O documento descreve o mundo depravado antes do Dilúvio, caracterizado por (1) devassidão sexual sem limites e (2) violências sem controle, em contraste com o mundo inicial ainda maravilhoso criado por Deus. Deus julga a maldade generalizada daquele período, condenando a destruir a humanidade, exceto Noé que achou graça aos olhos do Senhor.
2. Texto Áureo
"No princípio, criou Deus os céus
e a terra."
(Gn 1.1)
"E viu o Senhor que a maldade do
homem se multiplicara sobre a
terra e que toda imaginação dos
pensamentos de seu coração era
só má continuamente." (Gn 6.5)
3. Verdade Prática
Sem o livro de Gênesis, as
grandes perguntas da vida ainda
estariam sem resposta.
O mundo de Lameque em nada
diferia do nosso; resistindo à
graça de Deus, entregaram-se à
devassidão, à violência e à
resistência ao Espírito Santo.
4. 1 - E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a
face da terra, e lhes nasceram filhas,
2 - viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram
formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
3 - Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com
o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e
vinte anos.
4 - Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os
filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes
eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama.
LEITURA BÍBLICA
Gênesis 6.1-8
5. 5 - E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a
terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só
má continuamente.
6 - Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a
terra, e pesou-lhe em seu coração.
7 - E disse o Senhor: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem
que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave
dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.
LEITURA BÍBLICA
Gênesis 6.1-8
7. Objetivos Específicos
I. Explicar a maravilha que era o mundo enquanto o pecado
ainda não havia degenerado as pessoas;
II. Compreender como o pecado se espalhou pela raça
humana produzindo um mundo depravado;
III. Explicar que o mundo depravado estava condenado à
destruição.
9. INTRODUÇÃO
O e x e m p l o d e C a i m n ã o d e m o r o u a g e n e r a l i z a r - s e . S e
p o r u m l a d o , s u a d e s c e n d ê n c i a d e s t a c a - s e p o r
e m p r e e n d e d o r e s c o m o J a b a l e J u b a l , p o r o u t r o , é
c o r r o m p i d a p o r h o m e n s d e v a s s o s e v i o l e n t o s c o m o
L a m e q u e . P r i m e i r o b í g a m o d a h i s t ó r i a , e s t e vi r i a a s e
n o t a b i l i z a r t a m b é m p o r h a ve r a s s a s s i n a d o f u t i l m e n t e
d u a s p e s s o a s . E , p a r a c o m e m o r a r o f e i t o , c o m p ô s u m
p o e m a .
O s p e c a d o s d e C a i m e L a m e q u e a l a s t r a r a m - s e d e t a l
m a n e i r a q u e vi r i a m a d e p r a v a r, i n c l u s i ve , a l i n h a g e m
p i e d o s a d e S e t e .
10. INTRODUÇÃO
(co nt.)
Vi vemos dias semelhantes . A devassidão e a
violência nunca f oram t ão exalt adas . Est a
geração exist e como s e não houvesse D eus .
Ent ret anto, pert o está o dia do juízo sobre os
prat icant es da iniquidade .
Lameque é o mais perfeito símbolo da
depravação t ot al daquele período .
13. I. UM MUNDO AINDA MARAVILHOSO
Ap e s a r d a Q u e d a , o m u n d o a n t e d i l u vi a n o e r a f a r t o e
p r ó d i g o . S u a e c o l o g i a e r a p e r f e i t a ; s u a t e c n o l o g i a ,
c o n s i d e r á ve l .
1 . FAR T U R A D E P Ã O .
E m b o r a a m a l d i ç o a d a , e r a f é r t i l e n a d a r e t i n h a à
p r i m e i r a c i vi l i z a ç ã o . To d o s c o m i a m e b e b i a m à
vo n t a d e ( M t 2 4 . 3 8 , 3 9 ) . O p ã o n ã o p r e c i s a v a s e r
r a c i o n a d o , o a z e i t e e r a a b u n d a n t e e o v i n h o e s c o r r i a
d o s l a g a r e s .
Te m - s e a i m p r e s s ã o d e q u e a s p e s s o a s d a q u e l a é p o c a
vi vi a m e m p e r m a n e n t e f e s t a n ç a . N i n g u é m e r a c a p a z
d e r e c o n h e c e r q u e d o S e n h o r é a Te r r a e a s u a
p l e n i t u d e ( S l 2 4 . 1 ) .
14. I. UM MUNDO AINDA MARAVILHOSO
2 . S AÚ D E P E R F E I TA
Ta i s f a c i l i d a d e s p r o p i c i a r a m a o s a n t e d i l u vi a n o s u m a
s a ú d e p e r f e i t a . N ã o e r a i n c o m u m e n c o n t r a r p e s s o a s
d e q u a s e m i l a n o s ( G n 5 . 2 7 ) . N a g e n e a l o g i a d e Ad ã o ,
d e p a r a m o - n o s c o m h o m e n s m a i s ve l h o s q u e m u i t o s
d o s p a í s e s d o m u n d o .
I m a g i n e m o s a f o l h a c o r r i d a d e u m p e c a d o r d e 9 0 0
a n o s . N o ve s é c u l o s d e c o m p l e t a d e p r a va ç ã o . Q u a n t o s
r o u b o s , a s s a s s i n a t o s , a d u l t é r i o s , m e n t i r a s e
i n t o l e r â n c i a s . Ao s o l h o s d o s a n t o D e u s , e r a a l g o
a b o m i n á ve l .
15. I. UM MUNDO AINDA MARAVILHOSO
3 . B E L E Z A P E R F E I TA
S e a s a ú d e e r a p e r f e i t a , a b e l e z a d a q u e l a g e r a ç ã o e r a
s i n g u l a r, h a j a vi s t a a f o r m o s u r a d a s f i l h a s d e
L a m e q u e . N ã o d e m o r o u p a r a q u e vi e s s e m a e n c a n t a r
o s f i l h o s d e S e t e ( G n 6 . 1 , 2 ) . I m i t a n d o a b i g a m i a d e
L a m e q u e , e s t e s h o m e n s , o u t r o r a t ã o p i e d o s o s ,
t o r n a r a m - s e p o l í g a m o s i n c o r r i g í ve i s .
C o m t a n t a c o m i d a e b e b i d a , p o r q u e n ã o vi ve r e m
p r a z e r e s ? J á q u e a vi d a e r a c o n t a d a e m s é c u l o s ,
n i n g u é m h a ve r i a d e m o r r e r a m a n h ã . S u a f i l o s o f i a n ã o
e r a a p e n a s a b u s c a p e l o p r a z e r, m a s t a m b é m
d i a b o l i c a m e n t e l i b e r t i n a . Aq u e l a g e r a ç ã o n ã o p o s s u í a
q u a l q u e r r e f e r ê n c i a m o r a l o u é t i c a .
16. I. UM MUNDO AINDA MARAVILHOSO
4 . T E C N O L O G I A AVAN Ç A D A
O m u n d o d e L a m e q u e p o d i a o s t e n t a r u m
s u r p r e e n d e n t e a va n ç o t e c n o l ó g i c o . Ad ã o a i n d a vi vi a
q u a n d o Tu b a l c a i m c o m e ç o u a d e d i c a r - s e à
m e t a l u r g i a . E s t e f o i u m h o m e m , f i l h o d e L a m e q u e e
d e Z i l á , s e t o r n o u c o n h e c i d o p e l a s u a h a b i l i d a d e e m
l i d a r c o m o c o b r e e o f e r r o ( G n 4 . 2 2 )
Al é m d a m e t a l u r g i a , a q u e l a g e r a ç ã o s a b i a c o m o
t r a b a l h a r a m a d e i r a e a c e r â m i c a . O p r ó p r i o N o é ,
a l i á s , n ã o t e ve d i f i c u l d a d e s t é c n i c a s e m c o n s t r u i r a
Ar c a , n e m o s s e u s d e s c e n d e n t e s , a p ó s o D i l ú vi o ,
vi r a m - s e i m p e d i d o s d e e r g u e r a To r r e d e B a b e l .
20. II. UM MUNDO TOTALMENTE
DEPRAVADO
O mundo de Lameque era ingrato e cruel.
Voltando -se contra o Senhor, seus
descendentes cometeram os pecados mais
hediondos e abomináveis.
21. II. UM MUNDO TOTALMENTE
DEPRAVADO1 . D E VAS S I D Ã O S E X U AL
O e x e m p l o d e L a m e q u e l o g o v i r i a a r e p l i c a r - s e p o r t o d a a
d e s c e n d ê n c i a d e A d ã o . A f a m í l i a t r a d i c i o n a l f o i s e
d e g e n e r a n d o . O s p e c a d o s s e x u a i s , a g o r a , e r a m
c o m e t i d o s c o m o s e n a d a f o s s e p r o i b i d o ; n ã o h a v i a
l i m i t e s à f o r n i c a ç ã o n e m a o a d u l t é r i o .
A t é o s m e s m o s d e s c e n d e n t e s d e S e t e p o r t a r a m - s e
l e v i a n a m e n t e e m m e i o à q u e l a i m o r a l i d a d e c r a s s a e
g r i t a n t e ; c o r r o m p e r a m - s e a t é o i n f e r n o . R e l a t a o a u t o r
s a g r a d o : " V i r a m o s f i l h o s d e D e u s q u e a s f i l h a s d o s
h o m e n s e r a m f o r m o s a s ; e t o m a r a m p a r a s i m u l h e r e s d e
t o d a s a s q u e e s c o l h e r a m " ( G n 6 . 2 ) .
22. II. UM MUNDO TOTALMENTE
DEPRAVADO2 . V I O L Ê N C I A S E M L I M I T E S
O s e x c e s s o s d a q u e l a g e n t e r e d u n d a r a m n u m a g e r a ç ã o
t r u c u l e n t a e i m p l a c á v e l . O s a s s a s s i n o s e r a m c u l t u a d o s
c o m o h e r ó i s : " H a v i a , n a q u e l e s d i a s , g i g a n t e s n a t e r r a ; e
t a m b é m d e p o i s , q u a n d o o s f i l h o s d e D e u s e n t r a r a m à s
f i l h a s d o s h o m e n s e d e l a s g e r a r a m f i l h o s ; e s t e s e r a m o s
v a l e n t e s q u e h o u v e n a a n t i g u i d a d e , o s v a r õ e s d e f a m a "
( G n 6 . 4 ) .
O q u e d i z e r d o n o s s o t e m p o ? E m b o r a n ã o s e j a m o s t ã o
f o r t e s , n e m t ã o l o n g e v o s , e m n a d a d i f e r e n ç a m o - n o s d o s
f i l h o s d e L a m e q u e . N u n c a o h o m e m f e z - s e t ã o i m o r a l
q u a n t o h o j e .
23. Mesmo hoje, há crentes que reagem
contrariamente à graça divina (Hb
3.15). Sim, apesar de saber que o juízo
divino é certo.
24. II. UM MUNDO TOTALMENTE
DEPRAVADO
3. RESISTÊNCIA À GRAÇA DIVINA
Por muito t empo, o Espírito de D eus inst ou junt o
àquela geração para que s e c on ve rte s s e e
deixasse s e us maus caminhos . C hegou, porém, o
dia e m que D eus deu um basta e m t udo aquilo .
D eclarou o Senhor : "Não cont enderá o meu
Espírito para sempre com o homem, porque ele
t ambém é c a rne; porém os seus dias serão cent o e
vint e anos" ( Gn 6 .3 ) .
25. II. UM MUNDO TOTALMENTE
DEPRAVADO
3. RESISTÊNCIA À GRAÇA DIVINA(cont.)
A graça de D eus, ainda q u e perfeit a e inf alível,
p o d e s e r resist ida, haja vista a geração que saíra
d o Egit o rumo a Canaã . Não obst ante o s milagres
q u e presenciara, endureceu o s e u coração de tal
f orma, que veio a ser rejeitada pelo Senhor ( H b
3 .8) . Isso significa que, mesmo hoje, h á crent es
que reagem contrariamente à graça divina ( H b
3 .1 5) . Sim, apesar de saber que o juíz o divino é
cert o .
28. III. UM MUNDO CONDENADO À
DESTRUIÇÃO
Noé pregou aos seus contemporâneos
durante muito tempo. Mesmo assim, a sua
geração não se curvou aos apelos
divinos. Que diferença dos ninivitas, que
deram ouvidos à pregação de Jonas (Jn
3.10).
29. III. UM MUNDO CONDENADO À
DESTRUIÇÃO
1 . A PR EGA Ç Ã O D E N OÉ
A p r e s e n t a d o c o m o p r e g a d o r d a j u s t i ç a , N o é c u m p r i u
u m l o n g o e p e n o s o m i n i s t é r i o ( 2 P e 2 . 5 ) . E n q u a n t o s e
d a v a à c o n s t r u ç ã o d a a r c a , c o n c l a m a v a s e u s
c o n t e m p o r â n e o s a o a r r e p e n d i m e n t o ( 1 P e 3 . 2 0 ) . S e
l e v a r m o s e m c o n t a G ê n e s i s 6 . 3 , c o n c l u i r e m o s q u e o
s e u o f í c i o d e p r e g o e i r o t e v e a d u r a ç ã o d e 1 2 0 a n o s .
S e m d ú v i d a , f o i o m a i s l o n g o m i n i s t é r i o p r o f é t i c o d a
B í b l i a .
E l e p r e g a v a c o m a v o z e c o m a s o b r a s . A c o n s t r u ç ã o
d a a r c a , e m s i , j á e r a u m a p r e g a ç ã o c a r r e g a d a d e
e l o q u ê n c i a .
30. Apesar da pregação do Evangelho, a
iniquidade multiplica-se de tal modo
que chega a contaminar, inclusive, o
amor dos fiéis.
31. III. UM MUNDO CONDENADO À
DESTRUIÇÃO
2 . U MA GER A Ç Ã O C OR R OMPID A
Ap e s a r d a s i n s t â n c i a s d e N o é , s e u s c o n t e m p o r â n e o s
c o r r o m p i a m - s e d e t a l f o r m a , q u e s e t o r n a r a m
t o t a l m e n t e d e p r a v a d o s . Ao S e n h o r, p o r t a n t o , n ã o
r e s t a va o u t r a a l t e r n a t i va a n ã o s e r d e s t r u i r t o d a
a q u e l a c i vi l i z a ç ã o : " O f i m d e t o d a c a r n e é vi n d o
p e r a n t e a m i n h a f a c e ; p o r q u e a t e r r a e s t á c h e i a d e
vi o l ê n c i a ; e e i s q u e o s d e s f a r e i c o m a t e r r a " ( G n
6 . 1 3 ) .
A g e r a ç ã o a t u a l a s s e m e l h a - s e à d e N o é . Ap e s a r d a
p r e g a ç ã o d o E va n g e l h o , a i n i q u i d a d e m u l t i p l i c a - s e
d e t a l m o d o q u e c h e g a a c o n t a m i n a r, i n c l u s i ve , o
a m o r d o s f i é i s ( M t 2 4 . 1 2 ) . C o m e m , b e b e m e
e n t r e g a m - s e à s e n s u a l i d a d e , c o m o s e n ã o h o u ve s s e
D e u s .
33. CONCLUSÃO
À semelhança de Noé, proclamemos a Palavra de Deus a
tempo e a fora de tempo; esta é a nossa missão. Se nos
conformarmos com o mundo, que esperança haverá aos que
ainda anseiam pelo Evangelho?
Levantemo-nos como pregoeiros da justiça. Ainda que
soframos zombarias e escárnios, nossa missão não ficará
inacabada.
34. PARA REFLETIR
1) O que caracterizava o mundo de Lameque?
Violência sem limites, devassidão sexual e resistência à
graça divina.
2) Qual o ofício de Tubalcaim?
Metalurgia, fabricação de instrumentos cortantes.
3) Que pecados caracterizavam os contemporâneos de Noé?
Era uma geração corrompida pelo pecado e caracterizada
pela depravação moral.
4) É possível resistir a graça divina?
A graça de Deus, ainda que perfeita e infalível, pode ser
resistida.
A respeito do Livro de Gênesis: