Este documento fornece um resumo sobre indicadores de saúde e sistemas de informação em saúde. Ele discute o que são indicadores de saúde e seus tipos, como mortalidade e morbidade. Também explica o que é um sistema de informação em saúde e alguns dos principais sistemas de dados em saúde no Brasil, como SIM, SINASC, SINAN. Por fim, discute o SIAB e como ele pode ser usado para monitorar a situação de saúde das comunidades atendidas pelas equipes de saúde da família
3. “Medidas, contadas ou calculadas, e observações
classificáveis, capazes de ‘revelar’ uma situação
que não é aparente por si só.”
(Merchán-Hamman, Tauil, Costa: 2000)
“Medida , em geral quantitativa, usada para
substituir, quantificar ou operacionalizar um
conceito”
(Januzzi: 2001)
INDICADOR - DEFINIÇÃO
5. Requisitos para os indicadores de saúde
• Disponibilidade de dados (representatividade e cobertura)
• Definição e procedimentos de cálculo (confiabilidade)
• Facilidade para construção e simplicidade de interpretação
(simplicidade)
• Sensibilidade ao maior número de fatores que influem no estado de
saúde (sinteticidade)
• Bom poder discriminatório
6. INDICADORES DE SAÚDE
Principais usos:
Diagnóstico ou análise da situação atual
Monitoramento da situação de saúde
Subsídios ao planejamento de intervenções
Apoio à programação de recursos/insumos
Avaliação de impacto (adequação) de intervenções
Comparação de grupos e populações
Estimativa de risco
Estimativa de probabilidades
Estimativa de tendências e projeções (prever situações futuras)
7. Tipos de indicadores de saúde
• Estado de saúde de populações humanas
• Mortalidade (sobrevida)
• Morbidade (funcionalidade)
• Bem estar, qualidade de vida
• Serviços de saúde
• Insumos
• Processo
• Resultados
• Ambiente
8. Epidemiologia
A palavra “epidemiologia” deriva do grego
epi = sobre
demos = população, povo
logos = estudo
Portanto, em sua etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma
população”
9. Epidemiologia
Para a Associação Internacional de
Epidemiologia, criada em 1954, a Epidemiologia
tem como objetivo o “estudo de fatores que
determinam a freqüência e a distribuição de
doenças nas coletividades humanas”
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
10. Epidemiologia
O Dicionário de Epidemiologia de John Last a
define como “o estudo da distribuição e dos
determinantes de estados e eventos relacionados à
saúde, em populações específicas, e a aplicação
desse estudo para o controle de problemas de
saúde”
(LAST, 1995)
11. Epidemiologia
Com a ampliação de sua abrangência e sua
complexidade, a Epidemiologia, segundo Almeida
Filho e Rouquayrol (1992), não é fácil de ser definida.
Portanto conceituam “ciência que estuda o processo
saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição
populacional e os fatores determinantes das
enfermidades, danos à saúde e eventos associados à
saúde coletiva, propondo medidas específicas de
prevenção, controle ou erradicação de doenças e
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao
planejamento, administração e avaliação das ações
de saúde”.
12. Epidemiologia
Ou seja, diferentemente da Clínica, que
estuda o processo saúde-doença em
indivíduos, a Epidemiologia se preocupa com a
comunidade, ou em grupos dessa
comunidade.
13. Epidemiologia
Um dos meios para se conhecer como se dá
o processo saúde-doença na comunidade é
elaborando um diagnóstico comunitário de
saúde.
O diagnóstico comunitário, evidentemente,
difere do diagnóstico clínico em termos de
objetivos, informação necessária, plano de
ação e estratégia de avaliação.
14. Epidemiologia
Diagnóstico Clínico Diagnóstico Comunitário
Objetivo Curar a doença da pessoa Melhorar o nível de saúde
da comunidade
Informação
necessária
Histórica clínica
Exame físico
Exames complementares
Dados sobre a população
Doenças existentes
Causas de morte
Serviços de saúde, etc.
Tipo de
diagnóstico DIAGNÓSTICO INDIVIDUAL DIAGNÓSTICO
COMUNITÁRIO
Plano de
ação
Tratamento
Reabilitação
Programas de saúde
prioritário
Avaliação Acompanhamento clínico
(melhora/cura)
Mudanças no estado de
saúde da população
Fonte: Adaptado de Vaughan & Morrow (1992)
15. Epidemiologia
O termo distribuição pode ser observado
em qualquer definição de Epidemiologia.
Distribuição, nesse sentido, é entendida como
“o estudo da variabilidade da freqüência das
doenças de ocorrência em massa, em função
de variáveis ambientais e populacionais
ligadas ao tempo e espaço”
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
16. Epidemiologia
O primeiro passo em um estudo
epidemiológico é analisar o padrão de
ocorrência de doenças segundo três vertentes:
pessoas, tempo e espaço, método este
também conhecido como “epidemiologia
descritiva” e que responde as perguntas
quem?, quando? e onde?
17. Epidemiologia
O padrão de ocorrência dos doenças também pode
se alterar ao longo do tempo, resultando na chamada
estrutura epidemiológica, que nada mais é do que o
padrão de ocorrência da doença na população,
resultante da interação de fatores do meio ambiente,
hospedeiro e do agente causador da doença. (BRASIL,
1998).
18. Dados
Podem ser registrados de forma:
Contínua – óbitos, nascimentos, doenças de
notificação obrigatória
Periódica – recenseamento da população e
levantamento do índice CPO (dentes cariados,
perdidos e obturados)
Ocasional – pesquisas para conhecer a
prevalência da hipertensão arterial ou diabetes em
uma comunidade, em determinado momento
19. Dados
Importância para a análise de situação de saúde:
População – número de habitantes, idade, sexo, raça
Socioeconômicos – renda, ocupação, classe social,
tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação
Dados ambientais – poluição, abastecimento de
água, tratamento de esgoto, coleta e disposição do lixo
Serviços de saúde – hospitais, ambulatórios,
unidades de saúde, acesso aos serviços
Morbidade – doenças que ocorrem na comunidade
Eventos vitais – óbitos, nascidos vivos e mortos
20. Banco de dados
No Brasil:
SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade
SINASC – Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos
SINAN – Sistema de Informação sobre Agravos
de Notificação
SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais
do Sistema Único de Saúde
SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares
do Sistema Único de Saúde
21. Banco de dados
É importante considerar que tanto a informação derivada de dados
de doenças (morbidade), como de mortalidade, apresentam
vantagens e limitações.
É muito conhecido, no meio da saúde, o termo “ponta de iceberg”
para referir-se a uma característica desses dados, ou seja, ambos
(especialmente a mortalidade) representam apenas uma parcela da
população (a “ponta do iceberg”): a que morre ou a que chega ao
serviço de saúde e tem o seu diagnóstico feito e registrado
corretamente.
22. Banco de dados
Ponta do iceberg
Casos conhecidos
Casos assintomáticos
Casos sintomáticos que não procuram o serviço de saúde
Casos que procuram o serviço de saúde, mas não são
diagnosticados
Casos diagnosticados, mas não registrado e/ou informados
24. Informação na saúde
ABRASCO: “Informação é um direito de todos e dever do Estado e
que o acesso à informação constitui um dos alicerces do projeto.
Lei 8080/90 no artigo 47: a organização pelo MS, em articulação com
os níveis estaduais e municipais do SUS, de um Sistema Nacional de
Informações em Saúde – SIS, integrado em todo o território nacional,
abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviço.
There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics.
Benjamin Disraeli British politician (1804 - 1881)
25. SIS
A OMS define SIS como um mecanismo de
coleta, processamento, análise e transmissão
da informação necessária para se planejar,
organizar, operar e avaliar os serviços de saúde.
Considera-se que a transformação de um dado em
informação exige, além da análise, a divulgação, e
inclusive recomendações para a ação.
27. Denomina-se SIS ao conjunto de unidade de produção, análise e divulgação
de dados que atuam com a finalidade de atender às necessidades de
informações de instituições, programas, serviços, podendo ser informatizados ou
manuais.
Gerenciar um serviço de saúde significa cuidar dos aspectos organizacionais
e funcionais, tal como em qualquer empresa. Isso quer dizer que gerenciar
sistemas de saúde requer lidar com aspectos administrativos como controlar
estoques de materiais, equipamentos, gerir finanças, recursos humanos, etc.,
isto é, controlar aspectos que representam as condições de organização e
funcionamento dos serviços de saúde.
Informação na saúde
28. Mas principalmente, em
saúde, há os aspectos gerados
pela prática de saúde, isto é,
aqueles decorrentes do
atendimento prestado, do ato
clínico, ao indivíduo ou à
coletividade ou à ambos.
Informação na saúde
30. distribuição da população nos municípios;
tendência da fecundidade no Brasil e nas regiões, tendência
da expectativa de vida e mudanças na distribuição etária da
população brasileira no tempo e segundo regiões;
idH no Brasil e estados, tendências e o idHm segundo
raça/cor;
escolaridade segundo raça/cor;
Alguns indicadores
31. Alguns indicadores
analfabetismo, em pessoas de 15 anos ou mais, sendo definido como
incapacidade de escrever e ler um bilhete simples. Foi analisada a
tendência deste indicador segundo os estados e sua distribuição
segundo o porte populacional do município em 2004;
proporção da população servida por água, sendo definido como
percentual de pessoas em domicílios com abastecimento de água por
meio de rede geral
com canalização interna ou por meio de poço ou nascente com
canalização interna. Foi analisada a tendência deste indicador segundo
os estados e sua distribuição segundo o porte populacional do município
em 2004;
32. Indicadores de Eficiencia: Recursos; produtividade; utilização da
capacidade instalada; Utilização da capacidade operacional; distribuição
dos gastos por tipo de atenção;
Indicadores de Eficácia: Cobertura alcançada através das acões
produzidas; concentração de procedimentos; resolutividade;
Indicadores de Efetividade: Epidemiológicos(mortalidade, morbidadee
fatoresde risco); demográficos; sócio-economicos.
Alguns indicadores
33. 19.9 19.3 18.9
17.9
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Coeficiente
Coeficiente de mortalidade infantil
22.1
28.6
32.9
36.6
40.3
44.0
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Proporção(%)
Proporção da população coberta pelo
Programa Saúde da Família
Informação em saúde
35. Sistema desenvolvido especialmente para
gerenciamento dos dados obtidos a partir da
atenção prestada aos usuários de comunidades
atendidas pelos profissionais das equipes de
Saúde da Família e de Agentes Comunitários de
Saúde.
SIAB
36. Conceitos Básicos
• Território
• Problema
• Responsabilidade Sanitária
Possibilidades
conhecer a realidade sócio-sanitária da população acompanhada;
avaliar a adequação dos serviços de saúde oferecidos, e readequá-
los, sempre que necessário;
melhorar a qualidade dos serviços de saúde.
SIAB
37. INFORMAÇÕES E VARIÁVEIS
1. Cadastramento das famílias
• Características das pessoas;
• Características dos domicílios;
• Condição de saneamento;
• Outras informações relevantes.
SIAB
38. 2. Acompanhamento de grupos de risco
• Crianças menores de 5 anos;
• Gestantes;
• Pessoas com hipertensão arterial;
• Pessoas com diabetes;
• Pessoas com tuberculose;
• Pessoas com hanseníase.
SIAB
39. 3. Registros de atividades, procedimentos e notificações
•Produção;
•Notificação de agravos e situação
SIAB
40. Avanços
Análise desagregada das informações do município (microárea, área e
segmento);
Definição dos dados a serem coletados a partir de problemas
relevantes;
Base cadastral da população atualizada.
Agilidade em disponibilizar os indicadores.
Orienta para o planejamento e tomada de decisão no nível local.
SIAB
41. Limites
Base tecnológica não condizente com a realidade
atual;
Não abrange toda a atenção básica de saúde,
somente a Estratégia Saúde da Família e de Agentes
Comunitários de Saúde;
Não integra com outros sistemas de informação em
saúde, gerando retrabalho;
Não disponibiliza dados individualizados;
Não acompanhou as políticas vigentes.
SIAB
42. Situação Atual
Integração com o SCNES para o cadastro das equipes, com
validade a partir do mês de agosto/2007;
Trabalho conjunto com o Dasis/SVS para análise do banco de
dados, buscando:
1. Reafirmar ou não os pontos frágeis;
2. Definir novos critérios da limpeza da base de dados;
3. Levantar perguntas avaliativas não respondidas pelo
Siab.
SIAB
43. Situação Atual
Abrangência: todos os municípios que aderiram à Estratégia
Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde (em
junho/2007 – 2.240 municípios com dados da Estratégia de
Agentes Comunitários de Saúde e 5.178 municípios com a
Estratégia de Saúde da Família )
SIAB
45. SIA-SIH
Estrutura
SIH / SUS
Instrumento - AIH (Autorização de Internação Hospitalar)
Caracterização das Internações (Individualizada)
Natureza do evento (diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...)
Valores Pagos (Procedimentos)
Cadastro das Unidades - CH (Leitos, Gestão, Natureza...)
46. SIA-SIH
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Extrema Agilidade (45 - 60 dias);
Sistema nacional (disponível para a população);
Sofre auditoria e críticas para pagamento ;
Registros sistemático mensal (controle/avaliação);
Dados desagregados por indivíduo e hospitais (planejamento e gestão);
Informações de morbidade das doenças crônico-degenerativas;
Permite o monitoramento de agravos e vigilância epidemiológica;
Possibilita a construção de diferentes indicadores de saúde.
47. SIA-SIH
Aspectos negativos
Cobertura - rede do SUS (70-80%);
Informações seletivas (morbidade);
Suspeita de fraudes (reduz a confiabilidade);
Não identifica todas as re-internações;
Sofre diversas alterações (política, dinâmica da assistência);
Informações “secundárias” mal preenchidas (qualidade);
Ainda é pouco explorado (subutilizado).
48. SIA-SIH
INDICADORES:
Assistenciais
• Perfil da rede hospitalar (natureza, gestão)
• Oferta de leitos e clínicas disponíveis;
• Serviços e procedimentos realizados;
• Meios diagnósticos e terapêuticos;
• Evolução do paciente e tempo de internação;
• Valores pagos com a internação (faturamento dos hospitais)
Epidemiológicos
• Frequências absoluta e relativa
• Coeficiente de internação ou mortalidade hospitalar
• Razão entre de internação e notificação de agravos
• Coeficientes específicos (causa, sexo e faixa etária)
49. SIA-SIH
Estrutura
SIH / SUS
Instrumento - AIH (Autorização de Internação Hospitalar)
Caracterização das Internações (Individualizada)
Natureza do evento (diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...)
Valores Pagos (Procedimentos)
Cadastro das Unidades - CH (Leitos, Gestão, Natureza...)
50. SIM
Sistema de Informação de Mortalidade - S I M
Descrição
Estrutura
Fluxo
Potencialidades e Limitações
Indicadores
52. SIM
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Contém dados sobre as características de todos os óbitos;
É universal, com cobertura e confiabilidade relativamente boa;
Possibilita a construção de indicadores que permitem uma aproximação
da situação de saúde da população e do risco de morte;
Permite a observação de diferenciais de mortalidade através da
espacialização dos óbitos;
Permite a elaboração de estatísticas necessárias para o planejamento e
avaliação das ações de saúde.
53. Aspectos negativos
Pouca agilidade no processamento dos dados;
Sub-registro e Subnotificação;
Acentuado número de óbitos por causa mal definida;
Preenchimento inadequado de diversos campos da DO.
SIM
55. SINASC
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC
Descrição
Estrutura
Fluxo
Potencialidades e Limitações
Indicadores
56. SINASC
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Contém informações sobre as características dos Nascidos Vivos,
das mães, da gestação e do parto;
Tem cobertura universal;
Possibilita a construção de importantes indicadores (CMI e RMM);
Permite a observação de RNs com risco de vida;
Serve de base para o planejamento, adoção de ações específicas
voltadas ao grupo materno-infantil
58. SINASC
INDICADORES
Taxa de Fecundidade
Taxa de Natalidade
Mortalidade Infantil e Materna (denominador)
Proporção de Gravidez na Adolescência
Proporção de Recém-Nascidos com Baixo Peso
Proporção de Partos Cesáreos e/ou Domiciliares
59. CNES
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES
Instrumento - FCES (Ficha Cadastral de Estabelecimentos de Saúde)
Estabelecimentos e Profissionais (Indicadores e Consultas)
Brasil – UF - Municípios
62. Coeficiente de Mortalidade Geral
(CMG): mede o risco de morte por todas as causas em uma
população de um dado local e período.
CMG = n.º de óbitos em dado local e período x 103
população do mesmo local e período
63. Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)
CMI: mede o risco de morte para crianças menores de um ano de um
dado local e período.
CMI = n.º de óbitos em menores de 1 ano em dado local e período x 103
n.º de nascidos vivos no mesmo local e período
64. Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce
Coeficiente de Mortalidade Neonatal precoce (CMNP ou Neonatal Precoce):
Número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na
população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
• Estima o risco de um nascido vivo morrer durante a primeira semana de
vida.
• Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de saúde da
mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém-
nascido.
65. Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia
Números de óbitos ocorridos entre 7 e 27 dias de vida completos, expresso
por mil nascidos vivos, em determinado local e período.
• Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 7 aos 27 dias de
vida.
• Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de
saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao
parto e ao recém-nascido.
66. Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia
Números de óbitos ocorridos entre 0 e 27 dias de vida completos, expresso
por mil nascidos vivos, em determinado local e período.
• Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 0 aos 27 dias de
vida.
• Reflete, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de
saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao
parto e ao recém-nascido.
67. Taxa de mortalidade perinatal
Número de óbitos ocorridos no período perinatal (perdas fetais tardias
mais óbitos neonatais precoces), expresso por mil nascimentos (perdas
fetais tardias mais nascidos vivos), em determinado local e período.
Período perinatal: tem início na 28a semana de gestação e termina ao
final da primeira semana de vida do recém-nascido (CID-10).
Natimorto (perda fetal tardia): nascido morto com idade gestacional
de 28 semanas ou mais (CID-10).
Óbito neonatal precoce: nascido vivo que morre na primeira semana
de vida (antes do sétimo dia completo de vida).
• Indica a probabilidade de um feto, aparentemente viável, nascer
morto ou morrer na primeira semana de vida.
• A taxa é influenciada por numerosos fatores, alguns ligados à
gestação e ao parto, entre os quais, o peso ao nascer e a
qualidade da assistência prestada à gestante, à parturiente e ao
recém-nascido.
68. Razão de mortalidade materna
Número de óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos de mães residentes
em determinado espaço geográfico, no ano considerado
Estima a frequência de óbitos femininos, ocorridos até 42 dias após o
término da gravidez, atribuídos a causas ligadas à gravidez, ao parto e ao
puerpério, em relação ao total de nascidos vivos. O número de nascidos vivos
é adotado como uma aproximação do total de mulheres grávidas.
Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Taxas elevadas de
mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de
saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal,
até a assistência ao parto e ao puerpério.
CMM = n.º de mortes por causas consideradas maternas em dado local e período x 105
n.º de nascidos vivos, no mesmo local e período
Morte Materna: óbito de mulheres grávidas ou no período de 42 dias após a gravidez, independente da duração
e localização da gravidez, por alguma causa relacionada ou agravada pela gravidez que não sejam causas
acidentais ou incidentais.
69. Coeficiente de Letalidade
Coeficiente de Letalidade (CL): o coeficiente de letalidade situa-se
na transição entre os indicadores de morbidade e mortalidade. A
letalidade mede o poder da doença específica em determinar a morte e
também pode informar sobre a qualidade da assistência médica
prestada para esta doença.
CL = n.º de óbitos de determinada doença em dado local e período x
100
n.º de casos da doença no mesmo local e período
70. Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de
Swaroop-Uemura
Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de
Swaroop-Uemura: Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50
anos e mais em relação ao total de óbitos ocorridos em um dado local e
período.
RMP = n.º de óbitos em de 50 anos em dado local e período x 100
total de óbitos no mesmo local e período
Mostra a proporção de mortes:
RMP > 75% Típico de países desenvolvidos
74,9%< RMP > 50% Típico de países com certo desenvolvimento
econômico e regular organização dos serviços de saúde
25% < RMP > 49,9% Países em estágio atrasado de
desenvolvimento das questões econômicas e de saúde
24,9%<RMP Países ou regiões com alto grau de subdesenvolvimento
71. 46 O Índice de Swaroop-Uemura tem a propriedade de indicar
(A) óbitos por afecções crônico-degenerativas em uma população.
(B) proporção de nascidos mortos por 100.000 nascidos vivos.
(C) óbitos durante a gravidez ou em consequência do parto, e até um
ano após este.
(D) distribuição de renda e suas tendências.
(E) razão entre mortos com 50 anos ou mais e total de óbitos.
72. 52 Os últimos recenseamentos brasileiros mostram aumento da
expectativa de vida e diminuição da taxa de fecundidade. Este processo
traduz-se por
(A) transição epidemiológica.
(B) transição demográfica.
(C) transição epistemológica.
(D) indicador Swaroop-Uemura.
(E) envelhecimento saudável.
73. Curva de Mortalidade Proporcional
Curva de Mortalidade Proporcional ou Nelson Moraes
Fonte de dados: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
•Níveis de saúde representados por curvas de mortalidade
proporcional segundo faixas etárias:
•menores de 1 ano
•1 a 4 anos
•5 a 19 anos
•20 a 49 anos
•50 e mais anos
Compõem obrigatoriamente os sistemas de gerência em saúde os sistemas informativos da condição do doente, de sua vida, do meio ambiente e de outros fatores que interferem no processo saúde-doença e que constituem os Sistemas de Informação em Saúde (SIS). As bases de dados sobre condições de saúde, são algo extremamente rico, embora de acesso árduo pela internet. Mas não deve ser empecilho que a ESF (Equipe de Saúde da Família) analise as informações e trace suas metas a partir disso. Atualmente o Bolsa Família também faz parte das bases de dados do SUS, posto que o recurso do mesmo origina-se da Saúde.
As fontes de informação dos SIS poderiam ser divididas de várias maneiras. Uma das maneiras mais práticas é o uso da origem. Observa-se então que duas fontes podem originar informações relevantes para a saúde: Informações baseadas na população e informações baseadas no serviço de saúde (fig 2.)
Obviamente nem todas as bases de dados ou referências de informação, são claramente definidas em um setor ou outro. A IDB (Indicadores e Dados Básicos para a Saúde) é um exemplo típico, já que são produtos de uma ação integrada, diretamente trabalhado pelas instituições responsáveis pelos principais sistemas de informação de base nacional utilizados - Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Ministério da Previdência Social.
Número de óbitos de menores de 1 ano de idade (inclusive os de menores de 1 ano ignorados – código 400), de 2000 a 2004, por local de residência. Fonte: SIM Número de nascidos vivos, de 2000 a 2004, por local de residência da mãe. Fonte: SINASC 1.000 Não foi feita qualquer correção por subnotificação, seja do numerador como do denominador. Por isto os indicadores não são compatíveis com os do IDB-2005, por exemplo.
Proporção da população coberta pelo Programa de Saúde da Família 2000 a 2006 Número de pessoas cadastradas, de 2000 a 2006, por município. Fonte: SIAB População, de 2000 a 2006. Fonte: Base demográfica 100 Foi utilizado o número de pessoas cadastradas no último mês disponível do ano (dezembro de 2000 a 2006)