador imediatamente após a fonte ou o elemento do circuito que se pretende proteger, podendo estar conectado por uma chave, ou não. Uma utilização, também, em circuitos eletrônicos dos transformadores é para o aumento da impedância do circuito. Associando um transformador em série é possível aumentar a impedância do circuito, tendo em vista que essencialmente ele é uma associação entre duas bobinas – que possuem impedância – ligadas por um núcleo ferromagnético.
  • 25. 24 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Sabemos que o funcionamento de um transformador está diretamente ligado à indução eletromagnética e que existe uma relação entre as espiras, onde o campo magnético formado pela primeira espira não tem um grande aproveitamento pela segunda espira. Para um maior aproveitamento do campo magnético pela segunda espira é necessário enrolar a primeira e a segunda espira, visto que os materiais ferromagnéticos possuem a propriedade de concentrar as linhas de indução. A estrutura de um transformador é composta por: um enrolamento primário, enrolamento secundário e um núcleo ferromagnético e o que vai determinar se um transformador é elevador ou abaixador vai ser justamente o numero de espiras presentes no enrolamento primário e secundário. Os transformadores são classificados de acordo com as suas aplicações baseando-se nisto temos os seguintes transformadores: autotransformador, transformador de corrente, transformador de potencial, transformador de sinal e transformador ideal. A primeira aplicação dos transformadores foi no setor de transporte elétrico que apresentavam problemas. A função principal de um transformador é reduzir ou aumentar grandezas elétricas como a tensão para atender a alimentação de máquinas ou aparelhos eletrônicos. E suas aplicações são as mais diversas dentre as quais pode-se destacar a transformação de eletricidade para a transmissão a longas distâncias de modo a minimizar as perdas por efeito joule o máximo possível, pode-se perceber atualmente que os transformadores são uma tecnologia necessária para diversos usos, mostrando como uma descoberta física pode mudar toda uma maneira de se organizar o mundo, já que sem transformadores, muitas coisas não funcionariam, como os celulares tablets entre outros, que são carregados com baixas voltagens, e sem transformadores não seria possível ter essas tecnologias atualmente.
  • 26. 25 REFERÊNCIAS ALLAN, Bruce. Aplicação dos transformadores. In: Máquinas Elétricas. Disponível em: <http://goo.gl/BwkUaE>. Acesso em: 21 fev. 2014. AMARANTE, Guilherme. Transformadores. Disponível em: <http://goo.gl/d4b9aM>. Acesso em: 22 fev. 2014. FILHO, C. R. S. Transformadores para Instrumentos. <http://goo.gl/99hdSU> Acesso em: 23 fev. 2014. Disponível em: GOULART, Rodrigo. Transformadores de número de fases. Disponível em: <http://goo.gl/308i6y>. Acesso em: 22 fev. 2014. GOUVEA, Lio. Transformadores Monofásicos. Disponível em: <http://goo.gl/SDvTMB>. Acesso em: 22 fev. 2014 . GUEDES, Manuel. Transformadores – Ligações e Esfasamentos. Disponível em: <http://goo.gl/gdd0fI>. Acesso em: 23 fev. 2014. KLESTON, Ricardo. Trabalho Sobre Transformadores. <http://goo.gl/fAa3Y8>. Acesso em: 22 fev. 2014. Disponível em: KNIRSCH, Jorge. Transformador, um Mal necessário. <http://goo.gl/kzLonS>. Acesso em: 23 fev. de 2014. Disponível em: LIMA. Ronaldo. Como construir um Transformador. <http://goo.gl/2aVYmN>. Acesso em: 22 fev. 2014. Disponível em: MARQUES, Dominicano. Transformadores. Disponível em: <http://goo.gl/u5Y7w6>. Acesso em: 22 fev. 2014. MÜNCHOW, R.; NEVES, E. G. C. Capítulo 8: Transformadores elétricos. Disponível em: <http://goo.gl/jWEFvl>. Acesso em: 22 fev 2014. MUSEU DAS COMUNICAÇÕES. Transformador. <http://goo.gl/bVLFhA>. Acesso em: 22 fev. 2014. Disponível em: RAMALHO, J.; Org. Os Fundamentos da Física: Vol. 3 - Eletricidade - 3º Ano. São Paulo, Moderna – 9. ed. - 2007. SIAVICHAY, Fernando. Projeto de transformadores monofásicos. Disponível em: <http://goo.gl/rpXDb5>. Acesso em: 23 fev. de 2014. SOARES, Alexandre. Materiais Elétricos e Equipamentos de Baixa Tensão. Disponível em: <http://goo.gl/uYPcz>. Acesso em: 22 fev. 2014. WALKER, Joel. Trabalho sobre transformadores de corrente. Disponível em: <http://goo.gl/c0aerl>. Acesso em: 22 fev. 2014.