Comparativo da remuneração média nas indústrias de transformação e construção em estados selecionados. Variação real e em dólar da remuneração nos diferentes segmentos das indústrias de transformação e construção na Bahia. Comparação da evolução da remuneração dos diferentes segmentos industriais em estados selecionados.
2. Agenda
3.Bases para o estudo
4.Considerações iniciais
5.Indústria de Transformação baiana: evolução do custo da
remuneração do trabalho e comparativo de segmentos entre estados
selecionados
6.Indústria da Construção baiana: evolução do custo da remuneração
do trabalho e comparativo entre estados selecionados
7.Ensaio sobre a evolução da produtividade do trabalho na indústria
3. Bases para o estudo
O estudo apresenta um comparativo da remuneração média nos segmentos
da Indústria de Transformação e de Construção do Brasil em estados
selecionados.
A fonte de dados escolhida foi a Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, tendo o ano de 2010 como
referência. A análise se restringiu ao período 2006-2010 em função da
inexistência de estatísticas estaduais desagregadas por segmentos
industriais, classificados no CNAE 2.0, anteriores a 2006.
Os estados selecionados foram responsáveis por mais de 85% do Valor da
Transformação Industrial (VTI) e do Pessoal Ocupado Total (POT) da
Indústria de Transformação brasileira em 2009 (PIA/IBGE, jul/2011).
4. Bases para o estudo
A RAIS considera o número total de empregados da empresa, e não apenas
a mão de obra destinada à produção. No Brasil não há uma base ampla de
emprego que segregue a mão de obra destinada à produção da mão de obra
total das empresas.
Embora a inclusão das áreas administrativas (apoio à produção) gere uma
distorção nas remunerações médias dos segmentos industriais,
especialmente os capital intensivos, dado o menor número de funcionários
alocados na produção, a produtividade do trabalho resultante pode ser
tomada como um bom indicativo da eficiência operacional das empresas
industriais.
5. Considerações iniciais
Em um ambiente adverso à sua atividade, a indústria nacional deve estar
particularmente atenta à produtividade, pois envolve fatores que afetam
diretamente a sua competitividade e sob os quais a empresa exerce controle
direto (produção, capital e mão de obra empregados).
Embora a infraestrutura logística e energética, a carga tributária, a taxa de
juros e o câmbio afetem significativamente a competitividade, são fatores
sob os quais exerce pouco ou nenhum controle, dependentes da política
fiscal e econômica escolhida pelos governos.
6. Considerações iniciais
A recente elevação do consumo no mercado doméstico em um ambiente de
baixa competitividade trabalha contra a indústria brasileira, e não a favor
dela, pois alavanca o consumo de bens importados e acelera o processo de
desindustrialização.
Nota-se um crescente descasamento entre a produção física e o emprego
da indústria nacional no período analisado. Este descasamento é ainda mais
notório em grande parte dos setores da indústria baiana. Aumentos reais na
remuneração do trabalhador devem estar atrelados ao crescimento da
produtividade do trabalho, sob o risco de perda de competitividade da
indústria.
7. Indústria de Transformação
Média Salarial - Indústria de Transformação 2010
a l a e o 0
(R$ correntes)
$ )
Média Brasil
a l
Ceará
á
Pernambuco
o
Santa Catarina
a a
Paraná
á
Minas Gerais
s s
Rio Grande do Sul
o e o l
Bahia
a
São Paulo
o o
Rio de Janeiro
o e o
- 500
0 1.000
0 1.500
0 2.000
0 2.500
0
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
Em 2010, a Indústria de Transformação da Bahia ocupou a 3ª colocação no ranking dos
Estados com maior valor médio de remuneração, ficando atrás apenas de Rio de Janeiro e
São Paulo. Tal posição se deve, principalmente, à característica dominante da matriz
industrial baiana, bastante concentrada em segmentos intensivos em capital, que pagam
salários mais altos.
8. Indústria de Transformação
Remuneração dos Segmentos da Indústria de Transformação 2010 : Bahia x Brasil
o s s a a e o 0 a l
(R$ correntes)
$ )
Indústria de Transformação
a e o
Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos
, o o e s s
Produtos Diversos
s s
Móveis
s
Outros Equipamentos de Transporte
s s e e
Veículos Automotores
s s
Máquinas e Equipamentos
s s
Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos
, s s s
Informá ca, Eletrônicos e Óp cos
, s s
Produtos de Metal
s e l
Metalurgia
a
Minerais não-metálicos
s s
Borracha e de Material Plás co
a e l o
Farmoquímico e Farmacêu co
o o
Químico
o
Refino e Biocombus veis
o s
Impressão e Reprodução
o o
Celulose e Papel
e l
Produtos de Madeira
s e a
Couro e Calçados
o s
Vestuário
o
Têx l
Produtos do Fumo
s o o
Bebidas
s
Alimentos
s
0%
% 10%
% 20%
% 30%
% 40%
% 50%
% 60%
% 70%
% 80%
% 90%
% 100%
%
Bahia
a Média Brasil
a l
9. Indústria de Transformação
Variação Real da Remuneração na Indústria de
o l a o a a e
Transformação 2006 - 2010 (%)
o 6 0 )
Média Brasil
a l
Rio Grande do Sul
o e o l
Santa Catarina
a a
Paraná
á
São Paulo
o o
Rio de Janeiro
o e o
Minas Gerais
s s
Bahia
a
Pernambuco
o
Ceará
á
0,0
0 5,0
0 10,0
0 15,0
0 20,0
0 25,0
0 30,0
0
Fonte: MTE (RAIS); elaboração FIEB-SDI. Deflator utilizado: IPCA.
A variação real da remuneração na Indústria de Transformação baiana foi de 14,8% no
período analisado, 3ª maior do Brasil, atrás apenas dos estados do Rio de Janeiro (29,7%) e
de Pernambuco (15,1%), situando-se acima da média nacional (11,1%).
10. Indústria de Transformação
Reajuste Salarial Real dos Segmentos da Indústria de
e l l s s a a e
Transformação 2006 - 2010: Bahia x Brasil (%)
o 6 : a l )
Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos
, o o e s s
Produtos Diversos
s s
Móveis
s
Outros Equipamentos de Transporte
s s e e
Veículos Automotores
s s
Máquinas e Equipamentos
s s
Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos
, s s s
Informá ca, Eletrônicos e Óp cos
, s s
Produtos de Metal
s e l
Metalurgia
a
Minerais não-metálicos
s s
Borracha e de Material Plás co
a e l o
Farmoquímico e Farmacêu co
o o
Químico
o
Refino e Biocombus veis
o s
Impressão e Reprodução
o o
Celulose e Papel
e l
Produtos de Madeira
s e a
Couro e Calçados
o s
Vestuário
o
Têx l
Produtos do Fumo
s o o
Bebidas
s
Alimentos
s
-10,0
0 10,0
0 30,0
0 50,0
0 70,0
0 90,0
0
Média Brasil
a l Bahia
a
Fonte: MTE (RAIS). Elaboração FIEB-SDI
11. Indústria de Transformação
Aumento real: segmentos selecionados por VTI
Aumento real próximo a 20%
3a. no ranking nacional
Químico
o
60
0
Pernambuco
o
50
0
Ceará
á
40
0
Santa Catarina
a
Minas Gerais
s
Média Brasil
l
30
0
Rio Grande do Sul
e o l
a
Rio de Janeiro
o
s
São Paulo
o
a
Paraná
á
Aumento real superior a 50% 20
0
Bahia
a
o
o e
4a. no ranking nacional
o
10
0
0
12. %
0
5
10
0
15
5
20
0
25
5
30
0
35
5
40
0
Ceará
á
Pernambuco
o
Bahia
a
Minas Gerais
s s
Rio de Janeiro
o e o
Metalurgia
a
São Paulo
o o
Paraná
á
5a. no ranking nacional
Santa Catarina
a a
Aumento real próximo a 20%
Rio Grande do Sul
o e o l
Média Brasil
a l
%
0
5
10
0
15
5
20
0
25
5
30
0
35
5
40
0
Ceará
á
Pernambuco
o
Bahia
a
Indústria de Transformação
Minas Gerais
s s
s
Aumento real: segmentos selecionados por VTI
Rio de Janeiro
o e o
São Paulo
o o
Paraná
á
Veículos Automotores
s
Santa Catarina
a a
1a. no ranking nacional
Aumento real próximo a 40%
Rio Grande do Sul
o e o l
Média Brasil
a l
13. 0
5
10
0
15
5
20
0
25
5
30
0
Ceará
á
Pernambuco
o
Bahia
a
Minas Gerais
s s
Rio de Janeiro
o e o
e
São Paulo
o o
Celulose e Papel
l
Paraná
á
8a. no ranking nacional
Santa Catarina
a a
Aumento real próximo a 10%
Rio Grande do Sul
o e o l
Média Brasil
a l
%
0
5
10
0
15
5
20
0
25
5
30
0
Ceará
á
Pernambuco
o
Bahia
a
Minas Gerais
s s
Indústria de Transformação
Aumento real: segmentos selecionados por VTI
Rio de Janeiro
o e o
Alimentos
s
São Paulo
o o
Paraná
á
3a. no ranking nacional
Santa Catarina
a a
Aumento real superior a 25%
Rio Grande do Sul
o e o l
Média Brasil
a l
14. Indústria de Transformação
Variação da Remuneração em Dólares da
o a o m s a
Indústria de Transformação 2006 - 2010 (%)
a e o 6 0 )
Média Brasil
a l
Rio Grande do Sul
o e o l
Santa Catarina
a a
Paraná
á
São Paulo
o o
Rio de Janeiro
o e o
Minas Gerais
s s
Bahia
a
Pernambuco
o
Ceará
á
0,0
0 20,0
0 40,0
0 60,0
0 80,0
0 100,0
0 120,0
0
Fonte: MTE (RAIS). Elaboração FIEB-SDI
A remuneração média em dólares dos trabalhadores da Indústria de Transformação
brasileira subiu 75%, afetando fortemente a competitividade dos segmentos intensivos em
mão de obra e os mais orientados à exportação. O Rio de Janeiro apresentou a maior
elevação (104,4%), seguido de Pernambuco (81,4%) e Bahia (80,9%).
15. Indústria de Transformação
Reajuste Salarial em Dólar dos Segmentos da Indústria de
e l m r s s a a e
Transformação 2006 - 2010: Bahia x Brasil (%)
o 6 : a l )
Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e
, o o e s
Produtos Diversos
s s
Móveis
s
Outros Equipamentos de Transporte
s s e e
Veículos Automotores
s s
Máquinas e Equipamentos
s s
Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos
, s s s
Informá ca, Eletrônicos e Óp cos
, s s
Produtos de Metal
s e l
Metalurgia
a
Minerais não-metálicos
s s
Borracha e de Material Plás co
a e l o
Farmoquímico e Farmacêu co
o o
Químico
o
Refino e Biocombus veis
o s
Impressão e Reprodução
o o
Celulose e Papel
e l
Produtos de Madeira
s e a
Couro e Calçados
o s
Vestuário
o
Têx l
Produtos do Fumo
s o o
Bebidas
s
Alimentos
s
0 50
0 100
0 150
0 200
0 250
0
Média Brasil
a l Bahia
a
Fonte: MTE (RAIS). Elaboração FIEB-SDI
16. Indústria de Transformação
Aumento em dólar: segmentos selecionados
Veículos Automotores
s s
140
0
120
0 Aumento superior a 100%
2a. no ranking nacional
Bahia
a
100
0
Ceará
á
80
0 Paraná
á
Rio Grande do Sul
e o l
Minas Gerais
s
São Paulo
o
%
Média Brasil
l
Santa Catarina
a
Pernambuco
o
60
0
Rio de Janeiro
o
o
a
s
a
40
0
o e
o
Borracha e Material Plás co
a l o
20
0
120
0
0
Paraná
á
100
0
Bahia
a
Minas Gerais
s
Rio Grande do Sul
e o l
Pernambuco
o
80
0
Média Brasil
l
Rio de Janeiro
o
São Paulo
o
s
Ceará
á
Santa Catarina
a
a
o
o e
%
60
0
o
a
Aumento próximo a 120% 40
0
1a. no ranking nacional
20
0
0
17. %
0
20
0
40
0
60
0
80
0
100
0
120
0
Ceará
á
Pernambuco
o
Bahia
a
Minas Gerais
s s
s
Rio de Janeiro
o e o
São Paulo
o o
Couros e Calçados
s
Paraná
á
3a. no ranking nacional
Aumento próximo a 110%
Santa Catarina
a a
Rio Grande do Sul
o e o l
Média Brasil
a l
%
0
20
0
40
0
60
0
80
0
100
0
120
0
140
0
Ceará
á
Pernambuco
o
Bahia
a
Minas Gerais
s s
Indústria de Transformação
Aumento em dólar: segmentos selecionados
Rio de Janeiro
o e o
Vestuário
o
São Paulo
o o
Paraná
á
4a. no ranking nacional
Santa Catarina
a a
Aumento próximo a 100%
Rio Grande do Sul
o e o l
Média Brasil
a l
18. Indústria da Construção
Média Salarial - Indústria da Construção 2010
a l a a o 0
(R$ correntes)
$ )
Média Brasil
a l
Ceará
á
Santa Catarina
a a
Rio Grande do
o e o
Sul
l
Minas Gerais
s s
Paraná
á
Bahia
a
Pernambuco
o
São Paulo
o o
Rio de Janeiro
o e o
- 200
0 400
0 600
0 800
0 1.000
0 1.200
0 1.400
0 1.600
0 1.800
0
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI. Deflator utilizado: IPCA.
A Indústria da Construção da Bahia ocupa a 4ª colocação no ranking dos Estados com maior
valor médio de remuneração. O valor médio da remuneração ficou abaixo do praticado em
Pernambuco, devido à diferença da remuneração na atividade de Construção de Edifícios.
19. Indústria da Construção
Posição das A vidades de Construção na Bahia em Relação à Média da
o s s e o a a m o a a
Remuneração no Brasil (%)
o o l )
102,1
1
98,5
5
90,2
2 89,9
9
Construção de Edi cios
o e s Obras de Infraestrutura
s e a Serviços Especializados para Construção
s s a o Total Construção
l o
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
As atividades da Indústria da Construção da Bahia remuneram os trabalhadores abaixo da
média brasileira, à exceção da Construção de Edifícios (102,1%). A atividade da Indústria da
Construção com maior remuneração é a de obras de Infraestrutura, tanto na Bahia, quanto
no Brasil.
20. Indústria da Construção
Variação Real da Remuneração na Indústria de Construção
o l a o a a e o
2006 - 2010 (%)
6 0 )
Média Brasil
a l
Rio Grande do Sul
o e o l
Santa Catarina
a a
Paraná
á
São Paulo
o o
Rio de Janeiro
o e o
Minas Gerais
s s
Bahia
a
Pernambuco
o
Ceará
á
0 10
0 20
0 30
0 40
0 50
0 60
0
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
A atividade Obras de Infraestrutura (32,4%) foi a que concedeu o maior reajuste real de
remuneração salarial no Brasil no período analisado, seguida de Construção de Edifícios
(16,8%) e Serviços Especializados para Construção (10%)
21. Indústria da Construção
Reajuste Salarial Real dos Segmentos da Indústria de Construção
e l l s s a a e o
2006 - 2010: Bahia x Brasil (%)
6 : a l )
Total Construção
l o
Serviços Especializados para Construção
s s a o
Obras de Infraestrutura
s e a
Construção de Edi cios
o e s
0 10
0 20
0 30
0 40
0 50
0
Média Brasil
a l Bahia
a
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
Na atividade Obras de Infraestrutura, houve reajuste de 41,8%, superior à média brasileira,
enquanto as atividades de Construção de Edifícios e Serviços Especializados para Construção
registraram reajustes reais abaixo da Média Brasil: 6,2% e 2,5%, contra 16,8% e 10%,
respectivamente.
22. Indústria da Construção
Variação real nos segmentos identificados
Construção de Edi cios
o e s Obras de Infraestrutura
s e a
77,7
7
48,4
4
Menor aumento observado
26,3
3 40,0
0 41,8
8 39,1
1
25,5
5
21,1
1 21,5
5 33,3
3 32,4
4
16,3
3 15,8
8 16,8
8 24,0
0 22,8
8
14,3
3 19,1
1 18,7
7
6,2
2
co
o
co
o
ais
s
rá
a
ná
a
rá
a
ná
a
l
sil
l
sil
iro
iro
Su
Su
ai
hi
hi
in
in
ul
ul
a
a
ra
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bu
bu
ra
ra
er
er
ne
ne
Ba
ar
Ba
ar
Pa
Pa
Ce
Ce
do
do
aB
aB
Pa
Pa
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am
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t
Ja
Ja
Ca
Ca
o
o
de
de
as
as
i
i
Sã
Sã
éd
éd
de
de
rn
rn
a
a
in
in
an
an
nt
nt
Pe
Pe
M
M
o
o
M
M
Gr
Gr
Ri
Ri
Sa
Sa
o
o
Ri
Ri
Serviços Especializados para Construção
s s a o 2o maior variação
24,3
3
23,2
2
18,3
3
Menor variação positiva 12,4
4
11,6
6
observada 10,0
0
5,5
5
2,5
5
ul
á
hia
ais
ná
a
co
iro
lo
il
as
rin
ar
oS
au
bu
ra
er
ne
Ba
Ce
Br
a
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Pa
sG
ed
-4,9
9
am
at
Ja
ia
aC
Sã
de
éd
ina
nd
rn
-7,1
1
nt
Pe
M
ra
Rio
M
Sa
G
Rio
23. Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
No período analisado, o aumento da produção industrial foi menor do que a expansão do
número de empregos gerados , tendo essa diferença aumentado significativamente a partir
de 2009, ano em que a economia brasileira foi fortemente impactada pelo agravamento da
crise econômica mundial.
24. Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
Na Bahia, a evolução da produtividade foi ainda mais negativa do que a registrada pela
média da Indústria de Transformação brasileira. A produção local permaneceu praticamente
estagnada (+6,6%), enquanto o número de empregos industriais sofreu expressivo
crescimento (+35,8%).
25. Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
Bahia: Variação da Produção, Emprego e Produtividade da Indústria de
: o a , o e a a e
Transformação 2006-2010 (%)
o 0
Atividades Industriais
s Produção Emprego Produtividade
Alimentos e bebidas
s 23,06 41,51 -13,0
Celulose, papel e produtos de papel
, l s e 31,49 29,76 1,3
Refino de petróleo e álcool
o e o 4,85 101,08 -47,9
Produtos químicos
s -4,95 8,43 -12,3
Borracha e plástico
a 29,42 24,81 3,7
Minerais não metálicos
s o 53,76 59,16 -3,4
Metalurgia básica
a -5,48 23,10 -23,2
Veículos automotores
s -12,75 7,44 -18,8
Indústria de transformação
a e 6,56 35,80 -21,5
Fonte: PIMPF-R e RAIS. Elaboração FIEB.
: R . o
A PIM-PF (produção física) adota para os Estados a base CNAE 1.0 e para o agregado
nacional a CNAE 2.0, enquanto a base RAIS (emprego) adota a CNAE 2.0 tanto para os
Estados quanto para o total Brasil.
Procurou-se realizar uma estimativa da evolução da produtividade dos segmentos industriais
da Bahia, adotando-se a CNAE 1.0 (conforme divulgado pela PIM-PF Regional), através do
reagrupamento de alguns dos segmentos industriais da RAIS.
26. Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
• A queda de 48% na produtividade do setor de Refino de Petróleo e
Álcool pode ser explicada pelo elevado crescimento do emprego
(+101%) no período analisado, concentrado no ano de 2010 (+88%) como
resultado da transferência de unidades administrativas da Petrobras para
o estado.
• A perda de produtividade registrada pelo segmento de Veículos
Automotores (-18,8%) foi resultado da queda na produção (-12,75%), em
função da redução nas exportações de veículos, e do aumento do
emprego (+7,4%), em grande parte relacionado à implantação do Centro
de Desenvolvimento da FORD, que não tem impacto direto na produção.
27. Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
• No segmento Metalurgia Básica, a perda de produtividade (-23,2%)
resultou da queda na produção (-5,5%), acompanhada pelo crescimento
do emprego (+23,1%). Apenas no ano de 2007 houve um aumento de
21,9% no número de trabalhadores do segmento. A incorporação da
Caraíba Metais pela Paranapanema S.A. em novembro de 2009 também
levou à apropriação estatística do quadro administrativo da empresa.
29. Aco m panham ent Conj ural 04/2012
o unt
Dados complementares
!!!!!!!!!!"#$% &*+*%
&'!() *,!&-*. #/*01#!"(23456(7
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9:!6 = $*/&; 7 !
11
30. Dados complementares
Fonte: MDIC/Secex. elaboração FIEB/SDII.
Nota: 2012 dados de janeiro a março
Entre 2006 e 2010, a participação dos Manufaturados nas importações brasileiras cresceu de
76,5% para 82,9%, enquanto a participação dos Semimanufaturados caiu de 4,7% para 3,9%.
Editor's Notes
Atividades da Indústria de Transformação baiana que remuneram acima da média Brasileira: Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (136%), Metalurgia (114%), Químico (160%), Refino e Biocombustíveis (263%) e Celulose e Papel (123,5%).
Destaca-se a magnitudo dos reajustes nos segmentos: Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (+96,5%), Veículos Automotores (+37,2%), Máquinas e Equipamentos (+37%), Refino e Biocombustíveis (+51,4%) e Produtos de Fumo (+56%).
Destacam-se os segmentos: Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (209,6%), Veículos Automotores (116,2%), Máquinas e Equipamentos (115,9%), Refino e Biocombustíveis (138,7%) e Produtos de Fumo (145,8%).
A variação real da remuneração na Indústria da Construção da Bahia foi de 14,5%, superior apenas a dos Estados do Rio Grande do Sul (11,9%) e Rio de Janeiro (13,7%).
A r elação entre a evolução do emprego medido pela RAIS e o desempenho da produção física industrial acompanhado pela Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF) do IBGE possibilita o cálculo de uma proxy da variação da produtividade na Indústria de Transformação do Brasil e da Bahia no período de 2006 a 2010.
Uma possível explicação para o crescente gap entre produção e emprego é o aumento das importações pela indústria baiana de bens semi-acabados e finais com preços mais competitivos. No período analisado, a participação dos semi-acabados nas importações baianas cresceu de 1,3% para 3,8%, enquanto a de manufaturados cresceu quase 1%, ambas com projeções de expressivo crescimento. Dessa forma, as vendas e o emprego crescem, mas não são acompanhados na mesma proporção pela capacidade produtiva e agregação de valor industrial. Outra explicação plausível para uma série de apenas cinco anos é o limite da capacidade produtiva instalada e a diferença temporal entre o período de maturação de investimentos de ampliação da capacidade instalada e a contratação de pessoal. A tendência é que, no curto prazo, o emprego cresça mais rapidamente do que a produção, provocando ampliação do gap acima mencionado.
A grande variância observada nos resultados para a Bahia sinaliza a dificuldade de se obter indicadores de produtividade críveis a nível Federal e Estadual com as bases de dados disponíveis. A série curta (cinco observações) praticamente inviabiliza a utilização de médias móveis para a suavização das variações. Ademais, as diferenças amostrais e taxionômicas entre as pesquisas acentuam as limitações das estimativas de produtividade dos segmentos industriais dos Estados.
Excluindo a transferência das unidades administrativas da Petrobras para a Bahia no ano de 2010, a queda da produtividade do trabalho na indústria de transformação do estado no período analisado seria de 19,86%, pouco diferente da inicialmente apontada, pois o segmento de Refino de Petróleo e Álcool é altamente capital intensivo, com pouca representatividade no emprego da indústria de transformação do estado (2,1%). Na Bahia, os segmentos mais representativos em número de empregos no ano de 2010 foram: Vestuário, Calçados e Couro (27,2%), Alimentos e Bebidas (17,8%), Minerais não-metálicos (8,2%), Borracha e Material Plástico (7,1%) e Químicos (5,9%). Portanto, são esses segmentos que tem maior impacto na produtividade total do trabalho da indústria de transformação baiana.
Os maiores aumentos no coeficiente de penetração de importações foram registrados nos setores Informática, eletrônicos e ópticos (sobretudo equipamentos de comunicação) e Derivados do petróleo e biocombustíveis (especialmente biocombustíveis). Entre os setores que tiveram redução no período destacam-se os Extração de minerais metálicos, Extração de petróleo e gás natural, Fumo e Farmoquímicos e farmacêuticos. O coeficiente de insumos importados da indústria brasileira, que mede a participação de insumos importados no total de insumos utilizados pela indústria nacional, alcançou 21,7% em 2011. Este aumento se deve à indústria de transformação, que teve um crescimento de 2,8 p.p. frente a 2010. O coeficiente alcançou 22,4% no ano, valor recorde da série, iniciada em 1997. Já na indústria extrativa, o coeficiente manteve estabilidade em relação aos dois anos anteriores, em 8,8%.