1) Nikolai Vavilov, um proeminente botânico soviético, dedicou sua vida a combater a fome através da coleta e preservação de sementes. 2) No entanto, durante o regime stalinista, ele foi preso sob falsas acusações de sabotagem e morreu de fome na prisão. 3) Isso ocorreu em parte devido à rivalidade com Trofim Lysenko, cujas ideias pseudocientíficas sobre genética foram adotadas por Stalin em detrimento da pesquisa de Vavilov.

1. A trágica história de Nikolai Vavilov, o botânico
soviético que queria alimentar o mundo e morreu de
fome.
Dalia Ventura
BBC World
Nikolai Vavilov foi perdoado em 1955, mas ele nunca soube disso.
Quinze anos antes, enquanto colecionava sementes nos campos
ucranianos, a polícia secreta soviética levou
Vavilov, um dos biólogos mais admiradas do mundo e destacou um
pioneiro no campo do melhoramento de plantas e genética, desapareceu
sem deixar rasto.
Ninguém sabia que ele havia sido preso sob a acusação de
sabotagem e destruiçã
em um julgamento secreto em 1941, uma sentença que foi comutada
por 20 anos em um gulag.
Documentos publicados depois mostraram que, antes do julgamento
fraudulento, a polícia, em busca de uma confissão, apr
horas de interrogatórios brutais durante 400 sessões, segundo o
especialista em taxonomia da fábrica, Geoffrey Hall.
A trágica história de Nikolai Vavilov, o botânico
oviético que queria alimentar o mundo e morreu de
Nikolai Vavilov foi perdoado em 1955, mas ele nunca soube disso.
Quinze anos antes, enquanto colecionava sementes nos campos
ucranianos, a polícia secreta soviética levou-o embora sem explicações.
Vavilov, um dos biólogos mais admiradas do mundo e destacou um
pioneiro no campo do melhoramento de plantas e genética, desapareceu
Ninguém sabia que ele havia sido preso sob a acusação de
uição , nem que ele havia sido condenado à morte
em um julgamento secreto em 1941, uma sentença que foi comutada
por 20 anos em um gulag.
Documentos publicados depois mostraram que, antes do julgamento
fraudulento, a polícia, em busca de uma confissão, apresentou 1.700
horas de interrogatórios brutais durante 400 sessões, segundo o
especialista em taxonomia da fábrica, Geoffrey Hall.
A trágica história de Nikolai Vavilov, o botânico
oviético que queria alimentar o mundo e morreu de
Nikolai Vavilov foi perdoado em 1955, mas ele nunca soube disso.
Quinze anos antes, enquanto colecionava sementes nos campos
ra sem explicações.
Vavilov, um dos biólogos mais admiradas do mundo e destacou um
pioneiro no campo do melhoramento de plantas e genética, desapareceu
espionagem,
, nem que ele havia sido condenado à morte
em um julgamento secreto em 1941, uma sentença que foi comutada
Documentos publicados depois mostraram que, antes do julgamento
esentou 1.700
horas de interrogatórios brutais durante 400 sessões, segundo o

2. Nem sua mulher nem seu filho nem seus colegas aprenderam que,
enquanto a URSS estava lutando contra os nazistas, as condições
gulag deteriorou a tal ponto que, depois de tentar sobreviver por
repolho congelado e farinha de mofo
janeiro de 1943.
Mas finalmente tudo foi conhecido.
E aqueles que aprendem sobre a história de Vavilov não podem
ignorar a amarga ironia de
ao fim da fome no mundo morreram
Mas para muitos pesquisadores, a vida trágica deste soviete é uma lição
de como a política pode perverter o desenvolvimento científico e
interromper o avanço tecnológico.
Não mais com fome
Vavilov nasceu em 1887 em
longa história de fome
catastróficos que mataram
De fato, durante seus 56 anos de vida, ele viveu vários, embora as
causas do último deles não fossem naturais, mas políticas.
Nem sua mulher nem seu filho nem seus colegas aprenderam que,
enquanto a URSS estava lutando contra os nazistas, as condições
gulag deteriorou a tal ponto que, depois de tentar sobreviver por
repolho congelado e farinha de mofo , Vavilov morreu de fome 26 de
Mas finalmente tudo foi conhecido.
aqueles que aprendem sobre a história de Vavilov não podem
ironia de que o homem que dedicou toda a sua vida
ao fim da fome no mundo morreram de fome.
Mas para muitos pesquisadores, a vida trágica deste soviete é uma lição
ca pode perverter o desenvolvimento científico e
interromper o avanço tecnológico.
Vavilov nasceu em 1887 em Moscou. Até então, a Rússia já
longa história de fome causada por secas ou eventos climáticos
catastróficos que mataram milhões de pessoas.
De fato, durante seus 56 anos de vida, ele viveu vários, embora as
causas do último deles não fossem naturais, mas políticas.
Nem sua mulher nem seu filho nem seus colegas aprenderam que,
enquanto a URSS estava lutando contra os nazistas, as condições no
gulag deteriorou a tal ponto que, depois de tentar sobreviver por comer
, Vavilov morreu de fome 26 de
aqueles que aprendem sobre a história de Vavilov não podem
que o homem que dedicou toda a sua vida
Mas para muitos pesquisadores, a vida trágica deste soviete é uma lição
ca pode perverter o desenvolvimento científico e
já tinha uma
causada por secas ou eventos climáticos
De fato, durante seus 56 anos de vida, ele viveu vários, embora as
causas do último deles não fossem naturais, mas políticas.

3. Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES Legenda da imagem
"Ele morreu de fome, pintado da natureza", é o nome desta obra russa
de 1919.
Na Rússia Imperial de sua juventude, sob o regime autocrático dos
czares, as perdas na colheita eram frequentes.
Os Romanovs: o trágico destino da dinastia que fez da Rússia um dos
maiores impérios da história e cujos grandes czares admiram Putin
Ver o sofrimento causado pela falta de comida convenceu-o de que era
imperativo fazer algo para que isso nunca acontecesse em nenhum
outro lugar do mundo.
Assim, quando estudou, interessou-se especialmente pelas então
emergentes disciplinas científicas de botânica e genética.
O grande plano
A ideia do soviete era cultivar plantas que resistissem a condições
adversas.

4. Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES Legenda da imagem
"A colheita" (1925), do artista Vasily Rozhdestvensky, encontrada na
coleção do Museu de Arte do Estado, Samara.
Para isso, ele planejou expedições científicas para coletar
sementes de variedades de culturas e seus ancestrais selvagens.
Começou em "áreas onde a agricultura tem sido praticada há muito
tempo e em que surgiram civilizações indígenas", explica o etnólogo
Gary Paul Nabhan, autor de "De onde vem nossa comida: nos passos da
missão de Nikolai Vavilov para acabar com a fome. "
Por quê?
Porque Vavilov foi um dos primeiros cientistas a reconhecer a
importância da diversidade genética .
Então tivemos que voltar aos lugares onde a humanidade havia
começado a domesticar as plantas para resgatá-las.

5. Legenda da imagem Vavílov
Concebeu o conceito de "centros de origem", áreas geográficas onde um
grupo de organismos desenvolveu suas propriedades distintivas pela
primeira vez. Estes foram os que ele identificou: 1) México,
Guatemala; 2) Peru, Equador, Bolívia; 2a) ao sul do Chile; 2b) Paraguai,
sul do Brasil; 3) Mediterrâneo; 4) Oriente Médio; 5) Etiópia; 6) Ásia
Central; 7) Indo-Birmânia; 7a) Siam, Malásia, Java; 8) China, Coreia.
Durante milénios, os agricultores selecionaram as espécies que
proporcionaram alto rendimento e bom sabor.
No processo, genes que conferiam propriedades úteis, como resistência
a doenças e mudanças repentinas no clima, foram perdidos.
O resultado: alimentos de melhor qualidade, mas culturas menos
resistentes , um traço que conquistou muitas vidas ao longo da
história.
Então, a única maneira de devolver os genes perdidos às plantas era
encontrar seus ancestrais selvagens e aproveitar sua herança genética.
Pioneiro

6. Numa época em que as palavras "genes" e "genética" acabavam de ser
lançadas, Vavílov traçou seu plano com base nas leis de Mendel.
Isso colocou-o na vanguarda da corrente principal do pensamento
científico da época. E isso não passou despercebido.
Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES Legenda da imagem
As leis derivadas do trabalho de Gregor Mendel, conhecido como "o pai
da genética", foi um grande marco na evolução da biologia.
Nos primeiros anos após a Revolução de 1917, Vladimir Lenin
compreendeu o poder econômico do sonho de Vavilov e o apoiou em
suas expedições, pensando que isso tornaria a URSS líder na produção
mundial de alimentos.
A história desconhecida dos camponeses chilenos que foram enviados
para a URSS e tiveram que ficar por causa do golpe de Estado
O cientista lançou um programa de exploração de plantas em todos os
continentes.
No total, organizou (e freqüentemente dirigiu) 115 expedições para 64
países, incluindo Afeganistão, Irã, Taiwan, Coréia, Espanha, Argentina,
Bolívia, Peru, Brasil, México e EUA.
Tornou-se diretor do Escritório de Botânica Aplicada e presidente da
Academia Lenin de Ciências Agrárias da União Soviética, que
disponibilizou um grande número de estações experimentais.

7. Sob o seu comando, ele tinha cerca de 25.000 pessoas espalhadas por
toda a URSS.
Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES legenda da imagem
A transferência de poder das mãos de Lenin a Stalin favoreceu
nenhuma Vavilov ou aqueles que, como ele, acreditava em genética.
Em um antigo palácio czarista em Leningrado (atual São Petersburgo),
ele estabeleceu um dos primeiros bancos de sementes do mundo e o
maior de seu tempo.
Por que a "sala mais importante do mundo" está em perigo?
Mas depois da morte de Lênin em 1924, o sonho começou a
se transformar em um pesadelo .
Herança burguesa
Vavilov veio de uma família de comerciantes, falou 15 idiomas e foi
imensamente popular e bem sucedido.
Ele tinha suprema confiança em seu conhecimento e era um defensor
teimoso e talentoso de seus princípios.
Em adição, v aloraba integrando idéias científicas de todo o mundo ,
ele manteve contato com os seus homólogos em muitos lugares e

8. incorporou o trabalho de cientistas russos para trabalhar, incluindo
austríaco Gregor Mendel e Charles Darwin britânico.
Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES Legenda da imagem
Vavilov costumava viajar para conferências internacionais. Aqui, no
centro, ele está com o proeminente físico russo Abram Ioffe e o
economista e filósofo russo Nikolai Bukharin no Congresso da História
da Ciência, em 1931, em Londres.
Mas na URSS liderada pelos stalinistas, cientistas afiliados a pessoas
de fora do país eram vistos como possíveis conspiradores contra o
governo.
Além disso, o sucessor de Lenin, Joseph Stalin, não tinha paciência
para estratégias de longo prazo, como o plano global de segurança
alimentar que Vavilov tinha em mente.

9. Por outro lado, Stalin e seus companheiros acharam muito burguês que
as plantas poderiam herdar e transferir genes.
Mas ir contra uma personalidade da estatura de Vavilov não foi fácil ...
até que uma fome e uma alternativa científica foram combinadas.
O arqui-inimigo
Anos antes, Vavilov convidou um jovem camponês ucraniano "que
sempre esteve coberto de lama" para trabalhar com ele como um jovem
assistente de campo.
Seu nome era Trofim Lysenko .
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Trofim Lysenko, o herói que se tornou um vilão.
Tão impressionado foi Vavilov pela diligência e entusiasmo de Lysenko
que ele o nomeou para a Academia de Ciências da Ucrânia em 1934.
O que Vavilov não sabia era que Lysenko tinha um profundo
ressentimento e estava apenas esperando pela oportunidade de
prejudicá-lo.
A fome

10. A última fome que testemunhou Vavilov é em grande parte devido à
colectivización fazendas particulares por Stalin que se tornou um
sistema de linha de produção e rendimentos significativamente
reduzidos.
Stalin precisava de um bode expiatório para a fome e o fracasso de
sua coletivização de fazendas e Vavilov era o candidato ideal.
Deu-lhe 3 anos para produzir variedades resistentes a tudo, embora
Vavilov tivesse especificado que cientificamente não poderia ser
alcançado antes de 10 ou 12 anos.
Em paralelo, Lysenko lançou seu ataque com o poderoso apoio do
corpo governante da URSS.
Duelo teórico
A ideologia de Lysenko é agora considerada como pseudociência .
Baseou-se predominantemente na rejeição da genética mendeliana e em
tudo o que sustentava a ciência de Vavilov.
Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES Legenda da imagem O
geneticista soviético e agrônomo Trofim Lysenko mede o crescimento do
trigo em um campo agrícola coletivo perto de Odessa, na Ucrânia.

11. Lysenko e seus colegas de Lamarck (seguidores do biólogo
desmistificada Jean-Baptista de Lamarck) eram conhecidos como "os
biólogos progressistas" e argumentou que características herdadas pode
ser alterado apenas alterando as condições externas em que viveram
uma planta ou animal.
Eles afirmaram, por exemplo, que o milho iria crescer rapidamente
no gélido extremo norte do país .
Nada disso foi apoiado por evidências científicas.
As discussões entre apoiantes da genética e lamarckista foram
realizadas tanto na imprensa e em reuniões especiais em que Vavilov
foi o orador principal e tentaram apresentar argumentos científicos
contra afirmações infundadas Lysenko.
Mas tudo foi em vão.
Em poucos anos, Vavílov (que Lysenko descreveu como "reacionário,
burguês, idealista e formalista") foi isolado política e
academicamente .
Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES A legenda da imagem
Vavílov (3 da esquerda para a direita) foi capaz de representar a URSS
em nomeações como essa na sede das Nações Unidas em Nova York.
Ele não podia mais dirigir delegações soviéticas para fóruns
internacionais sobre genética de plantas, enquanto suas expedições

12. eram consideravelmente reduzidas e restritas a lugares no "exterior
próximo", como a Crimeia e a Ucrânia.
Sua integridade profissional foi afetada por uma avalanche de ataques
politizados e seus privilégios acadêmicos foram eliminados.
Finalmente, um dia em 1940, um carro da polícia secreta chegou e
levou-o embora.
Protegendo o tesouro com suas vidas
Enquanto Vavilov estava desaparecido, sua coleção de sementes estava
em perigo.
Adolf Hitler pediu a suas forças que sitiassem Leningrado e deixassem a
população morrer de fome e frio.
Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES Legenda da imagem
Duas mulheres coletam os restos de um cavalo morto para comer
durante o cerco de Leningrado pelos alemães na Segunda Guerra
Mundial.
O site durou quase 900 dias: de setembro de 1941 a janeiro de 1944.
Confrontado com a ameaça que a recolha de cerca de 370.000
sementes, frutas e raízes mantidos em um cofre secreto cair as mãos
dos nazistas, a população faminta ou ratos , a equipe Vavilov formou
uma milícia.

13. Cerca de 700.000 pessoas morreram de fome durante o cerco de três
anos, incluindo um número de colegas Vavilov que se barricados com
a coleção escondido e gerenciados para proteger ela , mesmo a custa de
suas próprias vidas, eles poderiam ter salvo comer o que parte do que
eles eram guardando.
"Salvar essas sementes para as gerações futuras e ajudar o mundo a se
recuperar depois da guerra era mais importante do que o conforto de
uma pessoa", disse um deles, segundo Nabhan.
Ressurreição
Em 1948, a Academia Lenin anunciou que o lysenkoismo deveria ser
ensinado como a única teoria correta e que foi até meados da década de
1960.
E enquanto muito do seu trabalho foi perdido, o legado de Vavilov
está mais presente hoje do que nunca .
Direitos autorais da imagem do GETTY IMAGES Legenda da imagem O
Jardim Botânico e o Instituto de Pesquisa Panruso têm o nome de
Vavílov e seu retrato permanece pendurado ali.
Seu banco de sementes em São Petersburgo hoje é chamado de "Jardim
Botânico e Instituto de Pesquisa Panruso NI Vavílov" e, apesar de sofrer
de privação, 12 de suas estações de pesquisa dispersas via satélite
ainda estão operando em diferentes regiões climáticas da Rússia.

14. Além disso, sua classificação dos " centros de origem " (regiões onde o
processo de domesticação de uma espécie começou e onde há parentes
silvestres que originaram esta cultura) é considerada uma das mais
completas e, com algumas modificações, ainda é válida.
Segundo Nahab, seu legado é ainda maior.
"Todas as nossas noções sobre diversidade biológica e a necessidade de
diversidade de alimentos em nossos pratos para nos manter
saudáveis brotaram de seu trabalho ."