Licitação do Centro de Convivência fatiada em duas fases
1. http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/07/capa/campinas_e_rmc/82970-centro-de-
convivencia-licitacao-fatiada-em-duas.html
Centro de Convivência: licitação fatiada em
duas
Prefeitura muda de ideia e reduz número de contratos para elaborar
projetos de recuperação do local
22/07/2013 - 22h34 | Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
Foto: Janaína Maciel/Especial para a AAN
Cartaz avisa sobre fechamento do teatro e interdição de banheiros
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A Administração mudou mais uma vez a forma de escolha dos projetos executivos de
recuperação do Centro de Convivência Cultural e, em vez de fatiar a licitação em três
fases, como havia anunciado há um mês, fará o processo em duas. A primeira, com
previsão de publicação do edital em agosto, vai eleger os projetos de estrutura e
impermeabilização; a segunda será destinada à parte eletromecânica (energia, hidráulica e
esgoto). Os projetos executivos definirão o que precisará ser feito e quanto vão custar as
obras. A previsão é entregar o espaço reformado em 2015.
O secretário de Infraestrutura, Carlos Santoro, informou que os termos de referência para
as duas licitações tramitam na Prefeitura. Segundo ele, a decisão de colocar na mesma
licitação de projeto executivo a estrutura e a impermeabilização foi tomada porque são
2. atividades correlatas. Santoro estima que esse projeto deverá custar cerca de R$ 500 mil
— caro porque, informou, será necessário realizar testes de estabilidade da estrutura. O
outro, da parte eletromecânica, ficará abaixo de R$ 150 mil, possibilitando a contratação
por carta-convite. De acordo com o secretário, as obras serão licitadas em 2014.
Estimativas feitas pela Administração passada indicavam que a recuperação do
Convivência custaria R$ 50 milhões, recursos dos quais a Prefeitura não dispõe. “Os
projetos executivos nos dirão o que precisará ser feito e quanto vai custar, mas é certo que
o valor ficará bastante abaixo do estimado inicialmente. Se tivesse que chutar, diria que o
custo ficará entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões”, analisou Santoro.
Ele afirmou que não está preocupado com a infraestrutura do local, que será recuperada.
“O que temos lá é precariedade de tratamento do espaço, que ficou abandonado e foi se
deteriorando”, comentou.
Deterioração
As precariedades do Centro de Convivência são muitas. Há fios expostos, ligações de
energia clandestinas, goteiras, bastante umidade no chão e nas paredes por conta da
infiltração e até esgoto a céu aberto. Do lado de fora, os problemas também são visíveis.
Os pilares próximos à entrada onde funcionava o setor administrativo da Orquestra
Sinfônica têm rachaduras e o chão cedeu.
As arquibancadas do Teatro de Arena encontram-se em mau estado de conservação e os
primeiros degraus que dão acesso ao teatro apresentam início de erosão — isso permite
que a água da chuva escoe ainda mais para dentro do espaço, contribuindo para a
infiltração.
Fechado por seis anos, o local foi reaberto no final de 2011. Ele havia sido fechado para o
público em 2005, depois de se transformar em palco de conflitos entre gangues de
pichadores. O teatro não passou por reforma, não recebeu pintura nem qualquer tipo de
intervenção antes de ser entregue à população.
Um laudo técnico financiado pela concessionária Aeroportos Brasil Viracopos apontou que
a situação de deterioração da edificação é grave, mas que é possível recuperá-la. “Havia
dúvidas se seria possível recuperar o prédio e o laudo nos disse que sim. Por isso, pedi
que os secretários envolvidos no projeto acelerem as licitações necessárias”, disse o
prefeito Jonas Donizette (PSB).