O documento discute os riscos do tabagismo à saúde, incluindo tabagismo passivo. O tabaco contém nicotina, que é altamente viciante, e alcatrão, que causa câncer. Fumar expõe o usuário a milhares de substâncias tóxicas e é a principal causa de várias doenças, incluindo câncer e doenças cardíacas. O tabagismo também afeta não-fumantes através da fumaça passiva e deve ser combatido por meio de ambientes livres de fumaça.
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Tabagismo sem filme
1. TABAGISMO: UM
MAL A SER
COMBATIDO
Ricardo Alexandre de Souza, MD MSc
Preceptor da residência em Medicina de Família e comunidade
Prefeitura Municipal de Betim
Professor Puc-Minas
4. INTRODUÇÃO
O hábito de fumar expõe o fumante a 4.720 substâncias
tóxicas
(INCA, 1998)
A droga mais utilizada e disseminada no mundo.
(OMS, 2008)
Tabagismo
5. INTRODUÇÃO
O uso de tabaco é fator de risco para inúmeras doenças.
(OMS, 2008)
Ao hábito de fumar cigarros pode ser atribuído 25% das
doenças cerebrovasculares, 30% dos óbitos por neoplasias
malignas, 45% das doenças cardiovasculares e 85% das
doenças respiratórias
(OMS, 1998)
85% dos tabagistas começam a fumar antes do 16 anos
Tabagismo
6. INTRODUÇÃO
É responsável por aproximadamente
5,4 milhões de mortes a cada ano.
(OMS, 2008)
Estima-se que 50% das mortes
ocorrem em países em
desenvolvimento.
(OMS, 2008)
Programa de prevenção (Truth®)
gastou, de 2000 a
2002, US$324.000.000. Estima-se
prevenção de US$1.900.000.000 em
custos médicos.
(Holtgrave, 2009)
Tabagismo
7. O Brasil é o 7º país no mundo em número absoluto de
fumantes.
(Mathers & Loncar, 2006)
No país, atualmente, são estimadas cerca de 200 mil
mortes/ano em conseqüência do hábito de fumar
cigarros.
(OMS, 2003)
INTRODUÇÃO
Tabagismo
8. INTRODUÇÃO
O fumo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no
mundo
(U.S. Department of Health and Human Services, 2004)
O ar poluído pelo cigarro contém, em média, três vezes
mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e
até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do
que a fumaça depois de passar pelo filtro do cigarro
(Ministério da Saúde - Brasil, 2006)
Tabagismo
10. Posição socioeconômica, ingestão de álcool,
sedentarismo no lazer são associados com o hábito de
fumar cigarros.
(Chaix, 2003), (Grønbæk, 1998) e (Ross, 2000)
Relação não linear entre o hábito de fumar cigarros e a
idade.
(VIGITEL, 2006)
Fumantes, como ex-fumantes são mais freqüentemente
do sexo masculino, tanto no Brasil como na França.
(Chaix, 2004) e (Sabry, 1999)
Tabagismo
INTRODUÇÃO
11. INTRODUÇÃO
Características da vizinhança influenciam o cuidado com a
saúde individual e bem estar-coletivo.
(Diez Roux, 2003)
Viver em vizinhança mais vulnerável é fator de risco para o
hábito tabágico.
(Diez-Roux, 1997)
Pior percepção da vizinhança relacionada positivamente a
tabagismo atual e no passado
(Souza, 2008)
Discussão – Percepção do local de moradia
12. MEDICINA CENTRADA NA PESSOA
Explorar a doença e o adoecimento
Compreender a pessoa como um todo
Negociar um terreno comum
Incorporar prevenção e promoção
Incrementar a relação médico-paciente
Ser realista
13. DEFINIÇÃO DE “FUMANTE"
o Mundial da de (OMS) estabeleceu que “a
o de fumante esta presente quando o duo
fumou mais de cem cigarros na vida e, pelo menos, um
cigarro no ltimo mês”
14. Charutos, cachimbos, fumo mascado e outros
similares:
▪ Cura da folha de tabaco ao ar livre - pH alcalino;
▪ Absorção pela mucosa da cavidade oral ;
Cigarros, Cigarros de Bali, Cigarrilhas e outros
similares :
▪ Cura da folha de tabaco em fornos - pH ácido;
▪ Absorção no pulmão;
Diferenças entre os derivados do tabaco
15. DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE CIGARRO
Os chamados cigarros de baixos teores, m de o serem
seguros, o têm a preferência dos rios, pois como a
fumaça produzida m menor quantidade de
substâncias, inclusive de nicotina, o fumante passa a
consumir maior quantidade de unidades ao dia e m
a dar tragadas mais profundas, demoradas e frequentes.
Portanto, seu uso o garante nenhuma o de,
e o se reduzem os danos.
17. Nicotina:
▪ Diminui o calibre dos vasos sangüíneos;
▪ Aumenta: o ritmo cardíaco;
- a força das contrações cardíacas;
- a pressão arterial;
- a adesividade plaquetária;
- o depósito de colesterol.
▪ Aterosclerose ( CO e Nicotina);
▪ Causa dependência física.
Substâncias dos derivadas do tabaco
18. Alcatrão:
▪ Resulta da queima do tabaco;
▪ Formado por cerca de 43 substâncias
cancerígenas;
▪ Câncer.
Substâncias dos derivados do tabaco
20. A NICOTINA COMO DROGA
ê Propriedades psicoativas;
ê Padrão de auto administração;
ê Compulsão ;
ê Tolerância farmacológica;
ê Síndrome de abstinência.
23. SOBRE A ELIMINAÇÃO DA NICOTINA
A nicotina sofre um processo pido de o, de
modo que s 30 a 60 minutos a quantidade existente no
organismo podera estar reduzida, conforme o o de
o do duo. Por isso que o fumante
geralmente o pode passar muito tempo sem fumar, isto
, precisa repor nicotina no sangue e no rebro.
24. O QUE É DEPENDÊNCIA A UMA DROGA?
O uso e a necessidade, tanto física quanto psicológica, de
uma substância psicoativa, apesar do conhecimento de seus
efeitos prejudiciais à saúde.
Existência de um padrão de auto-administração que
geralmente resulta em tolerância, abstinência e
comportamento compulsivo para consumir a droga”.
Fonte: OMS e Associação Americana de Psiquiatria
25. ASPECTOS DA DEPENDÊNCIA
êCompulsão
Também conhecida como Fissura. Forte
desejo de consumir uma substância.
Necessidade de doses cada vez maiores da
substância para alcançar efeitos
inicialmente conseguidos com doses
menores.
êTolerância
Aparecimento de sintomas desagradáveis
quando se pára o uso de uma substância
psicoativa.
êSíndrome de
abstinência
26. Aspectos da dependência
ê vontade intensa de fumar;
ê 5 minutos de duração;
ê persiste por meses;
ê diminui
progressivamente.
Fissura
Sintomas
êansiedade, dificuldade de
concentração, agitação,
irritabilidade, agressividade,
tontura, cefaléia,
desconforto abdominal;
êDuração 2 a 3 semanas.
Síndrome de
Abstinência
28. no médio de
cigarros
fumados por
adultos
(18 a 20/dia)
Necessidade crescente
de nicotina para atingir
o efeito desejado
no médio de
cigarros
fumados por
adolescentes
( 9 /dia)
Tolerância
Aspectos da dependência
29. DIAGNÓSTICO DE DEPENDÊNCIA FÍSICA
3 OU MAIS SINTOMAS NOS 12 MESES
Fissura;
Falta de auto-controle→dificuldade de controlar o uso em
termos de início, término ou nível de consumo;
Síndrome de abstinência→surgem reações físicas como
ansiedade, distúrbio do sono, depressão e convulsões;
Tolerância;
Abandono progressivo de outros prazeres e interesses, e
aumento de tempo para uso e/ou se recuperar dos efeitos;
Persistência no uso apesar das consequências.
Fonte: OMS e Associação Americana de Psiquiatria
30. O QUE FAZ AS PESSOAS SE TORNAREM FUMANTES?
ê Publicidade
ê Aceitação social
ê Fácil acesso
ê Modelos de comportamento
ê Suscetibilidade individual
90% dos fumantes
começaram a fumar
até os 19 anos
32. Estabelecendo os condicionamentos
Busca e
auto-administração
de nicotina
Associações Automáticas:
ê após as refeições;
ê atividades intelectuais;
ê após cafezinho;
ê ao beber;
ê ao dirigir.
33. Entre as mulheres que fumam durante a
gravidez, comparadas com aquelas que
não fumam, o risco de:
n Sofrer um aborto espontâneo é 1,7
vezes maior;
n Ter um bebê prematuro é 1,4 vezes
maior;
n O bebê nascer com baixo-peso é 2
vezes maior;
n Morte perinatal é 1,3 vezes maior;
Riscos de Fumar durante
a Gravidez
34. O QUE É CORRENTE PRIMÁRIA E CORRENTE SECUNDÁRIA
Corrente Primária:
Gerada durante as tragadas;
Entra na boca do fumante;
4.700 substâncias encontradas.
Corrente Secundária:
Gerada no intervalo das tragadas;
Queima 96% do tempo total do cigarro;
400 substâncias somente na ponta acessa;
3x mais nicotina e monóxido de carbono e 50 x
mais substâncias cancerígenas.
A queima dos derivados do
tabaco leva a formação de duas
correntes de fumaça:
35. TABAGISMO PASSIVO
▪ Define-se como a inalação da fumaça de derivados do tabaco
produtores de fumaça, por indivíduos não-fumantes, que
convivem com fumantes em ambientes fechados(OMS, 2001);
▪ A poluição decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em
ambientes fechados, é denominada de poluição tabagística
ambiental (PTA);
▪ É a maior responsável pela poluição em ambientes fechados
(OMS);
38. TABAGISMO PASSIVO NA
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Síndrome da morte súbita infantil (risco 5 x maior)
Precocidade da instalação e aumento
da gravidade da asma brônquica
Infecções respiratórias: risco até 50% maior
(bronquiolites, broncopneumonias, pneumonias)
hospitalizaçõesmortalidade
Maior necessidade de cirurgias otorrinológicas
Doenças coronarianas precoces (HDL e LDL)
Câncer de pulmão na vida adulta
39. O TABAGISMO NOS AMBIENTES DE
TRABALHO
Prevalência elevada de fumantes na população economicamente ativa
80% das pessoas trabalham em ambientes fechados
Taxas de absenteísmo mais elevadas
Acidentes de trabalho
Doenças tabaco associadas e ocupacionais
Redução da produtividade: interrupções para fumar
Gastos com limpeza e manutenção de equipamentos, mobiliários, etc
Incêndios
Gastos com seguradoras
Gastos com indenização de fumantes passivos doentes
41. AMBIENTES 100% LIVRES DO
TABACO
Eliminação da poluição tabagística: proteção da saúde dos não fumantes...e
também dos fumantes
Estímulo aos fumantes para abandonarem o tabaco
Redução da iniciação dos adolescentes no tabagismo
Nos locais de trabalho: taxas de cessação de 20 a 30%
Cumprimento das leis brasileiras e da Convenção - Quadro para o Controle do
Tabaco
Redução das internações por infarto do miocárdio: queda de cerca de 15% durante o
1º ano e declínios exponenciais após, atingindo 36% em 3 anos
Fonte: Lightwood JM, Glantz AS. Declines in Acute Myocardial Infarction After Smoke-Free
Laws and Individual Risk Attributable to Secondhand Smoke. Circulation, 2009
Nos serviços de saúde: coerência com a missão de recuperar e promover a saúde
Exemplo para a população
42. SOBRE AS DIFICULDADES
Não adesão de uma funcionária impediu o ambiente
TOTALMENTE livre do tabaco
43. BARES E RESTAURANTES 100%
LIVRES DO TABACO
Não houve redução dos
empregos e nem da
clientela
Não houve queda nos
lucros da indústria de
hospitalidade
A maioria da população
(inclusive os fumantes)
prefere locais livres do
fumo
Redução drástica da
poluição tabagística
ambiental
44. CONVENÇÃO - QUADRO PARA O
CONTROLE DO TABACO
1º tratado internacional de saúde
pública da história da humanidade
Objetivo principal:
Preservar as gerações, presentes e futuras, das devastadoras
conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas do
consumo e da exposição à fumaça do tabaco. Estabelece, como
algumas de suas obrigações, a elaboração e atualização de políticas
de controle do tabaco, o estabelecimento de um mecanismo de
coordenação nacional e de cooperação com outros Estados Partes e
a proteção das políticas nacionais contra os interesses da indústria
do tabaco
Assinada pelo Brasil em 16/06/2003
Ratificada pelo Congresso Nacional em 27/10/2005
e pelo Presidente da República em 03/11/2005
Entrou em vigor no Brasil em 01/02/2006
45. CONVENÇÃO - QUADRO PARA O
CONTROLE DO TABACO
ARTIGO 8
PROTEÇÃO CONTRAA EXPOSIÇÃO À FUMAÇA DO TABACO
1. As Partes reconhecem que a ciência demonstrou de maneira inequívoca
que a exposição à fumaça do tabaco causa morte, doença e incapacidade.
2. Cada Parte adotará e aplicará, em áreas de sua jurisdição nacional
existente, e conforme determine a legislação nacional, medidas
legislativas, executivas, administrativas e/ou outras medidas eficazes de
proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em locais fechados de
trabalho, meios de transporte público, lugares públicos fechados e, se for o
caso, outros lugares públicos, e promoverá ativamente a adoção e aplicação
dessas medidas em outros níveis jurisdicionais.
46. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
LEI FEDERAL 12.546/2011
Publicada em 15/12/2011, no Diário Oficial da União, sancionada pela
presidente Dilma Rousseff. A nova legislação proíbe o fumo em locais
fechados em todo o país, públicos ou privados (abole os fumódromos)
A lei guarda a regulamentação
CLT - ARTIGO 157
... “a empresa tem responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as
normas de segurança e medicina de trabalho, além de instruir os
empregados quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes
do trabalho ou doenças ocupacionais”...
47. Cabe ao profissional de saúde ser exemplo.
Cabe ao ambiente de trabalho ser motivador de saúde
Cabe ao conjunto de trabalhadores e locais de saúde
serem estimuladores para que o usuário se sinta
motivado a descontinuar o hábito de fumar.
48. ▪ Arrecadação de
impostos
▪ Falta ao trabalho
▪ Gastos com doenças
▪ Perda de produtividade
▪ Aposentadorias precoces
▪ Danos ao meio ambiente
Editor's Notes
Negociar um terreno comum: Definindo metas e prioridades -> expectativas de ambos,prós e contras dos planos propostos, estimular a participação do paciente Ser realista com o time e timing
O que são drogas psicoativas ? São substâncias naturais ou sintetizadas que ao serem ingeridas produzem alterações no SNC, modificando, assim, o estado emocional e comportamental;