Este documento discute a psicose e o delírio, bem como aspectos do processo terapêutico. Primeiramente, descreve como o autor se sente fascinado pela fantasia da psicose e como o delírio causa sofrimento ao paciente. Em seguida, discute como a terapia pode ajudar a desintoxicar as relações patológicas através do estabelecimento de uma relação saudável entre paciente e terapeuta. Finalmente, argumenta que o terapeuta deve "acreditar" no delírio do paciente para que a
psicoterapia breve psicodinâmica no idoso - Rui Grilo peritia 2012
Delírio - notas sobre o processo terapêutico - Rui Grilo 2012
1. A Psicose e o Delírio
Reflexão
A Psicose e o Delírio
Notas sobre o Processo Terapêutico
Rui Grilo
Psicólogo Clínico
CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
2. A Psicose e o Delírio
Índice
I- Aspectos Introdutórios
II- A Psicose e o Delírio
Anexo 1 - Tela de Adrian kollar – Schizophrenia
Anexo 2 - Tela de Edvard Munch – El Grito
III- Notas sobre o Processo Terapêutico
Anexo 3 - Tela de Francis Bacon – Study after Velazquez II – Loucura e desespero
IV- Considerações Finais
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
3. A Psicose e o Delírio
Quanto mais personalidades eu tiver…
“Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidades eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora..."
Álvaro de Campos
Fernando Pessoa
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
4. A Psicose e o Delírio
I – Aspectos Introdutórios
Com o presente trabalho, pretendo elaborar uma reflexão interna sobre o
delírio na psicose, e em que medida, o processo terapêutico poderá influenciar
os comportamentos, pensamentos e sentimentos da pessoa psicotizante.
Assim, tentarei reflectir sobre este assunto complexo, estando
consciente de toda a dificuldade e incerteza que isso me coloca.
De certa forma, irei tecer algumas considerações pessoais com base na
minha experiência profissional, que não pretendem colidir com as teorias
existentes e seus autores, nem têm a pretensão de ser encaradas como
verdades absolutas.
A ausência de referências bibliográficas é propositada, já que me parece
oportuno investir sobre esta temática a um nível mais introspectivo, e extrair
daí, algumas ideias que possam ser consideradas relevantes.
Tentarei abordar vários aspectos, sendo que o foco estará numa análise
um pouco abrangente da psicose, do delírio e da suposta intervenção do
psicoterapeuta.
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
5. A Psicose e o Delírio
II – A Psicose e o Delírio
Numa fase inicial, julgo ser relevante expressar as razões que me levam
a ter esta paixão desenfreada pelo delírio e pelos mecanismos psicóticos.
Desde muito cedo, que percebi em mim um fascínio pela fantasia e
pelos aspectos fantásticos da psicose, mas acima de tudo, o fascínio por uma
realidade que sendo desestruturada, estrutura a pessoa com psicose.
Sendo um fã incondicional de tudo o que diz respeito à ficção científica,
e de toda a componente imaginária e irreal que envolve as tramas e as
histórias da sétima arte, despertou na minha pessoa uma intensa curiosidade
sobre tudo o que é diferente e que sai dos parâmetros societais. No fundo,
julgo possuir algumas características na minha personalidade que se poderão
identificar com esta coisa do ser diferente, e que o meu desejo de não ser mais
um entre outros, potenciou o interesse por uma patologia tão misteriosa, e por
isso, tão fascinante e rica em termos reflexivos.
Tal como nos filmes de ficção, o psicótico desenvolve personagens e
enredos na sua mente que, no meu ponto de vista, são extraordinárias em
termos da imagética e da elaboração. Contudo, sempre senti que o delírio é
uma convicção inabalável do paciente, algo que se torna tão presente e real
mas que evoca um extrema angustia e dor mental. As personagens
desenvolvidas por si perdem o controlo, e a pessoa é dominada por algo criado
por si próprio. Nessa fase, os pensamentos e as ideias ganham uma dimensão
ansiogénica aterradora, associada a um medo compulsivo.
Tal como no poema atrás descrito de Fernando Pessoa, através do seu
heterónimo Álvaro de Campos, o psicótico expande sentimentos de
grandiosidade e o desejo incessante de controlar algo mais que a sua própria
identidade, de ter uma “…existência total do universo, …”. Estes desejos, são
resultantes de um evitamento sobre os objectos externos, um evitamento do
querer sentir, do querer ser, da relação. A sua própria identidade é posta em
causa. O saber quem se é, e que papel desempenha na sua vida, revela-se um
enorme enigma.
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6. A Psicose e o Delírio
Anexo 1
Adrian kollar – Schizophrenia
O desespero de uma realidade sufocante, que paralisa e amedronta.
Faces medonhas, envoltas num terror desestruturante e fantasmático.
A angustia recorrente de não saber quem se é.
Um existir enlouquecedor de desconfiança e de desordem,
de perseguir e ser perseguido.
A desfragmentação do corpo e da mente, a psicose…
Rui Grilo
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
7. A Psicose e o Delírio
Assim, a pessoa psicótica projecta toda a sua vivência patológica para a
realidade exterior, resultante de relações estabelecidas anteriormente
insuficientes, do ponto de vista do afecto e das emoções. Essa projecção
maciça não tem a capacidade de as transformar, apenas de as destruir e de
potenciar o sofrimento e a culpabilidade. À semelhança de um quadro, o
psicótico através do delírio cria, mas não transforma. Com a criatividade
pretende-se que surja algo de novo e “inovador”, todavia, o psicótico não
transforma porque, utiliza a sua criatividade sempre assente na mesma relação
objectal insuficiente. Cria com base no desespero de uma relação
desorganizada, projectando recorrentemente sobre a temática da dor, envolta
em brutalidade e numa violência interna esmagadora.
Sinto o delírio como um sofrimento psíquico angustiante, como se a
pessoa fosse privada e castrada da realidade. No fundo é incapaz de enfrentar
a sua personalidade, tornando-se alguém impotente sem qualquer tipo de
insight para interpretar os seus pensamentos, os seus delírios. Será apenas
numa fase depressiva, que a consciencialização de si se torna evidente, e aí,
poderá reflectir sobre o seu estado psicológico. Obviamente que o deprimir e o
contacto com realidade externa torna-se de tal forma insuportável que o que
resta, será um retorno à sua própria realidade delirante, que sendo agoniante,
é o seu refugio. Desta forma, a psicose e o delírio estão envoltos em
ambivalências sequenciais, o querer deprimir e entender, o confrontar e sofrer,
o delirar.
A psicose é então um conjunto de relações patológicas e perturbadoras
que o paciente estabelece, e que por fragilidade psíquica e organizacional,
levam a comportamentos de conteúdo delirante e alucinatório. Existe um
desfasamento da realidade psíquica e uma reorganização da realidade
fantasmática, realidade patológica. O aspecto enlouquecedor subjacente é de
tal forma desesperante, a realidade externa é vivenciada de forma tão
insuportável e desagregada, que é a realidade interna delirante a única a
possibilitar a sobrevivência mental. Estes aspectos são retratados de forma
exemplar no filme “A Repulsa”, de Roman Polansky, em que uma mulher muito
só, desenvolve uma crise psicótica e posterior descompensação, tendo por
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
8. A Psicose e o Delírio
base pensamentos sórdidos e perversos. A incapacidade em estabelecer
relações sãs, a inveja que coloca sobre os outros e a culpabilização, levou a
um estado de isolamento doentio, seguido de uma consequente clivagem com
a realidade.
Como outrora um paciente me presenteou com uma pintura denominada
“ No fio da navalha”, também a pessoa psicotizante está em constante
desequilíbrio mental, emocional e afectivo. O evitar cair no abismo parece ser
uma luta diária interminável, que leva a inúmeros comportamentos de rejeição,
apatia e agressividade. O estar preponderantemente a clivar e a distorcer a
realidade, provoca uma ruptura ao nível dos afectos e a uma paralisia das
emoções.
Para tentarmos perceber o grau de sofrimento que o delírio pode
desencadear, recordo o paciente M, que em fase de descompensação,
evidenciava um olhar tão intenso do ponto de vista da agressividade e da
desconfiança, que eu próprio fiquei aterrorizado e sem acção, no entanto, senti
que suplicava por ajuda e afecto. O delírio apoderou-se completamente do seu
eu, dos seus comportamentos, dos seus actos, da sua forma de estar e ser.
Nesta fase, torna-se impossível tentar entender o delírio, tentar penetrar na
mente do psicótico, tentar compreender o que não tem compreensão. O medo
das outras pessoas, mas acima de tudo, o medo de si próprio, não lhe permite
criar qualquer tipo de relação.
Este foi um paciente marcante, com uma capacidade de elaborar
extraordinária, mas que não aguentou os pensamentos delirantes persecutórios
e que se suicidou… Como seu anterior técnico de saúde mental, senti uma
impotência, uma frustração e uma angustia que me avassalou por completo. O
perceber que apenas um sorriso é já um passo terapêutico, e que a nossa
intervenção nunca poderá ser demasiado ambiciosa nesta área, obrigou-me a
rever e a reformular a dinâmica relacional entre paciente e técnico.
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
9. A Psicose e o Delírio
Anexo 2
Edvard Munch – El Grito
O ser, o existir.
O receio dos outros, o medo de si.
A loucura apodera-se, entranha-se, um grito interior emerge.
Um desejo interminável que a dor acabe…
O projectar patológico, a culpa.
A amargura asfixiante…
Rui Grilo
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10. A Psicose e o Delírio
Z, outro paciente, fala-me diariamente de delírios que tem, e refere-se a
eles como algo que realmente existe, mas que no fundo, apenas reside no
imaginário por ele criado. Fala-me de filhos que tem… Filhos estranhos, com
formas estranhas… Filhos concebidos por ele próprio através de um feixe de
luz que sai do seu peito. Refere ainda que é filho da Rainha de Inglaterra, e
que por isso, estão constantemente a tentar envenenar-lhe os alimentos.
Ao contrário do paciente anterior que revelava uma angústia extrema e
um sofrimento demolidor na confrontação com o delírio, Z mostra uma
adaptação ao mesmo, sendo a sua dor mais evidente em fases depressivas.
Desta forma e perante as situações anteriores, coloco a seguinte
questão: Será que o terapeuta que intervém na psicose, em contexto
psicoterapêutico, não deverá “acreditar” no delírio para que a terapia possa
evoluir e transformar as vivências do paciente?
Eu julgo que sim, e espero mais adiante apontar algumas razões que
defendam a minha posição.
III – Notas sobre o Processo Terapêutico
Na minha perspectiva, a psicoterapia tem como principal ferramenta de
trabalho a relação. É no estabelecimento da relação entre duas pessoas, de
uma relação que se pretende saudável e organizadora entre paciente e
terapeuta, que o processo terapêutico ocorre. Esta relação, transitória, permite
uma reorganização mental dos pensamentos e dos afectos do psicótico.
Parafraseando uma metáfora brilhantemente usada pelo Dr. António
Coimbra de Matos, a psicoterapia é o “ …processo de desintoxicação da
relação patológica e a posterior oxigenação no estabelecimento de relações
sadias…”. Assim sendo, o delírio no psicótico está intoxicado de emoções e
afectos desorganizados, mal geridos do ponto de vista da atribuição das
significações. A causalidade estará associada a uma mal formação identitária
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
11. A Psicose e o Delírio
com bases bastante primitivas e primárias. Provavelmente terá sido na infância
estabelecida uma relação conflituosa, perversa e patologizante com o objecto
materno, ou que, pelo contrário, não foi estabelecida qualquer relação. Aqui
reside, a meu ver, o desenvolvimento do núcleo psicótico na criança, que
posteriormente assume proporções extremas desencadeadas pelo próprio. É
então importante, oxigenar toda a componente relacional atribuindo-lhe o
sentido devido, nomeadamente a um nível mais arcaico.
Numa das sessões do CEPSI, o Dr. Francisco Galvão, referia “…todos
nós somos doentes…”.
Nenhuma afirmação me fez reflectir tão profundamente, como esta atrás
descrita. Sem qualquer hesitação concordo, e reforço, na medida em que todos
nós temos uma incapacidade, uma impotência e uma insuficiência psicológica.
Contudo, a principal diferença será a de não evidenciarmos, nós
psicoterapeutas, o nível patológico e a desestruturação psíquica que os nossos
pacientes apresentam.
Sinto que esta questão é fundamental para que a psicoterapia possa ser
terapêutica e transformadora para estes pacientes, na medida em que, se o
psicoterapeuta conseguir insurgir no conteúdo delirante, se conseguir partilhar
do delírio do paciente com toda a angústia e dor mental que isso desencadeia
e provoca, então penso que poderá ser criada uma aliança terapêutica, uma
relação. É exactamente no estabelecimento de uma relação empática e de
confiança, que deverá residir a intervenção psicoterapêutica, contudo, o
trabalho com psicóticos terá de passar necessariamente pela existência de um
fascínio pelo delírio, sendo que o psicoterapeuta deverá fascinar-se,
deslumbrar-se e tentar entendê-lo como algo de atingível.
Obviamente que, se por um lado o terapeuta deverá tentar penetrar no
conteúdo delirante e fragmentado, haverá outra parte, controlada, que vai
trabalhando os aspectos vivenciais da realidade externa, bem como, as
constantes identificações feitas sobre ele. Em certa medida, o terapeuta acaba
por ser mais um elemento na estrutura delirante, sendo o recipiente sobre o
qual são transferidos todos os desejos do psicótico, e esse processo é
fundamental para um avanço na terapia.
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
12. A Psicose e o Delírio
Uma das questões que me suscita grandes dúvidas e sobre as quais eu
penso que o terapeuta deverá reflectir, prende-se com as expectativas prévias
de que não existe cura ou que as melhorias não são significativas na psicose.
A má gestão destas expectativas poderão levar o técnico à desistência ou, ao
não investimento no processo terapêutico com psicóticos. Então, será
importante que, perante um processo inevitavelmente moroso e que é um teste
diário ás capacidades e aos limites, o terapeuta esteja disponível e ciente das
dificuldades e vicissitudes que esta patologia acarreta.
Os resultados positivos ou menos positivos que se obtêm na terapia,
poderão desencadear no paciente atitudes de dependência na relação com o
técnico. Este será outro aspecto a ter em consideração e a trabalhar, já que
essa relação de dependência poderá prender-se com um desejo inconsciente
do psicoterapeuta em manter essa mesma situação, porque se acha grandioso
por ter a capacidade de melhorar as sintomatologias do doente. Assim, ao
invés de potenciar a autonomia, promove a dependência.
Espera-se que o processo terapêutico seja de alguma forma reparador e
transformador, mas que acima de tudo, se estabeleça uma relação privilegiada
entre os dois elementos participantes. O psicótico deverá encontrar nessa
relação todo o afecto e segurança que lhe foi negado ao longo da sua
existência, e que consequentemente, ele próprio foi negando.
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13. A Psicose e o Delírio
Anexo 3
Francis Bacon - Study after Velazquez II
Loucura e desespero
Preso, amarrado, acorrentado aos pensamentos.
Um misto de insanidade sadia, de ter e não possuir.
O conflito interior, a incerteza, a suspeita.
Uma imagem disforme, formada em si mesmo.
A loucura indesejada (ou desejada) que permanece.
Rui Grilo
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
14. A Psicose e o Delírio
IV – Considerações Finais
Ainda que tenha deixado transparecer uma visão um tanto ou
quanto negativista sobre este assunto, gostaria em termos conclusivos de
transmitir a minha completa devoção pela temática da psicose e do delírio.
A aprendizagem, o conhecimento e o crescimento pessoal que daí
obtenho, elevam esta patologia a um patamar extraordinário.
O delírio é algo que consome muito da pessoa com psicose. Por um lado
alimenta o imaginário e a realidade delirante com ideias e pensamentos
fantasmáticos, por outro, eleva a sua mente e corpo a um elevado grau de
sofrimento e desespero. As emoções e os afectos são geridos de forma pouco
proveitosa, e o medo está sempre presente.
As recaídas e as alterações de humor são também uma constante na
vida da pessoa psicotizante.
Perante este cenário, o terapeuta deverá confrontar-se e ter a
capacidade de saber lidar com a frustração sessão após sessão, com o
desgaste e com a intrusão, mas ter igualmente a noção, que pequenos
avanços poderão ser muito significativos.
O trabalho sistemático no delírio, a compreensão da relação
maternal? (aqui e agora) e o estabelecimento de uma relação de
confiança, são aspectos preponderantes na intervenção do psicoterapeuta.
Estar disponível para eventuais solicitações do paciente além do
horário do consultório, será um aspecto a ter em consideração, já que o
psicoterapeuta também deverá actuar no sentido de possibilitar a possível
integração na comunidade, ser contentor das ansiedades e dos medos
constantes que assombram o psicótico, e estar atendo aos sinais que
poderão levar à descompensação.
O contacto permanente com esta doença psíquica, e com todas as
condicionantes que a caracterizam, permitem aprofundar um
conhecimento de mim, dos meus limites, das minhas falhas,
potencialidades, receios e medos. Se bem que o objectivo essencial no
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia
15. A Psicose e o Delírio
processo terapêutico não seja o auto conhecimento do terapeuta, mas sim
o do paciente, torna-se impossível não nos identificarmos com
determinadas peculiaridades neste processo e nesta pessoa delirante, daí,
eu ter noção que é absolutamente imperativo que o psicoterapeuta se
sujeite à sua própria análise e trabalhe esses aspectos.
Todas as circunstâncias referidas ao longo desta reflexão foram
vivenciados por mim, e através deles espero conseguir alcançar a
sensibilidade adequada de um futuro psicoterapeuta, ou seja, de um
técnico da relação.
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CEPSI – Curso de Especialização em Psicoterapia