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O Arauto           ABRIL 2013 - EDIÇÃO I




                                             Por que nós
 À Cavalaria       Desigualdade social    ajoelhamos sob o
                                          joelho esquerdo?
               3                   5                    6


                               Educação pública,
         A Ordem DeMolay       seus problemas e
          e o elo entre as     a participação da
              religiões         Ordem DeMolay
                       7                    11
Proclamação
                                         	       Diletos cavaleiros, é com grande alegria que o Gabinete
                                         Estadual da Ordem DeMolay da Paraíba inaugura mais esse es-
                                         paço dedicado a Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros
                                         de Jacques DeMolay, nossa querida Cavalaria.
                                         	       “Paraíba de Virtudes” – através da Secretaria das Or-
                                         ganizações Afiliadas – está empenhada num maciço trabalho
                                         de desenvolvimento, amadurecimento e expansão da Sagrada
GABINETE ESTADUAL DA                     Ordem em terras paraibanas. Estamos desenvolvendo materiais,
 ORDEM DeMOLAY DA                        metodologias e buscando o comprometimento daqueles que se
      PARAÍBA                            ajoelharam diante as Sete Grandes Luzes.
                                         	       Acreditamos que o objetivo da Cavalaria é trabalhar a fi-
Mestre Conselheiro Estadual
        Júlio Fontes                     losofia e aperfeiçoar o pensamento crítico do jovem através de
                                         debates e discussões. É trabalhar como forma de estender a con-
Mestre Conselheiro Estadual              vocação além dos Portais do Priorado. O cavaleiro deve produzir,
         Adjunto                         deve propagar o conhecimento. Textos. Artigos. Poemas. Músi-
       Petros Renan                      ca. Palestras... É fazer da caneta a sua mais forte e eficaz espada.
                                         	       E aqui está o fruto desse trabalho. A primeira publicação
  Organizações Afiliadas
    Vannuty Dorneles                     do “O Arauto”, o informativo que será encarregado de divul-
                                         gar os trabalhos dos sirs aos quatro cantos de nosso Estado.
       Arte / Diagramação                	       Aqui, nessa “convocação” especial, trazemos a vocês
          Matheus Alves                  os pensamentos dos cavaleiros acerca de diversos assuntos que
                                         afligem nosso cotidiano. A publicação que abre nosso informa-
                                         tivo é um relato sobre a importância e objetivo da Cavalaria. Na
       www.demolaybrasil.org.br
       www.demolaypb.com.br              página 5 você encontrará um texto que aborda a desigualdade
                                         social e as ações governamentais para tentar equilibrar essa ba-
       @demolaypb                        lança. Entre as páginas 7 e 10, um cavaleiro utiliza-se do Ritual da
                                         Ordem DeMolay para tentar mostrar com as religiões do mundo
    Arautos da Paraíba                   estão conectadas. Na página 6 há uma curiosidade acerca da
    groups/arautosdaparaiba/
                                         Ritualística de nossa Ordem. Por fim, você encontrará um texto
       mce@demolaypb.com.br              acerca da Educação Pública e as ações da Ordem DeMolay na
       wee.muska@gmail.com
                                         tentativa de melhorar tão digno ensino.
                                         	       Esse é só o início do trabalho. Marche junto, ergua o es-
          PARTICIPE!!!                   tandarte e vamos juntos construir uma Cavalaria de Virtudes.

   Envie seu material para               	      Vannuty Dorneles,
         publicação                      	      Coordenador Geral das Organizações Afiliadas.

  Estrutura e tema livres;
Texto, no máximo, com uma                NOTA: Os textos da primeira edição do “O Arauto”foram recebidos através
        lauda e meia                     dos emails de contato. O limite de data para envio foi o dia 29.Março.2013,
                                         conforme exposto em reunião com os ICCs e nas publicações do
                                         grupo“Arautos da Paraíba”no facebook.
  02                       O Preceptor
À Cavalaria
	       Na Era Medieval, as figuras fantásticas e, às vezes, até mitológicas dos cavaleiros eram es-
senciais para o desenvolvimento de tantas sociedades. Hoje tais homens honrados permanecem
apenas no imaginário popular, que perpetuou o melhor de suas intenções como formas corretas
de se viver. Levando sempre em conta a honra da Cavalaria medieval, que configurou o melhor do
homem como ideal.
	       Ao falar de Cavalaria remete-se a dois grandes sentidos: o sentido militar e o sentido moral.
Mesmo estando ambas as divisões interligadas. Perceba-se que no parâmetro militar, a Cavalaria
constitui-se da elite de tal seguimento ou grupamento de homens. Desde os tempos remotos, de
quando as civilizações começaram a utilizar a figura do guerreiro montado a cavalo que esta fer-
ramenta tornou-se indispensável para o propósito de tal conflito, talvez por compor a parte mais
móvel de um exército. Sem sombra de dúvidas, nestas eras onde as guerras eram travadas corpo-a-
-corpo, a cavalaria era de suma importância para a decisão do combate. Por exemplo, na batalha de
Gaugamela, travada por Alexandre, O Grande contra os Persas, o papel de sua cavalaria, chamada de
Hetaroi (Cavalaria dos Companheiros), foi primordial para a vitória. Nota-se que por sua importância
militar, a Cavalaria (como grupamento militar) destacou-se, elevando o status dos seus componen-
tes posteriormente. Exemplo este encontrado em Roma, onde apenas os Patrícios poderiam compor
a cavalaria, uma vez que apenas esta categoria abastada poderia possuir um cavalo, armas e arma-
dura, demonstrando que nesta sociedade priorizou-se a culminância das elites sociais e militares.
	       Porém, com a queda do império Romano Ocidental, a cavalaria sofreu algumas modificações,
passando a não ser apenas uma divisão militar já reconhecida por sua mobilidade e status. É impor-
tante frisar que a cavalaria ainda era uma força militar incontestavelmente. Os cavaleiros medievais,
até mesmo no âmbito militar, eram bastante superiores aos que os precederam. Militarmente, pois
com o acréscimo das esporas, obteve-se um maior controle sobre o cavalo e o advento do estribo
que garantiu maior equilíbrio e suporte para o peso da armadura.
	       Mas com algumas mudanças sociais, os cavaleiros tornaram-se exemplos de nobreza, cor-
tesia, coragem, fidelidade, obstinação e humildade. Valendo destaque as Ordens Militares, como a
do Templo, Teutônicos e Hospitalários. Exemplos estes, podemos encontrar nas inúmeras novelas
medievais, onde estes homens, cavaleiros, eram os modelos a serem seguidos, almejados. Exemplos
que se perpetuaram pelas eras e são, até hoje, praticados como herança de tais nobres cavaleiros.
Mesmo que hajam outros exemplos, inegáveis, das mesmas boas qualidades e virtudes os cavaleiros
destacam-se pela forma como fazem suas ações. Mesmo estando com poder (material e militar), as
boas atitudes eram presentes, e mesmo em situações onde haveriam de usar deste poder que lhes
era conferido (guerras, disputas), ainda assim havia toda uma nobreza de ações.




                                                                                           página 03
Não justificando o assassínio ou o massacre, mas nada impediria um homem num campo de batalha
a violar o corpo de um inimigo, ou simplesmente saquear o cadáver, havendo até na mais vil atitude
um senso que norteava as ações de um cavaleiro. Pode-se perceber a amplitude dos ideais destes
homens, por suas regras, onde são compilados os ideais a serem seguidos por aqueles que forem
investidos na nobreza da Cavalaria. Tais regras expressam a necessidade de: Proteger as mulheres
e os fracos, Defender a Justiça contra a injustiça e o mal, Amar sua terra natal e Defender a igreja,
mesmo com risco de morte. É possível destacar, alguns conceitos modernos, derivados de tais en-
sinamentos, como o patriotismo e proteção dos mais fracos como norte judicial, em nosso tempo.
	       A Era Medieval foi, porém, um tempo de diversos distúrbios, como infelizmente todos os
tempos apresentam, e sendo assim ocorreram várias guerras civis, disputas de território, etc. Ob-
viamente, como homens, nem todos os cavaleiros seguiam os exemplos de nobreza, mas o simples
fato de existir tal “código de conduta” já é algo de digno merecedor de respeito. Tanto que tais
exemplos perduram até os dias atuais, como exposto anteriormente.
	       Portanto, a Cavalaria demonstra historicamente sua predileção para elite, tanto militar quan-
to social, valendo-se de preceitos que elevam seus componentes às grandes magnitudes de exem-
plos e não à mera valência de combatentes. Sua contribuição para a sociedade ocidental nos mostra
a importância de fazer o bem e as consequências dessas atitudes na história. Que cada vez mais,
possam os homens andar a luz dos preceitos da Cavalaria.




	 Thiago Granja da Silva Oliveira, 25427.
	 Sênior Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110.
	thiago.granja@hotmail.com



                                                                                           página 04
Desigualdade Social
	       A sociedade, em sua expansão, deixou marcas impressas no povo. Uma delas, a desigualda-
de, toma diversas proporções e facetas, deixando impresso, naqueles que afeta, um sentimento de
inferioridade ou superioridade, dependendo de suas posições. A desigualdade social é um proble-
ma agravado pelo capitalismo, por tanto, cabe ao mesmo regime tratar do “rombo” causado, a
partir de projetos socioeconômicos e similares. Cada um de nós, no entanto, tem sua participação
dentro da sociedade e do sistema, assim, certo dever de colaborar com o fim da desigualdade, nos
termos possíveis.
	       A inclusão, em sua tônica, deveria ser tratada por nós desde suas fundações. Ou seja, não
deveríamos tratar de “incluir pessoas na sociedade”, mas sim, de corrigir aquilo que fez com que
fosse necessário incluí-las: a desigualdade social. É na desigualdade desenfreada causada pela má
distribuição de emprego e renda que encontramos o cerne da necessidade de inclusão.
	       Os governos, no entanto, buscam “tapar o buraco”, gerando medidas provisórias e proje-
tos socioeconômicos de inclusão, o que não afeta em nada a minoria donatária de recursos e apenas
brevemente a maioria necessitada. Assim, prosseguimos visualizando o problema em nossos quin-
tais e ignorando-o, como sendo responsabilidade alheia.
	       É de fato necessário que busquemos a remoção dessas desigualdades de nosso convívio so-
cial. O problema, porém, está focado em como agir diante de tais situações e de termos a iniciativa
de agir.
	       Necessitamos de tomar a causa como nossa, e não como problema alheio. Nada irá para a
frente se o povo não reunir-se em prol de conquistar aquilo que lhe é de direito. E a igualdade em
tratamento e modo de vida é um direito absurdamente necessário. A desigualdade, então, pouco-a-
-pouco poderá ser removida. Basta que, ao menos inicialmente, nos tratemos como iguais. Tal como
realmente somos, humanos, iguais perante a lei e o mundo.




	 Bryan Khelven da Silva Barbosa, 25162.
	 Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110.
	bryankhelven@hotmail.com



                                                                                          página 05
Por que nós ajoelhamos sob o joelho esquerdo?

	       Ao longo de nossa vida DeMolay nos deparamos com muitas explicações fantasiosas para
certas práticas de nossa instituição. Uma delas é do porquê nos ajoelhamos sobre o joelho esquerdo
na hora das orações. Na igreja Católica a genuflexão correta para orações diante à representações
sagradas de Deus é sob o joelho direito. Então logo observamos que não é uma herança católica
nossa forma de ajoelhar.
	       Nos primórdios da Ordem DeMolay, quando o nosso ritual já estava sendo executado, porém
ainda estava sendo aperfeiçoado por Dad Land e Dad Marshall, os DeMolays durante as orações se
ajoelhavam sob ambos os joelhos, mas Dad Land achou que ficou muito estranho essa forma de
se ajoelhar. Inspirado por uma imagem de George Washington (Maçom e primeiro presidente dos
EUA) Dad Land alterou esta prática, modificando para que os DeMolays se ajoelhassem sob o joelho
esquerdo, colocando o cotovelo direito em seu joelho direito e sua cabeça descansando em sua
mão direita.
	       Essa imagem de George Washington é referente à época da guerra de independência dos
Estados Unidos em que o exército comandado por Washington estava muito debilitado devido ao
frio intenso e a falta de comida, chegando a matar dois mil soldados em seis meses. Muito abatido
com a situação Washington afastou-se de Valley Forge (local onde o exército ficou instalado por
seis meses) e orou, pedindo para Deus salvasse os seus homens. Portanto a imagem em questão é
justamente deste momento em que George Washington estava orando a Deus para que salvasse
seus compatriotas e seu país.
	           Baseado no Michingan DeMolay News, edição de 03.2010. E também no Pennsylvania Advisor Development Program.
	




	




	 Júlio César Fontes de Lima, 14999.
	 Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110.
	 Mestre Conselheiro Estadual da Ordem DeMolay da Paraíba.
	mce@demolaypb.com.br
	jclima.dm@gmail.com



                                                                                                            página 06
A Ordem DeMolay e o elo entre as religiões

	      É de conhecimento de todos os iniciados, e até de alguns profanos, que a Ordem DeMolay
não se trata de uma religião, nem uma seita, como também não há propagação de nenhuma doutri-
na que venha influenciar o pensamento dos jovens acerca de sua manifestação religiosa! Afirmação
que é veementemente comprovada por meio de nosso Ritual e nossas atividades.
	      A segunda virtude cardeal, Reverência pelas Coisas Sagradas (simbolicamente representada
como a segunda vela em nosso altar), deixa claro o papel do DeMolay: o dever de respeitar qual-
quer manifestação de fé e crença em alguém, ou algo, possuidor de uma força superior a nossa
percepção, ou seja, uma energia suprema. Todos os credos profetizam suas verdades, dentro de
uma lógica e métodos pessoais, e a Ordem DeMolay deve atuar como um elo entre as mais variadas
manifestações de fidúcia coletiva, objetivando absorver o máximo de fatores positivos promovendo
um crescimento espiritual, e moral, do ser humano.
	      A Religião é um processo relacional desenvolvido entre o homem e os poderes por ele con-
siderados sobre humanos, no qual se estabelece uma dependência ou uma relação de dependência.
Essa relação se expressa através de emoções como confiança e medo, através de conceitos como
moral e ética, e finalmente através de ações (cultos ou atividades pré estabelecidas, ritos ou reu-
niões solenes e festividades). A Religião é a expressão de que a consciência humana registra a sua
relação com o inefável, demonstrando a sua convicção nos poderes que lhes são transcendentes.
Notavelmente podemos observar a religião como uma manifestação cultural, expressada por um
povo, ou nação, que compartilham os mesmos ideais e idealizam desejos e vontades semelhantes
em relação ao futuro. Essa forma de expressão cultural se fortalece com as questões intrínsecas que
rodeiam as pessoas, basta tentar explicar a origem do mundo e da própria humanidade, adubando
um vasto campo que será semeado por místicos que dizem ser intermediários da verdade universal
e absoluta.
	      Os Deístas, seguidores de uma linha de pensamento filosófico-religioso disseminado pela
obra It Is Distinguished from Revelation, the Probable, the Possible, and the False (1624) de Edward
Herbert (Lorde de Cherbury), expressam uma posição que aceita a ação divina na criação do mundo,
convicção esta conquistada não por revelações de Deus, mas sim pela compreensão racional da Di-
vindade, uma percepção que parte do conhecimento das leis que regem a vida e a Natureza. Adep-
tos, como Voltaire (1694-1778), acreditam que para chegar a Deus, e consequentemente a verdade
universal, não se precisa ir à igreja, mas à razão.
	      O Panteísmo é uma crença que identifica o universo (em grego: pan, tudo) em Deus (em gre-
go: theos) e surgiu aproximadamente em 1705 com os pensamentos de John Toland. O panteísta é
aquele que acredita e/ou tem a percepção da natureza e do Universo como divindade.




                                                                                          página 07
Ao contrário dos deístas, ele não advoga a existência nem de um Deus criador do Universo, tam-
pouco das divindades teístas intervencionistas, mas simplesmente especula que tudo o que existe é
manifestação divina, autoconsciente. De entre as doutrinas ocidentais, o Panteísmo é uma das que
mais se aproximam das filosofias orientais como o Budismo, o Jainismo, o Taoísmo e o Confucionis-
mo. É também a linha filosófica que mais se aproxima da filosofia hermética do antigo Egito, onde o
principal objetivo é fazer parte da conspiração Universal (ou conspiração Cósmica).
	       Panenteísmo , ou krausismo, é uma doutrina que diz que o universo está contido em Deus
(ou nos deuses), mas Deus (ou os deuses) é maior do que o universo. É diferente do panteísmo, que
diz que Deus e o universo coincidem perfeitamente (ou seja, são os mesmos). O termo foi propos-
to por Karl Christian Friedrich Krause, na sua obra System des Philosophie (1828), para designar a
sua própria doutrina teológica que pretendia servir de mediação entre o panteísmo e o teísmo. No
panenteísmo, todas as coisas estão na divindade, são abarcadas por ela, identificam-se (ponto em
comum com o panteísmo), mas a divindade é, além disso, algo além de todas as coisas, transcen-
dente a elas, sem necessariamente perder sua unidade (ou seja, a mesma divindade é todas as coisas
e algo a mais).
	       Em contrapartida os seguidores do Teísmo, corrente filosófica difundida em 1678 pelo filóso-
fo e teólogo inglês Ralph Cudworth, compreendem o Criador como única entidade responsável pela
criação do Universo sendo onipotente capaz de realizar tudo sem a ajuda de ninguém, onisciente,
aquele que tudo conhece e detentor da infinita liberdade e de suprema generosidade. Pode ser clas-
sificada em Monoteísmo – fé em um único Deus -; Politeísmo – devoção a diversas divindades – e
Henoteísmo – quando se adora um Deus Superior, mas não se rejeita a existência de outros deuses.
O Teísmo monoteísta, corrente filosófica religiosa mais praticada no mundo, possui várias vertentes
e engloba o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo.
	       O Cristianismo (do grego Xριστός, “Cristo”) é uma religião monoteísta abraâmica (judaico-
-cristão) centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no
Livro Sagrado dessa religião (a Bíblia e os Testamentos). A fé cristã acredita essencialmente em Jesus
como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor que foi responsável pela libertação e salvação da
humanidade por meio do sacrifício e do amor. A religião cristã possui três vertentes consideradas
primitivas, cada qual com seus ramos de atuação: o Catolicismo, a Ortodoxia Oriental (separada do
catolicismo em 1054 após o Grande Cisma do Oriente) e o Protestantismo (que surgiu durante a
Reforma Protestante do século VXI).




                                                                                            página 08
Fundamentalmente cada doutrina religiosa, ou cada pensamento que baseiam seus ensina-
mentos na busca da verdade absoluta, prega o seu modo de interpretar os fatos deixados por essa
energia superior. Existem contradições, é verdade, porém é fácil de observar a existência de um pon-
to comum e central, a existência de um Deus. A principal diferencia entre os credos é que as pessoas
não são capazes ou não querem entender para fora da dualidade: existe tudo/não existe nada, do
preto ao branco. Ou Deus é pessoal, onipotente e age sobre a vida das pessoas ou ele simplesmente
não existe. E fé, espiritualidade, religiosidade é cheia de meios tons, é, metaforicamente, cinza. Cabe
a nós, DeMolay’s, tornar as coisas mais fáceis de compreensão e ligar os pontos proveitosos das
mais variadas religiões, pois é nosso dever conviver com as diferenças e aprender a aceitá-las. O
Cristianismo como todo, por exemplo, prega o amor a Deus e ao próximo como o seu fundamento
espiritual; o Catolicismo valoriza o exemplo mártir do Salvador; o Espiritismo diz que “Façamos aos
outros, o que queríamos que os outros nos fizessem” propagando o bem, o amor; o Protestantis-
mo fala que a salvação é dada através da graça e bondade de Deus, na qual cada pessoa pode se
relacionar diretamente com seu Criador, sem a necessidade de um intermediário, afirmando que
qualquer pessoa possui o ‘dom’ de se comunicar com o Divino, que não somos diferentes aos
olhos Dele; Os Deístas acreditam que as verdades procuradas pela humanidade são respondidas
pelas Leis da Natureza e que essas leis foram protocoladas, estruturadas e organizadas por esse
Ser Supremo, ou seja, Ele atua como o maestro de toda a orquestra fundamentando a idéia de que
ciência e religião podem sim andar juntas, que o desenvolvimento da razão não se sobrepõe a espi-
ritualidade das pessoas; Os Panteístas acreditam que Deus e a Natureza são uma coisa só e que cada
pessoa possui um pouco da divindade em si, nos provando que é de suma importância preservar o
meio que nos rodeia; Para os Panenteístas o Universo e Deus têm a mesma essência, dessa forma
Deus contém todo o Universo e o transcende, mistificando a idéia de que já vivemos no Divino e,
assim, devemos valorizar a vida e as obrar que fazemos nesse mundo.
	       São ensinamentos que constam em nosso Ritual, que estão impregnados em nossa simbo-
logia. Ensinamentos esses que são levados até o altar, seja pelo Amor Filial, característica marcante
não só entre pais e filhos, e sim a essa energia que foi capaz de dá espírito a carne; é o ato de Reve-
renciar o Sagrado, buscando encontrar nele verdades universais, sempre com o ímpeto de delicade-
za e respeito com a verdade escolhida pelo irmão; É o ato de cortejar, de se postar veneravelmente
diante de algo que está além de nossas limitações e que só tem a acrescentar em nossa vida;




                                                                                             página 09
É o Companheirismo e a Fidelidade demonstrada entre pessoas que compartilham da mesma crença
ou do mesmo ciclo religioso; É a tão almejada Pureza, evidenciada por todos os credos e doutrinas;
É a tentativa de tornar o nosso meio (pessoas, lugares, seres que compartilham o mesmo ambiente)
o mais sublime, o mais próximo do ideal possível o que caracteriza a idéia de ser Patriota.
	      É sob essa perceptiva que a Ordem deve trabalhar, é funcionando como o último gancho de
uma corrente, aquele capaz de lapidar o caráter de uma pessoa tornando-o mais forte, mais com-
pleto e preparado para, não só coordenar as atividades como líder, e sim de se portar como mensa-
geiro dessa nova visão.


	     Referências:


	       CLÁUDIO MANOEL NASCIMENTO GONÇALO DA SILVA; DAVI SILVA ALMEIDA. A religião,
a religiosidade e os sistemas religiosos. Disponível em: <http://www.ipepe.com.br/idebab.html>.
Acesso em: 17 maio. 2011.
	       ANA LÚCIA SANTANA. Panteísmo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/religiao/pan-
teismo/>. Acesso em: 17 maio. 2011.
	       ANA LÚCIA SANTANA. Teísmo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/religiao/teis-
mo/>. Acesso em: 17 maio. 2011.
	       REVISTA GALILEU. O Deus de Einstein. 196. ed. São Paulo: Editora Globo, 2007.
	       KARDEC, A. (1857). O Livro dos Espíritos. Trad. Sob a direção de Simone Barboza da Silva. São
Paulo, Petit, 1999.




	 Vannuty Dorneles de Sena Cunha, 20889.
	 Sênior Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110.
	vannuty.dorneles@hotmail.com



                                                                                           página 10
Educação Pública,
seus problemas e a participação da Ordem DeMolay
	      Introdução	
	      As paralisações nacionais de professores e servidores públicos das universidades federais,
como também em algumas universidades estaduais, a problemática das cotas de inclusão na edu-
cação superior e os planejamentos para transformar o Brasil em um país desenvolvido fizeram com
que a educação pública se encontrasse no foco da sociedade nos últimos anos e, consequentemen-
te, a qualidade do sistema educacional brasileiro.
	      Pensando nisso, o Priorado “Deus, Pátria e Família” Nº 110 trouxe para a convocação do
dia 23/02/2013 esse tema, fazendo com que os DeMolays possam analisar o funcionamento do sis-
tema educacional brasileiro e de outros países, desde a educação básica até a educação superior e
tentar procurar soluções para problemas que forem encontrados.


	       1. A Escola Pública
	       Desde quando criado a constinuição de 1988 a educação de qualidade foi assegurado como
direito de qualquer cidadão, porém, é sabido que esse direito não é garantido para todos os brasi-
leiros, isso se deve não apenas pelo descaso do governo, tendo em vista que a educação é consti-
tuida de três pilares: o governo, a escola e a família.
	       A escola é o primeiro contato que a criança terá com a sociedade, ela é responsável por pre-
parar e criar os futuros cidadãos, já o papel familiar é de criar a educação base, a maneira básica de
viver em sociedade, criando incentivos necessários para que seus filhos possam ingressar nas futuras
escolas.
	       Porém, uma parte das famílias repassa essa responsabilidade para os professores, criando de
certa maneira um atraso no ensino, não apenas do aluno em especifico, mas de toda a turma. Esse
problema é devido ao fato de como a população brasileira encara de forma secundária a escola, e
caracterizando, desta maneira, não só um problema que envolve a educação, mas também a cultura
e a situação socioeconomica em que vivemos.
	       Além da deficiência dos primeiros anos dos alunos na escola, é necessário observar a quali-
dade do ensino superior, pois é a partir desse que serão formados os futuros professores que possa
ensinar na base, e assim fechar o ciclo educacional. A universidade pública é considerada o melhor
ensino público no Brasil, mas por falta de planejamento e de investimentos tanto do governo quan-
to dos reitores, na prática, a qualidade apenas é melhor que o ensino regular.




                                                                                            página 11
Para exemplificar a falta de planejamento e o descaso com os estudantes: na UEPB (Universidade Es-
tadual da Paraíba) abriu o edital de residência universitária um mês após o inicio do periodo 2013.1 e
na UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) a própria estrutura fisica é precária, não favore-
cendo um bom ensino e a assistência para deficientes fisicos, e sem contar a falta de estímulo para a
formação de professores em todas as universidades pelo motivo de que todo o sistema educacional
brasileiro está focado na criação de produtos, realizando estimulos por questões economias e não
vocacional, e desta maneira esse problema reflite no comportamento de uma parte dos estudantes,
que são contra as recentes lutas por melhoria da educação pública, como a greve dos professores
federais que aconteceu no ano de 2012 e a greve dos professores de UEPB que acontece nesse ano,
com pensamentos individualistas esses estudantes apenas comprova a precariedade da educação
brasileira.


	      2. Participação da Ordem Demolay	
	      O Capítulo “Deus, Pátria e Família” Nº 008 realiza uma campanha filantropica de apoio
com aulas de reforço na escola estadual Antônio Victente, situada no bairro do José Pinheiro – Cam-
pina Grande/PB, além de campanhas eventuais para manutenção de estruturas de outros colégios
públicos. Mesmo levando em consideração que não podemos realizar a função do estado, essas
ações não é o suficiente para uma ordem que diz lutar pela manutenção das escolas públicas, prin-
cipalmente pelo motivo de não darmos espaço, por questões socioeconomicas, para estudantes
que pertencem a essas escolas de participarem das nossas reuniões semanais, tendo em vista que
grande parte dos membros da Ordem DeMolay é proveniente de escolas particulares. Por outro
lado para poder adentrar nas fileiras da ordem deve-se ser convidado, e já que grande parte dos
membros, atualmente, faz parte de escolas particulares, o seus respectivos circulos de amizades se-
rão participantes da mesma categoria escolar.


	       Considerações Finais
	       Para que possamos participar do grupo de países desenvolvidos, é imprecindivel a existencia
de uma educação pública de qualidade, para isso, deve-se reformular todo o sistema educacional
brasileiro, na base e no ensino superior, modificando a forma do atual ensino arcaico para algo mais
dinâmico e coerente com a situação social em que vivemos, além da realização de mais projetos de
extensão por parte das universidades, para que a sociededade tenha um retorno mais prático dessa
geração de conhecimento que essas instituições proporcionam.




                                                                                            página 12
Caso acontença essa mudança através de politicas publicas sérias que possa realizar um in-
vestimento na educação, poderemos conseguir uma situação social e economica parecia em que a
Coreia do Sul atualmente se encontra, já que após diversas guerras que esse país sofreu, foi inves-
tido de forma acentuosa na educação, fazendo com que atualmente seja uma das maiores naçoes
mundiais.
	       Enquanto essa melhoria não acontece, nós como DeMolays, devemos continuar realizando
atividades filantropicas em prol das escolas públicas e estimular que jovens que frequente essas
escolas participem das nossas reuniões, através de palestras sobre a ordem DeMolay em escolas pú-
blicas e realziando uma modificação nas taxas cobradas, sendo baseado na renda familiar do mem-
bro em especifico ao invés de ser através do salário mínimo, para que desta maneira, essa forma de
conhecimento que é transmitida através de nossas reuniões semanais, possa chegar aos alunos que
participem diariamente com os problemas em suas escolas e que possam ajudar de forma mais ativa
quando se tornarem futuros líderes.


	      Referências:


	       MAYUMI, Carla. Escolas do Futuro. Revista Super Interessante. São Paulo; Abril Editora, p. 49-
54, Fevereiro. 2013.
	       ROMERO, Luiz. Entre os Muros das Escolas. Revista Super Interessante. São Paulo; Abril Edi-
tora, p. 67-72, Janeiro. 2013.




	 Victor Hugo Fernandes de Sousa, 25171.
	 Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110.
	vhfsfox@gmail.com



                                                                                            página 13
1 edição
abril, 2013

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O Arauto - I Edição (Abril de 2013)

  • 1. O Arauto ABRIL 2013 - EDIÇÃO I Por que nós À Cavalaria Desigualdade social ajoelhamos sob o joelho esquerdo? 3 5 6 Educação pública, A Ordem DeMolay seus problemas e e o elo entre as a participação da religiões Ordem DeMolay 7 11
  • 2. Proclamação Diletos cavaleiros, é com grande alegria que o Gabinete Estadual da Ordem DeMolay da Paraíba inaugura mais esse es- paço dedicado a Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay, nossa querida Cavalaria. “Paraíba de Virtudes” – através da Secretaria das Or- ganizações Afiliadas – está empenhada num maciço trabalho de desenvolvimento, amadurecimento e expansão da Sagrada GABINETE ESTADUAL DA Ordem em terras paraibanas. Estamos desenvolvendo materiais, ORDEM DeMOLAY DA metodologias e buscando o comprometimento daqueles que se PARAÍBA ajoelharam diante as Sete Grandes Luzes. Acreditamos que o objetivo da Cavalaria é trabalhar a fi- Mestre Conselheiro Estadual Júlio Fontes losofia e aperfeiçoar o pensamento crítico do jovem através de debates e discussões. É trabalhar como forma de estender a con- Mestre Conselheiro Estadual vocação além dos Portais do Priorado. O cavaleiro deve produzir, Adjunto deve propagar o conhecimento. Textos. Artigos. Poemas. Músi- Petros Renan ca. Palestras... É fazer da caneta a sua mais forte e eficaz espada. E aqui está o fruto desse trabalho. A primeira publicação Organizações Afiliadas Vannuty Dorneles do “O Arauto”, o informativo que será encarregado de divul- gar os trabalhos dos sirs aos quatro cantos de nosso Estado. Arte / Diagramação Aqui, nessa “convocação” especial, trazemos a vocês Matheus Alves os pensamentos dos cavaleiros acerca de diversos assuntos que afligem nosso cotidiano. A publicação que abre nosso informa- tivo é um relato sobre a importância e objetivo da Cavalaria. Na www.demolaybrasil.org.br www.demolaypb.com.br página 5 você encontrará um texto que aborda a desigualdade social e as ações governamentais para tentar equilibrar essa ba- @demolaypb lança. Entre as páginas 7 e 10, um cavaleiro utiliza-se do Ritual da Ordem DeMolay para tentar mostrar com as religiões do mundo Arautos da Paraíba estão conectadas. Na página 6 há uma curiosidade acerca da groups/arautosdaparaiba/ Ritualística de nossa Ordem. Por fim, você encontrará um texto mce@demolaypb.com.br acerca da Educação Pública e as ações da Ordem DeMolay na wee.muska@gmail.com tentativa de melhorar tão digno ensino. Esse é só o início do trabalho. Marche junto, ergua o es- PARTICIPE!!! tandarte e vamos juntos construir uma Cavalaria de Virtudes. Envie seu material para Vannuty Dorneles, publicação Coordenador Geral das Organizações Afiliadas. Estrutura e tema livres; Texto, no máximo, com uma NOTA: Os textos da primeira edição do “O Arauto”foram recebidos através lauda e meia dos emails de contato. O limite de data para envio foi o dia 29.Março.2013, conforme exposto em reunião com os ICCs e nas publicações do grupo“Arautos da Paraíba”no facebook. 02 O Preceptor
  • 3. À Cavalaria Na Era Medieval, as figuras fantásticas e, às vezes, até mitológicas dos cavaleiros eram es- senciais para o desenvolvimento de tantas sociedades. Hoje tais homens honrados permanecem apenas no imaginário popular, que perpetuou o melhor de suas intenções como formas corretas de se viver. Levando sempre em conta a honra da Cavalaria medieval, que configurou o melhor do homem como ideal. Ao falar de Cavalaria remete-se a dois grandes sentidos: o sentido militar e o sentido moral. Mesmo estando ambas as divisões interligadas. Perceba-se que no parâmetro militar, a Cavalaria constitui-se da elite de tal seguimento ou grupamento de homens. Desde os tempos remotos, de quando as civilizações começaram a utilizar a figura do guerreiro montado a cavalo que esta fer- ramenta tornou-se indispensável para o propósito de tal conflito, talvez por compor a parte mais móvel de um exército. Sem sombra de dúvidas, nestas eras onde as guerras eram travadas corpo-a- -corpo, a cavalaria era de suma importância para a decisão do combate. Por exemplo, na batalha de Gaugamela, travada por Alexandre, O Grande contra os Persas, o papel de sua cavalaria, chamada de Hetaroi (Cavalaria dos Companheiros), foi primordial para a vitória. Nota-se que por sua importância militar, a Cavalaria (como grupamento militar) destacou-se, elevando o status dos seus componen- tes posteriormente. Exemplo este encontrado em Roma, onde apenas os Patrícios poderiam compor a cavalaria, uma vez que apenas esta categoria abastada poderia possuir um cavalo, armas e arma- dura, demonstrando que nesta sociedade priorizou-se a culminância das elites sociais e militares. Porém, com a queda do império Romano Ocidental, a cavalaria sofreu algumas modificações, passando a não ser apenas uma divisão militar já reconhecida por sua mobilidade e status. É impor- tante frisar que a cavalaria ainda era uma força militar incontestavelmente. Os cavaleiros medievais, até mesmo no âmbito militar, eram bastante superiores aos que os precederam. Militarmente, pois com o acréscimo das esporas, obteve-se um maior controle sobre o cavalo e o advento do estribo que garantiu maior equilíbrio e suporte para o peso da armadura. Mas com algumas mudanças sociais, os cavaleiros tornaram-se exemplos de nobreza, cor- tesia, coragem, fidelidade, obstinação e humildade. Valendo destaque as Ordens Militares, como a do Templo, Teutônicos e Hospitalários. Exemplos estes, podemos encontrar nas inúmeras novelas medievais, onde estes homens, cavaleiros, eram os modelos a serem seguidos, almejados. Exemplos que se perpetuaram pelas eras e são, até hoje, praticados como herança de tais nobres cavaleiros. Mesmo que hajam outros exemplos, inegáveis, das mesmas boas qualidades e virtudes os cavaleiros destacam-se pela forma como fazem suas ações. Mesmo estando com poder (material e militar), as boas atitudes eram presentes, e mesmo em situações onde haveriam de usar deste poder que lhes era conferido (guerras, disputas), ainda assim havia toda uma nobreza de ações. página 03
  • 4. Não justificando o assassínio ou o massacre, mas nada impediria um homem num campo de batalha a violar o corpo de um inimigo, ou simplesmente saquear o cadáver, havendo até na mais vil atitude um senso que norteava as ações de um cavaleiro. Pode-se perceber a amplitude dos ideais destes homens, por suas regras, onde são compilados os ideais a serem seguidos por aqueles que forem investidos na nobreza da Cavalaria. Tais regras expressam a necessidade de: Proteger as mulheres e os fracos, Defender a Justiça contra a injustiça e o mal, Amar sua terra natal e Defender a igreja, mesmo com risco de morte. É possível destacar, alguns conceitos modernos, derivados de tais en- sinamentos, como o patriotismo e proteção dos mais fracos como norte judicial, em nosso tempo. A Era Medieval foi, porém, um tempo de diversos distúrbios, como infelizmente todos os tempos apresentam, e sendo assim ocorreram várias guerras civis, disputas de território, etc. Ob- viamente, como homens, nem todos os cavaleiros seguiam os exemplos de nobreza, mas o simples fato de existir tal “código de conduta” já é algo de digno merecedor de respeito. Tanto que tais exemplos perduram até os dias atuais, como exposto anteriormente. Portanto, a Cavalaria demonstra historicamente sua predileção para elite, tanto militar quan- to social, valendo-se de preceitos que elevam seus componentes às grandes magnitudes de exem- plos e não à mera valência de combatentes. Sua contribuição para a sociedade ocidental nos mostra a importância de fazer o bem e as consequências dessas atitudes na história. Que cada vez mais, possam os homens andar a luz dos preceitos da Cavalaria. Thiago Granja da Silva Oliveira, 25427. Sênior Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110. thiago.granja@hotmail.com página 04
  • 5. Desigualdade Social A sociedade, em sua expansão, deixou marcas impressas no povo. Uma delas, a desigualda- de, toma diversas proporções e facetas, deixando impresso, naqueles que afeta, um sentimento de inferioridade ou superioridade, dependendo de suas posições. A desigualdade social é um proble- ma agravado pelo capitalismo, por tanto, cabe ao mesmo regime tratar do “rombo” causado, a partir de projetos socioeconômicos e similares. Cada um de nós, no entanto, tem sua participação dentro da sociedade e do sistema, assim, certo dever de colaborar com o fim da desigualdade, nos termos possíveis. A inclusão, em sua tônica, deveria ser tratada por nós desde suas fundações. Ou seja, não deveríamos tratar de “incluir pessoas na sociedade”, mas sim, de corrigir aquilo que fez com que fosse necessário incluí-las: a desigualdade social. É na desigualdade desenfreada causada pela má distribuição de emprego e renda que encontramos o cerne da necessidade de inclusão. Os governos, no entanto, buscam “tapar o buraco”, gerando medidas provisórias e proje- tos socioeconômicos de inclusão, o que não afeta em nada a minoria donatária de recursos e apenas brevemente a maioria necessitada. Assim, prosseguimos visualizando o problema em nossos quin- tais e ignorando-o, como sendo responsabilidade alheia. É de fato necessário que busquemos a remoção dessas desigualdades de nosso convívio so- cial. O problema, porém, está focado em como agir diante de tais situações e de termos a iniciativa de agir. Necessitamos de tomar a causa como nossa, e não como problema alheio. Nada irá para a frente se o povo não reunir-se em prol de conquistar aquilo que lhe é de direito. E a igualdade em tratamento e modo de vida é um direito absurdamente necessário. A desigualdade, então, pouco-a- -pouco poderá ser removida. Basta que, ao menos inicialmente, nos tratemos como iguais. Tal como realmente somos, humanos, iguais perante a lei e o mundo. Bryan Khelven da Silva Barbosa, 25162. Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110. bryankhelven@hotmail.com página 05
  • 6. Por que nós ajoelhamos sob o joelho esquerdo? Ao longo de nossa vida DeMolay nos deparamos com muitas explicações fantasiosas para certas práticas de nossa instituição. Uma delas é do porquê nos ajoelhamos sobre o joelho esquerdo na hora das orações. Na igreja Católica a genuflexão correta para orações diante à representações sagradas de Deus é sob o joelho direito. Então logo observamos que não é uma herança católica nossa forma de ajoelhar. Nos primórdios da Ordem DeMolay, quando o nosso ritual já estava sendo executado, porém ainda estava sendo aperfeiçoado por Dad Land e Dad Marshall, os DeMolays durante as orações se ajoelhavam sob ambos os joelhos, mas Dad Land achou que ficou muito estranho essa forma de se ajoelhar. Inspirado por uma imagem de George Washington (Maçom e primeiro presidente dos EUA) Dad Land alterou esta prática, modificando para que os DeMolays se ajoelhassem sob o joelho esquerdo, colocando o cotovelo direito em seu joelho direito e sua cabeça descansando em sua mão direita. Essa imagem de George Washington é referente à época da guerra de independência dos Estados Unidos em que o exército comandado por Washington estava muito debilitado devido ao frio intenso e a falta de comida, chegando a matar dois mil soldados em seis meses. Muito abatido com a situação Washington afastou-se de Valley Forge (local onde o exército ficou instalado por seis meses) e orou, pedindo para Deus salvasse os seus homens. Portanto a imagem em questão é justamente deste momento em que George Washington estava orando a Deus para que salvasse seus compatriotas e seu país. Baseado no Michingan DeMolay News, edição de 03.2010. E também no Pennsylvania Advisor Development Program. Júlio César Fontes de Lima, 14999. Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110. Mestre Conselheiro Estadual da Ordem DeMolay da Paraíba. mce@demolaypb.com.br jclima.dm@gmail.com página 06
  • 7. A Ordem DeMolay e o elo entre as religiões É de conhecimento de todos os iniciados, e até de alguns profanos, que a Ordem DeMolay não se trata de uma religião, nem uma seita, como também não há propagação de nenhuma doutri- na que venha influenciar o pensamento dos jovens acerca de sua manifestação religiosa! Afirmação que é veementemente comprovada por meio de nosso Ritual e nossas atividades. A segunda virtude cardeal, Reverência pelas Coisas Sagradas (simbolicamente representada como a segunda vela em nosso altar), deixa claro o papel do DeMolay: o dever de respeitar qual- quer manifestação de fé e crença em alguém, ou algo, possuidor de uma força superior a nossa percepção, ou seja, uma energia suprema. Todos os credos profetizam suas verdades, dentro de uma lógica e métodos pessoais, e a Ordem DeMolay deve atuar como um elo entre as mais variadas manifestações de fidúcia coletiva, objetivando absorver o máximo de fatores positivos promovendo um crescimento espiritual, e moral, do ser humano. A Religião é um processo relacional desenvolvido entre o homem e os poderes por ele con- siderados sobre humanos, no qual se estabelece uma dependência ou uma relação de dependência. Essa relação se expressa através de emoções como confiança e medo, através de conceitos como moral e ética, e finalmente através de ações (cultos ou atividades pré estabelecidas, ritos ou reu- niões solenes e festividades). A Religião é a expressão de que a consciência humana registra a sua relação com o inefável, demonstrando a sua convicção nos poderes que lhes são transcendentes. Notavelmente podemos observar a religião como uma manifestação cultural, expressada por um povo, ou nação, que compartilham os mesmos ideais e idealizam desejos e vontades semelhantes em relação ao futuro. Essa forma de expressão cultural se fortalece com as questões intrínsecas que rodeiam as pessoas, basta tentar explicar a origem do mundo e da própria humanidade, adubando um vasto campo que será semeado por místicos que dizem ser intermediários da verdade universal e absoluta. Os Deístas, seguidores de uma linha de pensamento filosófico-religioso disseminado pela obra It Is Distinguished from Revelation, the Probable, the Possible, and the False (1624) de Edward Herbert (Lorde de Cherbury), expressam uma posição que aceita a ação divina na criação do mundo, convicção esta conquistada não por revelações de Deus, mas sim pela compreensão racional da Di- vindade, uma percepção que parte do conhecimento das leis que regem a vida e a Natureza. Adep- tos, como Voltaire (1694-1778), acreditam que para chegar a Deus, e consequentemente a verdade universal, não se precisa ir à igreja, mas à razão. O Panteísmo é uma crença que identifica o universo (em grego: pan, tudo) em Deus (em gre- go: theos) e surgiu aproximadamente em 1705 com os pensamentos de John Toland. O panteísta é aquele que acredita e/ou tem a percepção da natureza e do Universo como divindade. página 07
  • 8. Ao contrário dos deístas, ele não advoga a existência nem de um Deus criador do Universo, tam- pouco das divindades teístas intervencionistas, mas simplesmente especula que tudo o que existe é manifestação divina, autoconsciente. De entre as doutrinas ocidentais, o Panteísmo é uma das que mais se aproximam das filosofias orientais como o Budismo, o Jainismo, o Taoísmo e o Confucionis- mo. É também a linha filosófica que mais se aproxima da filosofia hermética do antigo Egito, onde o principal objetivo é fazer parte da conspiração Universal (ou conspiração Cósmica). Panenteísmo , ou krausismo, é uma doutrina que diz que o universo está contido em Deus (ou nos deuses), mas Deus (ou os deuses) é maior do que o universo. É diferente do panteísmo, que diz que Deus e o universo coincidem perfeitamente (ou seja, são os mesmos). O termo foi propos- to por Karl Christian Friedrich Krause, na sua obra System des Philosophie (1828), para designar a sua própria doutrina teológica que pretendia servir de mediação entre o panteísmo e o teísmo. No panenteísmo, todas as coisas estão na divindade, são abarcadas por ela, identificam-se (ponto em comum com o panteísmo), mas a divindade é, além disso, algo além de todas as coisas, transcen- dente a elas, sem necessariamente perder sua unidade (ou seja, a mesma divindade é todas as coisas e algo a mais). Em contrapartida os seguidores do Teísmo, corrente filosófica difundida em 1678 pelo filóso- fo e teólogo inglês Ralph Cudworth, compreendem o Criador como única entidade responsável pela criação do Universo sendo onipotente capaz de realizar tudo sem a ajuda de ninguém, onisciente, aquele que tudo conhece e detentor da infinita liberdade e de suprema generosidade. Pode ser clas- sificada em Monoteísmo – fé em um único Deus -; Politeísmo – devoção a diversas divindades – e Henoteísmo – quando se adora um Deus Superior, mas não se rejeita a existência de outros deuses. O Teísmo monoteísta, corrente filosófica religiosa mais praticada no mundo, possui várias vertentes e engloba o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo. O Cristianismo (do grego Xριστός, “Cristo”) é uma religião monoteísta abraâmica (judaico- -cristão) centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Livro Sagrado dessa religião (a Bíblia e os Testamentos). A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor que foi responsável pela libertação e salvação da humanidade por meio do sacrifício e do amor. A religião cristã possui três vertentes consideradas primitivas, cada qual com seus ramos de atuação: o Catolicismo, a Ortodoxia Oriental (separada do catolicismo em 1054 após o Grande Cisma do Oriente) e o Protestantismo (que surgiu durante a Reforma Protestante do século VXI). página 08
  • 9. Fundamentalmente cada doutrina religiosa, ou cada pensamento que baseiam seus ensina- mentos na busca da verdade absoluta, prega o seu modo de interpretar os fatos deixados por essa energia superior. Existem contradições, é verdade, porém é fácil de observar a existência de um pon- to comum e central, a existência de um Deus. A principal diferencia entre os credos é que as pessoas não são capazes ou não querem entender para fora da dualidade: existe tudo/não existe nada, do preto ao branco. Ou Deus é pessoal, onipotente e age sobre a vida das pessoas ou ele simplesmente não existe. E fé, espiritualidade, religiosidade é cheia de meios tons, é, metaforicamente, cinza. Cabe a nós, DeMolay’s, tornar as coisas mais fáceis de compreensão e ligar os pontos proveitosos das mais variadas religiões, pois é nosso dever conviver com as diferenças e aprender a aceitá-las. O Cristianismo como todo, por exemplo, prega o amor a Deus e ao próximo como o seu fundamento espiritual; o Catolicismo valoriza o exemplo mártir do Salvador; o Espiritismo diz que “Façamos aos outros, o que queríamos que os outros nos fizessem” propagando o bem, o amor; o Protestantis- mo fala que a salvação é dada através da graça e bondade de Deus, na qual cada pessoa pode se relacionar diretamente com seu Criador, sem a necessidade de um intermediário, afirmando que qualquer pessoa possui o ‘dom’ de se comunicar com o Divino, que não somos diferentes aos olhos Dele; Os Deístas acreditam que as verdades procuradas pela humanidade são respondidas pelas Leis da Natureza e que essas leis foram protocoladas, estruturadas e organizadas por esse Ser Supremo, ou seja, Ele atua como o maestro de toda a orquestra fundamentando a idéia de que ciência e religião podem sim andar juntas, que o desenvolvimento da razão não se sobrepõe a espi- ritualidade das pessoas; Os Panteístas acreditam que Deus e a Natureza são uma coisa só e que cada pessoa possui um pouco da divindade em si, nos provando que é de suma importância preservar o meio que nos rodeia; Para os Panenteístas o Universo e Deus têm a mesma essência, dessa forma Deus contém todo o Universo e o transcende, mistificando a idéia de que já vivemos no Divino e, assim, devemos valorizar a vida e as obrar que fazemos nesse mundo. São ensinamentos que constam em nosso Ritual, que estão impregnados em nossa simbo- logia. Ensinamentos esses que são levados até o altar, seja pelo Amor Filial, característica marcante não só entre pais e filhos, e sim a essa energia que foi capaz de dá espírito a carne; é o ato de Reve- renciar o Sagrado, buscando encontrar nele verdades universais, sempre com o ímpeto de delicade- za e respeito com a verdade escolhida pelo irmão; É o ato de cortejar, de se postar veneravelmente diante de algo que está além de nossas limitações e que só tem a acrescentar em nossa vida; página 09
  • 10. É o Companheirismo e a Fidelidade demonstrada entre pessoas que compartilham da mesma crença ou do mesmo ciclo religioso; É a tão almejada Pureza, evidenciada por todos os credos e doutrinas; É a tentativa de tornar o nosso meio (pessoas, lugares, seres que compartilham o mesmo ambiente) o mais sublime, o mais próximo do ideal possível o que caracteriza a idéia de ser Patriota. É sob essa perceptiva que a Ordem deve trabalhar, é funcionando como o último gancho de uma corrente, aquele capaz de lapidar o caráter de uma pessoa tornando-o mais forte, mais com- pleto e preparado para, não só coordenar as atividades como líder, e sim de se portar como mensa- geiro dessa nova visão. Referências: CLÁUDIO MANOEL NASCIMENTO GONÇALO DA SILVA; DAVI SILVA ALMEIDA. A religião, a religiosidade e os sistemas religiosos. Disponível em: <http://www.ipepe.com.br/idebab.html>. Acesso em: 17 maio. 2011. ANA LÚCIA SANTANA. Panteísmo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/religiao/pan- teismo/>. Acesso em: 17 maio. 2011. ANA LÚCIA SANTANA. Teísmo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/religiao/teis- mo/>. Acesso em: 17 maio. 2011. REVISTA GALILEU. O Deus de Einstein. 196. ed. São Paulo: Editora Globo, 2007. KARDEC, A. (1857). O Livro dos Espíritos. Trad. Sob a direção de Simone Barboza da Silva. São Paulo, Petit, 1999. Vannuty Dorneles de Sena Cunha, 20889. Sênior Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110. vannuty.dorneles@hotmail.com página 10
  • 11. Educação Pública, seus problemas e a participação da Ordem DeMolay Introdução As paralisações nacionais de professores e servidores públicos das universidades federais, como também em algumas universidades estaduais, a problemática das cotas de inclusão na edu- cação superior e os planejamentos para transformar o Brasil em um país desenvolvido fizeram com que a educação pública se encontrasse no foco da sociedade nos últimos anos e, consequentemen- te, a qualidade do sistema educacional brasileiro. Pensando nisso, o Priorado “Deus, Pátria e Família” Nº 110 trouxe para a convocação do dia 23/02/2013 esse tema, fazendo com que os DeMolays possam analisar o funcionamento do sis- tema educacional brasileiro e de outros países, desde a educação básica até a educação superior e tentar procurar soluções para problemas que forem encontrados. 1. A Escola Pública Desde quando criado a constinuição de 1988 a educação de qualidade foi assegurado como direito de qualquer cidadão, porém, é sabido que esse direito não é garantido para todos os brasi- leiros, isso se deve não apenas pelo descaso do governo, tendo em vista que a educação é consti- tuida de três pilares: o governo, a escola e a família. A escola é o primeiro contato que a criança terá com a sociedade, ela é responsável por pre- parar e criar os futuros cidadãos, já o papel familiar é de criar a educação base, a maneira básica de viver em sociedade, criando incentivos necessários para que seus filhos possam ingressar nas futuras escolas. Porém, uma parte das famílias repassa essa responsabilidade para os professores, criando de certa maneira um atraso no ensino, não apenas do aluno em especifico, mas de toda a turma. Esse problema é devido ao fato de como a população brasileira encara de forma secundária a escola, e caracterizando, desta maneira, não só um problema que envolve a educação, mas também a cultura e a situação socioeconomica em que vivemos. Além da deficiência dos primeiros anos dos alunos na escola, é necessário observar a quali- dade do ensino superior, pois é a partir desse que serão formados os futuros professores que possa ensinar na base, e assim fechar o ciclo educacional. A universidade pública é considerada o melhor ensino público no Brasil, mas por falta de planejamento e de investimentos tanto do governo quan- to dos reitores, na prática, a qualidade apenas é melhor que o ensino regular. página 11
  • 12. Para exemplificar a falta de planejamento e o descaso com os estudantes: na UEPB (Universidade Es- tadual da Paraíba) abriu o edital de residência universitária um mês após o inicio do periodo 2013.1 e na UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) a própria estrutura fisica é precária, não favore- cendo um bom ensino e a assistência para deficientes fisicos, e sem contar a falta de estímulo para a formação de professores em todas as universidades pelo motivo de que todo o sistema educacional brasileiro está focado na criação de produtos, realizando estimulos por questões economias e não vocacional, e desta maneira esse problema reflite no comportamento de uma parte dos estudantes, que são contra as recentes lutas por melhoria da educação pública, como a greve dos professores federais que aconteceu no ano de 2012 e a greve dos professores de UEPB que acontece nesse ano, com pensamentos individualistas esses estudantes apenas comprova a precariedade da educação brasileira. 2. Participação da Ordem Demolay O Capítulo “Deus, Pátria e Família” Nº 008 realiza uma campanha filantropica de apoio com aulas de reforço na escola estadual Antônio Victente, situada no bairro do José Pinheiro – Cam- pina Grande/PB, além de campanhas eventuais para manutenção de estruturas de outros colégios públicos. Mesmo levando em consideração que não podemos realizar a função do estado, essas ações não é o suficiente para uma ordem que diz lutar pela manutenção das escolas públicas, prin- cipalmente pelo motivo de não darmos espaço, por questões socioeconomicas, para estudantes que pertencem a essas escolas de participarem das nossas reuniões semanais, tendo em vista que grande parte dos membros da Ordem DeMolay é proveniente de escolas particulares. Por outro lado para poder adentrar nas fileiras da ordem deve-se ser convidado, e já que grande parte dos membros, atualmente, faz parte de escolas particulares, o seus respectivos circulos de amizades se- rão participantes da mesma categoria escolar. Considerações Finais Para que possamos participar do grupo de países desenvolvidos, é imprecindivel a existencia de uma educação pública de qualidade, para isso, deve-se reformular todo o sistema educacional brasileiro, na base e no ensino superior, modificando a forma do atual ensino arcaico para algo mais dinâmico e coerente com a situação social em que vivemos, além da realização de mais projetos de extensão por parte das universidades, para que a sociededade tenha um retorno mais prático dessa geração de conhecimento que essas instituições proporcionam. página 12
  • 13. Caso acontença essa mudança através de politicas publicas sérias que possa realizar um in- vestimento na educação, poderemos conseguir uma situação social e economica parecia em que a Coreia do Sul atualmente se encontra, já que após diversas guerras que esse país sofreu, foi inves- tido de forma acentuosa na educação, fazendo com que atualmente seja uma das maiores naçoes mundiais. Enquanto essa melhoria não acontece, nós como DeMolays, devemos continuar realizando atividades filantropicas em prol das escolas públicas e estimular que jovens que frequente essas escolas participem das nossas reuniões, através de palestras sobre a ordem DeMolay em escolas pú- blicas e realziando uma modificação nas taxas cobradas, sendo baseado na renda familiar do mem- bro em especifico ao invés de ser através do salário mínimo, para que desta maneira, essa forma de conhecimento que é transmitida através de nossas reuniões semanais, possa chegar aos alunos que participem diariamente com os problemas em suas escolas e que possam ajudar de forma mais ativa quando se tornarem futuros líderes. Referências: MAYUMI, Carla. Escolas do Futuro. Revista Super Interessante. São Paulo; Abril Editora, p. 49- 54, Fevereiro. 2013. ROMERO, Luiz. Entre os Muros das Escolas. Revista Super Interessante. São Paulo; Abril Edi- tora, p. 67-72, Janeiro. 2013. Victor Hugo Fernandes de Sousa, 25171. Cavaleiro do Priorado “Deus, Pátria e Família” nº 110. vhfsfox@gmail.com página 13