Este documento discute o capítulo 6 de Romanos e como ele trata da santificação. O capítulo explica que os cristãos morreram para o pecado e agora devem viver para Deus. Eles não estão sob a lei, mas sob a graça, então não devem usar a graça como desculpa para pecar. Ao invés disso, devem apresentar-se a Deus como instrumentos de justiça.
4. ROMANOS
O PLANO DE SANTIFICAÇÃO EM
ROMANOS 6
CONHEÇA-SE! Rm 6:1-10
CONSIDERE-SE Rm 6:11-12
APRESENTE-SE Rm 6:16-21
OBEDEÇA Rm 6:22,23
Adaptado de Willmington's Guide to The Bible
5. ROMANOS
ROMANOS 6:1
Se a graça de Deus é abundante no pecado
devermos pecar para que a graça seja ainda maior?
O apóstolo não está negando a eficácia nem o
poder da graça mas a nossa ação diante de Deus e
de Sua graça. Saber que a graça e abundante e
superabundante é uma coisa, mas abusar da graça
de Deus e usá-la com desculpa para pecar é outra
coisa totalmente diferente.
6. ROMANOS
ROMANOS 6:2
O apóstolo responde ao questionamento anterior de
forma negativa. De maneira alguma devemos continuar no
pecado, pois isso seria tentar a Deus e desafiá-lo de forma
escarnecedora.
Como poderemos viver uma vida de pecado se já
morremos para o pecado. Oberve que aqui, o apóstolo não
está afirmando que morremos para Cristo. Não! Nós
morremos com Cristo, para o pecado. Então, estamos vivos
com Cristo, mas mortos para o pecado. Dessa forma, o
pecado não exerce mais força nem influência sobre aqueles
que foram vivificados espiritualmente com Cristo.
7. ROMANOS
ROMANOS 6:3
Nós fomos batizados em Cristo Jesus. Isto é, nós fomos
inseridos no Corpo de Cristo. Na verdade, aquele que nasceu
de novo é transportado ao Éden, onde pecou em Adão;
depois é transportado para a cruz, onde é morto com Cristo;
agora, é transportado com Cristo para a vida e para a
libertação do pecado.
O argumento que o apóstolo vai utilizar posteriormente
se baseia nesse versículo, pois se estamos mortos para o
pecado, consequentemente, o pecado não tem mais poder
sobre nós, pois estamos mortos para ele – para o pecado.
8. ROMANOS
ROMANOS 6:3
Essa morte não é a extinção do pecado, mas a
separação do pecado. Na verdade a velha natureza está
morta, inativa, mas não foi removida ainda.
Esse batismo, aqui citado, dificilmente se refere ao
batismo na água. Provavelmente se refere ao batismo com o
Espírito Santo, quando o nascido de novo é mergulhado no
Espírito, promovendo: 1) Nascer de novo (2 Co 5:17); 2)
Batismo com o Espírito Santo (1 Co 12:13); 3) Habitação do
Espírito Santo (Ef 4:30); 4) Selo do Espírito Santo (Ef 1:13-14).
9. ROMANOS
ROMANOS 6:4
Então, a identificação com a morte de Cristo se
dá por meio da fé (justificação), através da ação do
Espírito Santo. Dessa forma, assim como Cristo foi
glorificado, nós devemos andar da mesma forma.
Ou seja, a nossa vida deve glorificar a Deus.
10. ROMANOS
ROMANOS 6:5
Aqui o apóstolo nos conduz à um processo de
observação. Isto é, aquele que não anda como Cristo
andou, aquele que não glorifica a Deus com a sua
vida, provavelmente nunca morreu com Cristo.
Nunca nasceu de novo. Ainda não foi identificado
com Cristo por meio da fé e através da ação do
Espírito Santo.
Por outro lado, quem morreu com Cristo será
ressuscitado com Cristo e isto produz resultados
vivíveis já nesta vida.
11. ROMANOS
ROMANOS 6:6
Se no passado a morte espiritual produzia a
dependência irrestrita ao pecado, agora a vivificação
espiritual, que produz a morte para o pecado, também
produz a libertação da escravidão que o pecado
proporcionava. E não só a libertação da escravidão como
também a libertação do próprio pecado. Por isso, o apóstolo
afirma que o velho homem foi crucificado e o corpo do
pecado foi destruído.
A partir desse momento não devemos mais servir
aquele para quem já morremos, mas sim aquele para quem
e por meio de quem estamos vivos: o Senhor Deus.
12. ROMANOS
ROMANOS 6:7
Quem morreu está justificado do pecado. Ou
seja, já não deve mais nada ao pecado, já não é
escravo do pecado. Vemos então o pecado como a
figura de um torturador que massacra a sua vítima
até que esta não suporte mais a sua terrível
opressão e morra. Então, a morte liberta o torturado
das garras do torturador. Por isso, o pecado não tem
mais poder sobre aquele que morreu com Cristo.
Portanto ele está livre do poder que o pecado
exercia sobre a sua vida.
13. ROMANOS
ROMANOS 6:8
Para aquele que morreu com Cristo a morte não
é o fim, mas o início. Esta pessoa está identificada
com Cristo e assim como Cristo ressurgiu dos mortos
este também ressurgirá junto com cristo, e assim
como Cristo está vivo, aquele que nasceu de novo
também tem uma nova vida.
14. ROMANOS
ROMANOS 6:9-11
O primeiro inimigo foi vencido: o pecado.
O segundo inimigo é apresentado agora: a morte.
A morte foi um meio utilizado para causar a separação
entre o homem e o pecado. Porém, quem morreu
(espiritualmente) com Cristo não morrerá (espiritualmente)
outra vez, e por isso não será separado de Cristo. Então, esta
união com Cristo é eterna.
Por essa razão, se anteriormente o homem estava
morto para Deus e era servo do pecado. Agora, o homem
está morto para o pecado e é servo de Deus. Por essa razão
deve-se viver para a glória de Deus.
15. ROMANOS
ROMANOS 6:12,13
O apóstolo revela que esta verdade é uma realidade,
mas que em meio a tudo isso continuamos com um corpo
mortal. Ou seja, ele está explicando – com outras palavras –
aquilo que o próprio Jesus já havia dito: “Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está
pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:41). Essas verdades se
aplicam a nossa vida espiritual, mas ainda temos um corpo
físico sujeito às tentações e limitações. Este corpo só será
revestido da incorruptibilidade no arrebatamento da igreja,
quando receberemos corpos glorificados e revestidos da
incorruptibilidade (1Co 15:51-54).
16. ROMANOS
ROMANOS 6:12,13
A instrução dada aqui é de apropriação. Ou seja, o salvo
precisa se apropriar daquilo que já recebeu: a vida eterna.
Muito embora esta realidade só irá concretizar-se no
futuro, no tempo kronos, já é uma realidade presente,
agora, no tempo kairós de Deus. Por isso, deve-se viver –
agora – com a consciência de que já se é abençoado no
presente com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões
celestiais (Ef 1:3-5).
17. ROMANOS
ROMANOS 6:14
Se o nascido de novo já está morto para o
pecado, então o pecado não possui poder nem
influência espiritual sobre este homem. Da mesma
forma, este homem deverá viver com a consciência
apresentada anteriormente, se apropriando das
promessas de Deus, para que assim como o seu
espírito vivificado viva livre do pecado, o seu corpo
mortal também seja guiado pelo espírito e não o
contrário. Assim sendo, este homem viverá debaixo
da graça, pois não está mais debaixo da lei.
18. ROMANOS
ROMANOS 6:15
O apóstolo continua o seu argumento já a
firmando que não estamos debaixo da lei e sim da
graça, mas isso não é desculpa para pecar. Dessa
forma, entendemos que a graça também possui
princípios e valores a serem obedecidos e seguidos.
19. ROMANOS
ROMANOS 6:16
Não como o ser humano viver completamente
livre em sua própria escolha ou determinação. Ou o
homem é escravo do pecado ou é servo de Cristo. O
homem não é senhor de si mesmo.
Aquele que desejar ser escravo do pecado será
conduzido à morte, mas o que for servo de Cristo
será levado da obediência à justiça.
20. ROMANOS
ROMANOS 6:17,18
O apóstolo afirma que a base da vida cristã sobre o qual
tudo deve estar alicerçado é a doutrina. Portanto, não é de
admirar que tantos têm praticado uma espécie de
cristianismo sem Cristo.
A obediência ao ensino bíblico não deve ser algo
puramente mental, mas deve descer ao coração,
proporcionando não apenas um entendimento, mas também
uma transformação. Por outro lado, não deve ser apenas algo
meramente emocional ou simplesmente do coração. Uma das
principais características do cristianismo bíblico é que este é
inteligente e emocional ao mesmo tempo. É uma razão que
exerce influência no coração humano.
21. ROMANOS
ROMANOS 6:17,18
A verdadeira obediência ao verdadeiro ensino bíblico,
doutrina, conduzirá – inevitavelmente – o homem à justiça.
Ou ainda, será uma marca visível de que este homem foi
justificado e por isso está sendo santificado.
22. ROMANOS
ROMANOS 6:19
O apóstolo, agora, apela para a consciência e
inteligência humana. Paulo pede que seus ouvintes façam
uma análise da própria vida e, esforçando-se, tentem
lembrar de suas vidas passadas. Dessa forma, ele lhes diz
que para o pecado havia esforço e dedicação, então muito
mais esforço e dedicação deveria haver, agora, para a prática
da justiça e da santificação.
Deveria,m portanto, haver um oferecimento voluntário
à Deus. A atitude de servir ao Senhor em santificação e de
forma justa deveria ser uma decisão consciente e grata.
23. ROMANOS
ROMANOS 6:20
O apóstolo conduz o leitor ao entendimento de
senhorio e dívida, pois se no passado eram
devedores à escravidão do pecado, agora – se houve
uma conversão genuína – eram servos de Cristo e
devedores à justiça. Portanto, deveriam ser justos e
santos.
24. ROMANOS
ROMANOS 6:21
O apóstolo agora conduz o leitor a meditar nos
resultados práticos das ações passadas. Existem
muitas coisas feitas no passado que são motivo de
vergonha e tristeza e as mesmas são conduzem à
morte e desgraça. Se existe uma consciência disso,
por que, então, em uma nova vida procura-se as
ações da vida passada? Por que voltar atrás e
retroceder na fé, voltando para o que conduz à
morte?
25. ROMANOS
ROMANOS 6:22,23
O leitor é conduzido a enxergar algo que talvez tenha
esquecido ou que talvez nem saiba com clareza: ele é uma
nova criatura e por isso a sua vida deve ser santa para
produzir santidade nos outros, e dessa forma ser um espelho
refletor da eternidade nesta vida. Quem anda dessa forma
não será salvo por isso, mas estará demonstrando que é
salvo, e que por isso anda assim.
Por outro lado, o salário do pecado é a morte. Então,
quem é servo de Deus é recebedor da vida eterna, mas quem
é servo do pecado é recebedor da morte, isto é, da
condenação eterna que é a separação de Deus por toda a
eternidade.
26. ROMANOS
ROMANOS 6:22,23
A justiça e a santificação que são exigidas daquele que
nasceu de novo não são muita coisa comparada com o que
ele recebeu. Quem teve de fazer o maior esforço e sacrifício
não foi aquele que recebeu a vida eterna, mas Aquele que
decidiu, voluntariamente, dar a vida eterna à quem não tinha
como obtê-la.
Esta vida é eterna, ou seja, nunca se acabará e é
abundante.
Esta vida só é encontrada em Cristo Jesus e em ninguém
mais.
Esta vida é dada, gratuitamente, por Jesus que é o
Senhor.