O documento discute a nutrição funcional, definindo-a como uma abordagem dinâmica para prevenir e tratar doenças crônicas através da detecção e correção de desequilíbrios nutricionais. Também descreve a história dos alimentos funcionais, suas áreas de atuação, como atua, exemplos de alimentos funcionais e a legislação regulatória no Brasil.
2. CONCEITO E HISTÓRIA
Conceito
A Nutrição Funcional aplica a ciência dos nutrientes que procura manter ou
restabelecer o equilíbrio e o bem estar do organismo de cada pessoa a partir do
diagnóstico de como anda a relação entre as suas células e os nutrientes, é uma maneira
dinâmica de abordar, prevenir e tratar desordens crônicas complexas através da
detecção e correção dos desequilíbrios que geram as doenças.
História
Os primeiros alimentos com algum tipo de modificação para aumentar seu valor
nutritivo, especialmente com sais minerais, apareceram na década de 1920.
Especialmente após os anos da década de 1970 e 1980, foi com o desenvolvimento de
característica que além da segurança alimentar e aspectos nutricionais, pudesse oferecer
um benefício adicional ao consumidor.
Esta nova preocupação levou ao desenvolvimento dos alimentos funcionais.
inicialmente este processo foi mais intenso no Japão onde, a partir de 1993 foi criada
uma categoria de alimentos designados Foshu (em inglês: FOSHU um Acrónimo de Food
for specific health use), estes alimentos passaram a ter maior destaque.
3. NUTRIÇÃO CLÁSSICA x NUTRIÇÃO FUNCIONAL
Diferente da nutrição clássica, a nutrição funcional defende
a individualidade bioquímica, porque um alimento que pode ser bom
para uma pessoa, pode ser ruim e até causar uma intolerância em
outra. Sendo assim, os princípios básicos da nutrição funcional são:
Individualidade bioquímica;
Tratamento centrado no paciente, e não na doença;
Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes;
Fatores biológicos;
Saúde como vitalidade positiva.
4. ÁREAS DE ATUAÇÃO
Nutrição Clínica Funcional
Nutrição Esportiva Funcional
Fitoterapia Funcional
Gastronomia Funcional
6. COMO ATUA?
A nutrição funcional é utilizada como base para
uma dieta personalizada onde o foco não e a
contagem de calorias e sim a utilização de alimentos
específicos para maior aproveitamento de
nutrientes.
7. ALIMENTOS FUNCIONAIS E O SEU CONSUMO
São alimentos que, produzem efeitos benéficos à saúde, geralmente
sem necessidade de supervisão médica como no caso de um medicamento.
Proporciona um papel benéfico na redução do risco de doenças
crônicas degenerativas.
É necessário que o consumo seja regular para que seus objetivos sejam
alcançados.
É recomendado que o consumidor siga as instruções das rotulagens.
Esses alimentos funcionam a base de uma dieta equilibrada, sem
exageros.
9. LEGISLAÇÃO DOS ALIMENTOS FUNCIONAIS
No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), regulamentou os alimentos funcionais e
novos alimentos por intermédio das seguintes resoluções:
• Resolução n° 16, de 30 de abril de 1999: Regulamento Técnico para
procedimentos de Registro de Alimentos e/ou Novos Ingredientes.
• Resolução n° 17, de 30 de abril de 1999: Regulamento Técnico que
estabelece as diretrizes básicas para Avaliação de Risco e Segurança de
Alimentos.
• Resolução n° 18, de 30 de abril de 1999: Regulamento Técnico que
estabelece diretrizes básicas para Análise e Comprovação de
Propriedades Funcionais e/ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de
Alimentos.
10. RESTRIÇÕES ALIMENTOS FUNCIONAIS
A EFSA tem realizado uma revisão científica que coloca em
dúvida os reais benefícios de alimentos industrializados que
prometem melhorar a saúde. Um relatório aponta que 80% das
afirmações de benefícios não apresentam evidências suficientes
de que cumprem o que prometem. Há dúvidas, por exemplo, em
relação a iogurtes e leites com probióticos. Nos Estados Unidos,
esses alimentos industrializados estão na mira do FDA. Para a
aceitação de alegações de saúde em alimentos industrializados,
a OMS discute uma padronização.