O documento discute a importância do respeito às diferenças e da diminuição dos preconceitos na sociedade. Argumenta que cada pessoa possui sua própria personalidade e crenças e que devemos respeitar opiniões diferentes das nossas. Defende um mundo onde todos possam viver de acordo com seus princípios sem medo de discriminação.
2. A sociedade e as Diferenças
Uma das coisas que mais incomodam o ser humano, hoje e sempre, é a
presença de alguém que seja diferente.Diferente no agir, no pensar, no se
comportar, no desejar, no ostentar. O ser diferente por opção, desejo ou
orientação diversa daquela da maioria permanece como motivo de segregação,
às vezes humilhação, e muitas vezes violência.
Apesar das diferenças estarem por toda a parte, há uma deficiência muito
grande nos ser humano em relação ao respeito ao próximo. É preciso entender
que cada um de nós possui suas próprias crenças, seus próprios valores e,
principalmente, sua própria personalidade. Se entendermos isso e respeitarmos
opiniões diferentes das nossas, não seremos mais um soldado nessa guerra de
certo x errado em que estamos infiltrados.
Convido a todos os leitores a fazerem o exercício do respeito. Se julgam alguma
coisa errada, então façam na sua vida da maneira que achar certo, mas lembre-
se de que a sua verdade não é absoluta, e o que é certo para você não é
necessariamente certo para todos os outros seres humanos.
3. Por um mundo com mais RESPEITO
Ouvimos dizer que os preconceitos e as discriminações estão diminuindo, que a sociedade está
ficando mais acostumada e menos assustadas com as diferenças. Mas ainda estamos longe de um
mundo ideal onde cada um pode viver a sua vida de acordo com os seus princípios, sem ter que se
esconder.
Sabemos que há um código social invisível que nos diz como deve ser nossa conduta: devemos ser
crianças comportadas e que obedecem aos pais, pré-adolescentes que estudam, adolescentes que
decidem sua profissão e escolhem uma universidade, adultos que vão à Igreja, trabalham, se
casam com uma pessoa do sexo oposto e tem filhos, que devem ser crianças comportadas que
obedecem aos pais e assim sucessivamente.
Portanto, se alguém se distancia dessa conduta tida como "normal", então essa pessoa é
"diferente". Como assim ela é diferente? Quer dizer então que todas as pessoas "normais" são
iguais? Cada um de nós possui uma personalidade própria, e seguir a conduta normal não faz de
nós uma pessoa igual a todas as outras que seguem a mesma conduta. O que quero dizer é que,
mesmo dentro de um grupo de pessoas "normais" existem muitas diferenças. Por que então que o
preconceito e a discriminação só se fazem presentes quando as diferenças de personalidade são
grandes o suficiente para desviar um indivíduo da conduta "normal"? Para mim isso não faz o
menor sentido.
4. Por um mundo com mais RESPEITO
Podemos respeitar um homem que é casado com uma mulher, tem filhos,
trabalha e vai à Igreja, mas que não gosta de pizza, mesmo sabendo que ele
é diferente da maioria, já que quase todo mundo gosta de pizza. Já um
homem que gosta de pizza, e de tudo mais que a maioria das pessoas gosta
não merece respeito apenas porque, ao invés de ser casado com uma
mulher, vive com outro homem. Ambos se diferenciam da maioria por um
único detalhe: gosto pessoal. Por que não podemos respeitar que cada um
pode gostar de coisas diferentes, e que todos têm o direito de buscar sua
felicidade vivendo da maneira que julgam melhor para si?
Vamos pensar nisso e tentar colocar o respeito às diferenças em prática, o
difundindo com o mesmo afinco que os crentes difundem sua religião, afinal
de contas respeitar o próximo é um estilo de vida que traz apenas benefícios
a todos.