SlideShare a Scribd company logo
1 of 74
Indicadores de saúde
Medidas de frequência de uma
doença
Ricardo Alexandre de Souza
Objetivos
Compreender o que são Indicadores de saúde
Saber o nome de alguns indicadores
“Medidas, contadas ou calculadas, e observações
classificáveis, capazes de ‘revelar’ uma situação
que não é aparente por si só.”
(Merchán-Hamman, Tauil, Costa: 2000)
“Medida , em geral quantitativa, usada para
substituir, quantificar ou operacionalizar um
conceito”
(Januzzi: 2001)
INDICADOR - DEFINIÇÃO
INDICADORES
Dado Informação Indicador
Indicador é o que indica alguma coisa
Reflete o fenômeno de interesse e auxilia no seu
entendimento
Indicador de saúde – revela situação de saúde
Requisitos para os indicadores de saúde
• Disponibilidade de dados (representatividade e cobertura)
• Definição e procedimentos de cálculo (confiabilidade)
• Facilidade para construção e simplicidade de interpretação
(simplicidade)
• Sensibilidade ao maior número de fatores que influem no estado de
saúde (sinteticidade)
• Bom poder discriminatório
INDICADORES DE SAÚDE
Principais usos:
 Diagnóstico ou análise da situação atual
 Monitoramento da situação de saúde
 Subsídios ao planejamento de intervenções
 Apoio à programação de recursos/insumos
 Avaliação de impacto (adequação) de intervenções
 Comparação de grupos e populações
 Estimativa de risco
 Estimativa de probabilidades
 Estimativa de tendências e projeções (prever situações futuras)
Tipos de indicadores de saúde
• Estado de saúde de populações humanas
• Mortalidade (sobrevida)
• Morbidade (funcionalidade)
• Bem estar, qualidade de vida
• Serviços de saúde
• Insumos
• Processo
• Resultados
• Ambiente
Epidemiologia
A palavra “epidemiologia” deriva do grego
epi = sobre
demos = população, povo
logos = estudo
Portanto, em sua etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma
população”
Epidemiologia
Para a Associação Internacional de
Epidemiologia, criada em 1954, a Epidemiologia
tem como objetivo o “estudo de fatores que
determinam a freqüência e a distribuição de
doenças nas coletividades humanas”
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
Epidemiologia
O Dicionário de Epidemiologia de John Last a
define como “o estudo da distribuição e dos
determinantes de estados e eventos relacionados à
saúde, em populações específicas, e a aplicação
desse estudo para o controle de problemas de
saúde”
(LAST, 1995)
Epidemiologia
Com a ampliação de sua abrangência e sua
complexidade, a Epidemiologia, segundo Almeida
Filho e Rouquayrol (1992), não é fácil de ser definida.
Portanto conceituam “ciência que estuda o processo
saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição
populacional e os fatores determinantes das
enfermidades, danos à saúde e eventos associados à
saúde coletiva, propondo medidas específicas de
prevenção, controle ou erradicação de doenças e
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao
planejamento, administração e avaliação das ações
de saúde”.
Epidemiologia
Ou seja, diferentemente da Clínica, que
estuda o processo saúde-doença em
indivíduos, a Epidemiologia se preocupa com a
comunidade, ou em grupos dessa
comunidade.
Epidemiologia
Um dos meios para se conhecer como se dá
o processo saúde-doença na comunidade é
elaborando um diagnóstico comunitário de
saúde.
O diagnóstico comunitário, evidentemente,
difere do diagnóstico clínico em termos de
objetivos, informação necessária, plano de
ação e estratégia de avaliação.
Epidemiologia
Diagnóstico Clínico Diagnóstico Comunitário
Objetivo Curar a doença da pessoa Melhorar o nível de saúde
da comunidade
Informação
necessária
Histórica clínica
Exame físico
Exames complementares
Dados sobre a população
Doenças existentes
Causas de morte
Serviços de saúde, etc.
Tipo de
diagnóstico DIAGNÓSTICO INDIVIDUAL DIAGNÓSTICO
COMUNITÁRIO
Plano de
ação
Tratamento
Reabilitação
Programas de saúde
prioritário
Avaliação Acompanhamento clínico
(melhora/cura)
Mudanças no estado de
saúde da população
Fonte: Adaptado de Vaughan & Morrow (1992)
Epidemiologia
O termo distribuição pode ser observado
em qualquer definição de Epidemiologia.
Distribuição, nesse sentido, é entendida como
“o estudo da variabilidade da freqüência das
doenças de ocorrência em massa, em função
de variáveis ambientais e populacionais
ligadas ao tempo e espaço”
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
Epidemiologia
O primeiro passo em um estudo
epidemiológico é analisar o padrão de
ocorrência de doenças segundo três vertentes:
pessoas, tempo e espaço, método este
também conhecido como “epidemiologia
descritiva” e que responde as perguntas
quem?, quando? e onde?
Epidemiologia
O padrão de ocorrência dos doenças também pode
se alterar ao longo do tempo, resultando na chamada
estrutura epidemiológica, que nada mais é do que o
padrão de ocorrência da doença na população,
resultante da interação de fatores do meio ambiente,
hospedeiro e do agente causador da doença. (BRASIL,
1998).
Dados
Podem ser registrados de forma:
Contínua – óbitos, nascimentos, doenças de
notificação obrigatória
Periódica – recenseamento da população e
levantamento do índice CPO (dentes cariados,
perdidos e obturados)
Ocasional – pesquisas para conhecer a
prevalência da hipertensão arterial ou diabetes em
uma comunidade, em determinado momento
Dados
Importância para a análise de situação de saúde:
População – número de habitantes, idade, sexo, raça
Socioeconômicos – renda, ocupação, classe social,
tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação
Dados ambientais – poluição, abastecimento de
água, tratamento de esgoto, coleta e disposição do lixo
Serviços de saúde – hospitais, ambulatórios,
unidades de saúde, acesso aos serviços
Morbidade – doenças que ocorrem na comunidade
Eventos vitais – óbitos, nascidos vivos e mortos
Banco de dados
No Brasil:
SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade
SINASC – Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos
SINAN – Sistema de Informação sobre Agravos
de Notificação
SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais
do Sistema Único de Saúde
SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares
do Sistema Único de Saúde
Banco de dados
É importante considerar que tanto a informação derivada de dados
de doenças (morbidade), como de mortalidade, apresentam
vantagens e limitações.
É muito conhecido, no meio da saúde, o termo “ponta de iceberg”
para referir-se a uma característica desses dados, ou seja, ambos
(especialmente a mortalidade) representam apenas uma parcela da
população (a “ponta do iceberg”): a que morre ou a que chega ao
serviço de saúde e tem o seu diagnóstico feito e registrado
corretamente.
Banco de dados
Ponta do iceberg
Casos conhecidos
Casos assintomáticos
Casos sintomáticos que não procuram o serviço de saúde
Casos que procuram o serviço de saúde, mas não são
diagnosticados
Casos diagnosticados, mas não registrado e/ou informados
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
EM SAÚDE
Informação na saúde
ABRASCO: “Informação é um direito de todos e dever do Estado e
que o acesso à informação constitui um dos alicerces do projeto.
Lei 8080/90 no artigo 47: a organização pelo MS, em articulação com
os níveis estaduais e municipais do SUS, de um Sistema Nacional de
Informações em Saúde – SIS, integrado em todo o território nacional,
abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviço.
There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics.
Benjamin Disraeli British politician (1804 - 1881)
SIS
A OMS define SIS como um mecanismo de
coleta, processamento, análise e transmissão
da informação necessária para se planejar,
organizar, operar e avaliar os serviços de saúde.
Considera-se que a transformação de um dado em
informação exige, além da análise, a divulgação, e
inclusive recomendações para a ação.
Informação
Denomina-se SIS ao conjunto de unidade de produção, análise e divulgação
de dados que atuam com a finalidade de atender às necessidades de
informações de instituições, programas, serviços, podendo ser informatizados ou
manuais.
Gerenciar um serviço de saúde significa cuidar dos aspectos organizacionais
e funcionais, tal como em qualquer empresa. Isso quer dizer que gerenciar
sistemas de saúde requer lidar com aspectos administrativos como controlar
estoques de materiais, equipamentos, gerir finanças, recursos humanos, etc.,
isto é, controlar aspectos que representam as condições de organização e
funcionamento dos serviços de saúde.
Informação na saúde
Mas principalmente, em
saúde, há os aspectos gerados
pela prática de saúde, isto é,
aqueles decorrentes do
atendimento prestado, do ato
clínico, ao indivíduo ou à
coletividade ou à ambos.
Informação na saúde
Informação em saúde
distribuição da população nos municípios;
tendência da fecundidade no Brasil e nas regiões, tendência
da expectativa de vida e mudanças na distribuição etária da
população brasileira no tempo e segundo regiões;
idH no Brasil e estados, tendências e o idHm segundo
raça/cor;
escolaridade segundo raça/cor;
Alguns indicadores
Alguns indicadores
analfabetismo, em pessoas de 15 anos ou mais, sendo definido como
incapacidade de escrever e ler um bilhete simples. Foi analisada a
tendência deste indicador segundo os estados e sua distribuição
segundo o porte populacional do município em 2004;
proporção da população servida por água, sendo definido como
percentual de pessoas em domicílios com abastecimento de água por
meio de rede geral
com canalização interna ou por meio de poço ou nascente com
canalização interna. Foi analisada a tendência deste indicador segundo
os estados e sua distribuição segundo o porte populacional do município
em 2004;
Indicadores de Eficiencia: Recursos; produtividade; utilização da
capacidade instalada; Utilização da capacidade operacional; distribuição
dos gastos por tipo de atenção;
Indicadores de Eficácia: Cobertura alcançada através das acões
produzidas; concentração de procedimentos; resolutividade;
Indicadores de Efetividade: Epidemiológicos(mortalidade, morbidadee
fatoresde risco); demográficos; sócio-economicos.
Alguns indicadores
19.9 19.3 18.9
17.9
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Coeficiente
Coeficiente de mortalidade infantil
22.1
28.6
32.9
36.6
40.3
44.0
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Proporção(%)
Proporção da população coberta pelo
Programa Saúde da Família
Informação em saúde
SIM
SINASC
SINAN
SIH-SUS
SIA-SUS
APAC – SIA
Censo-IBGE
PNAD
SIAB
Cadastro de Estabelecimentos Saúde
Sistema desenvolvido especialmente para
gerenciamento dos dados obtidos a partir da
atenção prestada aos usuários de comunidades
atendidas pelos profissionais das equipes de
Saúde da Família e de Agentes Comunitários de
Saúde.
SIAB
Conceitos Básicos
• Território
• Problema
• Responsabilidade Sanitária
Possibilidades
 conhecer a realidade sócio-sanitária da população acompanhada;
 avaliar a adequação dos serviços de saúde oferecidos, e readequá-
los, sempre que necessário;
 melhorar a qualidade dos serviços de saúde.
SIAB
INFORMAÇÕES E VARIÁVEIS
1. Cadastramento das famílias
• Características das pessoas;
• Características dos domicílios;
• Condição de saneamento;
• Outras informações relevantes.
SIAB
2. Acompanhamento de grupos de risco
• Crianças menores de 5 anos;
• Gestantes;
• Pessoas com hipertensão arterial;
• Pessoas com diabetes;
• Pessoas com tuberculose;
• Pessoas com hanseníase.
SIAB
3. Registros de atividades, procedimentos e notificações
•Produção;
•Notificação de agravos e situação
SIAB
Avanços
Análise desagregada das informações do município (microárea, área e
segmento);
Definição dos dados a serem coletados a partir de problemas
relevantes;
Base cadastral da população atualizada.
Agilidade em disponibilizar os indicadores.
Orienta para o planejamento e tomada de decisão no nível local.
SIAB
Limites
Base tecnológica não condizente com a realidade
atual;
Não abrange toda a atenção básica de saúde,
somente a Estratégia Saúde da Família e de Agentes
Comunitários de Saúde;
Não integra com outros sistemas de informação em
saúde, gerando retrabalho;
Não disponibiliza dados individualizados;
Não acompanhou as políticas vigentes.
SIAB
Situação Atual
Integração com o SCNES para o cadastro das equipes, com
validade a partir do mês de agosto/2007;
Trabalho conjunto com o Dasis/SVS para análise do banco de
dados, buscando:
1. Reafirmar ou não os pontos frágeis;
2. Definir novos critérios da limpeza da base de dados;
3. Levantar perguntas avaliativas não respondidas pelo
Siab.
SIAB
Situação Atual
Abrangência: todos os municípios que aderiram à Estratégia
Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde (em
junho/2007 – 2.240 municípios com dados da Estratégia de
Agentes Comunitários de Saúde e 5.178 municípios com a
Estratégia de Saúde da Família )
SIAB
SIA-SIH
Informações Assistenciais
Sistema de Informações Hospitalares do SUS- SIH/SUS
Descrição
Estrutura
Fluxo
Potencialidades e Limitações
Indicadores
SIA-SIH
Estrutura
SIH / SUS
Instrumento - AIH (Autorização de Internação Hospitalar)
Caracterização das Internações (Individualizada)
Natureza do evento (diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...)
Valores Pagos (Procedimentos)
Cadastro das Unidades - CH (Leitos, Gestão, Natureza...)
SIA-SIH
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Extrema Agilidade (45 - 60 dias);
Sistema nacional (disponível para a população);
Sofre auditoria e críticas para pagamento ;
Registros sistemático mensal (controle/avaliação);
Dados desagregados por indivíduo e hospitais (planejamento e gestão);
Informações de morbidade das doenças crônico-degenerativas;
Permite o monitoramento de agravos e vigilância epidemiológica;
Possibilita a construção de diferentes indicadores de saúde.
SIA-SIH
Aspectos negativos
Cobertura - rede do SUS (70-80%);
Informações seletivas (morbidade);
Suspeita de fraudes (reduz a confiabilidade);
Não identifica todas as re-internações;
Sofre diversas alterações (política, dinâmica da assistência);
Informações “secundárias” mal preenchidas (qualidade);
Ainda é pouco explorado (subutilizado).
SIA-SIH
INDICADORES:
Assistenciais
• Perfil da rede hospitalar (natureza, gestão)
• Oferta de leitos e clínicas disponíveis;
• Serviços e procedimentos realizados;
• Meios diagnósticos e terapêuticos;
• Evolução do paciente e tempo de internação;
• Valores pagos com a internação (faturamento dos hospitais)
Epidemiológicos
• Frequências absoluta e relativa
• Coeficiente de internação ou mortalidade hospitalar
• Razão entre de internação e notificação de agravos
• Coeficientes específicos (causa, sexo e faixa etária)
SIA-SIH
Estrutura
SIH / SUS
Instrumento - AIH (Autorização de Internação Hospitalar)
Caracterização das Internações (Individualizada)
Natureza do evento (diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...)
Valores Pagos (Procedimentos)
Cadastro das Unidades - CH (Leitos, Gestão, Natureza...)
SIM
Sistema de Informação de Mortalidade - S I M
Descrição
Estrutura
Fluxo
Potencialidades e Limitações
Indicadores
SIM
SIM
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Contém dados sobre as características de todos os óbitos;
É universal, com cobertura e confiabilidade relativamente boa;
Possibilita a construção de indicadores que permitem uma aproximação
da situação de saúde da população e do risco de morte;
Permite a observação de diferenciais de mortalidade através da
espacialização dos óbitos;
Permite a elaboração de estatísticas necessárias para o planejamento e
avaliação das ações de saúde.
Aspectos negativos
Pouca agilidade no processamento dos dados;
Sub-registro e Subnotificação;
Acentuado número de óbitos por causa mal definida;
Preenchimento inadequado de diversos campos da DO.
SIM
Indicadores
Mortalidade Geral
Mortalidade Infantil
Mortalidade Materna
Mortalidade por causas e/ou idades específicas
Mortalidade Proporcional por causa e/ou faixa etária
SIM
SINASC
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC
Descrição
Estrutura
Fluxo
Potencialidades e Limitações
Indicadores
SINASC
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Contém informações sobre as características dos Nascidos Vivos,
das mães, da gestação e do parto;
Tem cobertura universal;
Possibilita a construção de importantes indicadores (CMI e RMM);
Permite a observação de RNs com risco de vida;
Serve de base para o planejamento, adoção de ações específicas
voltadas ao grupo materno-infantil
SINASC
Aspectos negativos
Pouca agilidade no processamento dos dados;
Sub-registro e Subnotificação;
Preenchimento inadequado de diversos campos da DN.
SINASC
INDICADORES
Taxa de Fecundidade
Taxa de Natalidade
Mortalidade Infantil e Materna (denominador)
Proporção de Gravidez na Adolescência
Proporção de Recém-Nascidos com Baixo Peso
Proporção de Partos Cesáreos e/ou Domiciliares
CNES
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES
Instrumento - FCES (Ficha Cadastral de Estabelecimentos de Saúde)
Estabelecimentos e Profissionais (Indicadores e Consultas)
Brasil – UF - Municípios
INDICADORES DE SAÚDE
ESTUDAR ESTE
MANUAL
http://svs.aids.gov.br/download/manuais/Manu
al_Instr_Preench_DO_2011_jan.pdf
Coeficiente de Mortalidade Geral
(CMG): mede o risco de morte por todas as causas em uma
população de um dado local e período.
CMG = n.º de óbitos em dado local e período x 103
população do mesmo local e período
Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)
CMI: mede o risco de morte para crianças menores de um ano de um
dado local e período.
CMI = n.º de óbitos em menores de 1 ano em dado local e período x 103
n.º de nascidos vivos no mesmo local e período
Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce
Coeficiente de Mortalidade Neonatal precoce (CMNP ou Neonatal Precoce):
Número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na
população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
• Estima o risco de um nascido vivo morrer durante a primeira semana de
vida.
• Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de saúde da
mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém-
nascido.
Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia
Números de óbitos ocorridos entre 7 e 27 dias de vida completos, expresso
por mil nascidos vivos, em determinado local e período.
• Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 7 aos 27 dias de
vida.
• Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de
saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao
parto e ao recém-nascido.
Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia
Números de óbitos ocorridos entre 0 e 27 dias de vida completos, expresso
por mil nascidos vivos, em determinado local e período.
• Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 0 aos 27 dias de
vida.
• Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de
saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao
parto e ao recém-nascido.
Taxa de mortalidade perinatal
Número de óbitos ocorridos no período perinatal (perdas fetais tardias
mais óbitos neonatais precoces), expresso por mil nascimentos (perdas
fetais tardias mais nascidos vivos), em determinado local e período.
Período perinatal: tem início na 28a semana de gestação e termina ao
final da primeira semana de vida do recém-nascido (CID-10).
Natimorto (perda fetal tardia): nascido morto com idade gestacional
de 28 semanas ou mais (CID-10).
Óbito neonatal precoce: nascido vivo que morre na primeira semana
de vida (antes do sétimo dia completo de vida).
• Indica a probabilidade de um feto, aparentemente viável, nascer
morto ou morrer na primeira semana de vida.
• A taxa é influenciada por numerosos fatores, alguns ligados à
gestação e ao parto, entre os quais, o peso ao nascer e a
qualidade da assistência prestada à gestante, à parturiente e ao
recém-nascido.
Razão de mortalidade materna
Número de óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos de mães residentes
em determinado espaço geográfico, no ano considerado
Estima a frequência de óbitos femininos, ocorridos até 42 dias após o
término da gravidez, atribuídos a causas ligadas à gravidez, ao parto e ao
puerpério, em relação ao total de nascidos vivos. O número de nascidos vivos
é adotado como uma aproximação do total de mulheres grávidas.
Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Taxas elevadas de
mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de
saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal,
até a assistência ao parto e ao puerpério.
CMM = n.º de mortes por causas consideradas maternas em dado local e período x 105
n.º de nascidos vivos, no mesmo local e período
Morte Materna: óbito de mulheres grávidas ou no período de 42 dias após a gravidez, independente da duração
e localização da gravidez, por alguma causa relacionada ou agravada pela gravidez que não sejam causas
acidentais ou incidentais.
Coeficiente de Letalidade
Coeficiente de Letalidade (CL): o coeficiente de letalidade situa-se
na transição entre os indicadores de morbidade e mortalidade. A
letalidade mede o poder da doença específica em determinar a morte e
também pode informar sobre a qualidade da assistência médica
prestada para esta doença.
CL = n.º de óbitos de determinada doença em dado local e período x
100
n.º de casos da doença no mesmo local e período
Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de
Swaroop-Uemura
Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de
Swaroop-Uemura: Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50
anos e mais em relação ao total de óbitos ocorridos em um dado local e
período.
RMP = n.º de óbitos em de 50 anos em dado local e período x 100
total de óbitos no mesmo local e período
Mostra a proporção de mortes:
RMP > 75% Típico de países desenvolvidos
74,9%< RMP > 50% Típico de países com certo desenvolvimento
econômico e regular organização dos serviços de saúde
25% < RMP > 49,9% Países em estágio atrasado de
desenvolvimento das questões econômicas e de saúde
24,9%<RMP Países ou regiões com alto grau de subdesenvolvimento
46 O Índice de Swaroop-Uemura tem a propriedade de indicar
(A) óbitos por afecções crônico-degenerativas em uma população.
(B) proporção de nascidos mortos por 100.000 nascidos vivos.
(C) óbitos durante a gravidez ou em consequência do parto, e até um
ano após este.
(D) distribuição de renda e suas tendências.
(E) razão entre mortos com 50 anos ou mais e total de óbitos.
52 Os últimos recenseamentos brasileiros mostram aumento da
expectativa de vida e diminuição da taxa de fecundidade. Este processo
traduz-se por
(A) transição epidemiológica.
(B) transição demográfica.
(C) transição epistemológica.
(D) indicador Swaroop-Uemura.
(E) envelhecimento saudável.
Curva de Mortalidade Proporcional
Curva de Mortalidade Proporcional ou Nelson Moraes
Fonte de dados: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
•Níveis de saúde representados por curvas de mortalidade
proporcional segundo faixas etárias:
•menores de 1 ano
•1 a 4 anos
•5 a 19 anos
•20 a 49 anos
•50 e mais anos
Curva de Mortalidade Proporcional
Crédito da imagem: Camila Mares Guia Brandi

More Related Content

What's hot

Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaSaúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaMario Gandra
 
1.1 determinantes sociais-da-saude
1.1 determinantes sociais-da-saude1.1 determinantes sociais-da-saude
1.1 determinantes sociais-da-saudeTereza Cristina
 
Indicadores de saúde
Indicadores de saúdeIndicadores de saúde
Indicadores de saúdeKênia Paula
 
Slide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaSlide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaIlca Rocha
 
Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...
Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...
Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...Ricardo Alexandre
 
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)Patrícia Cruz Rodrigues Marion
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisRicardo Alanís
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE  POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE Valdirene1977
 
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópiaAula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópiaKarla Toledo
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a MicrobiologiaTiago da Silva
 
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisSaúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisMario Gandra
 

What's hot (20)

EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
 
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaSaúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
 
1.1 determinantes sociais-da-saude
1.1 determinantes sociais-da-saude1.1 determinantes sociais-da-saude
1.1 determinantes sociais-da-saude
 
Indicadores de saúde
Indicadores de saúdeIndicadores de saúde
Indicadores de saúde
 
Slide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaSlide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância Epidemiológica
 
ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR
ORGANIZAÇÃO HOSPITALARORGANIZAÇÃO HOSPITALAR
ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR
 
SUS - Aula
SUS - AulaSUS - Aula
SUS - Aula
 
Surto, Epidemia, Pandemia e Endemia
Surto, Epidemia, Pandemia e EndemiaSurto, Epidemia, Pandemia e Endemia
Surto, Epidemia, Pandemia e Endemia
 
Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...
Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...
Indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço, vigilânci...
 
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveis
 
Epidemiologia
EpidemiologiaEpidemiologia
Epidemiologia
 
Aula 2 saúde e doença
Aula 2   saúde e doençaAula 2   saúde e doença
Aula 2 saúde e doença
 
Slides sus
Slides susSlides sus
Slides sus
 
Epidemiologia ris
Epidemiologia risEpidemiologia ris
Epidemiologia ris
 
Epidemiologia básica 1
Epidemiologia básica 1Epidemiologia básica 1
Epidemiologia básica 1
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE  POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
 
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópiaAula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
 
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisSaúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
 

Viewers also liked

Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosArquivo-FClinico
 
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUSAula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUSGhiordanno Bruno
 
Medidas da Saúde Coletiva aula 6
Medidas da Saúde Coletiva aula 6Medidas da Saúde Coletiva aula 6
Medidas da Saúde Coletiva aula 6profsempre
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosIngrid Travassos
 
Medidas de saúde coletiva
Medidas de saúde coletivaMedidas de saúde coletiva
Medidas de saúde coletivaligiatonuci
 
Saúde e indicadores
Saúde e indicadoresSaúde e indicadores
Saúde e indicadoresAna Castro
 
Aula Vigilância Epidemiológica
Aula Vigilância EpidemiológicaAula Vigilância Epidemiológica
Aula Vigilância EpidemiológicaIgor Alves
 
Aula 4 medidas de frequência de uma doença
Aula 4   medidas de frequência de uma doençaAula 4   medidas de frequência de uma doença
Aula 4 medidas de frequência de uma doençaRicardo Alexandre
 
Aula Resumo - Epidemiologia
Aula Resumo - EpidemiologiaAula Resumo - Epidemiologia
Aula Resumo - EpidemiologiaIgor Alves
 
Indicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãO
Indicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãOIndicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãO
Indicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãODAVIDbeatriz
 
A Viga Mestra Dos Contratos De Engenharia
A Viga Mestra Dos Contratos De EngenhariaA Viga Mestra Dos Contratos De Engenharia
A Viga Mestra Dos Contratos De EngenhariaFernando Henrique Cunha
 
E sus sistema de informação da atenção básica
E sus sistema de informação da atenção básicaE sus sistema de informação da atenção básica
E sus sistema de informação da atenção básicakatiletiele
 
Modulo3 14 04
Modulo3 14 04Modulo3 14 04
Modulo3 14 04tatysants
 
Comitê de mortalidade materna
Comitê de mortalidade maternaComitê de mortalidade materna
Comitê de mortalidade maternaSandraBatistapcdob
 
Programas Gestão Estresse no Trabalho
Programas Gestão Estresse no TrabalhoProgramas Gestão Estresse no Trabalho
Programas Gestão Estresse no TrabalhoAndrea Palma Silva
 

Viewers also liked (20)

MORBIDADE E MORTALIDADE
MORBIDADE E MORTALIDADEMORBIDADE E MORTALIDADE
MORBIDADE E MORTALIDADE
 
1 epidemiologia saude
1   epidemiologia saude1   epidemiologia saude
1 epidemiologia saude
 
Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicos
 
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUSAula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
 
Medidas da Saúde Coletiva aula 6
Medidas da Saúde Coletiva aula 6Medidas da Saúde Coletiva aula 6
Medidas da Saúde Coletiva aula 6
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicos
 
Medidas de saúde coletiva
Medidas de saúde coletivaMedidas de saúde coletiva
Medidas de saúde coletiva
 
Saúde e indicadores
Saúde e indicadoresSaúde e indicadores
Saúde e indicadores
 
Aula Vigilância Epidemiológica
Aula Vigilância EpidemiológicaAula Vigilância Epidemiológica
Aula Vigilância Epidemiológica
 
Aula 4 medidas de frequência de uma doença
Aula 4   medidas de frequência de uma doençaAula 4   medidas de frequência de uma doença
Aula 4 medidas de frequência de uma doença
 
Aula Resumo - Epidemiologia
Aula Resumo - EpidemiologiaAula Resumo - Epidemiologia
Aula Resumo - Epidemiologia
 
Conceitos e ferramentas da Epidemiologia
Conceitos e ferramentas da EpidemiologiaConceitos e ferramentas da Epidemiologia
Conceitos e ferramentas da Epidemiologia
 
Indicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãO
Indicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãOIndicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãO
Indicadores Do Estado De SaúDe De Uma PopulaçãO
 
A Viga Mestra Dos Contratos De Engenharia
A Viga Mestra Dos Contratos De EngenhariaA Viga Mestra Dos Contratos De Engenharia
A Viga Mestra Dos Contratos De Engenharia
 
E sus sistema de informação da atenção básica
E sus sistema de informação da atenção básicaE sus sistema de informação da atenção básica
E sus sistema de informação da atenção básica
 
Modulo3 14 04
Modulo3 14 04Modulo3 14 04
Modulo3 14 04
 
Maiakovski
MaiakovskiMaiakovski
Maiakovski
 
Epidemiologia
EpidemiologiaEpidemiologia
Epidemiologia
 
Comitê de mortalidade materna
Comitê de mortalidade maternaComitê de mortalidade materna
Comitê de mortalidade materna
 
Programas Gestão Estresse no Trabalho
Programas Gestão Estresse no TrabalhoProgramas Gestão Estresse no Trabalho
Programas Gestão Estresse no Trabalho
 

Similar to Aula 3 indicadores de saúde

Qualidade de vida.ppt
Qualidade de vida.pptQualidade de vida.ppt
Qualidade de vida.pptelmerribeiro
 
Epidemiologia conceitos basicos
Epidemiologia   conceitos basicosEpidemiologia   conceitos basicos
Epidemiologia conceitos basicoselisreis0601
 
Questões saúde pública
Questões saúde públicaQuestões saúde pública
Questões saúde públicaIsmael Costa
 
1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptx
1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptx1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptx
1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptxklenio2
 
Aula-Epidemiologia (1) (1).pptx
Aula-Epidemiologia (1) (1).pptxAula-Epidemiologia (1) (1).pptx
Aula-Epidemiologia (1) (1).pptxEvertonMonteiro19
 
Introdução à epidemiologia.pptx
Introdução à epidemiologia.pptxIntrodução à epidemiologia.pptx
Introdução à epidemiologia.pptxKarlaCezario1
 
Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat...
 Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat... Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat...
Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat...PaulaMelo127834
 
Lista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsória
Lista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsóriaLista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsória
Lista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsóriaKarynne Alves do Nascimento
 
Aula-1-Epidemiologia.ppt
Aula-1-Epidemiologia.pptAula-1-Epidemiologia.ppt
Aula-1-Epidemiologia.pptdouglas870578
 
Epidemiologia aula 2
Epidemiologia aula 2Epidemiologia aula 2
Epidemiologia aula 2profsempre
 
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDe
SaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDeSaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDe
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDejhony
 
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDe[1]
SaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDe[1]SaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDe[1]
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDe[1]jhony
 
Definição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no Brasil
Definição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no BrasilDefinição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no Brasil
Definição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no BrasilKaahHSantos
 
Saúde Pública 2.0
Saúde Pública 2.0Saúde Pública 2.0
Saúde Pública 2.0KaahHSantos
 

Similar to Aula 3 indicadores de saúde (20)

Qualidade de vida.ppt
Qualidade de vida.pptQualidade de vida.ppt
Qualidade de vida.ppt
 
Txt 690106550
Txt 690106550Txt 690106550
Txt 690106550
 
leon22.pptx
leon22.pptxleon22.pptx
leon22.pptx
 
1a_aula.ppt - epidemiologia
1a_aula.ppt - epidemiologia1a_aula.ppt - epidemiologia
1a_aula.ppt - epidemiologia
 
introduçao epidemio
 introduçao epidemio introduçao epidemio
introduçao epidemio
 
Epidemiologia conceitos basicos
Epidemiologia   conceitos basicosEpidemiologia   conceitos basicos
Epidemiologia conceitos basicos
 
Vigilancia em saude
Vigilancia em saudeVigilancia em saude
Vigilancia em saude
 
Questões saúde pública
Questões saúde públicaQuestões saúde pública
Questões saúde pública
 
1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptx
1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptx1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptx
1 Noções de saúde coletiva - Copia.pptx
 
Aula-Epidemiologia (1) (1).pptx
Aula-Epidemiologia (1) (1).pptxAula-Epidemiologia (1) (1).pptx
Aula-Epidemiologia (1) (1).pptx
 
Introdução à epidemiologia.pptx
Introdução à epidemiologia.pptxIntrodução à epidemiologia.pptx
Introdução à epidemiologia.pptx
 
Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat...
 Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat... Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat...
Fundamentos da Epidemiologia conceito e aplicação da epidemiologia na Estrat...
 
Lista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsória
Lista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsóriaLista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsória
Lista de doenças, agravos e eventos em saúde pública - notificação compulsória
 
Aula-1-Epidemiologia.ppt
Aula-1-Epidemiologia.pptAula-1-Epidemiologia.ppt
Aula-1-Epidemiologia.ppt
 
Epidemiologia aula 2
Epidemiologia aula 2Epidemiologia aula 2
Epidemiologia aula 2
 
Vigilância em Saúde
Vigilância em SaúdeVigilância em Saúde
Vigilância em Saúde
 
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDe
SaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDeSaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDe
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDe
 
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDe[1]
SaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDe[1]SaúDe Ambiental E VigilâNcia     SanitáRia – SaúDe[1]
SaúDe Ambiental E VigilâNcia SanitáRia – SaúDe[1]
 
Definição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no Brasil
Definição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no BrasilDefinição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no Brasil
Definição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no Brasil
 
Saúde Pública 2.0
Saúde Pública 2.0Saúde Pública 2.0
Saúde Pública 2.0
 

More from Ricardo Alexandre

Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMGAbordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMGRicardo Alexandre
 
2015 saúde da criança ufmg - princípios do sus
2015 saúde da criança   ufmg - princípios do sus2015 saúde da criança   ufmg - princípios do sus
2015 saúde da criança ufmg - princípios do susRicardo Alexandre
 
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoAula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoRicardo Alexandre
 
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
Aula 8   prevenção, chance e causalidadeAula 8   prevenção, chance e causalidade
Aula 8 prevenção, chance e causalidadeRicardo Alexandre
 
Aula 7 pesquisa de evidências
Aula 7   pesquisa de evidênciasAula 7   pesquisa de evidências
Aula 7 pesquisa de evidênciasRicardo Alexandre
 
Aula 7 pesquisa de evidências
Aula 7   pesquisa de evidênciasAula 7   pesquisa de evidências
Aula 7 pesquisa de evidênciasRicardo Alexandre
 
Aula 5 o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
Aula 5   o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...Aula 5   o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
Aula 5 o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...Ricardo Alexandre
 
Aula 4 estudo de caso controle
Aula 4   estudo de caso controleAula 4   estudo de caso controle
Aula 4 estudo de caso controleRicardo Alexandre
 
Aula 4 ensaio clínico randomizado
Aula 4   ensaio clínico randomizadoAula 4   ensaio clínico randomizado
Aula 4 ensaio clínico randomizadoRicardo Alexandre
 
Aula 2 planejando e desenhando um estudo epidemiológico
Aula 2   planejando e desenhando um estudo epidemiológicoAula 2   planejando e desenhando um estudo epidemiológico
Aula 2 planejando e desenhando um estudo epidemiológicoRicardo Alexandre
 
Aula 1 historia da epidemiologia
Aula 1   historia da epidemiologiaAula 1   historia da epidemiologia
Aula 1 historia da epidemiologiaRicardo Alexandre
 
Curso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidadoCurso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidadoRicardo Alexandre
 
O que é dependência química conceitos fundamentais
O que é dependência química conceitos fundamentaisO que é dependência química conceitos fundamentais
O que é dependência química conceitos fundamentaisRicardo Alexandre
 

More from Ricardo Alexandre (20)

Verminoses na APS
Verminoses na APSVerminoses na APS
Verminoses na APS
 
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMGAbordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
 
Entrevista motivacional v2
Entrevista motivacional v2Entrevista motivacional v2
Entrevista motivacional v2
 
Entrevista motivacional
Entrevista motivacionalEntrevista motivacional
Entrevista motivacional
 
2015 saúde da criança ufmg - princípios do sus
2015 saúde da criança   ufmg - princípios do sus2015 saúde da criança   ufmg - princípios do sus
2015 saúde da criança ufmg - princípios do sus
 
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoAula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
 
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
Aula 8   prevenção, chance e causalidadeAula 8   prevenção, chance e causalidade
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
 
Aula 7 pesquisa de evidências
Aula 7   pesquisa de evidênciasAula 7   pesquisa de evidências
Aula 7 pesquisa de evidências
 
Aula 7 pesquisa de evidências
Aula 7   pesquisa de evidênciasAula 7   pesquisa de evidências
Aula 7 pesquisa de evidências
 
Aula 5 o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
Aula 5   o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...Aula 5   o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
Aula 5 o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
 
Aula 4 estudos de coorte
Aula 4   estudos de coorteAula 4   estudos de coorte
Aula 4 estudos de coorte
 
Aula 4 estudo de caso controle
Aula 4   estudo de caso controleAula 4   estudo de caso controle
Aula 4 estudo de caso controle
 
Aula 4 ensaio clínico randomizado
Aula 4   ensaio clínico randomizadoAula 4   ensaio clínico randomizado
Aula 4 ensaio clínico randomizado
 
Aula 2 planejando e desenhando um estudo epidemiológico
Aula 2   planejando e desenhando um estudo epidemiológicoAula 2   planejando e desenhando um estudo epidemiológico
Aula 2 planejando e desenhando um estudo epidemiológico
 
Aula 2 estudo transversal
Aula 2   estudo transversalAula 2   estudo transversal
Aula 2 estudo transversal
 
Aula 2 estudo qualitativo
Aula 2   estudo qualitativoAula 2   estudo qualitativo
Aula 2 estudo qualitativo
 
Aula 1 historia da epidemiologia
Aula 1   historia da epidemiologiaAula 1   historia da epidemiologia
Aula 1 historia da epidemiologia
 
Historia da Epidemiologia
Historia da EpidemiologiaHistoria da Epidemiologia
Historia da Epidemiologia
 
Curso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidadoCurso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidado
 
O que é dependência química conceitos fundamentais
O que é dependência química conceitos fundamentaisO que é dependência química conceitos fundamentais
O que é dependência química conceitos fundamentais
 

Recently uploaded

Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoAnatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoMarianaAnglicaMirand
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptAlberto205764
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptAlberto205764
 

Recently uploaded (9)

Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoAnatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
 

Aula 3 indicadores de saúde

  • 1. Indicadores de saúde Medidas de frequência de uma doença Ricardo Alexandre de Souza
  • 2. Objetivos Compreender o que são Indicadores de saúde Saber o nome de alguns indicadores
  • 3. “Medidas, contadas ou calculadas, e observações classificáveis, capazes de ‘revelar’ uma situação que não é aparente por si só.” (Merchán-Hamman, Tauil, Costa: 2000) “Medida , em geral quantitativa, usada para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito” (Januzzi: 2001) INDICADOR - DEFINIÇÃO
  • 4. INDICADORES Dado Informação Indicador Indicador é o que indica alguma coisa Reflete o fenômeno de interesse e auxilia no seu entendimento Indicador de saúde – revela situação de saúde
  • 5. Requisitos para os indicadores de saúde • Disponibilidade de dados (representatividade e cobertura) • Definição e procedimentos de cálculo (confiabilidade) • Facilidade para construção e simplicidade de interpretação (simplicidade) • Sensibilidade ao maior número de fatores que influem no estado de saúde (sinteticidade) • Bom poder discriminatório
  • 6. INDICADORES DE SAÚDE Principais usos:  Diagnóstico ou análise da situação atual  Monitoramento da situação de saúde  Subsídios ao planejamento de intervenções  Apoio à programação de recursos/insumos  Avaliação de impacto (adequação) de intervenções  Comparação de grupos e populações  Estimativa de risco  Estimativa de probabilidades  Estimativa de tendências e projeções (prever situações futuras)
  • 7. Tipos de indicadores de saúde • Estado de saúde de populações humanas • Mortalidade (sobrevida) • Morbidade (funcionalidade) • Bem estar, qualidade de vida • Serviços de saúde • Insumos • Processo • Resultados • Ambiente
  • 8. Epidemiologia A palavra “epidemiologia” deriva do grego epi = sobre demos = população, povo logos = estudo Portanto, em sua etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma população”
  • 9. Epidemiologia Para a Associação Internacional de Epidemiologia, criada em 1954, a Epidemiologia tem como objetivo o “estudo de fatores que determinam a freqüência e a distribuição de doenças nas coletividades humanas” (ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
  • 10. Epidemiologia O Dicionário de Epidemiologia de John Last a define como “o estudo da distribuição e dos determinantes de estados e eventos relacionados à saúde, em populações específicas, e a aplicação desse estudo para o controle de problemas de saúde” (LAST, 1995)
  • 11. Epidemiologia Com a ampliação de sua abrangência e sua complexidade, a Epidemiologia, segundo Almeida Filho e Rouquayrol (1992), não é fácil de ser definida. Portanto conceituam “ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde”.
  • 12. Epidemiologia Ou seja, diferentemente da Clínica, que estuda o processo saúde-doença em indivíduos, a Epidemiologia se preocupa com a comunidade, ou em grupos dessa comunidade.
  • 13. Epidemiologia Um dos meios para se conhecer como se dá o processo saúde-doença na comunidade é elaborando um diagnóstico comunitário de saúde. O diagnóstico comunitário, evidentemente, difere do diagnóstico clínico em termos de objetivos, informação necessária, plano de ação e estratégia de avaliação.
  • 14. Epidemiologia Diagnóstico Clínico Diagnóstico Comunitário Objetivo Curar a doença da pessoa Melhorar o nível de saúde da comunidade Informação necessária Histórica clínica Exame físico Exames complementares Dados sobre a população Doenças existentes Causas de morte Serviços de saúde, etc. Tipo de diagnóstico DIAGNÓSTICO INDIVIDUAL DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO Plano de ação Tratamento Reabilitação Programas de saúde prioritário Avaliação Acompanhamento clínico (melhora/cura) Mudanças no estado de saúde da população Fonte: Adaptado de Vaughan & Morrow (1992)
  • 15. Epidemiologia O termo distribuição pode ser observado em qualquer definição de Epidemiologia. Distribuição, nesse sentido, é entendida como “o estudo da variabilidade da freqüência das doenças de ocorrência em massa, em função de variáveis ambientais e populacionais ligadas ao tempo e espaço” (ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
  • 16. Epidemiologia O primeiro passo em um estudo epidemiológico é analisar o padrão de ocorrência de doenças segundo três vertentes: pessoas, tempo e espaço, método este também conhecido como “epidemiologia descritiva” e que responde as perguntas quem?, quando? e onde?
  • 17. Epidemiologia O padrão de ocorrência dos doenças também pode se alterar ao longo do tempo, resultando na chamada estrutura epidemiológica, que nada mais é do que o padrão de ocorrência da doença na população, resultante da interação de fatores do meio ambiente, hospedeiro e do agente causador da doença. (BRASIL, 1998).
  • 18. Dados Podem ser registrados de forma: Contínua – óbitos, nascimentos, doenças de notificação obrigatória Periódica – recenseamento da população e levantamento do índice CPO (dentes cariados, perdidos e obturados) Ocasional – pesquisas para conhecer a prevalência da hipertensão arterial ou diabetes em uma comunidade, em determinado momento
  • 19. Dados Importância para a análise de situação de saúde: População – número de habitantes, idade, sexo, raça Socioeconômicos – renda, ocupação, classe social, tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação Dados ambientais – poluição, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e disposição do lixo Serviços de saúde – hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, acesso aos serviços Morbidade – doenças que ocorrem na comunidade Eventos vitais – óbitos, nascidos vivos e mortos
  • 20. Banco de dados No Brasil: SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos SINAN – Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde
  • 21. Banco de dados É importante considerar que tanto a informação derivada de dados de doenças (morbidade), como de mortalidade, apresentam vantagens e limitações. É muito conhecido, no meio da saúde, o termo “ponta de iceberg” para referir-se a uma característica desses dados, ou seja, ambos (especialmente a mortalidade) representam apenas uma parcela da população (a “ponta do iceberg”): a que morre ou a que chega ao serviço de saúde e tem o seu diagnóstico feito e registrado corretamente.
  • 22. Banco de dados Ponta do iceberg Casos conhecidos Casos assintomáticos Casos sintomáticos que não procuram o serviço de saúde Casos que procuram o serviço de saúde, mas não são diagnosticados Casos diagnosticados, mas não registrado e/ou informados
  • 24. Informação na saúde ABRASCO: “Informação é um direito de todos e dever do Estado e que o acesso à informação constitui um dos alicerces do projeto. Lei 8080/90 no artigo 47: a organização pelo MS, em articulação com os níveis estaduais e municipais do SUS, de um Sistema Nacional de Informações em Saúde – SIS, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviço. There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics. Benjamin Disraeli British politician (1804 - 1881)
  • 25. SIS A OMS define SIS como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Considera-se que a transformação de um dado em informação exige, além da análise, a divulgação, e inclusive recomendações para a ação.
  • 27. Denomina-se SIS ao conjunto de unidade de produção, análise e divulgação de dados que atuam com a finalidade de atender às necessidades de informações de instituições, programas, serviços, podendo ser informatizados ou manuais. Gerenciar um serviço de saúde significa cuidar dos aspectos organizacionais e funcionais, tal como em qualquer empresa. Isso quer dizer que gerenciar sistemas de saúde requer lidar com aspectos administrativos como controlar estoques de materiais, equipamentos, gerir finanças, recursos humanos, etc., isto é, controlar aspectos que representam as condições de organização e funcionamento dos serviços de saúde. Informação na saúde
  • 28. Mas principalmente, em saúde, há os aspectos gerados pela prática de saúde, isto é, aqueles decorrentes do atendimento prestado, do ato clínico, ao indivíduo ou à coletividade ou à ambos. Informação na saúde
  • 30. distribuição da população nos municípios; tendência da fecundidade no Brasil e nas regiões, tendência da expectativa de vida e mudanças na distribuição etária da população brasileira no tempo e segundo regiões; idH no Brasil e estados, tendências e o idHm segundo raça/cor; escolaridade segundo raça/cor; Alguns indicadores
  • 31. Alguns indicadores analfabetismo, em pessoas de 15 anos ou mais, sendo definido como incapacidade de escrever e ler um bilhete simples. Foi analisada a tendência deste indicador segundo os estados e sua distribuição segundo o porte populacional do município em 2004; proporção da população servida por água, sendo definido como percentual de pessoas em domicílios com abastecimento de água por meio de rede geral com canalização interna ou por meio de poço ou nascente com canalização interna. Foi analisada a tendência deste indicador segundo os estados e sua distribuição segundo o porte populacional do município em 2004;
  • 32. Indicadores de Eficiencia: Recursos; produtividade; utilização da capacidade instalada; Utilização da capacidade operacional; distribuição dos gastos por tipo de atenção; Indicadores de Eficácia: Cobertura alcançada através das acões produzidas; concentração de procedimentos; resolutividade; Indicadores de Efetividade: Epidemiológicos(mortalidade, morbidadee fatoresde risco); demográficos; sócio-economicos. Alguns indicadores
  • 33. 19.9 19.3 18.9 17.9 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Coeficiente Coeficiente de mortalidade infantil 22.1 28.6 32.9 36.6 40.3 44.0 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Proporção(%) Proporção da população coberta pelo Programa Saúde da Família Informação em saúde
  • 35. Sistema desenvolvido especialmente para gerenciamento dos dados obtidos a partir da atenção prestada aos usuários de comunidades atendidas pelos profissionais das equipes de Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde. SIAB
  • 36. Conceitos Básicos • Território • Problema • Responsabilidade Sanitária Possibilidades  conhecer a realidade sócio-sanitária da população acompanhada;  avaliar a adequação dos serviços de saúde oferecidos, e readequá- los, sempre que necessário;  melhorar a qualidade dos serviços de saúde. SIAB
  • 37. INFORMAÇÕES E VARIÁVEIS 1. Cadastramento das famílias • Características das pessoas; • Características dos domicílios; • Condição de saneamento; • Outras informações relevantes. SIAB
  • 38. 2. Acompanhamento de grupos de risco • Crianças menores de 5 anos; • Gestantes; • Pessoas com hipertensão arterial; • Pessoas com diabetes; • Pessoas com tuberculose; • Pessoas com hanseníase. SIAB
  • 39. 3. Registros de atividades, procedimentos e notificações •Produção; •Notificação de agravos e situação SIAB
  • 40. Avanços Análise desagregada das informações do município (microárea, área e segmento); Definição dos dados a serem coletados a partir de problemas relevantes; Base cadastral da população atualizada. Agilidade em disponibilizar os indicadores. Orienta para o planejamento e tomada de decisão no nível local. SIAB
  • 41. Limites Base tecnológica não condizente com a realidade atual; Não abrange toda a atenção básica de saúde, somente a Estratégia Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde; Não integra com outros sistemas de informação em saúde, gerando retrabalho; Não disponibiliza dados individualizados; Não acompanhou as políticas vigentes. SIAB
  • 42. Situação Atual Integração com o SCNES para o cadastro das equipes, com validade a partir do mês de agosto/2007; Trabalho conjunto com o Dasis/SVS para análise do banco de dados, buscando: 1. Reafirmar ou não os pontos frágeis; 2. Definir novos critérios da limpeza da base de dados; 3. Levantar perguntas avaliativas não respondidas pelo Siab. SIAB
  • 43. Situação Atual Abrangência: todos os municípios que aderiram à Estratégia Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde (em junho/2007 – 2.240 municípios com dados da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde e 5.178 municípios com a Estratégia de Saúde da Família ) SIAB
  • 44. SIA-SIH Informações Assistenciais Sistema de Informações Hospitalares do SUS- SIH/SUS Descrição Estrutura Fluxo Potencialidades e Limitações Indicadores
  • 45. SIA-SIH Estrutura SIH / SUS Instrumento - AIH (Autorização de Internação Hospitalar) Caracterização das Internações (Individualizada) Natureza do evento (diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...) Valores Pagos (Procedimentos) Cadastro das Unidades - CH (Leitos, Gestão, Natureza...)
  • 46. SIA-SIH POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES Aspectos positivos Extrema Agilidade (45 - 60 dias); Sistema nacional (disponível para a população); Sofre auditoria e críticas para pagamento ; Registros sistemático mensal (controle/avaliação); Dados desagregados por indivíduo e hospitais (planejamento e gestão); Informações de morbidade das doenças crônico-degenerativas; Permite o monitoramento de agravos e vigilância epidemiológica; Possibilita a construção de diferentes indicadores de saúde.
  • 47. SIA-SIH Aspectos negativos Cobertura - rede do SUS (70-80%); Informações seletivas (morbidade); Suspeita de fraudes (reduz a confiabilidade); Não identifica todas as re-internações; Sofre diversas alterações (política, dinâmica da assistência); Informações “secundárias” mal preenchidas (qualidade); Ainda é pouco explorado (subutilizado).
  • 48. SIA-SIH INDICADORES: Assistenciais • Perfil da rede hospitalar (natureza, gestão) • Oferta de leitos e clínicas disponíveis; • Serviços e procedimentos realizados; • Meios diagnósticos e terapêuticos; • Evolução do paciente e tempo de internação; • Valores pagos com a internação (faturamento dos hospitais) Epidemiológicos • Frequências absoluta e relativa • Coeficiente de internação ou mortalidade hospitalar • Razão entre de internação e notificação de agravos • Coeficientes específicos (causa, sexo e faixa etária)
  • 49. SIA-SIH Estrutura SIH / SUS Instrumento - AIH (Autorização de Internação Hospitalar) Caracterização das Internações (Individualizada) Natureza do evento (diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...) Valores Pagos (Procedimentos) Cadastro das Unidades - CH (Leitos, Gestão, Natureza...)
  • 50. SIM Sistema de Informação de Mortalidade - S I M Descrição Estrutura Fluxo Potencialidades e Limitações Indicadores
  • 51. SIM
  • 52. SIM POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES Aspectos positivos Contém dados sobre as características de todos os óbitos; É universal, com cobertura e confiabilidade relativamente boa; Possibilita a construção de indicadores que permitem uma aproximação da situação de saúde da população e do risco de morte; Permite a observação de diferenciais de mortalidade através da espacialização dos óbitos; Permite a elaboração de estatísticas necessárias para o planejamento e avaliação das ações de saúde.
  • 53. Aspectos negativos Pouca agilidade no processamento dos dados; Sub-registro e Subnotificação; Acentuado número de óbitos por causa mal definida; Preenchimento inadequado de diversos campos da DO. SIM
  • 54. Indicadores Mortalidade Geral Mortalidade Infantil Mortalidade Materna Mortalidade por causas e/ou idades específicas Mortalidade Proporcional por causa e/ou faixa etária SIM
  • 55. SINASC Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC Descrição Estrutura Fluxo Potencialidades e Limitações Indicadores
  • 56. SINASC POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES Aspectos positivos Contém informações sobre as características dos Nascidos Vivos, das mães, da gestação e do parto; Tem cobertura universal; Possibilita a construção de importantes indicadores (CMI e RMM); Permite a observação de RNs com risco de vida; Serve de base para o planejamento, adoção de ações específicas voltadas ao grupo materno-infantil
  • 57. SINASC Aspectos negativos Pouca agilidade no processamento dos dados; Sub-registro e Subnotificação; Preenchimento inadequado de diversos campos da DN.
  • 58. SINASC INDICADORES Taxa de Fecundidade Taxa de Natalidade Mortalidade Infantil e Materna (denominador) Proporção de Gravidez na Adolescência Proporção de Recém-Nascidos com Baixo Peso Proporção de Partos Cesáreos e/ou Domiciliares
  • 59. CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES Instrumento - FCES (Ficha Cadastral de Estabelecimentos de Saúde) Estabelecimentos e Profissionais (Indicadores e Consultas) Brasil – UF - Municípios
  • 62. Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG): mede o risco de morte por todas as causas em uma população de um dado local e período. CMG = n.º de óbitos em dado local e período x 103 população do mesmo local e período
  • 63. Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) CMI: mede o risco de morte para crianças menores de um ano de um dado local e período. CMI = n.º de óbitos em menores de 1 ano em dado local e período x 103 n.º de nascidos vivos no mesmo local e período
  • 64. Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce Coeficiente de Mortalidade Neonatal precoce (CMNP ou Neonatal Precoce): Número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. • Estima o risco de um nascido vivo morrer durante a primeira semana de vida. • Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém- nascido.
  • 65. Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia Números de óbitos ocorridos entre 7 e 27 dias de vida completos, expresso por mil nascidos vivos, em determinado local e período. • Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 7 aos 27 dias de vida. • Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
  • 66. Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia Números de óbitos ocorridos entre 0 e 27 dias de vida completos, expresso por mil nascidos vivos, em determinado local e período. • Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 0 aos 27 dias de vida. • Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
  • 67. Taxa de mortalidade perinatal Número de óbitos ocorridos no período perinatal (perdas fetais tardias mais óbitos neonatais precoces), expresso por mil nascimentos (perdas fetais tardias mais nascidos vivos), em determinado local e período. Período perinatal: tem início na 28a semana de gestação e termina ao final da primeira semana de vida do recém-nascido (CID-10). Natimorto (perda fetal tardia): nascido morto com idade gestacional de 28 semanas ou mais (CID-10). Óbito neonatal precoce: nascido vivo que morre na primeira semana de vida (antes do sétimo dia completo de vida). • Indica a probabilidade de um feto, aparentemente viável, nascer morto ou morrer na primeira semana de vida. • A taxa é influenciada por numerosos fatores, alguns ligados à gestação e ao parto, entre os quais, o peso ao nascer e a qualidade da assistência prestada à gestante, à parturiente e ao recém-nascido.
  • 68. Razão de mortalidade materna Número de óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos de mães residentes em determinado espaço geográfico, no ano considerado Estima a frequência de óbitos femininos, ocorridos até 42 dias após o término da gravidez, atribuídos a causas ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério, em relação ao total de nascidos vivos. O número de nascidos vivos é adotado como uma aproximação do total de mulheres grávidas. Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Taxas elevadas de mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal, até a assistência ao parto e ao puerpério. CMM = n.º de mortes por causas consideradas maternas em dado local e período x 105 n.º de nascidos vivos, no mesmo local e período Morte Materna: óbito de mulheres grávidas ou no período de 42 dias após a gravidez, independente da duração e localização da gravidez, por alguma causa relacionada ou agravada pela gravidez que não sejam causas acidentais ou incidentais.
  • 69. Coeficiente de Letalidade Coeficiente de Letalidade (CL): o coeficiente de letalidade situa-se na transição entre os indicadores de morbidade e mortalidade. A letalidade mede o poder da doença específica em determinar a morte e também pode informar sobre a qualidade da assistência médica prestada para esta doença. CL = n.º de óbitos de determinada doença em dado local e período x 100 n.º de casos da doença no mesmo local e período
  • 70. Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de Swaroop-Uemura Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de Swaroop-Uemura: Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50 anos e mais em relação ao total de óbitos ocorridos em um dado local e período. RMP = n.º de óbitos em de 50 anos em dado local e período x 100 total de óbitos no mesmo local e período Mostra a proporção de mortes: RMP > 75% Típico de países desenvolvidos 74,9%< RMP > 50% Típico de países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos serviços de saúde 25% < RMP > 49,9% Países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões econômicas e de saúde 24,9%<RMP Países ou regiões com alto grau de subdesenvolvimento
  • 71. 46 O Índice de Swaroop-Uemura tem a propriedade de indicar (A) óbitos por afecções crônico-degenerativas em uma população. (B) proporção de nascidos mortos por 100.000 nascidos vivos. (C) óbitos durante a gravidez ou em consequência do parto, e até um ano após este. (D) distribuição de renda e suas tendências. (E) razão entre mortos com 50 anos ou mais e total de óbitos.
  • 72. 52 Os últimos recenseamentos brasileiros mostram aumento da expectativa de vida e diminuição da taxa de fecundidade. Este processo traduz-se por (A) transição epidemiológica. (B) transição demográfica. (C) transição epistemológica. (D) indicador Swaroop-Uemura. (E) envelhecimento saudável.
  • 73. Curva de Mortalidade Proporcional Curva de Mortalidade Proporcional ou Nelson Moraes Fonte de dados: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) •Níveis de saúde representados por curvas de mortalidade proporcional segundo faixas etárias: •menores de 1 ano •1 a 4 anos •5 a 19 anos •20 a 49 anos •50 e mais anos
  • 74. Curva de Mortalidade Proporcional Crédito da imagem: Camila Mares Guia Brandi

Editor's Notes

  1. Fluxo das informações para planejamento.
  2. Compõem obrigatoriamente os sistemas de gerência em saúde os sistemas informativos da condição do doente, de sua vida, do meio ambiente e de outros fatores que interferem no processo saúde-doença e que constituem os Sistemas de Informação em Saúde (SIS). As bases de dados sobre condições de saúde, são algo extremamente rico, embora de acesso árduo pela internet. Mas não deve ser empecilho que a ESF (Equipe de Saúde da Família) analise as informações e trace suas metas a partir disso. Atualmente o Bolsa Família também faz parte das bases de dados do SUS, posto que o recurso do mesmo origina-se da Saúde.
  3. As fontes de informação dos SIS poderiam ser divididas de várias maneiras. Uma das maneiras mais práticas é o uso da origem. Observa-se então que duas fontes podem originar informações relevantes para a saúde: Informações baseadas na população e informações baseadas no serviço de saúde (fig 2.) Obviamente nem todas as bases de dados ou referências de informação, são claramente definidas em um setor ou outro. A IDB (Indicadores e Dados Básicos para a Saúde) é um exemplo típico, já que são produtos de uma ação integrada, diretamente trabalhado pelas instituições responsáveis pelos principais sistemas de informação de base nacional utilizados - Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Ministério da Previdência Social.
  4. Número de óbitos de menores de 1 ano de idade (inclusive os de menores de 1 ano ignorados – código 400), de 2000 a 2004, por local de residência. Fonte: SIM Número de nascidos vivos, de 2000 a 2004, por local de residência da mãe. Fonte: SINASC 1.000 Não foi feita qualquer correção por subnotificação, seja do numerador como do denominador. Por isto os indicadores não são compatíveis com os do IDB-2005, por exemplo. Proporção da população coberta pelo Programa de Saúde da Família 2000 a 2006 Número de pessoas cadastradas, de 2000 a 2006, por município. Fonte: SIAB População, de 2000 a 2006. Fonte: Base demográfica 100 Foi utilizado o número de pessoas cadastradas no último mês disponível do ano (dezembro de 2000 a 2006)