[1] O documento é um informativo mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores de São Paulo (SOBRAMES-SP) que resume as atividades da sociedade no mês de agosto de 2006, incluindo a coletânea literária e as eleições para a nova diretoria. [2] Doze autores já reservaram lugar na coletânea "A Pizza Literária - nona fornada" e as eleições para a nova diretoria da SOBRAMES-SP ocorrerão em 21 de setembro. [3] O sup
1. “
Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
SOBRAMES-SP - Regional do Estado de São Paulo
OBandeirante
15
Ano XIV - n° 165 - Agosto de 2006
Instruir e divertir os povos deve ser o empenho dos escritores;
os mais hábeis são os que instruem divertindo.
Marquês de Maricá - (1883-1924) - em Máximas.
“
Até o momento do fechamento desta
edição, doze autores já haviam
reservado lugar na coletânea “APizza
Literária - nona fornada”, que tem
previsão de lançamento em
novembro. Saiba quem são esses
autores e envie hoje mesmo sua
participação. Visitando o BLOG
http://coletanea2006.blogspot.com
você também poderá acompanhar
todas as informações sobre o
andamento das providências para
edição desta grande obra da
SOBRRAMES-SP. Veja na página 8.
Uma publicação feita por
Médicos
Escritores
Está crescendo a
próxima fornada
No próximo dia 21 de setembro deve
acontecer a Assembléia Geral
Ordinária onde haverá a eleição para
a diretoria da SOBRAMES-SP no
biênio 2007-2008. O médico
urologista Helio Begliomini é
candidato ao cargo de presidente,
encabeçando a única chapa inscrita,
denominada “Amor à SOBRAMES-
SP”. O edital de convocação, a
composição dos integrantes da
chapa inscrita e outras informações
sobre as eleições 2006 podem ser
conferidas na página 8.
Vote: as eleições
estão chegando
Autores que fazem o
Suplemento Literário
Nesta edição o Suplemento Literário
conta com a participação destes
escritores: Perboyre LAcerda de
Sampaio, José Carlos Gonzales,
Helio Begliomini, Geovah Paulo da
Cruz, Milton Maretti, Tatiana
Belinky, Luiz Giovani, Leda Galvão
de Avellar Pires, Sérgio Perazzo e
Josyanne Rita deArruda Franco. Leia
os textos em prosa e verso desses
autores nas páginas 3 a 6.
Manhã fria de outono busco
inspiração para um trabalho que me
comprometi fazer. Caminho no meio de
inúmeras barracas. O chão úmido, coberto
de folhas secas range debaixo dos meus
pés. Não muito longe, uma fonte jorra
água colorida, no meio de um lago, formando
arcos dançantes que não se cansam de
bailar. Como as ondas do mar ao sabor dos
ventos delineiam sempre novos contornos
e o sol faz brilhar as gotas de água que
teimam em ficar pelo ar.
De todos os lados vejo gente
vestida com mantos coloridos, bordados
com pedrarias e fios dourados, alguns já
meio puídos, com cara de muito usados, chapéus de bruxas ou
fadas, que me convidam para entrar e conhecer o meu futuro.
Insistem muito. Poderá ser através de cartas de baralho, de leitura
do pó de café que sobrará na minha xícara, depois que eu me
deliciar com um café à moda turca. Outros me oferecem para ler a
minha sorte nas linhas de minhas mãos ou ainda na bola de cristal.
Indecisa, olho para todos os lados sem saber qual devo escolher.
Raios de sol penetram por entre os eucaliptos e de repente me
lembro que não devo demorar. Tenho muita coisa para fazer e
assim resolvo pela bola de cristal. Será que acertei?
Um fada ou feiticeira, não sei, meio gorducha, com
unhas longas esmaltadas em vermelho escuro, de olhos pequenos
e muito pintados olha para mim e começa dizendo: -”Você tem
um compromisso sério para hoje, quer queira ou não terá que
realizá-lo”!.
Olho espantada e me lembro que devo escrever algo sobre
a SOBRAMES de São Paulo. Preciso que esse artigo esteja pronto
para ir para a gráfica neste mesmo dia. Penso nas Pizzas Literárias
que se realizam todas as terceiras quintas-feiras do mês, quando
se dá o encontro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores –
SP. Faça frio, chova canivetes ou o calor seja de derreter, lá estamos
nós - os associados e também convidados - reunidos para apresentar
A feira
da magia
Maria do Céu Coutinho Louzã
Maria do Céu Coutinho Louzã é Relações Públicas - São Paulo
e ouvir os trabalhos em prosa ou poesia,
depois de saborearmos uma pizza,
acompanhada de um chopinho gelado.
Num ambiente aconchegante e de
muito calor humano, à volta de uma lareira
agradável, hoje esqueceremos por algumas
horas o PCC, o Hesbollah e todas as mazelas
políticas do país para ouvir os escritos dos
associados da SOBRAMES. Tal como no
compromisso dos cavaleiros da Távola
Redonda, irão chegando para essa reunião,
poetas, médicas e médicos escritores (às
vezes de outras cidades) sendo recebidos
sempre com muita simpatia e boas vindas
de todos. Vão se acomodando na mesa, à
volta da lareira. Vêm para demonstrar a
sua paixão pela literatura. Apresentam trabalhos bonitos e
criativos. São contos, poesias, crônicas e “causos”, românticos,
às vezes tristes, outros até hilariantes, mas todos de grande
inspiração.
Penso também nas Coletâneas que são publicadas a cada
dois anos, intercaladas com as Antologias. Ambas, bem
apresentadas, reúnem, além dos trabalhos lidos nos encontros,
também textos e poesias de associados ausentes nas pizzas
literárias. E logo meu pensamento vai em direção aos concursos
de prosa e poesia que são realizados anualmente. E assim foi
passando lentamente pela minha frente todas aquelas realizações
das quais eu venho participando há muito tempo.
Nesse momento, como num passe de mágica me decido
voltar para casa. Pago a feiticeira, ou seja lá o que ela for, que
espantada me pergunta se não quero saber mais nada! “ Não
obrigada. Estou satisfeita”. Ela me lembrou que hoje é a terceira
quinta-feira do mês e eu tenho um compromisso inadiável. E eu sei
que tudo aquilo não é apenas mágica ou um exercício de
adivinhação, mas uma deliciosa realidade.
2. O Bandeirante - ANO XIV - nº 165 - Agosto 2006 - Publicação da SOBRAMES-SP - Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
Regional do Estado de São Paulo - Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP - telefax (11) 3062.9887
/ 3062-3604 - Projeto Gráfico e Diagramação: Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. - E-mail: rumoeditorial@uol.com.br Editores:
Flerts Nebó, Marcos Gimenes Salun. Redatores: Luiz Giovani, Marcos Gimenes Salun. Jornalista Responsável: Marcos Gimenes Salun -
MTb 20.405 - SP - Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - E-mail:
sobrames@uol.com.br - Diretoria Gestão 2005/2006 - Presidente: Flerts Nebó. Primeiro-secretário: Marcos Gimenes Salun Segundo-
secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Tesoureiro: Milton Maretti. Conselho Fiscal Efetivos: Luiz Giovani, Madalena J.G.M.Nebó, José
Rodrigues Louzã. Suplentes: Sérgio Perazzo, José Jucovsky, Arlete M.M.Giovani.
Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não significam, necessariamente, a opinião da SOBRAMES-SP
O Bandeirante
Agosto 2006
De onde o nome?
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços de Pronto-socorro
e tratamentos de ambulatório.
Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP
(11) 3677.2000
2
LIFE SYSTEM
ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA
Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP
(11) 3885 – 8000
lifesystem@uol.com.br
Flerts Nebó
SOBRAMES-SP CHEGA À MAIORIDADE EM SETEMBRO - No
próximo dia 16 de setembro estará sendo comemorado o 18º
aniversário da fundação da regional São Paulo da SOBRAMES, que
se deu na Pizzaria Ilha do Cós, na Vila Clementino, em São Paulo. “A
regional paulista ressurgiu graças à atuação perseverante de Maria
José Werneck, ex-presidente da SOBRAMES Rio de Janeiro.” Seu
primeiro presidente foi o Dr. Flerts Nebó, atuando no biênio 1988/
1990, sendo re-eleito para o biênio seguinte. Estas e outras
informações sobre a SOBRAMES podem ser encontradas no livro
“Tributo à SOBRAMES - 1965-2000”, de Helio Begliomini - CLR Balieiro
Editores - SP -1999.
A MAIOR BASE DE CITAÇÕES DA INTERNET - Sediado em
Portugal o site CITADOR - www.citador.pt - é considerado
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de leitura e resenhas de livros. No site é possível encontrar
ainda uma curiosa seção com mais de 200 adivinhas, além de
citações atuais retiradas de jornais e revistas (especialmente
os portugueses). Cadastrando-se gratuitamente o internauta
poderá participar com o envio de contribuições ao banco
de dados do site CITADOR. Vale a pena colocar o link
www.citador.pt entre os seus favoritos.
Expediente
Editorial Rápidas
Superpizza
Com freqüência a ouvimos falar que o mês
de Agosto é mês de “cachorro Louco”; porém
são poucos que sabem porque tem esse nome.
Trata-se de uma corruptela do nome latino
do imperador Augusto César, ao qual esse mês
era consagrado, correspondendo ao oitavo mês
do ano, segundo as mudanças feitas pela Igreja
Romana no nosso calendário atual. Entre os
romanos era chamado “sextilio”, porque era o
sexto mês do ano. (O calendário sofreu várias
modificações desde o começo do ano romano e
passou a ser o oitavo)
Em honra a Otaviano, sobrinho de Julio
César, mudou-se o nome para o do imperador
Augustus, que significa “divino”, procurando
imitar a Julius (o nome do imperador romano
Julio César).
Foi no mês sextilis que Augusto assumiu pela
primeira vez postura consular, entrando
triunfante, por três vezes na capital do Egito, a
subjugando e terminando com a guerra civil.
Foi, no trigésimo terceiro ano, de seu
governo, que Cristo foi condenado e morto na
Cruz (os romanos não conheciam o algarismo Zero)
e a contagem era feita, desde o primeiro dia de
seu governo,) – por isso se confunde a idade do
Cristo, com o número de anos de governo de
Augusto. Foi através dos chefes do sinédrio judeu
que os “nazarenos” passaram a nomeá-lo como
sendo o mês dos cães, motivo pelo qual, no
decorrer dos séculos, passou o mês de Agosto a
ser o mês do “cachorro” louco, por se considerar
uma loucura condenar, um inocente à morte, por
ter pregado o bem; é daí que deriva: “Agosto, o
mês do cachorro louco” -
Pai e família, o novo desafio
A edição de nº 14 do desafio literário da SUPERPIZZA terá
como tema o mote “Pai e família”. As apresentações de textos
com esse tema, em prosa ou verso, acontecerão na Pizza
Literária do dia 17 de agosto, que tem início às 19h30 na
pizzaria Bonde Baulista, na Rua Oscar Freire 1597. Como
sempre ocorre nessas ocasiões os autores que não queiram
se utilizar do tema sugerido poderão participar da sessão
literária com outros temas, à sua escolha.
ATUALIZE SEU CADASTRO E NÃO PERCA O CONTATO - Sempre
que você tiver alterações em seu endereço (residencial ou
profissional), telefones e especialmente endereços de e-
mail (o que acontece com muita freqüência), envie-nos as
informações atuais para atualização. Você pode nos enviar
as informações para o e-mail SOBRAMES@UOL.COM.BR ou
para o endereço da redação deste jornal, indicado abaixo.
3. 3O Bandeirante
Agosto 2006SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Uma carta
José Carlos Gonzales
Médico - Itu - SP
Canto à solidão
Perboyre Lacerda de Sampaio
Médico otorrino - São Paulo - SP
Encontro de literatura da SOBRAMES mineira
Helio Begliomini
Médico urologista - São Paulo - SP
Que me abandonem todos
a solidão não me assusta
ficarei com minha namorada eterna
a lua
e com todas as estrelas
que me são amantes
tirem-me o vinho
calem a música
roubem meus poetas amados
prendam-me em quatro paredes
acorrentem-me a um muro
apaguem a luz
mesmo assim sobreviverei
resta-me o pensamento
navegarei os reio infindáveis
da minha infância
reviverei todas as loucuras
e os instantes de amor
que foram tantos
resonharei os sonhos
e apesar de todos os martírios
não chorarei lamúrias
e não maldirei o dom maior
a vida.
No começo desses anos todos,
Se uma carta eu recebesse,
Me quebrava o silêncio.
Mudavam os modos que tinha
Ou os que ainda tivesse.
E foram os anos passando
Na roda-viva do tempo,
E agora o correio entrega,
Como trazidas do vento,
Papelada de todas origens,
Comunicados aos montes,
Cobranças, contas, avisos,
E até ameaças meteorológicas (!)
Prevendo “vai parar de chover na horta
Se não pagar tudo isso...”
Vão se fechar as portas...
Vai vir mais um compromisso...
E outras inconsistências próprias
Dos dias de hoje, caricatura
Mal feita, impregnada, esfarelada
Pelo que já foi a emoção pura
De receber uma carta.
A regional paulista fez-se representar pela Aida Lúcia
e por mim no I Encontro Médico-Literário com Agripa
Vasconcelos em sua Terra Natal, no Encontro Médico-
Literário Nacional com Guimarães Rosa e no III Encontro
Nacional do Comitê Feminino da Sobrames, transcorridos
de 13 a 16 de julho de 2006.
Além da farta e dinâmica programação literária com
lançamento de dois livros de confrades mineiros: “Valorados
Grafemas” de José Carlos Serufo e “Da Aparência e seus
Disfarces” – 2ª edição –, de Jose James de Castro Barros,
houve agradabilíssima, versátil e extensa agenda cultural,
onde saliento: Apresentação da Banda de Música e da
Orquestra Sinfônica da Polícia Militar do Estado de Minas
Gerais; visitação à cidade de Matozinhos, à cidade de
Cordisburgo com encontros literários locais.
Particularmente, em Cordisburgo, houve visitação a casa-
museu Guimarães Rosa e passeio na mundialmente conhecida
gruta de Maquiné. O Maquine Park hotel, local muito bem
escolhido para sediar o evento, apresenta um cenário natural
surpreendente, sendo palco natural também da
apresentação do show folclórico “Tambores do Marição”,
da festa julina com conjunto temático, e a entrega do livro
“Culinária dos Sertões”.
Dezenas de autoridades militares, acadêmicas e
políticas estiveram nos eventos, prestigiando-os, com
destaque especial aos prefeitos de Matosinhos e de
Cordisburgo, respectivamente Adão Pereira Santos e padre
José Maurício Gomes; secretária de Estado da Cultura,
Eleonora Santa Rosa; secretária de Estado de Turismo, Maria
Elvira Salles Ferreira; chefe do cerimonial do governador
Aécio Neves; coronel dra Maria de Lourdes Faria Ferraz,
primeira médica diretora de saúde da Polícia Militar; dra
Maria José Starling, juíza de direito da Comarca de
Esmeraldas; deputados estaduais, secretários municipais e
vereadores locais, além de membros dos seguintes sodalícios:
Academia Mineira de Letras, Academia Mineira de Medicina,
Universidade Livre da Academia de Medicina, Centro de
Memória da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
de Minas Gerais; Arcádia de Minas, Instituto Histórico e
Geográfico de Minas Gerais, Associação Médica Mineira,
Academia de Letras da Polícia Militar de Minas Gerais e da
Academia Cordisburguense de Letras.
Além da representação paulista houve também a
capixaba, através da poetisa Valsema Rodrigues e, do Rio de
Janeiro, através de Daniel Pinheiro Hernandez, também vice-
presidente da região sudeste da Sobrames Nacional.
Dificilmente um evento nacional, qualquer que seja a área
envolvida, conseguirá reunir tantas personalidades de
diversos misteres quanto esse que participei. Entretanto,
apesar do distinto e seleto ambiente, houve muitíssima
cordialidade e acolhida pelos confrades e confreiras
mineiros. Parabéns efusivos (!) a todos os organizadores
coordenados pelo Comitê Feminino da Sobrames Nacional,
na pessoa de sua presidente, Maria da Glória Starling de
Aguiar e, pela diretoria da Sobrames – MG, na pessoa de seu
presidente, Josemar Octaviano de Alvarenga.
4. 4
O Bandeirante
Agosto 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
O poder corrompe
Esta é uma narração de fatos reais, acontecidos
comigo. Entre os padres holandeses missionários que
mantinham o ginásio onde eu estudava, em Patrocínio- MG,
havia um deles que era apagado, inexpressivo, dado como
complacente, manso. Era um brutamontes de quase dois
metros de altura, improvisado e medíocre professor de
desenho e trabalhos manuais, mais ligado à administração e
manutenção da cozinha, refeitório, instalações e
marcenaria. Era indiferente à ordem e à disciplina.
Certa vez o padre diretor viajou por alguns dias, e
soube-se que ele, o Pe. Paulino, era o vice-diretor. Ele
assumiu o cargo e já no início mudou sua postura, não
aparecia mais no pátio, tinha pouco contacto conosco.
Entrementes, eu era um aluno dentro da mediana.
Estava totalmente integrado ao internato, até gostava. Não
fazia traquinagens, obedecia o regulamento, era
disciplinado, discreto, como resultado da educação que
tivera em casa, com um pai muito rigoroso. Estava muito
mais interessado em jogar futebol e ler os livros da coleção
de Tarzã, ou da coleção de aventuras, das quais Karl May
era rei absoluto.
Um colega tinha uma máquina fotográfica daquelas
bem simplezinhas. Entusiasmado comprei um filme em preto
e branco, fazendo as meras 6 poses na piscina e no futebol.
Qual não foi minha impaciência para ver o filme revelado.
Havia um sistema de regalias resultantes de bom
comportamento e rendimento escolar, e uma delas era
conseguir saídas às quartas e sábados à tarde, para fazer
algo justificado na cidade. O diretor efetivo era muito justo,
equilibrado, e me concedeu licença para sair, afim de levar
o filme ao stúdio, como se dizia.
Logo após o diretor viajou, como programado. Na
semana seguinte, solicitei ao diretor substituto a necessária
licença para ir buscar as fotos. Ele disse que depois
decidiria, e não mais se manifestou. Paciente e passivo,
fiquei no aguardo. Mas no fim da semana, voltei a solicitar
a licença para sair, e novamente o Pe. Paulino não disse
sim, nem não; depois resolveria. Esta coisa se prolongou
por duas semanas, com dois pedidos por semana. Não era
um caso de castigo a me ser imposto, por alguma falta
cometida. Quando isto acontecia, tal sentença era
claramente anunciada ao solicitante, e havia uma listagem
de pontos negativos publicada em painel. Não era, em
absoluto, o meu caso. Tratava-se de mero capricho do
diretor, uma obstinação dele, empenhado num embate de
forças muito desiguais, um enorme gato à espreita de um
filhote de rato.
Desesperado, ansioso, impaciente, e agora
francamente aborrecido, quase revoltado, aguardei até o
sábado. Procurei o diretor na sexta, no sábado de manhã,
e nada de ele ser encontrado. Ficava claro que ele mandava
me dizer que não estava, ora que estava orando, ora estava
ocupado, não me atenderia. No sábado à tarde, depois do
almoço, na hora de esportes, notei que os 2 portões estavam
abertos, escancarados mesmo, o que não era de praxe. O
ginásio tinha altos muros, era uma fortaleza semelhante à
uma prisão. Ninguém saía ou entrava. Curiosamente também
percebi que não havia nenhum padre exercendo a
costumeira vigilância, habitual mesmo com os portões
trancados. O futebol duraria a tarde inteira, entretendo a
todos. Diante de uma tão grande facilidade, achei
que dava para ir correndo até o laboratório, pegar
as fotos e voltar voando. Devo ter levado no
máximo 15 minutos para ir e voltar. Qual não foi
minha surpresa e meu susto ao encontrar todos
os portões fechados. Fiquei transido de temor,
não era da minha natureza a transgressão. Assim
assustado, fui à portaria principal. Entrei na saleta
de espera e lá encontrei o Pe. Paulino
majestosamente assentado, à minha espera.
Ele apenas disse: - Vá para o dormitório, faça sua mala,
você está expulso. Voltou-me as costas e saiu com a mesma
imponência, como se fora um imperador decretando um
banimento. Naquela hora ele me pareceu maior ainda, quase
um gigante. Não tive alternativa. Fiz tudo aos soluços,
profundamente abatido, destroçado. Com tudo pronto, o
automóvel do colégio levou-me para a pensão da praça, já
de tardezinha, e lá me deixou para pernoitar, no meio de
estranhos, em quarto coletivo. Ele nem considerou que eu
era um mero garoto iniciando a terceira série ginasial,
equivalente à sétima série de hoje, mirradinho, muito abaixo
da estatura e do peso para um menino de 13 anos, com
desenvolvimento atrasado, ainda impúbere, e o menor da
minha classe. Na manhã seguinte peguei a jardineira para
minha cidade.
Ser expulso de um colégio interno era a suprema
desonra, humilhação, e marcava a pessoa para o resto da
vida. Raramente era recebido por outra escola, e no mais
das vezes parava com os estudos para sempre. Além disso
tinha que enfrentar sua família, sua cidade, e toda uma
sociedade punitiva. Minha cidadezinha era tão pequena que
até os cachorros saberiam. Seria o assunto por longos meses,
e apontado como o mau exemplo, o pária, o rejeitado, o
facínora, alguém que não soubera aproveitar a chance que
tivera. Era assim mesmo que se pensava em 1947, logo após o
fim da segunda guerra.
Morrendo de medo da surra que levaria, das
recriminações e dos castigos, cheguei em casa. Por sorte
minha meu pai estava começando uma fortíssima crise de
calculose renal, indiferente a tudo o mais
Pela tradição, o ato de expulsão era irretratável e
irrevogável. Por desconhecimento, inexperiência ou mesmo
ingenuidade, meus pais não a tomaram como tal. Aí meu pai
mandou minha mãe escrever uma carta, com sua bonita letra,
dizendo na linguagem da época que haviam ralhado muito
comigo, e que se eu voltasse a fazer alguma arte, que
telegrafassem para ele –ele adorava telegramas- e ele me daria
uma sova de deixar saudades. Desculpava-se por não ir junto
devido à “cólica de pedra no rim”. Após quase uma semana
me esgueirando pelos cantos, homiziado no enorme quintal,
sem sair à rua, fui mandado de volta. De novo a sorte estava
comigo. O diretor efetivo tinha voltado e faço-lhe uma
homenagem de justiça: chamava-se Padre Boaventura Jorna,
tocava trompete e morreu cedo, de apoplexia, durante suas
férias em Amsterdã. Ele me reincorporou ao internato, sem
nenhum comentário ou exigência. Fiquei lá ainda quase dois
anos, até concluir o ginasial, a graduação máxima que a escola
conferia. Após este dia, o Pe. Paulino voltou a ser o mesmo
homem de antes, o mais inexpressivo da equipe. Não me tratou
com nenhuma hostilidade, nem ao menos parecia ter sido
aquele que urdira tão elaborada trama, para pegar na
armadilha um garoto indefeso e frágil, que ele quase destruíra
para o resto da vida. Agira com deslealdade, capcioso, de
uma engenhosidade à beira da insanidade, tudo isto apenas
para demonstrar autoridade e poder. Certamente retirou os
padres da vigilância e usou o sujo expediente de designar
um aluno espião para monitorar os meus movimentos. Sem
dúvida faria boa figura junto com Hitler, Stalin, Fidel Castro.
Que Deus o haja perdoado ou que o inferno o tenha, sei lá...
Geovah Paulo da Cruz
Médico oftalmologista - São Paulo - SP
5. O Bandeirante
Agosto 2006
5SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Minha sogra
Milton Maretti
Médico ginecologista - São Paulo - SP
Limeriques
Tatiana Belinky
Escritora - São Paulo - SP
O psiquiatra
Luiz Giovani
Médico pediatra - São Paulo - SP
Escrever sobre minha sogra, dá-me a oportunidade
de falar sobre aquela belíssima mulher. Conheci-a quando
eu era um adolescente e por ser a mãe de um grande
amigo, Nelson Carrera, colega de ginásio e posteriormente
meu cunhado. Este freqüentemente convidava-me para
fins de semana, juntamente com a sua família (sua irmã
Maria Luisa, minha paixão)na chácara de Vila Campestre,
no Jabaquara. O pai, Benigno Carrera transportava-nos
em seu Ford importado, onde íamos espremidos.
Maria Perez Carrera, mais conhecida por Cotinha
ou D.Cota, senhora de finos tratos, extremamente
bondosa, com grandes qualidades artísticas: pintura e
música. Seus quadrosa óleo, clássicos da natureza morta,
figuras humanas, paisagens, etc.. Exímia copista, fez um
Cristo do pintor Caruso, que hoje valoriza emeu living
juntamente com seus outros quadros e de outros pintores.
Além da pintura, tocava piano e cantarolava com
bonita voz, coisa de família, com duas irmãs professoras
de piano e uma delas cantora lírica. A casa de D.Cota e
suas irmãs, quando jovens e solteiras, era conhecida como
a casa das lindas donzelas. Posteriormente casaram-se
com tres irmãos.
Era comovente ouvir D.Cota tocando Chopin. Além
dessas virtudes possuía o dom de agfradar as pessoas,
pela sua modéstia, delicadeza e bondade. Hoje, que “Deus
a tenha”, tocando piano aos anjos. Amém.
Meu medo de cão é geral -
Bassê, boxer ou policial -
Mal vejo um cachoro
Eu fujo, eu corro,
Que importa a raça do tal! (*)
Pavor sem razão é bobagem,
É chato viver sem coragem!
Bom é ser valente -
(Mas sempre prudente) -
Na vida - E boa viagem! (**)
Não quero que mandem em mim -
A minha obediência tem fim!
Eu sou cabeçudo,
estou contra tudo,
Só faço o que eu quero, isso sim! (***)
Eu já não agüento este clima:
Insultos por baixo e por cima,
E todos, enfim,
Só mandam em mim:
- E lá se vai minha auto-estima! (****)
Estes versos foram coletados por Walter W.Harris dos
seguintes livros: (*) e (**) - O Livro dos Disparates - Editora
Saraiva - 2001; (***) Sou do Contra - Editora do Brasil - 2001;
(****) Mandaliques - Editora 34 - 2001.
Mesmo neste fim de mundo, Itabaraúna, beira de
mar, acidentes acontecem, naturalmente. Dava pena a
expressão desolada de Jorge junto ao carro e ao cachorro
literalmente mortos; cão e máquina, ambos amigos
íntimos, agora esmagados, barrigas abertas, com areia
de praia.
E tudo em frente à igreja, bem no centro da vila,
na rua de terra batida.
- Parece que foi uma blazer e das grandes! Acho
que o homem estava meio louco! Tentou desviar do cão e
bateu...
Mal houve tempo para o corre-corre, alguns
telefonemas, polícia rodoviária, e... nada.
Alguém comentou, mais tarde, que o maluco
desgraçado era médico e se hospedara na pousada da
dona Tânia. Todos queriam ajudar.
- Se você quiser, Jorge, va mos nós dois amanhã
pra capital atrás dele!
- Deixe pra lá, o cara deve ser da pesada. Passou
como um furacão, olhe só o estrago...
Mas foram, mesmo assim, coitados...
Hoje seus corpos jazem na parede da clínica
psiquiátrica, por trás dos azulejos cor do mar...
Busca
Leda Galvão de Avellar Pires
Jornalista - Botucatu - SP
Quero ser voz para o mundo
quero ser som para o surdo
quero ser braço, ser perna,
para quem membros não tem.
Eu quero paz, quero vida,
quero toda a eternidade
para quem passe e consiga
dizer-me, enfim, que é feliz.
O que desejo, realmente,
já nem sei como expressar,
como, também já não sei
se nesse mundo de loucos
sou uma louca a mais
ou, se sou certa demais
e não encontro lugar.
Sinto um dó imenso de quem passa,
encolhido de frio e tédio,
pela vida à fora...
6. 6
O Bandeirante
Agosto 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Meninos de rua
Josyanne Rita de Arruda Franco
Médica pediatra - Jundiaí - SP
Concerto para
contrabaixo
Sérgio Perazzo
Médico psicodramatista - São Paulo - SP
Para Arlete Giovani
Zheimer, sei lá, Al Jazira, não, isso é coisa de
terrorista da China, de TV a cabo, por aí, o médico disse.
Era como se de repente, de repente não, como se vê nos
filmes o fogo da lareira desfazendo a tinta do papel,
enrugando e empretecendo a moldura das bordas até ficar
somente uma palavra. Ou meia palavra, herança maldita
para os criptógrafos. Como se apagasse cada partitura
lentamente memorizada e tocada anos a fio com a fluidez
das águas de um riacho.
Logo ele, o rei do baixo acústico, que muitas vezes
acompanhara a Elis. Introduzira no começo da bossa-nova
trechos tocados com o arco, uma heresia se comparada
ao dedilhado do jazz. Charles Mingus entenderia e tocaria
com ele a Canção da luta haitiana, renascida do memorável
The blues in modern jazz que marcou toda a sua geração
de músicos e não músicos. Um selo indelével, O velho
guitarrista da fase azul de Picasso impresso na capa do
disco ainda em vinil.
Foi esta a razão de ter deixado o violão de lado,
um Di Giorgio novinho em folha, pelo trabalho pesado de
arrastar um contrabaixo de madeira de lei maior que ele,
um tampinha, pelas ruas de Copacabana. Primeiro para a
casa do Toninho Geladeira, seu professor de música, põe
solfejo nisso. Depois, para o Beco das garrafas, nas jam
sessions em que imitava Eddie Gomez, o metrônomo latino
do introspectivo Bill Evans em toda a sua escala de agudos
inacreditáveis. Era a época de ouro dos trios e improvisos
jazzisticos, portas que o Jobim e o João Gilberto
escancararam em 58 para a nova geração da música
brasileira. E ele fora um dos primeiros a atender o
chamado.
E agora isso. Iria virar em póuco tempo um homem
sem repertório. Um baixista sem memória. Quisera ter a
longevidade de Casals no cello.
ainda guardava as cartas. Onde as guardara
mesmo? Achou-as asfixiadas numa dessas pastas de fibra
de papelaria. Estava ali a sua grande paixão. A série
completa. Não falçtava uma figurinha sequer no álbum
de jornaleiro. O sabor de mel. As horas vadias ralentando
e dissolvendo o tempo. A inutilidade do relógio, sempre
horário de primavera, a horas pelos ponteiros do sol. Os
braços-abraços. A lentidão dos olhos levemente estrábicos
depois do gozo repetido.Aletra miúda dela, ilegível quase,
falando do marido em seus acessos de culpa. Dos filhos
que cresciam. Nem tudo é música. A sinfonia vira samba-
canção brega e descamba para tango de cabaré, versão
de Zé das Mercês.
A última carta não precisa ler. Antes que este
zheimer avançasse, ainda sabia de cor.
Sem pressa, como quem ajusta os dedos nas cordas
preparando o próximo acorde, foi rasgando uma a uma.
Foi antecipando a dissolução da memória.
Tudo virou um esboço. Ficou o gosto de sal.
Sapore di sale. Senza mare.
colocou a cadeira de assento de palha bem
embaixo da janela. Dava para ver uma nesga
de mata do Corcovado, Corcovado que tocara
tantas vezes. Testou o suporte da cortina. Agüentaria o
seu peso de missa de réquiem. Deu o nó, deu o nó na
madeira, caingá, candeia, é o matita-pereira. Subiu e
antes do balanço final, de fazer um pêndulo pendurado e
grave como se fosse o lá do contrabaixo (já viram rapel?),
sentiu uma vibração, uma tensão na corda e sorriu. Nem
que fosse surdo ou desmiolado. Nem precisava fechar os
olhos para ouvir. Reconheceria este som, o último que se
apagou na vida e na lembrança. O mi bemol do terceiro
compasso da Valsa da despedida que sempre desafinara
no arco. Maestro, da capo!.
Correndo entre os pingos da chuva,
aproveitando o tráfego parado,
estão eles, pálidos, despidos,
implorando alegre por trocados.
Tênues silhuetas do futuro,
agradecem o dinheiro esmolado,
como quem acredita que atrás do festo fácil
se redimem culpa e descaso.
Os pneus lhes jogam água barrenta
tão festivamente recebida,
muitas vezes a lamber-lhes tez cruenta,
de ferida múltipla e esquecida.
A seqüência toda se repete
inúmeras vezes durante o dia,
como se nada mais pudesse
alterar a história dessas vidas.
Andam em bando, esquálidos pivetes,
repetindo sempre a mesma ação,
que a vida escolhida lhes compete,
se o futuro não lhes der outra opção.
Mãos estendidas, frágeis dedos engelhados
de frio, fome e desnutrição,
fazendo deles pobres aleijados
de ofício, de vontade, de paixão.
São crianças... são meninas e moleques
que na rua se encontram como irmãos.
Nós os vemos dia a dia pelas ruas
esmolando o dinheiro... mas pedindo compaixão.
7. Convidado pelo nosso confrade e atual presidente da
Academia Botucatuense de Letras, Dr. Evanil Pires de Campos,
o presidente da SOBRAMES-SP, Dr. Flerts Nebó, proferiu uma
palestra naquela casa no dia 12 de agosto de 2006. Desde
que tomou posse na presidência daquele sodalício, o Dr. Evanil
tem incluido na programação de atividades da Academia a
participação de vários escritores da SOBRAMES-SP. É, sem
dúvida, um importante intercâmbio cultural que esperamos
manter por muito tempo. Para saber detalhes sobre a
programação da Academia Botucatuense de Letras entre em
contato pelo e-mail btclaipi@terra.com.br
Acompanhe o que ainda
faremos até o final do ano
O Bandeirante
Agosto 2006 7
Nos últimos cinco meses de 2006 a regional São Paulo
da SOBRAMES tem uma agenda repleta de atividades. Além
das infalíveie e rotineiras reuniões de diretoria, onde os
destinos da sociedade são traçados e os problemas
resolvidos, teremos também mais cinco reuniões da
tradicional “Pizza Literária”.
Salientamos a seguir os principais destaques deste
período. No dia 21 de setembro, serão eleitos os novos
dirigentes para o biênio 2007-2008. Os dois importantes e
tradicionais prêmios literários anuais serão entregues em
19 de outubro - Prêmio Flerts Nebó de prosa - e em 21 de
dezembro - Prêmio Bernardo de Oliveira Martins de poesia.
Em novembro, em data ainda a ser definida, será lançada
uma importante obra coletiva dos sobramistas paulistas: a
coletânea “A Pizza Literária - nona fornada”. Em 21 de
dezembro será empossada a nova diretoria eleita para dirigir
a regional a partir de 1º de janeiro de 2007.
Tudo isso merece um lugar de destaque na agenda
particular de cada um todos nós. Anote todas essas datas e
participe das atividades. Os endereços onde se realizam as
reuniões encontram-se logo abaixo.
AgendaRegistro
Camilo Xavier é novo acadêmico
Tomou posse da cadeira número 20 da Academia
Ribeirãopretana de Letras, o nosso confrade Camilo André
Mércio Xavier, em sucessão a José Bento Faria Ferraz. A
cerimônia solene de posse ocorreu no último dia 4 de agosto
de 2006, no auditório do Centro Médico, na rua Thomaz
Nogueira Goia, 1275 em Ribeirão Prêto. Ao grande poeta
Camilo os sinceros parabéns de seus confrades da SOBRAMES-
SP. Contatos com Camilo poderão ser feitos pelo e-mail
camxavier@terra.com.br.
Nebó profere palestra em Botucatu
ENDOMED MEDICINA LABORATORIAL
Sede:Av.Eng.GeorgeCorbisier,746
Pq.Jabaquara-SP
CAC0800-170-004
E-mail: endomed@terra.com.br
O envio de notícias, publicações ou informações sobre lançamentos de livros para a redação do jornal
“O Bandeirante” pode ser feito para um dos seguintes endereços: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos,
652 - apto.12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 * Sede: Rua Alves Guimarães,
251 - Pinheiros - São Paulo - SP - CEP 05410-000
CRCSP e Movimento Poético juntos
Aconteceu no último dia 3 de agosto no Espaço Cultural do
CRCSP, o Recital de Música, Canto e Poesia que contou com
os artistas do Movimento Poético Nacional sob a coordenação
de Celeste Manzini e Walter Argento. O evento beneficente,
que teve o patrocínio do Conselho Regional de Contabilidade
do Estado de São Paulo e do Instituto do Patrimônio Histórico
no Estado de São Paulo - IPH, contou ainda com a exposição
do artista Tao Duarte, “A inspiração da natureza”. Para saber
de outros eventos promovidos pelo Movimento Poético
NAcional entre em contato com com Walter Argento: Rua
dos Boaris, 183 - CEP - 04047-020 - Mirandópolis - SP. Telefone
(11) 5072-1665.
Endereços, horários e referências
Pizza Literária: São realizadas na Rua Oscar Freire, 1597 -
Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30
Reunião de Diretoria: São realizadas na sede da
sociedade, na Rua Alves Guimarães, 251 - a partir de 20h30
Concursos literários SOBRAMES-SP
01.08.2006 Reunião de diretoria
17.08.2006 193ª Pizza Literária
14ª Superpizza (apresentação de textos)
05.09.2006 Reunião de diretoria
21.09.2006 194ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
Assembléia Geral Ordinária.
Eleições de diretoria para biênio 2007/2008.
03.10.2006 Reunião de diretoria.
19.10.2006 195ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO FLERTS NEBÓ (prosa)
Divulgação do tema da próxima Superpizza
07.11.2006 Reunião de diretoria
16.11.2006 196ª Pizza Literária
15ª Superpizza (apresentação de textos)
ESPECIAL em NOVEMBRO, em dia a confirmar:
Lançamento da coletânea
“ A Pizza Literária - nona fornada”
05.12.2006 Reunião de Diretoria
21.12.2006 197ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO BERNARDO DE OLIVEIRA
MARTINS (poesia)
Transmissão de cargos para a Diretoria
Eleita para o biênio 2007/2008.
Está previsto para outubro o anúncio do resultado da sétima
edição do “Prêmio Flerts Nebó” para o melhor texto em
prosa dentre os apresentados no período de agosto de 2005
a junho de 2006 nas Pizzas Literárias. Os textos encontram-
se em fase de organização para serem enviados aos três
jurados convidados, membros de regionais de outros estados
da SOBRAMES, cujos nomes serão anunciados oportunamente.
O concurso para a melhor poesia do ano abrange o período
de novembro de 2005 a outubro de 2006, e tem as mesmas
regras básicas do concurso de prosas. Trata-se do “Prêmio
Bernardo de Oliveira Martins”, que chega este ano à sua
nona edição, e cuja premiação está prevista para acontecer
no mês de dezembro. Desde que foram criados, estes
concursos literários têm sido um estímulo à produção dos
membros da SOBRAMES paulista. Até a edição 2005 desses
concursos, já participaram 340 textos em prosa e 787 poesias
o que indica também que pelo menos 1127 textos já foram
apresentados nas Pizzas Literárias desde 1997, já que muitos
textos acabam não participando pois seus autores não
entregam as cópias.
8. 8
O Bandeirante
Agosto 2006
O Dr.Helio Begliomini, médico urologista que já
ocupou a presidência da SOBRAMES-SP (1992-1994) e
também a da SOBRAMES Nacional (1998-2000), além de
diversos outros cargos na diretoria de ambas, foi o único
candidato a apresentar a inscrição de uma chapa
completa para concorrer às eleições de setembro de 2006,
para o comando da SOBRAMES-SP durante o biênio 2007-
2008, conforme determina o Estatuto da Sociedade.
Com o nome de “Amor à SOBRAMES-SP”, a chapa
recém-inscrita é assim composta: Presidente: Helio
Begliomini; Vice-presidente: Josyanne Rita de Arruda
Franco; Primeira-Secretária: Maria do Céu Coutinho
Louza; Segundo-Secretário: Evanir da Silva Carvalho;
Primeiro-Tesoureiro: Marcos Gimenes Salun; Segunda-
Tesoureira: Lígia Terezinha Pezzuto; Conselho Fiscal -
Titulares: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba, Luiz Jorge
Ferreira; Conselho Fiscal - Suplentes: CarlosA. Ferreira
Galvão; Geovah Paulo da Cruz; Helmut Adolf Mataré.
O candidato Helio Begliomini tem participado das
últimas reuniões de diretoria, onde já tem prestado
efetivo apoio às atividades da atual gestão de diretoria,
além de apresentar diversas propostas de atividades e
ações para dar seqüência ao desenvolvimento da
SOBRAMES-SP, da qual é também um de seus co-
fundadores.
Como tem sido veiculado por este jornal desde
que começou a tratar o tema da sucessão, entendemos
que seja vital para qualquer sociedade que seja dirigida
por pessoas competentes, sérias e trabalhadoras. Para
que seja possível este objetivo, as consecutivas
Eleições
As eleições chegaram:
não deixe de votar
Ficam todos os membros da Sociedade Brasileira de
Médicos Escritores, regional do Estado de São Paulo -
SOBRAMES-SP convocados para a Assembléia Geral
Ordinária que se realizará no dia 21 de setembro de
2006 na pizzaria “Bonde Paulista” situada na Rua Oscar
Freire, 1597, em São Paulo, às 20h00, em primeira
convocação, com a presença de cinqüenta por cento
dos Membros Titulares, Acadêmicos e Colaboradores
quites com a tesouraria da sociedade e dos Membros
Eméritos, Honorários e Beneméritos e, em segunda
convocação às 20h30, com qualquer número de membros
da SOBRAMES-SP, para deliberar sobre a seguinte pauta
do dia: 1.Leitura da Ata da últimaAGO; 2.Apresentação
de relatório da Diretoria; 3.Apresentação de balanço e
tomada de contas pela Tesouraria; 4.Análise e votação
de assuntos gerais inscritos com a antecedência mínima
de 5(cinco) dias; 5. Eleição da nova Diretoria para o
Biênio 2007-2008.
Esta convocação obedece o disposto no Capítulo IV -
Assembléias, artigos 10º a 13, do Estatuto da Sociedade
Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São
Paulo, aprovado em AGE de 13.04.2000 e registrada no 4º
Ofícial de Registro de Títulos e Documentos e Civil da Pessoa
EDITAL DE CONVOCAÇÃO:
Assembléia Geral Ordinária
Coletânea
A nona fornada da Pizza
Literária em preparação
Até o momento do fechamento desta edição doze
autores já haviam garantido sua participação na
coletânea 2006 da SOBRAMES-SP, “APizza Literária - nona
fornada”. São eles: Evanil Pires de Campos (Botucatu -
São Paulo), Flerts Nebó (São Paulo - SP), Helio Begliomini
(São Paulo - SP), Hélio José Déstro (São Paulo - SP),
HelmutAdolph Mataré (Bertioga - SP), Humberto Golfieri
Jr. (Cascavél - PR), José Jucovsky (São Paulo - SP),
Luiz Jorge Ferreira (Osasco - SP), Marcos Gimenes
Salun (São Paulo - SP), Maria Virgínia Bosco (São Paulo
- SP), Thereza Freire Vieira (Taubaté - SP) e Walter
Whitton Harris (São Paulo - SP).
As inscrições serão recebidas até o dia 31 de
agosto e podem ser remetidas por e-mail para um destes
endereços: sobrames@uol.com.br, msalun@uol.com.br
ou ainda rumoeditorial@uol.com.br
Outra opção é enviar por correio para Marcos
Gimenes Salun - Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12 - São
Paulo - CEP 04182-010. Neste caso os textos digitados em
Word, corpo 11, fonte Times New Roman, espaçamento
simples devem ser gravados em disquete e enviados
juntamente com uma cópia impressa dos mesmos, além da
ficha de inscrição preenchida.Aobra será editada no sistema
cooperado entre os autores. Cada um poderá participar com
um mínimo de 5 páginas, não havendo limite máximo. Cada
página terá o custo de R$ 50,00 e dará direito a 5 (cinco)
volumes da obra. Os textos terão tema livre e poderão ser
escritos em qualquer gênero literário.
Para acompanhar as informações sobre a coletânea,foi
criado um BLOG, onde constarão todas as orientações para
inscrição e remessa de textos, além de custos, autores
participantes, fases de produção e muito mais. O endereço
do blog é http://coletanea2006.blogspot.com.
A editora selecionada para a publicação de “A Pizza
Literária - nona edição” foi a Rumo Editorial, que tem sido
responsável também pelas mais recentes publicações da
SOBRAMES-SP, dentre elas, este jornal. Não perca tempo e
selecione hoje mesmo os seus melhores textos. Visite o
BLOG. Siga as instruções e faça parte de mais um grande
sucesso editorial que será publicado pela SOBRAMES-SP.
diretorias da SOBRAMES, regional São Paulo, têm garantido
com muita lisura e firmeza o cumprimento dos mecanismos
capazes de garantir uma escolha livre e democrática, que
lhes permita indicar os melhores dirigentes, através do
exercício do voto livre e desimpedido, uma das mais
democráticas manifestações de liberdade.
Espera-se que todos os nossos associados cumpram
com seu dever, votando para que sejam eleitos os novos
dirigentes da SOBRAMES-SP. Veja a seguir o edital de
convocação para a AGO onde acontecerá a eleição.