O documento descreve a história do teatro oriental, desde suas origens religiosas há mais de 4 mil anos até os dias atuais. O teatro se desenvolveu de forma distinta em cada país asiático, com estilos como o nô e kabuki no Japão, a ópera de Pequim na China e o teatro de marionetes na Indonésia. Essas formas teatrais se caracterizam por misturar dança, música, literatura e espetáculo, dando ênfase à expressão corporal mais do que à interpretação psicológica.
2. Contexto Histórico
O teatro oriental, que é originário de cerimônias religiosas,
se desenvolveu desde o ano 2000 a.C.
O teatro chinês evoluiu ao longo de seis séculos de
espetáculos ao ar livre, na porta dos templos, até se converter
em uma forma artística bastante sofisticada no século XIX. O
teatro japonês surgiu sob duas formas, o refinado nô; e um
teatro mais popular, chamado kabuki. Na Ásia, o teatro de
títeres continua sendo uma forma artística popular,
sobretudo na Indonésia, com o wayang golek, em que se
utilizam enormes bonecos, sobre um palco elevado, para
contar histórias.
3. Teatro e arte dramática, gênero literário, em prosa ou em
verso, usualmente em forma de diálogo, concebido para ser
representado. As artes cênicas abrangem tudo que se refere
à escritura da obra teatral: a interpretação, os figurinos e
cenários, a produção. Em geral se entende como drama
uma história que narra os acontecimentos vitais de uma
série de personagens.
Ao longo da história, o teatro desenvolveu sua atividade em
três níveis: como divertimento popular, com organização
mínima; como importante atividade pública; e como arte
para a elite.
4. Em uma representação há, pelo menos, dois elementos
fundamentais: ator/atriz e público, e pode-se usar a
mímica ou a linguagem verbal. Os personagens não são
interpretados necessariamente por seres humanos; os
títeres têm tido grande receptividade de público ao longo
da história, assim como outros recursos cênicos. Uma
representação pode ser valorizada por meio dos figurinos,
da maquiagem, dos cenários, dos acessórios, da
iluminação, da música e de efeitos especiais, que podem
servir para criar a ilusão de lugares, tempos e personagens
diferentes, ou para sublinhar a própria visão da
representação como algo diverso da experiência cotidiana.
5. Características
O teatro oriental tem algumas características em comum
que o distinguem nitidamente do teatro pós-renascentista
ocidental. São obras de arte unificadas — uma realização
da ideia do teatro total — semelhante ao de Wagner, em
que se misturam literatura, dança, música e espetáculo.
A formação dos atores dá ênfase à dança, à expressão e
agilidade corporal e às habilidades vocais mais que à
interpretação psicológica. Os figurinos e maquiagem são
muito importantes e quase uma arte em si. A estilização
estende-se ao movimento e mesmo as ações da vida diária
se transformam em uma dança ou gesto simbólico.
6. Autores
Em termos de público, é um teatro de participação. As
representações costumam ser demoradas e os espectadores
se movimentam, comem, conversam e por vezes só se
mostram atentos aos momentos que são de seu maior
agrado. A solenidade do espectador ocidental lhes é
totalmente estranha.
O teatro oriental, tal como outros aspectos da cultura
oriental, só viria a ser conhecido no Ocidente em fins do
século XIX. Exerceu certa influência sobre as concepções
de interpretação, criação de roteiros e encenação de
alguns simbolistas, como Strindberg, Artaud, Meyerhold,
Reinhardt, e outros.
7. O teatro indiano, em sânscrito, floresceu nos séculos IV e V.
Baseava-se em histórias tiradas da épica hindu, como o Mahabarata
e o Ramayana. O palco apresentava decoração trabalhosa, mas não
se usavam técnicas de representação. Os movimentos de cada parte
do corpo, a recitação e a canção eram rigidamente codificados. As
marionetes e o teatro dançado, sobretudo o kathakali, também
foram grandemente apreciados em vários momentos da história da
Índia.
O teatro chinês começou a se desenvolver em princípios do século
IV. Era muito literário e tinha convenções bastante rígidas. No
entanto, a partir do século XIX, passou a ser dominado pela Ópera
de Pequim. Nela se dá importância primordial à interpretação, ao
canto, à dança e às acrobacias, mais que ao texto literário. Sob o
governo comunista a temática se modificou, mas o estilo e
representação foi mantido.
8. O teatro japonês é talvez o mais complexo do
Oriente. Seus dois gêneros mais conhecidos são o
teatro nô e o kabuki. Nô, o teatro clássico japonês, é
estilizado, uma síntese de dança-música-teatro. Tem
estreita relação com o budismo zen. Outros gêneros
dramáticos são o bugaku, um sofisticado teatro
dançado e um teatro de bonecos ou marionetes
chamado bunraku.
10. Forma teikei de obra de Shimatani Iki A Gueixa - A multidão
vê no palco sobre flores a gueixa encena, kabuki atento, a
linda forma de conhecimento.
Obras