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Consumismo e Consumerismo
O consumo de bens e serviços é uma actividade constante na vida diária; é o meio que premite satisfazer as nossas necessidades - alimentação, vestuário, habitação, educação, lazer...  - não devendo, contudo, ser uma finalidade na vida das pessoas.
Vivemos numa sociedade em que os sinais e os símbolos do êxito medem-se pelo comprimento do carro, pelo número de viagens ao estrangeiro... dando-se mais valor ao "ter" do que ao "ser".Muda-se constantemente de carro, de telemóvel, de vestuário... é a época do "usar e deitar fora".Todas as ocasiões são propícias ao consumo: consome-se porque se está feliz, porque se está triste, por se estar com os amigos ou com a família...E até se consome para além das possibilidades económicas, pondo em risco a saúde e o ambiente.É o consumismo... Mas será que assim é?
O consumismo é então um consumo irracional, impulsivo e perigoso, discriminado, sem olhar a consequências, baseado em valores materiais e na ostentação. Consumismo
Nas actividades de consumo, os indivíduos acabam por agir centrados em si mesmos, sem se preocupar com as consequências das suas escolhas. A crise ambiental mostrou que não é possível a incorporação de todos no universo do consumo em função da finitude dos recursos naturais. A partir da percepção de que os actuais padrões de consumo estão nas raízes da crise ambiental, a crítica ao consumismo passou a ser vista como uma contribuição para a construção de uma sociedade mais sustentável. Mas como o consumo faz parte do relacionamento entre as pessoas e promove a sua integração nos grupos sociais, as mudanças nos seus padrões tornam-se muito difíceis. É esta a razão para este tema fazer parte de programas de educação ambiental. Consequências
Sociedade de Consumo Sociedade com padrões de consumo massificados devido ao tipo de oferta (bens padronizados) e tipo de pressões exercidas sobre o consumidor (a publicidade sugere modelos de comportamento a seguir)
Produtos de “Ontem” e Produtos de “Hoje”
O objectivo fundamental de todos os anúncios é associar o objecto de consumo a sensações agradáveis, despertando o desejo do consumidor. Frequentemente, é vendido um estilo de vida mais do que o próprio produto. Para tal, as marcas recorrem a várias técnicas publicitárias. Marketing no Consumo
Última modaÉ sugerido que utilizar um produto “novidade” irá fazer do consumidor o centro das atenções e despertar a inveja alheia. Factos comprovadosSão utilizados dados estatísticos ou testemunhos reais, de forma a comprovar a eficácia do produto. Por vezes, são apresentados depoimentos de pessoas “especializadas” na área do produto (médicos, técnicos, etc.) o que transmite uma maior confiança ao consumidor.
Apelo à belezaO consumidor é atraído pela beleza associada ao produto, no seu aspecto, às pessoas e lugares presentes aos anúncios. A criatividade é o factor crucial neste tipo de anúncios. É muitas vezes utilizado o recurso a efeitos especiais ou edição de imagem, de forma a criar uma realidade mais atractiva. Ambiente familiarO produto é apresentado no seio de uma família tradicional, associando um ideal de família ao objecto de consumo. As famílias “perfeitas” são felizes e divertidas, e os problemas desaparecem com a aquisição do bem apresentado.
Criar uma personagemPode ser uma figura de animação conhecida, um super-herói, uma personagem fictícia que represente a marca, etc. É uma estratégia de apelo às sensações de afecto e de identificação com a personagem, que são directamente relacionados com o produto.
Slogans“Just do it” – Nike“Porque você merece” (“Because you`re worth it”, no original) – LórealSão normalmente de cariz pessoal e remetem a uma característica ou a um conjunto de características individuais. O objectivo é dar a entender ao consumidor que a escolha de determinado produto é decisiva para o estilo de vida que quer para si e para a sua relação com os outros.
CelebridadesO desejo pela fama e reconhecimento está presente na maioria de nós. Quando um produto é apresentado por uma figura conhecida, é vendida a ideia de que só os melhores usam aquele produto e, consequentemente, o produto irá aumentar o sucesso do consumidor. MúsicaO uso extensivo de música nos blocos publicitários constitui uma das principais fontes de exposição à música no Ocidente.A música transmite ideias e sensações, que podem ser adaptadas a cada produto específico. Muitas marcas acabam mesmo por criar a sua própria música, de forma a que possa ser identificada mais facilmente com o produto.As letras representam também um factor importante, uma vez que podem conter uma mensagem apelativa e ficam na cabeça da audiência mais do que as mensagens faladas.
Os comportamentos de compra Segundo psicossociólogos, os consumidores têm o seguinte comportamento na hora de comprar um produto: Racional: O consumidor sabe o que procura e quer comprar e compara preços. Às vezes influencia-se pela promoção e pela publicidade, mas o resultado pode ser o oposto caso se sinta enganado. Impulsivo: O acto de comprar serve para canalizaro stress, reforçado pelo próprio shopping-center ou supermercado, produzindo uma sensação de prazer imediato. Compulsivo: Para este tipo de comprador, a necessidade de comprar é comparável à de um toxicodependente. Para os psiquiatras, trata-se de um sintoma de uma desordem emocional. O consumo dá-se como uma forma de compensar um vazio, de sentir-se acompanhado, ainda que seja por um objeto. Há também todo um processo de estimulo dos sentidos das pessoas que se dá no processo de compra. Para algumas pessoas o estímulo é visual, quando estas vêem algo e querem possuí-lo, já outras têm o estimulo olfactivo, e por fim o auditivo.
Consumidor individualista O consumidor individualista é aquele que está preocupado com seu estilo de vida pessoal. Nesse caso compra pelo desejo e prazer de ter o que quer. Consumidor eficiente O consumidor consome de modo eficiente, cuidando do seu bolso e dos seus gostos. Costuma pesquisar preços antes de comprar e zela pela qualidade dos serviços e produtos que consome. Consumidor consciente O consumidor acredita na possibilidade de contribuir para mudanças locais e planetárias por meio de seu acto de consumo. Consumidor responsável O consumidor leva em consideração as informações recebidas sobre produtos e empresas. Sendo assim, não compra um produto que na sua informação diz, por exemplo, que a empresa que o produz prejudica o meio ambiente. Tipos de consumidores
	Atitude de cidadania que se caracteriza por um consumo racional, responsável que tem em conta as consequências económicas, sociais, culturais e ambientais do acto de consumir.  Consumerismo
Criar o equilíbrio entre consumidores, produtores e distribuidores; Participar nas decisões económicas e sociais que afectam os consumidores; Intervir no sentido da preservação do meio ambiente; Informar e proteger o consumidor. O consumerismo pretende
Direito à protecção da saúde e segurança; Direito à qualidade dos bens e serviços; Direito à protecção dos direitos económicos; Direito à prevenção e à reparação dos prejuízos; Direito à formação e à educação para o consumo; Direito à informação para o consumo; Direito à representação e consulta; Direito à protecção jurídica e a uma justiça acessível e pronta. Direitos dos Consumidores
Os consumidores procuram bens que as empresas oferecem, mas necessitam de uma protecção contra negócios abusivos.Para esse mesmo efeito, foram criadas instituições e leis de defesa do consumidor, como o Instituto do Consumidor, Centros Autárquicos de Informação, Delegações Regionais do Ambiente e Recursos Naturais. Medidas de Defesa do Consumidor
Entre muitas instituições, podemos encontrar uma bastante conhecida, a DECO, Associação de Defesa do Consumidor. Criada nos anos 70, esta associação foi reconhecida como associação de utilidade pública em 1978 e destina-se a proteger e defender os direitos legítimos dos consumidores. A instituição desenvolve ainda actividades dirigidas à informação, presta serviços jurídicos, dedica-se também à publicação das revistas Proteste, Dinheiro e Dinheiro, Poupança Quinze e ainda Teste Saúde.Esta instituição foi criada, existe e trabalha como elemento fundamental de pressão na luta pelos direitos e interesses do consumidor.
Deveres dos consumidores Dever de consciência crítica       (Questionar, emitir opiniões, tomar atitudes); Dever de agir       (Combater a passividade, ser capaz de intervir); Dever de preocupação social       (Ter consciência das repercussões das nossas opções de consumo, reconhecer grupos desfavorecidos); Dever de consciência ambiental       (Compreender as consequências ambientais do(s) consumo(s), e as responsabilidades pessoais e sociais na conservação dos recursos existentes); Dever de solidariedade       (Organizar, intervir, proteger e promover os interesses colectivos dos consumidores
Consumerismo Consumo racional, controlado, selectivo, baseado em valores sociais e ambientais no respeito pelas gerações futuras. Diferença Consumismo  Consumo irracional, impulsivo e perigoso, descriminado, sem olhar a consequências baseado em valores materiais e na ostentação.
Os hábitos consumistas são cada vez maiores na nossa sociedade, o consumismo traduz-se muitas vezes por comprar aquilo que não se precisa com o dinheiro que não se tem o que conduz ao chamado endividamento de que tanto ouvimos falar, este fenómeno ocorre muitas vezes devido às facilidades de crédito que as instituições financeiras concedem sem colocar quaisquer entraves, com taxas de juro altíssimas na ordem dos vinte e trinta por cento, as conhecidas TAEG que aparecem em letrinhas pequeninas nos anúncios. Contudo, e postos todos os factores que influenciam ou tentam influenciar o consumidor, não se pode atribuir a culpa de termos uma sociedade consumista à publicidade nem ao marketing que incentivam a tal comportamento, estes hábitos ficam muito mais a dever à formação da sociedade pois eles são mais característicos de umas culturas que de outras que foram orientadas para evitar este tipo de comportamentos nocivos para a sociedade. Concluindo
Surge então o papel do consumerismo, isto é, do consumo responsável, com perfeito equilíbrio entre produtores, consumidores e distribuidores, os grupos consumeristas pretendem alertar a população para consumir o necessário não entrando em extravagâncias relativamente às posses de cada um, isto é, sem ultrapassar os limites “aceitáveis” do endividamento, de forma a manterem-se sempre com reservas para precaução de acontecimentos inesperados que possam vir a surgir. Os grupos que agem em defesa do consumidor como o caso da DECO, são exemplos de grupos consumeristas, que também defendem os direitos e deveres dos consumidores, contudo existem grupos consumeristas de diversa índole, por exemplo, consumo sustentável ou aqueles que se preocupam com a origem dos produtos e as condições de produção dos itens.
Concluindo, os movimentos consumeristas exercem um papel muito importante na sensibilização para o consumismo, que em todo o mundo, se tem vido a assistir cada vez mais, contudo o seu papel não se limita a tal facto, estes movimentos procuram também dar a conhecer à população algumas informações sobre os produtos que escolhem que não é revelada claramente pelos produtores, além disso, procura a preservação ambiental, procurando mobilizar o consumidor para produtos ecológicos e para marcas socialmente responsáveis de forma a obter além de um consumo responsável também obter um consumo sustentável, isto é, sem por em perigo os recursos e o ambiente de que virão a usufruir as gerações vindouras, por forma a garantir que as mesmas tenham pelo menos as mesmas condições de vida que as que se obtêm na actualidade.
FIM

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Consumismo e consumerismo

  • 2. O consumo de bens e serviços é uma actividade constante na vida diária; é o meio que premite satisfazer as nossas necessidades - alimentação, vestuário, habitação, educação, lazer... - não devendo, contudo, ser uma finalidade na vida das pessoas.
  • 3. Vivemos numa sociedade em que os sinais e os símbolos do êxito medem-se pelo comprimento do carro, pelo número de viagens ao estrangeiro... dando-se mais valor ao "ter" do que ao "ser".Muda-se constantemente de carro, de telemóvel, de vestuário... é a época do "usar e deitar fora".Todas as ocasiões são propícias ao consumo: consome-se porque se está feliz, porque se está triste, por se estar com os amigos ou com a família...E até se consome para além das possibilidades económicas, pondo em risco a saúde e o ambiente.É o consumismo... Mas será que assim é?
  • 4. O consumismo é então um consumo irracional, impulsivo e perigoso, discriminado, sem olhar a consequências, baseado em valores materiais e na ostentação. Consumismo
  • 5. Nas actividades de consumo, os indivíduos acabam por agir centrados em si mesmos, sem se preocupar com as consequências das suas escolhas. A crise ambiental mostrou que não é possível a incorporação de todos no universo do consumo em função da finitude dos recursos naturais. A partir da percepção de que os actuais padrões de consumo estão nas raízes da crise ambiental, a crítica ao consumismo passou a ser vista como uma contribuição para a construção de uma sociedade mais sustentável. Mas como o consumo faz parte do relacionamento entre as pessoas e promove a sua integração nos grupos sociais, as mudanças nos seus padrões tornam-se muito difíceis. É esta a razão para este tema fazer parte de programas de educação ambiental. Consequências
  • 6. Sociedade de Consumo Sociedade com padrões de consumo massificados devido ao tipo de oferta (bens padronizados) e tipo de pressões exercidas sobre o consumidor (a publicidade sugere modelos de comportamento a seguir)
  • 7. Produtos de “Ontem” e Produtos de “Hoje”
  • 8. O objectivo fundamental de todos os anúncios é associar o objecto de consumo a sensações agradáveis, despertando o desejo do consumidor. Frequentemente, é vendido um estilo de vida mais do que o próprio produto. Para tal, as marcas recorrem a várias técnicas publicitárias. Marketing no Consumo
  • 9. Última modaÉ sugerido que utilizar um produto “novidade” irá fazer do consumidor o centro das atenções e despertar a inveja alheia. Factos comprovadosSão utilizados dados estatísticos ou testemunhos reais, de forma a comprovar a eficácia do produto. Por vezes, são apresentados depoimentos de pessoas “especializadas” na área do produto (médicos, técnicos, etc.) o que transmite uma maior confiança ao consumidor.
  • 10. Apelo à belezaO consumidor é atraído pela beleza associada ao produto, no seu aspecto, às pessoas e lugares presentes aos anúncios. A criatividade é o factor crucial neste tipo de anúncios. É muitas vezes utilizado o recurso a efeitos especiais ou edição de imagem, de forma a criar uma realidade mais atractiva. Ambiente familiarO produto é apresentado no seio de uma família tradicional, associando um ideal de família ao objecto de consumo. As famílias “perfeitas” são felizes e divertidas, e os problemas desaparecem com a aquisição do bem apresentado.
  • 11. Criar uma personagemPode ser uma figura de animação conhecida, um super-herói, uma personagem fictícia que represente a marca, etc. É uma estratégia de apelo às sensações de afecto e de identificação com a personagem, que são directamente relacionados com o produto.
  • 12. Slogans“Just do it” – Nike“Porque você merece” (“Because you`re worth it”, no original) – LórealSão normalmente de cariz pessoal e remetem a uma característica ou a um conjunto de características individuais. O objectivo é dar a entender ao consumidor que a escolha de determinado produto é decisiva para o estilo de vida que quer para si e para a sua relação com os outros.
  • 13. CelebridadesO desejo pela fama e reconhecimento está presente na maioria de nós. Quando um produto é apresentado por uma figura conhecida, é vendida a ideia de que só os melhores usam aquele produto e, consequentemente, o produto irá aumentar o sucesso do consumidor. MúsicaO uso extensivo de música nos blocos publicitários constitui uma das principais fontes de exposição à música no Ocidente.A música transmite ideias e sensações, que podem ser adaptadas a cada produto específico. Muitas marcas acabam mesmo por criar a sua própria música, de forma a que possa ser identificada mais facilmente com o produto.As letras representam também um factor importante, uma vez que podem conter uma mensagem apelativa e ficam na cabeça da audiência mais do que as mensagens faladas.
  • 14. Os comportamentos de compra Segundo psicossociólogos, os consumidores têm o seguinte comportamento na hora de comprar um produto: Racional: O consumidor sabe o que procura e quer comprar e compara preços. Às vezes influencia-se pela promoção e pela publicidade, mas o resultado pode ser o oposto caso se sinta enganado. Impulsivo: O acto de comprar serve para canalizaro stress, reforçado pelo próprio shopping-center ou supermercado, produzindo uma sensação de prazer imediato. Compulsivo: Para este tipo de comprador, a necessidade de comprar é comparável à de um toxicodependente. Para os psiquiatras, trata-se de um sintoma de uma desordem emocional. O consumo dá-se como uma forma de compensar um vazio, de sentir-se acompanhado, ainda que seja por um objeto. Há também todo um processo de estimulo dos sentidos das pessoas que se dá no processo de compra. Para algumas pessoas o estímulo é visual, quando estas vêem algo e querem possuí-lo, já outras têm o estimulo olfactivo, e por fim o auditivo.
  • 15. Consumidor individualista O consumidor individualista é aquele que está preocupado com seu estilo de vida pessoal. Nesse caso compra pelo desejo e prazer de ter o que quer. Consumidor eficiente O consumidor consome de modo eficiente, cuidando do seu bolso e dos seus gostos. Costuma pesquisar preços antes de comprar e zela pela qualidade dos serviços e produtos que consome. Consumidor consciente O consumidor acredita na possibilidade de contribuir para mudanças locais e planetárias por meio de seu acto de consumo. Consumidor responsável O consumidor leva em consideração as informações recebidas sobre produtos e empresas. Sendo assim, não compra um produto que na sua informação diz, por exemplo, que a empresa que o produz prejudica o meio ambiente. Tipos de consumidores
  • 16. Atitude de cidadania que se caracteriza por um consumo racional, responsável que tem em conta as consequências económicas, sociais, culturais e ambientais do acto de consumir. Consumerismo
  • 17. Criar o equilíbrio entre consumidores, produtores e distribuidores; Participar nas decisões económicas e sociais que afectam os consumidores; Intervir no sentido da preservação do meio ambiente; Informar e proteger o consumidor. O consumerismo pretende
  • 18. Direito à protecção da saúde e segurança; Direito à qualidade dos bens e serviços; Direito à protecção dos direitos económicos; Direito à prevenção e à reparação dos prejuízos; Direito à formação e à educação para o consumo; Direito à informação para o consumo; Direito à representação e consulta; Direito à protecção jurídica e a uma justiça acessível e pronta. Direitos dos Consumidores
  • 19. Os consumidores procuram bens que as empresas oferecem, mas necessitam de uma protecção contra negócios abusivos.Para esse mesmo efeito, foram criadas instituições e leis de defesa do consumidor, como o Instituto do Consumidor, Centros Autárquicos de Informação, Delegações Regionais do Ambiente e Recursos Naturais. Medidas de Defesa do Consumidor
  • 20. Entre muitas instituições, podemos encontrar uma bastante conhecida, a DECO, Associação de Defesa do Consumidor. Criada nos anos 70, esta associação foi reconhecida como associação de utilidade pública em 1978 e destina-se a proteger e defender os direitos legítimos dos consumidores. A instituição desenvolve ainda actividades dirigidas à informação, presta serviços jurídicos, dedica-se também à publicação das revistas Proteste, Dinheiro e Dinheiro, Poupança Quinze e ainda Teste Saúde.Esta instituição foi criada, existe e trabalha como elemento fundamental de pressão na luta pelos direitos e interesses do consumidor.
  • 21. Deveres dos consumidores Dever de consciência crítica (Questionar, emitir opiniões, tomar atitudes); Dever de agir (Combater a passividade, ser capaz de intervir); Dever de preocupação social (Ter consciência das repercussões das nossas opções de consumo, reconhecer grupos desfavorecidos); Dever de consciência ambiental (Compreender as consequências ambientais do(s) consumo(s), e as responsabilidades pessoais e sociais na conservação dos recursos existentes); Dever de solidariedade (Organizar, intervir, proteger e promover os interesses colectivos dos consumidores
  • 22.
  • 23. Consumerismo Consumo racional, controlado, selectivo, baseado em valores sociais e ambientais no respeito pelas gerações futuras. Diferença Consumismo Consumo irracional, impulsivo e perigoso, descriminado, sem olhar a consequências baseado em valores materiais e na ostentação.
  • 24. Os hábitos consumistas são cada vez maiores na nossa sociedade, o consumismo traduz-se muitas vezes por comprar aquilo que não se precisa com o dinheiro que não se tem o que conduz ao chamado endividamento de que tanto ouvimos falar, este fenómeno ocorre muitas vezes devido às facilidades de crédito que as instituições financeiras concedem sem colocar quaisquer entraves, com taxas de juro altíssimas na ordem dos vinte e trinta por cento, as conhecidas TAEG que aparecem em letrinhas pequeninas nos anúncios. Contudo, e postos todos os factores que influenciam ou tentam influenciar o consumidor, não se pode atribuir a culpa de termos uma sociedade consumista à publicidade nem ao marketing que incentivam a tal comportamento, estes hábitos ficam muito mais a dever à formação da sociedade pois eles são mais característicos de umas culturas que de outras que foram orientadas para evitar este tipo de comportamentos nocivos para a sociedade. Concluindo
  • 25. Surge então o papel do consumerismo, isto é, do consumo responsável, com perfeito equilíbrio entre produtores, consumidores e distribuidores, os grupos consumeristas pretendem alertar a população para consumir o necessário não entrando em extravagâncias relativamente às posses de cada um, isto é, sem ultrapassar os limites “aceitáveis” do endividamento, de forma a manterem-se sempre com reservas para precaução de acontecimentos inesperados que possam vir a surgir. Os grupos que agem em defesa do consumidor como o caso da DECO, são exemplos de grupos consumeristas, que também defendem os direitos e deveres dos consumidores, contudo existem grupos consumeristas de diversa índole, por exemplo, consumo sustentável ou aqueles que se preocupam com a origem dos produtos e as condições de produção dos itens.
  • 26. Concluindo, os movimentos consumeristas exercem um papel muito importante na sensibilização para o consumismo, que em todo o mundo, se tem vido a assistir cada vez mais, contudo o seu papel não se limita a tal facto, estes movimentos procuram também dar a conhecer à população algumas informações sobre os produtos que escolhem que não é revelada claramente pelos produtores, além disso, procura a preservação ambiental, procurando mobilizar o consumidor para produtos ecológicos e para marcas socialmente responsáveis de forma a obter além de um consumo responsável também obter um consumo sustentável, isto é, sem por em perigo os recursos e o ambiente de que virão a usufruir as gerações vindouras, por forma a garantir que as mesmas tenham pelo menos as mesmas condições de vida que as que se obtêm na actualidade.
  • 27. FIM