2. 1- Distinção entre Modelo e
Imagem
2 – 5 modelos de Igreja
3 – 3 modelos com síntese
4 – Eclesiologia
latinoamericana
3. Modelos = Imagens
“A utilização do conceito de
modelos está relacionada
com o uso de imagens, que
aliás é tradicional na
eclesiologia, remontando-
se à eclesiologia
patrística”(CIPOLINI, p. 826)
“As imagens sugerem
atitudes e cursos de ação;
intensificam a confiança e
a devoção. Auto-realizam-
se, até certo ponto; fazem
a Igreja tornar-se o que
elas sugerem que a Igreja
é” (DULLES, p. 18).
4. “Apesar de ser muito útil o emprego dos modelos em
eclesiologia, é preciso estar sempre alerta, pois, “visto
ser apenas parcial e funcional a sua correspondência
com o mistério da Igreja, os modelos são
necessariamente inadequados”. Não podem, portanto,
ser absolutizados” (CIPOLINI, p. 826).
O autor cita Clodovis Boff para elucidar esta realidade com o exemplo das
vitrines. Somente se conhece os produtos quando se está no interior da loja. A
partir disto se pode indicar o local mais adequado para a compreensão da
realidade eclesial e também do próprio ser da Igreja.
“O modelo não é propriedade do “objeto” analisado, é um instrumento
do sujeito que analisa. Isto deve ficar bem claro quanto ao uso dos
modelos na metodologia usada para compreensão da Igreja.” p. 827
MODELO
5. QUAL É O
MELHOR
MODELO ?
“Nenhum modelo é
inválido, nenhum é
supérfluo e nenhum
por si mesmo é
suficiente.”
Não existe nenhum
modelo em estado
puro, por isso, no
dia-a-dia estão
misturados.
Quando se fala de modelos
de Igreja não se quer aludir
a igrejas diferentes, mas a
modelos diferentes da
mesma Igreja.
(CIPOLINI,p.826).
6. QUAL É O
PAPEL DOS
MODELOS NA
IGREJA?
Os modelos devem
ser tipos ideais
utilizados para
análise da realidade
eclesial e orientar a
ação pastoral.
Cipolini
A categoria de modelo revela uma ferramenta útil
no interior na Igreja. Seu uso correto quebra
qualquer absolutização que possa ser reducionista
ou hegemônico. Uma coisa é modelo dominante
outra é modelo hegemônico.
7. 1- A IGREJA COMO INSTITUIÇÃO
2- A IGREJA COMO COMUNHÃO MÍSTICA
3- A IGREJA COMO SACRAMENTO
4- A IGREJA COMO ARAUTO
5 - A IGREJA COMO SERVA
8. Igreja como sociedade perfeita.
QUE
COMPREENSÃO
SE TEM DE
IGREJA?
Essa realidade pode ser encontrada na
concepção de Belarmino ao afirmar
que a Igreja era uma sociedade “tão
visível e palpável como a
comunidade do povo romano, ou
o Reino de França ou a República
de Veneza”. (p. 33).
A IGREJA É TOMADA POR
ANALOGIAS DE SOCIEDADE
POLÍTICA.
9. A insistência da
VISIBILIDADE da
Igreja foi um traço
caraterístico da
eclesiologia católica
desde os fins da Idade
média até os meados
do séc. XX.
Este modelo de igreja
fundamentalmente
acentua o lado
VISÍVEL e está
calcada sobre os
direitos e poderes
dos seus
funcionários.
10. • “um sistema em que o elemento
institucional recebe tratamento
preferencial”. p. 34
Institucionalismo
• Tem haver com a organização
da Igreja.
Institucional
O VATICANO II NÃO PODE SER TACHADO DE
INSTITUCIONALISTA. PELO CONTRÁRIO, NA LG A IGREJA
APARECE COMO MISTÉRIO, SACRAMENTO, CORPO DE CRISTO E
POVO DE DEUS.
11. Isto leva a Igreja docente e a Igreja
discente. A Igreja santificadora e a
Igreja Santificada, a Igreja governante
e a Igreja governada.
Os poderes e funções da
Igreja são 3:
ENSINAR
SANTIFICAR
GOVERNAR
12. ENSINAR
SANTIFICAR
GOVERNAR
Neste modelo os bispos são: segundo Santo Irineu
“possuidores de um especial “carisma da verdade””.
Enfim a Igreja, nesta esteira seria como que uma
escola onde os professores tem o poder de impor sua
doutrina com sansões jurídicos e espirituais.
Alguns autores falam como se a santidade fosse
uma espécie de substância inerente à Igreja. A
hierarquia seria como que a detentora da chave que
abre a válvula da graça.
É regido pela hierarquia. Não é uma sociedade
democrática e representativa, e sim como uma
sociedade regida pela classe dominante. Exemplo
disso foi expresso no Vaticano I a “Igreja é uma
sociedade de desiguais porque existe nela o poder
emanado de Deus, a mercê do qual a alguns é
dado santificar, ensinar e governar, e a outros
não”. p. 38.
13. Foi pronunciado no início do Concílio V. II e refutado
pela nova compreensão.
CLERICALISMO
JURIDICISMO
TRIUNFALISMO
O clero é visto como fonte de todo
poder e iniciativa.
Entende a autoridade de Igreja estritamente
segundo padrões de jurisdição no estado
secular e amplia grandemente o lugar da lei e
das penalidades.
Dramatiza a Igreja como um exército
em ordem de batalha contra Satanás
e as potências do mal.
Dulles
14. VANTAGENS DO
INSTITUCIONALISMO
LIMITAÇÕES DO
INSTITUCIONALISMO
- Fomentou documento da
Igreja que justifica a
hierarquia na revelação
divina.
- Enfoque institucional que
insiste na continuidade com
as origens cristãs - presente
inserto, passado estimado.
- Proporcionou aos católicos
sentido de identidade
corporativa, sabiam o que
eram e o que defendiam.
tem uma base comparativa
escassa na escritura e na
tradição primitiva;
este modelo conduz a certas
consequências funestas na vida
cristã: clericalismo, juridicismo;
se opõe como obstáculo a uma
teologia criativa e fecunda;
não possibilita o ecumenismo e
também não logra suficiente
liberdade ao elemento
carismático;
dificuldade com o sujeito do
séc. XXI: “As pessoas não
querem se amarar totalmente a
uma instituição.” p. 46
15. “A cada geração a Igreja precisa enfrentar de novo o
problema de como manter a sua força institucional e
estabilidade societária sem cair nos defeitos do
institucionalismo exagerado.” p. 46-47.
“Os elementos institucionais da Igreja devem, em
última análise, justificar-se pela sua capacidade de
exprimir ou fortalecer a Igreja enquanto comunidade
de vida, testemunho e serviço, uma comunidade que
reconcilie una os homens na graça de Cristo.”
DULLES, p. 47
16. Segundo Dulles, esta centrada na eclesiologia da comunidade ou
comunhão é fomentada por Congar e Hamer.
Dois
aspectos
inseparáveis:
É FORMADA DE
HOMENS QUE SE
ASSOCIAM COM DEUS E
ENTRE SI EM CRISTO.
(COMUNIDADE DE
SALVAÇÃO).
A IGREJA É TOTALIDADE
DE MEIOS PELOS QUAIS
ESTA ASSOCIAÇÃO SE
PRODUZ E SE MANTÉM.
(INSTITUIÇÃO DE
SALVAÇÃO).
18. “O conceito da Igreja como comunhão se
harmoniza com diversas imagens bíblicas,
especialmente com duas imagens que
figuram de modo saliente na moderna
eclesiologia: as do corpo de Cristo e do
povo de Deus.” DULLES, p. 52
Outro autor que foi um dos grandes defensores
destes conceitos de Igreja foi J. Adam Mühler e
seus discípulos na escola de Tübingen. Eles
popularizaram a noção da Igreja como organismo
sobrenatural vivificado pelo Espírito Santo, um
consórcio sustentado pela efusão da divina graça.
19. No séc.
XIX e XX
Houve um resgate da Igreja como
Corpo Místico;
Retorno as fonte bíblicas e
patrísticas;
20. Foi reafirmada a ideia de Igreja
corpo de Cristo, mas afirma
que a Igreja hierárquica e o
corpo místico se relacionam
entre si de modo comparável
como a relação em si da
natureza humana e a divina de
Cristo.
porém não afirma que
as fronteiras da Igreja
de Cristo ou os limites
do Corpo Místico
coincidem com os da
Igreja católica romana.
(Cf. p. 55).
“Os dois modelos de Igreja corpo de Cristo e Igreja povo de Deus
iluminam ambos, cada qual com seu enfoque, a ideia da Igreja como
comunhão ou comunidade.” Dulles, p. 58
21. 1 – Quais os
vínculos de união?
3 – Qual a meta ou
objetivo da Igreja?
2 – Quais os
beneficiários?
A união ultrapassa os termos morais e
jurídicos, seria uma união mística
transformadora.
Os membros são os beneficiários, mas
entendido num sentido espiritual
animado pela fé e caridade
sobrenaturais.
A meta da Igreja aqui é espiritual ou
sobrenatural. Onde quer que a Igreja
esteja presente os homens já estão
unidos com Deus.
22. VANTAGENS DESTE MODELO LIMITAÇÕES DESTE MODELO
- Este modelo de comunhão
possui uma eclesiologia
baseada na noção bíblica
(koinonia);
- Trabalha com a noção de
Igreja como corpo de Cristo e
povo de Deus;
- enfoque ecumênico mais
fecundo;
- possui fundamentos na
tradição católica
principalmente das primeiras
comunidades;
- possui uma relevância para
os tempos atuais aonde vem
de encontro às necessidades
humanas;
-Com a visão da Igreja como
um dom livre e espontâneo
do Espírito, pode-se correr o
risco da hierarquia parecer
supérflua;
- pode incorrer num
dualismo do visível e
invisível;
- este modelo se mostra
insuficiente para dar aos
cristãos um sentido bem
claro da sua identidade e
missão.
23. “Em muitos casos e esforço para
encontrar uma perfeita comunhão
interpessoal na Igreja tem levado à
frustação quando não a apostasia. A
Igreja, embora prometa comunhão, nem
sempre a proporciona de maneira muito
evidente. É comum experimentarem
cristãos a Igreja mais como uma cordial
camaradagem entre companheiros de
viagem do que como uma união de
pessoas que se amam no mesmo lar.”
Dulles, p. 65
24. LUBAC
A luz de grande pensadores
da Antiguidade e do
Medievo desvelou
importante contribuição
para esta teoria da Igreja
como sacramento.
divino e humano na
Igreja nunca podem
se dissociar.
Acentua
Igreja
Igreja
Instituição
Igreja
sacramento
Igreja
comunhão
25. Qual é o seu
fundamento?
Na linha de Lubac, por sua vez, Rahner,
Schillebeeckx, Smulders, Congar e
Martelet seguem refletindo sobre a
Igreja como sacramento.
O Vaticano II foi quem
definitivamente deu este passo de
modo claro e objetivo destacando a
Igreja como Sacramento (LG 9 e 48).
Outros Documentos acentuaram
muito essa ideia como AG 5; GS 42;
SC 10 e 41.
26. Cristo
Igreja
“Jesus é o sacramento de Deus voltado para o
homem. Representa para nós a amorosa
aceitação do homem por Deus e a reabilitação
do homem, não obstante a sua indignidade.”
Dulles, p .73
S
A
C
R
A
M
E
N
T
O
O sacramento da redenção somente é completo
quando se torna sinal daquele que deve ser,
deve ele aparecer como sinal do amor redentor
de Deus, extensivo a toda humanidade e da
resposta de todo o gênero humano a esse amor
de redentor.
A Igreja é um sinal que deve significar, de uma
forma histórica, a graça redentora de Cristo.
Assim ela deve encarnar-se em toda cultura
humana.
27. Possui
Aspecto
Exterior
Aspecto
Interior
ESTÁ RELACIONADA AO
ASPECTO INSTITUCIONAL
OU ESTRUTURAL.
a Igreja se torna Igreja na medida em que a
graça de Cristo atinge historicidade mediante
as ações da Igreja com tal.
A eucaristia é o sacramento que melhor expressa este sinal
visível da Igreja, pois ela é a antecipação sacramental do
banquete celestial de núpcias, a forma final, eterna da
comunidade dos santos efluem já agora nessa solenidade,
o próprio sacrifício de cristo nela está presente.
28. 1 – Quais os
vínculos de união?
3 – Qual a meta ou
objetivo da Igreja?
2 – Quais os
beneficiários?
São os sinais sociais, visíveis da graça de Cristo que
opera nos fiéis cristãos. A graça opera quando
manifestam a fé, esperança e caridade pelo
testemunho e no culto, reforçam a unidade
espiritual que expressam.
São todos aqueles que são mais capazes de
articular e viver a sua fé graças ao seu contato
com a Igreja que crê e ama.
A Igreja anseia por purificar e intensificar a
resposta dos homens à graça de Cristo. “Os fiéis,
quando conseguem encontrar as formas externas
apropriadas para exprimir os eu compromisso com
Deus em Cristo, tornam-se símbolo vivos do divino
amor e fachos de esperança.” p. 79
29. Qual é o
centro deste
modelo?
Vê a Igreja enquanto reunida e formada
pela palavra com a missão de proclamar
o que viu e ouviu, creu , e foi encarregada
de proclamar.
Este modelo é querigmático, porque encara a
Igreja como um arauto, ou seja, aquele que
recebe uma mensagem oficial com o encargo de
transmiti-la.
30. QUAL O FUNDAMENTO ?
Este modelo da Igreja se fundamenta no pensador
Karl Barth na linha de Paulo, Lutero e outros. A
palavra de Deus não pode ser limitada pela Igreja,
pelo contrário, a Igreja é a consagração reunida pela
palavra que proclama ao arrependimento e à reforma.
NESTE MODELO A IGREJA ESTÁ A SERVIÇO DO
REINO DE DEUS, ELA NÃO É O REINO DE DEUS E
NEM CONSTRÓI O REINO DE DEUS. A IGREJA É
ANUNCIADORA (ARAUTO) DO REINO DE DEUS.
31. Bultmann acentua que a Palavra de Deus é
que constitui a Igreja; reúne os
homens e forma a congregação ou
ekklesia. Isto tona a Palavra de
Deus e a Igreja inseparáveis.
Outras tendências surgiram a partir das interpretações
de Bultmann com o acento na linguagem. A
proclamação cristã, segundo esta concepção, pode ser
entendida como um acontecimento linguístico em que
o corpo de Cristo se constitui e congrega.
32. 1 – Quais os
vínculos de união?
3 – Qual a meta ou
objetivo da Igreja?
2 – Quais os
beneficiários?
Os vínculos primários deste enfoque é a fé; e a fé
vista como uma resposta ao Evangelho, quer dizer,
a proclamação do acontecimento-Cristo. Os
sacramentos e a instituição são considerados
secundários em relação à Palavra.
São os que ouvem a Palavra de Deus e
põem a sua fé em Jesus, Senhor e
Salvador.
É proclamar a mensagem, não
necessariamente produzir a conversão
(só Deus pode fazer), mas sim
evangelizar todas as nações.
33. VANTAGENS DESTE MODELO LIMITAÇÕES DESTE MODELO
- possui bom fundamento
bíblico na tradição profética
do AT e em Paulo;
- possibilita a Igreja um claro
sentido da Identidade e
missão, especialmente a
Igreja local;
- conduz a uma
espiritualidade que se
centraliza na soberania de
Deus e na infinita distância
do homem em relação a ele;
- não basta apenas proferir a
Palavra de Deus afinal o
verbo se tornou carne;
- pode cair na negação da
encarnação do Verbo;
- a Igreja parece dissolver-se
numa série de
acontecimentos totalmente
desconexos. O institucional
deve caminhar junto com a
compreensão bíblica;
- o magistério da igreja é
enriquecido pela palavra, mas
também está revestido de
autoridade para interpretar a
mesma;
34. A partir do Vaticano II
Lumen
Gentium
a Igreja deve ser considerada parte da família
humana total, compartilhando dos mesmos
interesses que o resto dos homens. A mesma
constituição n. 3 fala que da mesma forma que
Cristo veio ao mundo não para ser servido e
sim para servir, a Igreja procura servir ao
mundo fomentando a fraternidade de todos os
homens. Também é tratado no n. 9.
35. pode chamar-se “secular-
dialógico”: secular, porque a
Igreja assume o mundo como
lugar teológico; diálogo,
porque busca operar na
fronteira entre o mundo
contemporâneo e aa tradição
cristã.
A melhor imagem de Igreja que se harmoniza
com esta atitude é a de Serva. Jesus é o modelo
do verdadeiro sentido de ser servo.
36. A partir deste modelo de Igreja as assembleias
episcopais começaram a aprofundar ainda mais
esta realidade dando respostas práticas a serviços
urgentes. Contudo, a Igreja teve muitas resistência
a estas novas compreensões teológicas.
É a Igreja-Serva a comunidade que confirma a
humanidade na sua liberdade de forjar o seu futuro,
e contesta as pretensões do definitivo em quaisquer
estruturas humanas e sofre com os homens na luta
contra as forças do mal (p. 105)
”
“
37. 1 – Quais os
vínculos de união?
3 – Qual a meta ou
objetivo da Igreja?
2 – Quais os
beneficiários?
são menos tradicionais, mas de mútua
fraternidade que brota entre os que ingressam
no serviço cristão em prol do mundo.
Não são exclusivamente, ou sequer
preferencialmente, os membros da própria Igreja.
São todos esses irmãos e irmãs de boa vontade
espalhados pelo mundo inteiro.
É ser auxílio a todos os homens onde quer
que estejam. “A competência especial da
Igreja é manter viva nos homens a
esperança do reino de Deus e sua
aspiração por ele.” Dulles, p.108
38. VANTAGENS DESTE MODELO LIMITAÇÕES DESTE MODELO
- este modelo deu mais
abertura para a relação da
Igreja com o mundo;
- oferece ao mundo a fé em
Cristo, a esperança na vinda
final do reino de Deus, e o
compromisso com os valores
da paz, da justiça, e da
fraternidade humana, todos
eles temas bíblicos
dominantes;
- procura motivar os homens,
como nada mais talvez, a
empregarem o seu poder para
servir;
- carência de fundamento
bíblico direto;
- o termo servo contém
certas ambiguidades:
trabalho feito sob ordem;
trabalho dirigido mais ao
bem dos outros do que à
própria do trabalhador; e
trabalho que é humilde e
degradante (servil).
- pode ocorrer no erro de usar
das diretrizes evangélicas
relativas à humildade e ao
sacrifício somente aos
indivíduos e não à Igreja como
tal.
39. 1-Modelos de Igreja
Institucional ou tradicional
2 – Modelo de Igreja
sacramento/comunhão
3 – Modelo de Igreja servidora da
libertação integral
Cipolini
40. Cipolini
Ele parte da compreensão da Igreja como
sociedade perfeita e insiste na visibilidade e nas
estruturas da Igreja. Dá mais destaque as
estruturas visíveis do que as pessoas. A partir do
séc. XI, com a reforma gregoriana, surgem um
surto institucionalista que toma conta da Igreja.
41. SÉRIOS PROBLEMAS clericalismo
juridicismo
triunfalismo
Na perspectiva de nosso autor,
“este modelo de Igreja gira ao
redor do eixo:
autoridade/obediência.” p. 833.
Se pode concluir que o
institucional-hierárquico
obscureceu quase totalmente o
mistério nela contido.
Atualmente é ultrapassado
alimentar um modelo de Igreja
que enfatize tanto o lado
estrutural.
42. ANÁLISE REFERENCIAL DE ARTICULAÇÃO ECLESIAL
Modelo de sociedade: sociedade hierárquica ou
monárquica;
Ideologia: autoritária, posição política conservadora.
Estrutura: paróquias tradicionais;
Metodologia: educação “bancária” parte da doutrina,
cria subordinação e leva à passividade;
Relações Internas: centralismo no padre, clero dono do
sagrado e leigo freguês;
Linha pastoral: sacramentalista, teologia dos manuais;
Liturgia: ritos prefixados na língua Latina;
Leitura da Bíblia: fundamentalista;
Missão: cruzada e conquista;
Espiritualidade: individualista;
Moral: moral privada;
43. Cipolini
Usa do conceito de Igreja comunhão que se
harmoniza com imagens Bíblicas como: Povo de
Deus e Corpo de Cristo. Também é sustentado
por teólogos como organismo sobrenatural,
vivificado pelo Espírito Santo.
A Igreja é o sinal da graça redentora de Cristo
encarnado em todas as culturas. Este modelo restitui
a Igreja como mistério. Também resgata a sua
correspondência com a Trindade. Além disso, este
modelo tenta privilegiar a pessoa sobre a estrutura, o
que representa um avanço em comparação com o
modelo anterior.
44. “Este modelo pode levar a um excesso de
entusiasmo na busca de experiências religiosas, ou
de relações vivas e familiares, ou ainda pode levar
a uma autocontemplação paralisante. É o que
muitas vezes tem acontecido com muitos
“movimento” surgidos no pós –concílio.” Cipolini, p.
835
O autor acentua que com o Concílio
aconteceu uma kenose, isto é,
descentralização expressa na
colegialidade, diálogo, co-
responsabilidade e
subsidiariedade. (Schillebeeckx )
A igreja agora está aberta ao
diálogo com o mundo, com
as culturas em vista da
missão em favor do Reino.
45. ANÁLISE REFERENCIAL DE ARTICULAÇÃO ECLESIAL
Modelo de sociedade: sociedade liberal que pode cair no
individualismo;
Ideologia: reformista e o posicionamento social em defesa
dos direitos humanos;
Estrutura: paróquia renovada;
Metodologia: usa vários modelos modernos que parte da
realidade terrestre em vista de melhorias;
Relações Internas: característica paternalista: o padre é o
líder e o fiel colaborador;
Linha pastoral: renovada e progressista;
Liturgia: celebrações emocionais;
Leitura da Bíblia: influencia do método histórico crítico;
Missão: encarnacional de fermento na massa;
Espiritualidade: comunitária, encontros e “movimento”;
Moral: interpessoal que busca uma sociedade comunitária;
46. MODELO DE IGREJA SERVIDORA – DA LIBERTAÇÃO INTEGRAL
Ponto de
Partida
O ponto de partida deste modelo é a Igreja
servidora da humanidade, já destacada e
enfatizada no Concílio Vaticano II.
Na GS 76 destaca estar a Igreja
a serviço da vocação pessoal e
social das pessoas.
GS 42 bem servir
a todos.
O vaticano II neste
contexto é tomado
como plataforma de
lançamento.
47. “Assim, a Igreja não deve ser em primeiro lugar
uma instituição perfeitamente estruturada, lugar
de proclamação confessional ou de celebração
cultual. Deve ser, sim, em primeiro lugar, o Povo
de Deus convocado para viver em comunhão,
capaz de viver a fé e discernir a promessa de
Deus, sua aliança e sua sentença atuante no meio
de nós.” P. 837
CONFERÊNCIAS
EPISCOPAIS
tem um papel importantíssimo, pois ela vai
ser concebida como acontecimento salvífico
a partir do pobre e do pecador, mais que
acontecimento institucional
48. FORÇA PROPULSORA
Amparados no
pensamento de
Comblin
que a Igreja não nasce de cima para baixo,
mas de baixo para cima a partir de grupos de
base. Também não nasce da vontade
imperiosa do poder do mais forte. Entretanto,
nasce a partir de uma comunhão que une
pessoas em comunidades.
49. É um modelo de Igreja que
se aproxima muito da Igreja
dos primeiros tempos.
Volta-se para o pobre, órfão,
viúva e pecador e procura
ser fiel ao caráter
carismático e profético. “O
evangelho é pregado como
Boa nova e não como
Doutrina.” (838).
As principais características
deste modelo caraterizada
pelo autor são: dimensão
comunitária, centrada na
Palavra, compromisso com a
Justiça, opção pelos
empobrecido, organização
ministerial de comunhão e
participação. Além disso,
acentua a compaixão, a
misericórdia, como atributo
maior.
50. ANÁLISE REFERENCIAL DE ARTICULAÇÃO ECLESIAL
Modelo de sociedade: sociedade socializada, solidária.
Ideologia: democrática.
Estrutura: a pequena comunidade (CEBs).
Metodologia: pedagogia do oprimido para criar autonomia
e levar ao compromisso.
Relações Internas: co-responsabilidade do clero e do
leigo.
Linha pastoral: evangelização libertadora; Modelos
Medellín.
Liturgia: celebrar a fé e a vida.
Leitura da Bíblia: narrativa libertadora.
Missão: servidora do reino.
Espiritualidade: encarnada na vida e a santidade é
pessoal e comunitária.
Moral: valores do reino pela vida e pelo bem comum.
52. Histórica Conceitual
Poderíamos
partir da História
da evangelização
identificando as
características
eclesiológicas
que formaram a
eclesiologia
latinoamericana
Poderíamos partir do
Vaticano II e depois as 5
Conferências episcopais.
A redescoberta
pneumatológica, o
conceito de pobre e a
teologia da Libertação.
54. Catequese
Esteve entregue às
ordens religiosas,
aos missionários.
No caso dos
protestantes foi
entregue a
missionários de
Casas de Missão.
Devoções
As devoções faziam parte
do imaginário religioso dos
portugueses, espanhóis,
holandeses, franceses e
ingleses que vieram pra cá.
Os protestantes
optaram pelo culto
doméstico, leitura da
Bíblia, livros de oração,
cânticos.
Dherer
56. Abordagem a partir do Vaticano II
Vaticano II
Os movimentos de
renovação dos séc.
XIX e XX já haviam
tentado nova
atualização e
integração das
tradições bíblicas,
patrísticas,
litúrgicas, e
ecumênicas, foram
acolhidas
oficialmente pela
Igreja.
A autocompreensão
da Igreja volta a ser
Povo de Deus. Com
isso, a Igreja se
projeta pra frente,
redescobrindo as
Igrejas locais e o
força do Espírito
Santo que promove
a Igreja Comunhão.
WIEDENHOFER
57. “A caminhada da Igreja Latino-americana rumo a
uma abrangente práxis de fé libertadora mostra
que a Igreja somente volta adquirir a sua
identidade como povo de Deus na medida em que
ela se torna “Igreja do povo” ou “Igreja dos
pobres”, isto é, quando o povo oprimido deixa de
ser mero objeto da atenção eclesiástica, mas
passa a ser ele próprio sujeito histórico da fé
libertadora” (WIEDENHOFER, 2002, p. 85).
58. 2- ECLESIOLOGIA LATINOAMERICANA
Efeitos principais Concílio Vaticano II
Hermenêutica
teológica
O pluralismo e a
regionalização da
teologia
NA AMÉRICA LATINA, O CONCÍLIO NÃO FUNCIONOU APENAS COMO
PONTO DE CHEGADA, MAS TAMBÉM COMO PONTO DE PARTIDA DE UMA
NOVA CONSCIÊNCIA DE SER IGREJA “ (CIPOLINI, 2007, P.84).
59. 3 - A ESPIRITUALIDADE DA LIBERTAÇÃO VEM
ANTES DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
Espírito Santo Como princípio de liberdade na
Igreja e no mundo.
Liberdade
Manifestada no Amor-serviço
Fundada na
espiritualidade
da libertação
A partir disso irá surgir a
Teologia da Libertação
60. Quer servir as
pessoas
Na realidade a qual estão
inseridas
Evangelização Libertadora
Promoção humana
Na AL será o ser
humano pobre, já
que a pobreza era a
condição da maioria
da população
“A fé em Deus deve levar a
eliminar a fome de pão” (J.
Paulo II).
Igreja servidora
61. 4- IGREJA DO TERCEIRO MUNDO
Igreja que não pode ser considerada como filial ou como
produto da exportação da Igreja da Europa, mas uma
Igreja com perfil próprio, própria linguagem, cultura,
produção espiritual e religiosa a serviço da transmissão
do Evangelho (CIPILINI, 2007, p. 87)
Não porque está
fundamentada no
Concílio Vaticano II.
Teve duas funções: 1- legitimar a
renovação da Igreja já em Curso.
2- permitir uma recepção criativa do
Concílio a partir da perspectiva dos pobres.
62. Subsídio preparatório à V Conferência do
Episcopado Latino-Americano
1. As quatro conferências-gerais do Episcopado Latino-
Americano e do Caribe marcaram a Igreja na América Latina,
dando-lhe um rosto muito próprio e bem definido.
2. A primeira dessas conferências realizou-se no Rio de Janeiro
de 25 de julho a 4 de agosto de 1955. Encontramo-nos numa
fase pré-conciliar. As preocupações maiores dessas conferências
foram os problemas da Igreja ad intra: a escassez de sacerdotes;
a ignorância religiosa do povo; as missões entre os infiéis.
3. A II Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano
realizou-se em Medellín (Colômbia) de 26 de agosto a 4 de
setembro de 1968. Essa conferência deu-nos 16 documentos.
Constitui uma releitura do Vaticano II para a América Latina e o
Caribe.
63. 3. A II Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano
realizou-se em Medellín (Colômbia) de 26 de agosto a 4 de
setembro de 1968. Essa conferência deu-nos 16 documentos.
Constitui uma releitura do Vaticano II para a América Latina e o
Caribe.
4. A III Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano
realizou-se em Puebla de Los Angeles (México) de 27 de janeiro
a 13 de fevereiro de 1979. Situa-se numa linha de continuidade
com Medellín. Base de toda a reflexão foi a Exortação Apostólica
Evangelii Nuntiandi de Paulo VI de 8 de dezembro de 1975.
Como Medellín foi uma releitura do Vaticano II para a América
Latina e o Caribe, assim Puebla foi uma releitura da Evangelli
Nuntiandi.
5. A IV Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano
realizou-se em Santo Domingo (República Dominicana) de 12 a
28 de outubro de 1992.
64. 5- IGREJA A PARTIR DE MEDELLÍN
Traçou 5
Linhas
Opção preferencial pelo pobres
contra a pobreza
Libertação integral
As comunidades eclesiais de base
Defesa dos direitos Humanos
Opção pelos Jovens
‘’Em todos esses
projetos transparece
a ação
transformadora do E.
Santo na realidade,
infundindo liberdade
e ação concreta em
favor da vida. A ação
dos pobres e
oprimidos é
extraordinária’’.
65. Características gerais de Medellín
A característica de Medellín é
marcada pela situação de um
mundo subumano.
A visão do Vaticano II foi uma
visão otimista e a palavra-
chave era desenvolvimento,
como fica claro na Carta
Encíclica de Paulo VI
Populorum Progressio: o
desenvolvimento individual e
solidário da humanidade.
Em Medellín, a teologia do
desenvolvimento e da promoção
humana cede lugar à teologia e
pastoral da libertação. É a descoberta
do sub-mundo dos pobres, dos países
pobres, que é a maioria da
humanidade, e pobres devido a uma
situação de dependência opressora
que gera injustiça. Impõem-se com a
conversão da criatura humana às
mudanças estruturais.
66. 6 - IGREJA A PARTIR DE PUEBLA
Qual era a
situação da Igreja
Era uma situação
conflitiva.
Apesar disso, ela fez avançar a reflexão
eclesiológica latino-ameericana propondo
uma IGREJA DE COMUNHÃO (JESUS
CRISTO) E PARTICIPAÇÃO (E. SANTO),
comunhão no mistério cristão revelado
Jesus e participação neste mistérios pelo
impulso do E. Santo.
O desafio maior vinha
da realidade social
político-econômica,
por isso, foi preciso
articular
teologicamente fé e
vida, evangelização e
promoção humana,
evangelização e R. de
Deus.
67. Libertação evangelizadora
Puebla
é vista mais tarde em Puebla em dois
elementos complementares e
inseparáveis:
1- A libertação de todas
as servidões do pecado
pessoal e social, de tudo
o que afasta o ser
humano e a sociedade e
tem sua fonte no
egoísmo, no ministério da
iniquidade;
2- A libertação para o
crescimento progressivo no
ser, pela comunhão com Deus
e com os homens, que culmina
na perfeita comunhão do céu,
onde Deus é tudo para todos e
não haverá mais lágrima (cf.
Puebla, 482).
68. OS GRANDES QUESTIONAMENTOS DE PUEBLA
Quais as opções pastorais fundamentais
para que o evangelho seja um
acontecimento atual e presente com
toda a sua vitalidade e força original?
Qual o mundo que a Igreja deve evangelizar?
Com que mundo a Igreja, em nome do
evangelho, se deve comprometer?
Em outras palavras,
como atuar
pastoralmente na
América Latina em
total fidelidade ao
evangelho?
Quais os critérios e as
linhas de uma verdadeira
e autêntica
evangelização para a
América Latina?
69. A PARTE MAIS IMPORTANTE DO DOCUMENTO DE PUEBLA
É A IV PARTE, EM QUE, ALÉM DA OPÇÃO PREFERENCIAL
PELOS POBRES, DA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS JOVENS E
DA AÇÃO DA IGREJA JUNTO AOS CONSTRUTORES DA
SOCIEDADE PLURALISTA NA AMÉRICA LATINA, SE TRATA DE
MODO MUITO ESPECIAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
DO SER HUMANO, DOS DIREITOS INDIVIDUAIS, DOS
DIREITOS SOCIAIS E DOS DIREITOS EMERGENTES, SENDO
ARROLADOS TAMBÉM ALGUNS DIREITOS DE ÍNDOLE
INTERNACIONAL.
70. 7 - IGREJA A PARTIR DE SANTO DOMINGO
Palavra-chave
Santo Domingo, em continuidade com
Medellín e Puebla, significou um novo
passo. Se em Medellín a palavra-chave era
libertação, em Puebla, comunhão e
participação, em Santo Domingo era
inculturação.
Nas diferentes culturas latino-americanas e caribenhas começa a
impor-se nova cultura. É a cultura presente nos meios de
comunicação social, na mentalidade fortemente reinante no
espírito urbano-industrial, e que perpassa todas as camadas da
sociedade. Tal cultura não é fácil de definir, mas caracteriza-se
por um espírito técnico-científico.
71. Documento de Santo Domingo
Como saiu?
Muito confuso. Não houve tempo de dar-lhe
uma redação final coerente. Como parte principal
desse documento ficaram as linhas prioritárias de
pastoral, colocadas ao final no documento.
Houve um compromisso para trabalhar em:
uma nova evangelização dos povos latino-
americanos e caribenhos;
uma evangelização inculturada;
uma promoção integral desses povos;
72. 8 - CONCEITOS BÁSICOS DA ECLESIOLOGIA
LATINOAMERICANA
“A partir dessa experiência realizada em meio aos pobres, a
Igreja latino-americana adquiriu certas características que
nos possibilitam afirmar que é uma Igreja que nasce do
Espírito no meio dos pobres, inscrevendo-se na grande
tradição espiritual e eclesial que remonta ao tempo de
Jesus e dos apóstolos” (CIPOLINI, 2007, p. 92).
Desemboca numa Igreja dos pobres,
da libertação, das CEBs, da leitura
popular e militante da escritura, das
celebrações litúrgicas populares, do
martírio.
73. Sacramento da salvação
Sacramentalidade
Deriva do Mistério. A visão de
mistério une as várias dimensões da
realidade da Igreja, aquela social e
histórica com a espiritual e
transcendente.
“Na Igreja Latino-americana, a salvação não pode ser
anunciada somente como “salvação das almas” em desprezo
pelo corpo. Deve ser uma salvação que resgata o sentido
evangélico de salvação a partir da pregação de Jesus Cristo, é
salvação integral, com uma dimensão histórica, social e
política, que se consumará, no entanto, de forma
metahistórica” (CIPILINI, 2007, p. 93).
74. Evangelizadora: reino e profetismo
Missão da Igreja
Anunciar o
evangelho
Não existe para si
mesma
Evangelização
libertadora
Anunciar com palavras e atos em
favor da justiça do reino
Síntese entre fé,
justiça e testemunho
Profetismo
75. Igreja dos pobres
Porquê?
Em meio a uma situação de exclusão e
pobreza, toma-se consciência de que o
problema dos pobres é o problema teológico
por excelência, já que o verbo que se fez
carne, se fez também pobre.
Se fundamenta no
conceito de Povo de
Deus
Se fundamenta na
fidelidade a Jesus de
Nazaré
Igreja dos pobre e Igreja pobre
no seguimento de Jesus.
Pequenas
comunidade
Espírito Santo
76. Comunidade: comunidade eclesiais
de base
Objetiva
Teologia da
Libertação Comunidade
eclesiais de Base
São
caracterizadas
como
eclesiologia
ascendente
Justificativa no C,
Vaticano II na LG n. 26
São pequenas comunidade
fundamentadas na fé eclesial:
batismo e eucaristia. Se fortalecem
ouvindo a Palavra de Deus, a fé
ligada a vida, a co-
responsabilidade, os ministérios,
os trabalhos comunitários, a
solidariedade, com os fracos,
marginalizados, e oprimidos,
comunhão e partilha.
77. 9 - IDENTIDADE DA IGREJA NA
ECLESIOLOGIA LATINOAMERICANA
Unidade
Santidade
Parte de uma
análise do Creio
Da Igreja procede da unidade de Cristo
(1Cor,12,13). Unidade não apenas de
pensamentos e de orações, mas também
unidade de bens materiais na partilha como
fruto da Justiça. A partida da Eucaristia se
uma comunidade tem e outra não, não há
unidade (1Cor, 11,20-22).
A Igreja é Santa porque Jesus está nela e ela em
Jesus, união operada pelo Espírito Sanificador
(1Cor 6,11). Ela é santa e pecadora, mas que se
salva mediante o espírito. A santidade é a
justiça de Deus imperando no mundo, é
empenho em favor da vida, supremacia do
amor e o mundo mais justo e solidário.
78. Catolicidade
Apostolicidade
Só é possível pela força do Espírito Santo, porque
só assim sua missão não se torna dominação. A
Igreja como universal não pode tomar partido, a
não ser o partido de Deus, que é a causa dos
pobre e oprimidos. Quando se opta pelos pobres
não se está excluindo ninguém, pois a partir da
causa do pobre, a Igreja descobre seu caráter
universal e particular: se a causa é justiça, é justa
para todos.
Da Igreja não se limita à consideração da sucessão
apostólica, mas ultrapassa este argumento, que
será sempre válido. A Igreja é apostólica porque
fundada no testemunho evangélico dos apóstolos
com referencias no seu agir. São testemunhas da
ressureição onde Deus faz justiça ao condenado
injustamente.
79. CONCLUSÃO
Impulsionada pelo
Vaticano II
IGREJA DA AMERICALATINA
Se colocar a serviço
do ser humano;
Do pobre procurando viver
a santidade, amor e justiça;
Serviço do reino de
Deus no Mundo;
Crítica da religião
como alienação;
Opção pelo pobre e
contra a pobreza;
Credibilidade do
evangelho;
Comunidade críticas
e militantes; Comunidade eclesiais
de base;
Atuação do Espírito
libertados na história;Comunhão, partilha,
inclusão;
Igreja com missão
religiosa e humana;
Editor's Notes
Ondulações de água
(Básico)
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