3. • Selvagem, pagão, bárbaro, inocente, canibal –
muitos foram os adjetivos utilizados pelos
primeiros cronistas europeus para caracterizar
o nativo que encontraram na Velha-nova-
terra.
• Convertê-lo ao catolicismo foi a maneira que a
igreja encontrou de se relacionar com o
indígena.
4. • Os textos do Quinhentismo não tem valor
literário, mas sim valor histórico como
documentos que fornecem dados importantes
sobre a nossa identidade e a formação do
povo brasileiro.
5. • Relatos de viagem – textos informativos
• Descreveram as condições da nova terra
encontrada.
• Relatos de viagem, crônicas e cartas
• Descriçãod e Hans Sterden (1525? -1579)
6. CAP. 18 - Como fui capturado pelos
selvagens
• Quando eu estava andando na floresta, eclodiram
grandes gritos dos dois lados da trilha, como é comum
entre os selvagens. Os homens vieram na minha
direção e eu reconheci que se tratavam de selvagens.
Eles me cercaram, dirigiram arcos e flechas contra mim
e atiraram. Então gritei: “Que Deus ajude minha alma!”
Nem tinha terminado estas palavras, eles me bateram
e empurraram para o chão, atiraram e desferiram
golpes de lança sobre mim. Feriram-me – Deus seja
louvado – apenas uma perna, mas me arrancaram a
roupa do corpo, um deles o casaco, o outro, o chapéu,
o terceiro, a camisa e assim por diante...
7. CAP. 21. Como os selvagens se
comportaram comigo no primeiro dia
de sua aldeia.
• ... Desembarcamos. Nesse momento, todos,
jovens e velhos, saíram de suas cabanas, que
ficavam num morro, e queriam me ver. Os
homens foram com seus arcos e flechas para suas
cabanas e entregaram-me às mulheres, que
ficaram comigo. Algumas andavam à minha
frente, outras atrás de mim, e enquanto isso
dançavam e cantavam uma canção, o que,
segundo seus hábitos, fazem perante o
prisioneiro que querem comer...
8.
9. CAP.06. Como Deus todo poderoso fez
um milagre.
• Eu tinha feito uma cruz com dois troncos grossos e a ergui
frente a cabana onde eu vivia. Lá orava frequentemente ao
Senhor. (...) Uma vez que eu saí com eles para pescar, uma
mulher arrancou a cruz e deu-a a seu marido. Ele devia usar
a cruz para esmigalhar as conchas dos caracóis do mar, com
a qual faziam uma espécie de rosário. Isso me causou
enorme desgosto. Pouco depois começou a chover, e
choveu durante dias. Vieram, então a minha cabana e
exigiram que eu tratasse com meu Deus para que a chuva
parasse.
Pois, a época do plantio tinha começado, e, se não parasse de
chover, eles não poderiam plantar.
Respondi que a culpa era deles, Eles tinham irritado o meu
Deus, ao arrancarem a madeira que eu usava para falar
com ele
10. A figura do indígena
na literatura
• A figura do índio, mais
tarde no projeto do
romantismo servirá como
inspiração para o projeto
literário que pretendeu
dar bases a nossa
formação cultural.
Romantismo utilizou a
figura do índio como o
herói da nação brasileira.
23. • Pero Vaz escrivão da nau portuguesa que veio
ao Brasil.
• Ele era o responsável por redigiras
informações sobre a viagem
• Escreveu uma carta ao rei D. Manoel contando
sobre as terras brasileiras.
É o documento mais
importante deste período
24. • Senhor,
posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e
assim os outros capitães escrevam a Vossa
Alteza a notícia do achamento desta Vossa
terra nova, que se agora nesta navegação
achou, não deixarei de também dar disso
minha conta a Vossa Alteza, assim como eu
melhor puder, ainda que -- para o bem contar
e falar -- o saiba pior que todos fazer!
25. Sobre os índios
• Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse
suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas
setas. Vinham todos rijamente em direção ao
batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que
pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas
não pôde deles haver fala nem entendimento que
aproveitasse, por o mar quebrar na costa.
Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e
uma carapuça de linho que levava na cabeça, e
um sombreiro preto.
26. O primeiro contato
• Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia
fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles
fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em
direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos
que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata
e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal,
como se lá também houvesse prata!
Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo;
tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os
houvesse ali.
Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele.
Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe
queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados.
27. • E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de
falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o
colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em
direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse
dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um
castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e
novamente para o castiçal, como se lá também houvesse
prata!
Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz
consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra,
como se os houvesse ali.
Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele.
Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e
não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como
espantados.
28. • Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos,
fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo
quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam
fora.
Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a
boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais.
Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um
o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as
bocas e lançaram-na fora.
Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que
lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao
pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e
acenava para a terra e novamente para as contas e para o
colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo.