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“Uma doença silenciosa!”
Todo câncer se caracteriza por um
crescimento rápido e desordenado do número de
células, que adquirem a capacidade de se espalhar
para outras partes do corpo. O câncer também é
comumente chamado de neoplasia ou tumor
maligno.
O câncer de mama, como o próprio nome
diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas
por lobos, que se dividem em estruturas menores
chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor
maligno mais comum em mulheres e o que mais
leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto
Nacional de Câncer (Inca).
No Brasil, são cerca de 49 mil novos casos de
câncer de mama em mulheres por ano, e esse
número vem aumentando nas últimas décadas,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O
câncer de mama também pode ocorrer em homens,
mas em número muito menor.
O câncer de mama é provavelmente o mais temido
pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos
seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da
sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente
raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária
sua incidência cresce rápida e progressivamente.
Este tipo de câncer representa nos países
ocidentais uma das principais causas de morte em
mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua
freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos
países em desenvolvimento. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70
registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de
incidência ajustadas por idade nos Registros de
Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
O câncer de mama pode se manifestar de
diversas formas, e conhecer seus principais tipos
ajuda a compreender os diferentes tratamentos
prescritos pelos médicos. O diagnóstico positivo é
sempre uma notícia impactante, mas é importante
estar bem informada para conversar com o
oncologista sobre as opções de terapias disponíveis
e mais apropriadas para o seu caso
O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal,
porque se origina nas células dos ductos mamários. Ele
pode ser in situ, quando se restringe às células desses
ductos, ou invasor, quando se dissemina para os tecidos
adjacentes. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem
origem nas células dos lóbulos mamários, e também pode
ser in situ ou invasivo.
        O carcinoma ductal ou o lobular in situ representam
o estágio mais precoce do câncer de mama. Se não forem
tratados, a tendência é evoluir para a forma invasora,
disseminando-se para outras regiões da mama e,
posteriormente, do corpo. Nessa fase, os tumores são muito
pequenos (menores de 1 centímetro) para serem palpados,
mas podem ser detectados na mamografia e curados em
95% dos casos.
Carcinoma lobular
O câncer de
mama pode ser ainda
do tipo inflamatório, que
é uma forma de
apresentação incomum
dos carcinomas
invasores. Ele costuma
disseminar-se por toda a
pele da mama,
tornando-a
avermelhada, quente e
inchada devido à
presença de células
tumorais nos vasos
linfáticos da pele.
Seja qual for o tipo, todos os tumores de mama
devem ser testados quanto à presença de receptores
para hormônios femininos (estrógeno e progesterona), que
são proteínas localizadas na superfície externa da célula.
Sua presença indica sensibilidade das células tumorais a
esses hormônios. Trata-se de uma informação muito
importante para definir que tipo de tratamento a
paciente irá receber. Os tumores positivos para receptores
hormonais geralmente crescem mais lentamente.
Outro receptor cuja presença fará muita diferença no
tratamento prescrito pelo médico é conhecido como HER-2.
Trata-se de uma proteína, também situada na face externa da
célula, que está presente em 25% dos casos de câncer de
mama. Os tumores HER-2 positivos costumam ser mais
agressivos, isto é, crescem e se disseminam mais rapidamente
que outros tipos de câncer, e devem ser tratados com
medicamentos específicos.
Os sintomas do
câncer de mama palpável
são o nódulo ou tumor no
seio, acompanhado ou não
de dor mamária. Podem
surgir alterações na pele que
recobre a mama, como
abaulamentos ou retrações
ou um aspecto semelhante
a casca de uma laranja.
Podem também surgir
nódulos palpáveis na axila.
O câncer de mama - e o câncer de forma geral - não tem
uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido
em função de uma série de fatores de risco, alguns deles
modificáveis, outros não.
        O Histórico familiar é um importante fator de risco para o
câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de
primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos
de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar
corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de
cânceres de mama. A idade constitui um outro importante fator
de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o
aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira
menstruação), a menopausa tardia (após os 50 anos de idade), a
ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade
(não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o
câncer de mama.
Ainda é controvertida a associação do uso de
contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de
mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as
que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de
estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período
e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da
primeira gravidez.
       A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade
moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de
mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em
idade inferior a 35 anos.
As formas mais eficazes para detecção precoce do
câncer de mama são o exame clínico da mama e a
mamografia.
Uma doença silenciosa: o câncer de mama

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Uma doença silenciosa: o câncer de mama

  • 2.
  • 3. Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado do número de células, que adquirem a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia ou tumor maligno.
  • 4. O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
  • 5. No Brasil, são cerca de 49 mil novos casos de câncer de mama em mulheres por ano, e esse número vem aumentando nas últimas décadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O câncer de mama também pode ocorrer em homens, mas em número muito menor.
  • 6. O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
  • 7. Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
  • 8. O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais tipos ajuda a compreender os diferentes tratamentos prescritos pelos médicos. O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso
  • 9.
  • 10. O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Ele pode ser in situ, quando se restringe às células desses ductos, ou invasor, quando se dissemina para os tecidos adjacentes. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos mamários, e também pode ser in situ ou invasivo. O carcinoma ductal ou o lobular in situ representam o estágio mais precoce do câncer de mama. Se não forem tratados, a tendência é evoluir para a forma invasora, disseminando-se para outras regiões da mama e, posteriormente, do corpo. Nessa fase, os tumores são muito pequenos (menores de 1 centímetro) para serem palpados, mas podem ser detectados na mamografia e curados em 95% dos casos.
  • 12. O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma de apresentação incomum dos carcinomas invasores. Ele costuma disseminar-se por toda a pele da mama, tornando-a avermelhada, quente e inchada devido à presença de células tumorais nos vasos linfáticos da pele.
  • 13. Seja qual for o tipo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto à presença de receptores para hormônios femininos (estrógeno e progesterona), que são proteínas localizadas na superfície externa da célula. Sua presença indica sensibilidade das células tumorais a esses hormônios. Trata-se de uma informação muito importante para definir que tipo de tratamento a paciente irá receber. Os tumores positivos para receptores hormonais geralmente crescem mais lentamente.
  • 14. Outro receptor cuja presença fará muita diferença no tratamento prescrito pelo médico é conhecido como HER-2. Trata-se de uma proteína, também situada na face externa da célula, que está presente em 25% dos casos de câncer de mama. Os tumores HER-2 positivos costumam ser mais agressivos, isto é, crescem e se disseminam mais rapidamente que outros tipos de câncer, e devem ser tratados com medicamentos específicos.
  • 15. Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
  • 16. O câncer de mama - e o câncer de forma geral - não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. O Histórico familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama.
  • 17. Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
  • 18. As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.