Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
ApresentaçãO Livro Ppp
1. Sala de aula interativa
•Educação
•Comunicação
•Mídia clássica
•Internet
•Tecnologias digitais
•Arte
•Mercado
•Sociedade
•Cidadania
Marco Silva
2. -Introdução-
Um convite à interatividade
e à complexidade
Um convite ao
pensamento que
não simplifica. O
pensamento tem
que está aberto
à multiplicidade
de pontos de
vista.
3. “A interatividade emerge com a instauração de
uma nova configuração tecnológica (no sentido
das tecnologias informáticas conversacionais), e
de uma nova dimensão mercadológica (no
sentido da busca de diálogo entre produtor-
produto-cliente).”
Marco Silva
Na esfera social, não há mais uma recepção passiva
de informação. Cresce a autonomia nos
indivíduos. Eles podem criar.
Grandes referências, que determinavam verdades
absolutas, como a Igreja, a educação escolar e a
mídia de massa enfraquecem.
4. A interatividade é um novo modo de
comunicação. É uma tendência geral em nosso
tempo, fruto de uma técnica informatizada, mas
também é um processo em curso de mudança
nas comunicações humanas.
“a interatividade é como um espírito do tempo”
Marco Silva
A mensagem é modificada toda vez em que
responde às solicitações daquele que a consulta,
que a explora, que a manipula.
O emissor constrói uma rede e define diversos
territórios para exploração, oferecendo estes a
navegações podendo o receptor interferir e
modificá-los. O receptor torna-se co-criador e co-
autor.
5. “ Já não posso controlar sua jornada com a
facilidade que tinha antes. Você tornou-se mais
consciente de todas as tentativas que faço para
programá-lo e é mais capaz de se esquivar
delas.”
Rushkoff
Os receptores não toleram mais programações
manipulativas. Deixaram de ser bem-
comportados e treinados. São novos
espectadores que moldam a tecnologia que será
consumida quanto mais atender às suas novas
disposições comunicacionais.
6. O hipertexto e o novo
espectador
“O termo “interatividade” tem sua origem nos anos 70 e ganha
notoriedade a partir do início dos 80 entre informatas e teóricos
que com ele buscaram expressar a novidade comunicacional de
que o computador “conversacional” é marco paradigmático,
diferente da televisão monológica e emissora.”
Marco Silva
O hipertexto é como uma teia de conexões de um texto com
inúmeros textos. Ele garante qualidade no desenvolvimento
técnico no campo da informática.
“Clicando ícones, o usuário pode saltar de uma ”janela” para outra
e transitar aleatoriamente por fotos, sons, vídeos, textos,
gráficos, etc.(...)
Marco Silva
O processo do hipertexto permite ao usuário múltiplas
navegações.
7. O hipertexto
• Democratiza a relação do
indivíduo com a
informação;
• Permite que o indivíduo
ultrapasse a condição de
consumidor (expectador
passivo);
• O indivíduo torna-se sujeito
operativo, participativo e
criativo;
• É o grande divisor de águas
entre a comunicação
massiva e a comunicação
interativa.
8. As novas tecnologias
hipertextuais
• Coloca o usuário em contato direto com a experiência
da complexidade no âmbito da comunicação (ele
experimenta a multiplicidade e a junção da emissão
e recepção, como hibridação);
• O usuário torna-se menos passivo diante da
separação da produção e consumo,da separação da
distribuição e comunicação;
• O usuário aprende que dele mesmo depende o gesto
instaurador, que cria e alimenta a experiência
comunicacional entendida como diálogo com e na
multiplicidade (um novo espectador);
• O usuário aprende a não aceitar passivamente o que
é transmitido;
• Diante da informação, da mensagem, o usuário pode
interferir, modificar, produzir e compartilhar;
9. O novo espectador
• Vem aprendendo a não seguir
de modo unitário uma
transmissão de TV;
• Aprende com a não-linearidade,
com a complexidade do
hipertexto;
• Aprende com a técnica de “abrir
janelas dentro do quadro para
nelas invocar novas imagens,
de modo a tornar a tela um
espaço híbrido de múltiplas
imagens, múltiplas vozes e
múltiplos textos. Janelas
móveis que permitem
adentramento e diálogo com
seus conteúdos igualmente
móveis.
10. O conhecimento não é mais emitido,
emergindo da atividade conexional,
abre-se à perspectiva do
pensamento complexo. O
pensamento que trabalha com
interações e interferências, que se
dão com as incertezas e
indeterminações.
11. Epistemologia da complexidade
e
interatividade
“Em que é que me fundamento? Na
ausência de fundamentos. Isto é,, na
consciência da destruição dos
fundamentos da certeza. Está destruição
dos fundamentos é característica do nosso
século...”
Morin
Quando as certezas estão acabando,
estamos livres para buscar interações.
12. Na interatividade é possível uma
conjunção complexa de diálogo e
multiplicidade, operando entre
usuário e tecnologia hipertextual.
Essa conjunção complexa é um
desafio pela busca da possibilidade
de pensar através das incertezas e
das contradições e pela busca da
liberdade de pensar na
multiplicidade.
13. Princípios como ponto de partida para o tratamento
da interatividade:
1º Fundamenta-se na ausência de fundamentos
implica na abertura para mais interações, para
o mais comunicacional. Este princípio é como
um pano de fundo da disposição social para a
interatividade. É uma trama de interações
humanas que convida ao mais comunicacional.
2º Remete ao conceito de pensamento complexo:
atentar para as interações em sua dialógica,
multiplicidade e recursividade. É a condição
para o posicionamento crítico diante da
interatividade e de sua análise.
14. “Interatividade é a disponibilização
consciente de um mais comunicacional
de modo expressivamente complexo, ao
mesmo tempo atentando para as
interações existentes e promovendo
mais e melhores interações – seja entre
usuário e tecnologias digitais ou
analógicas, seja nas relações
“presenciais” ou “virtuais” entre seres
humanos”
Marco Silva
15. Perspectiva para a educação
Ontem e Hoje...
Os professores transmitem informações. A sala
de aula tem um ritmo monótono e repetitivo,
fazendo com que o aluno olhe o quadro, ouvindo,
copiando e prestando contas.
COMUNICAÇÃO NA SALA DE AULA:
O FALAR/ DITAR DO MESTRE
Amanhã...
O professor pode lançar mão da comunicação
com o aluno, dos conteúdos curriculares e de
equipamentos (tecnologias hipertextuais ou não)
para modificar a tradição do falar/ ditar.
16. Sugestões:
1ª a disponibilização de múltiplas aberturas (abrir
“janelas”) à participação-intervenção dos alunos
nas ações cotidianas concernentes ao ensino e à
aprendizagem.
2ª a disponibilização de múltiplas aberturas à
bidirecionalidade nas relações horizontais,
significando rompimento com o espaço de
transmissão unidirecional autoritária (onde quem
sabe transmite e quem não sabe se submete) e a
viabilização da co-autoria, da comunicação
conjunta da emissão e da recepção.
3ª a disponibilização da multiplicidade de redes de
conexões no tratamento dos conteúdos
curriculares, significando não-linearidade, roteiros
de exploração originais, combinações livres e
criação de narrativas possíveis.
17. Em uma sala de aula interativa o professor
interrompe a tradição do falar/ ditar. Ele constrói
um conjunto de territórios a serem explorados
pelos alunos e disponibiliza co-autoria e múltiplas
conexões, permitindo que o aluno também faça
por si mesmo. O professor seria muito mais do
que uma ponte entre a informação e o
entendimento, seria um estimulador de
curiosidades e fonte de dicas para que o aluno
que o aluno viaje sozinho no conhecimento obtido
nos livros e nas redes de computador. O aluno,
por sua vez, passa de espectador passivo a ator,
podendo ser emissor e receptor no processo de
intercompreensão.
E A EDUCAÇÃO TORNA-SE PROCESSO DE TROCA
DE AÇÕES QUE CRIA CONHECIMENTO E NÃO
APENAS O REPRODUZ.
18. A participação e a co-autoria estão diretamente
vinculadas a uma concepção de formação para a
cidadania extremamente urgente em nosso
tempo. Ao gerar a comunicação em sala de aula,
o professor convida os alunos a saírem da
passividade de receptores e se engajarem com
ele na tecitura complexa que resulta no
conhecimento vivo. Isso implica em aprender a
tolerar diante do diferente e aprender a lidar com
as múltiplas informações.