O documento discute como as visitas a museus podem ser experiências transformadoras para alunos, despertando seu interesse por novas áreas do conhecimento e mudando concepções preconcebidas. Três alunos relataram como a visita ao Museu da Casa Brasileira renovou neles o sonho de estudar história, lhes proporcionou uma perspectiva diferente sobre a própria história e cultura, e os incentivou a voltar e aprender mais sobre a arte e cultura brasileiras.
1. Conforme definição do Instituto Brasileiro de Museus:
"Os museus são casas que guardam e apresentam
sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo
através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são
pontes, portas e janelas que ligam e desligam
mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. Os museus são
conceitos e práticas em metamorfose.“
2. O professor: mediador!
organizador, estimulador, qu
estionador...
A escola: como ponto de partida!
Abrindo portas, para uma
educação além de seus muros.
O Aluno: como protagonista
no processo do ensino e
aprendizagem.
O Museu: Não mais visto como local de guardar
coisas velhas, mas como um local privilegiado
de experimentação e conhecimento ajudando na
construção de identidade.
3. Uma visita com alunos do 2º e 3º ano (EJA) ao MCB –
Museu da Casa Brasileira:
1- O passeio ao museu da Casa Brasileira, foi algo muito importante, pois resgatou em
mim um sonho já esquecido: o sonho de estudar Historia. Voltei de lá com nova
esperança e uma vontade de realizar meu sonho. Contemplei e ouvi muitas coisas
que nunca havia visto ou ouvido, foi uma experiência diferente para mim. Estou
muito feliz! (Tiovarlina Neto, 3ºTB , 43 anos )
2- Eu nunca tinha visitado um museu, foi maravilhoso! Fui com pessoas bacanas, as
guias foram muito gentiz, fui bem recepcionada. Vi coisa do tempo da minha
avo, tendo boas recordações, lembrou-me da minha infância e eu só posso agradecer
minha professora por esta oportunidade que ela me proporcionou. (Roziana
Fernandes, 3ºTB, 36 anos)
4. 3- No passeio ao Museu da Casa Brasileira, aprendi a não julgar o
“livro pela capa”, pois quando falamos em museu, junto com a
palavra vem o tédio. E graças à oportunidade cedida por minha
professora de Artes, Elisabete, pude mudar totalmente o meu
conceito. Lá, vi muitas coisas interessantes, coisas legais... e
mais ainda do que os objetos, tem a história de cada um. Como
foram feitos, quem fez, de onde veio e muito mais. Tivemos a
chance de viajar para todas as partes do Brasil, sem sair do
lugar. Aprendemos um pouco de cada região. Gostei tanto que
no domingo da mesma semana, voltei lá para ouvir moda de
viola e outras atrações. O jardim é muito lindo e desperta o
desejo de conhecer outros lugares, como o MASP, Pinacoteca,
Museu do Ipiranga e por aí vai. Agradeço o passeio, que foi
maravilhoso. (Adão Teixeira de Queiroz, 2º TA, 14/06/2012)
5. Referências Bibliográficas :
BARBOSA, Ana Mae (org.) Inquietações e mudanças no ensino da Arte, São
Paulo, Cortez, 2008;
BOURDIEU, Pierre; DARBEL, Alain. O amor pela arte: os museus de arte
na Europa e seu público, 2003;
SUANO, Marlene. O que é museu. São Paulo: Brasiliense, 1986.
Observamos que realmente uma visita ao museu faz
diferenças, deixando marcas tanto para nós como educadores e como
pessoa, e aos nossos alunos, marcas estas que carregamos por toda
nossa vida. Sentimos isso nos depoimentos. Realmente a mediação
cultural tem o poder de transformação. Assim, o museu
transformando nossos alunos em consumidores de arte críticos. Não
somente para a arte de ontem e de hoje, mas ajudando na construção
de um futuro melhor.
Eis um desafio! Então, vamos repensar nossas práticas pedagógicas?