Considerações acerca do pensamento de Karl Jaspers
Prevenção, Diagnóstico e Tratamentos dos Transtornos Mentais da Infância e Adolescência
1.
2. Prevenção, Diagnóstico e Tratamentos
dos Transtornos Mentais da Infância e
Adolescência
PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA
PSICOTERAPIA BREVE
PSICOTERAPIA COGNITIVA
PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
JULIANA GAMA
PHILIPPE CASTRO
RAYANNE CHAGAS
RITA GADELHA
JONATHAN ARAÚJO
3. INTRODUÇÃO
• Em 1909, com o tratamento do pequeno Hans, Freud lançou as bases para a psicanálise com
crianças, bem como para a psicoterapia de orientação analítica;
• Hug-Hellmuth foi a primeira a tomar crianças em análise sistemática. Sugeriu que o brincar
espontâneo poderia servir de complemento, e até mesmo, substituir a comunicação verbal que
no adulto aparecia como associação livre;
• Dois importantes pólos de profissionais:
• Anna Freud, que dava grande importância aos aspectos desenvolvimentais apreciando as
competências alcançadas em cada estágio do desenvolvimento da criança;
• Melanie Klein, que envolvia a criança na situação analítica, mantendo os pais fora do
tratamento.
4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE A TÉCNICA
Teoria Kleiniana:
• Aceitação do uso de brinquedos como um equivalente da associação livre do adulto, pois
seria através deles que a criança se expressaria;
• Convicção de que a criança estabelece uma relação transferencial desde o primeiro
momento em que entra em contato com o terapeuta;
Segundo Kernberg (1995), a teoria psicanalítica considera:
• A importância do papel das fantasias inconscientes;
• A hierarquia dos mecanismos de defesa;
• O papel da primitiva relação diádica sobre o desenvolvimento do self;
• As influências interpessoais sobre o desenvolvimento intrapsíquico;
• A formação do superego.
5. • A técnica psicanalítica varia de acordo com as peculiaridades da criança – um ser em evolução.
Assim, uma das atividades principais do terapeuta é avaliar as capacidades potenciais do seu
paciente, bem como compreender suas diferentes formas de manifestação a partir de sua idade;
• O terapeuta precisa formular sua interpretação de forma breve, simples e objetiva, que possa ser
compreensível ao paciente em sua respectiva faixa etária.
6. A AVALIAÇÃO
Situação Atual
• O terapeuta de crianças deve ter sempre presente o desenvolvimento normal da criança, o
momento evolutivo em que se encontra seu paciente e o contexto no qual está inserido
(COHEN,1979);
•O fato de a criança não vir para a avaliação por conta própria confere à psicoterapia de crianças a
participação dos pais ou responsável durante todo o processo;
• A avaliação compreende as entrevistas com os pais e com a criança, bem como contatos com a
escola e com outros profissionais que estiveram atendendo a criança no momento.
A Entrevista com os Pais ou Responsáveis
•A avaliação tem seu início já no primeiro contato com os pais, quando o avaliador poderá obter
informações úteis acerca do funcionamento familiar e sobre forma de encaminhamento;
• Deve-se fornecer amparo aos pais, informando-os que está ali para ajudá-los no tratamento do
filho;
7. • O terapeuta, desde o início da avaliação deve:
• Manter a neutralidade no intuito de não assumir a paternidade de seu paciente;
• Estar em alerta para os riscos de identificar-se com os pais ou com a criança e para os seus
sentimentos contratransferenciais;
• Deixar a primeira parte da entrevista bastante livre, pois os pais através da associação
livre, podem abordar questões íntimas.
Motivo da Consulta e História da Doença Atual
• Investigar o(s) motivo(s) pelos quais buscaram a avaliação e por que nesse momento.
ROTINA DIÁRIA
SITUAÇÃO PASSADA
Antecedentes Obstétricos
• Depoimento dos pais quanto ao planejamento e ao desejo da gravidez.
8. Antecedentes Neonatais
• Idade gestacional, tipo e duração do parto, se houve intercorrência;
• Participação do pai na hora do parto;
• Primeiro ano de vida do bebê.
Desenvolvimento Psicomotor
• Quando a criança firmou a cabeça, sentou, engatinhou, andou e disse as primeiras
palavras (o momento; a forma; repercussões);
•Desmame;
• Dentição
• Controle esfincteriano;
Antecedentes Mórbidos
• Ocorrência de doenças, cirurgias, hospitalizações, situações traumáticas e reações dos
pais e da criança;
• Possibilidade de maus tratos, abuso, negligência e de acidentes repetidos.
Escolaridade
9. História Familiar
• Realização do heredograma (visualização das famílias de origem);
• Investigar perdas.
“Ao final da avaliação, o terapeuta deve estar consciente de que lida com três
crianças: a ‘inventada’ pelos pais; a ‘construída’ por ele, para que saiba o que
fazer frente à criança ‘real’, que efetivamente conhecerá.”(PREGO E SILVA, 1990)
10. ENTREVISTA COM A CRIANÇA
A sala de Entrevista
• Piso e paredes laváveis; pia; móveis adequados para o tamanho da criança;
• O material lúdico deve ser simples e resistente;
• O material de cada criança deve ser guardado em local individualizado;
• Durante a avaliação o material deve ficar a disposição, e, de acordo com a situação, o terapeuta
pode eleger outros brinquedos;
A reposição do material deve ser feita com um exame cuidadoso a respeito de seu significado.
Os Primeiros Contatos
• O primeiro contato se dá na sala de espera, quando o terapeuta se apresenta e convida a criança
para entrar na sala de brinquedos;
Deve-se estar atento a esse início, pois a atitude dos pais, a da criança e o modo com que ela
interage com o avaliador, indicarão aspectos do funcionamento da família;
• Após a entrada no consultório deve-se aguardar até que a criança se manifeste. Procura-se
entender/decodificar suas atitudes; manifestar-se compreensivo e tranquilizá-la.
11. Exames Complementares
• Suspeita de Organicidade.
Avaliação de Outros Profissionais
• Testagem Psicológica: testes para avaliação diagnóstica, avaliação do andamento da
psicoterapia, ou ainda, para corroborar na decisão do término.
Avaliação Neurológica (Exame Neurológico Evolutivo (ENE))
Avaliação Psicopedagógica
• Necessária quando a criança apresentar distúrbios referentes a aprendizagem;
• Outros profissionais: fonoaudiólogos, geneticistas, oftalmologistas, etc;
• Ao final é necessário que se tenha uma formulação diagnóstica descritiva e dinâmica.
12. •Formulação Psicodinâmica:
• Descrição das defesas predominantes;
•Apresentação do(s) conflito(s) central(is), bem como uma apreciação do modelo de
funcionamento mental predominante;
• Tipo de relação objetal que estabelece;
• Avaliação preditiva das respostas do pacienta, em relação a situação terapêutica;
• Recursos do Ego;
• Motivação para o tratamento.
• No final da avaliação é recomendável comunicar ao paciente os achados e explicar os
resultados dos exames. Deve-se também, informar que os resultados serão comunicados aos
pais e que será feita a indicação terapêutica, ficando a critério deles aceitar ou não a
indicação.
13. OBJETIVOS DA PSICOTERAPIA
Kernberg considera que podem ser alcançados com a psicoterapia de base psicanalítica:
• Resolução de conflitos a partir de algum nível do desenvolvimento;
• Pequena interferência residual sobre o desenvolvimento;
• Insight (tomada de consciência das motivações para seus comportamentos);
• Retomada ao curso normal do desenvolvimento;
Não há expectativa de resolução da sintomatologia.
INDICAÇÕES
“Neurose crônica severa; neurose sintomática: histérica, depressiva, fóbica e obsessivo
compulsiva; distúrbios psicossomáticos que interfiram no desenvolvimento; distúrbio de
identidade de gênero, de personalidade, anorexia nervosa, personalidade narcisista;
distúrbios borderline” (KERNBERG, 1995)
14. CONTRA-INDICAÇÕES
• Crianças com patologias graves ou deficientes;
• Famílias muito deterioradas e inconsistentes, com funcionamento psicótico, ou na qual
haja oposição de um dos pais ao tratamento;
Quando a patologia familiar for muito grave, havendo suspeita de negligência,
abuso ou maus-tratos, pode-se fazer necessária a solicitação da ajuda dos Conselhos
tutelares com o intuito de proteger a criança.
• Crianças sem motivação para o tratamento.
15. O PROCESSO PSICOTERÁPICO
Fase Inicial
1º Passo: Avaliação
•Dependendo do resultado da avaliação do paciente:
- Os pais recebem orientação (se o paciente enfrentar apenas um breve percalço no curso de
maturação, não havendo parada, regressão ou retardo no desenvolvimento);
- O Paciente é encaminhado para psicoterapia (caso tenha sido identificada a necessidade
de tratamento);
Observação: os autores recomendam que o psicoterapeuta deve sempre partir de
medidas menos intrusivas para medidas mais intrusivas.
2º Passo: Contratos
Casos de Intervenção:
- Horários ( que atendam ao interesse dos pais e da criança, mínimo de duas sessões semanais;
discussão sobre feriados e férias, além das faltas que são de responsabilidade dos pais);
16. - Honorários (a medida que a criança puder, quando esta encontrar-se no pré-escolar, ficará
encarregada de levar o pagamento mediante cheque nominal ao terapeuta);
3º Passo: Recursos existentes no Setting
Comunicação com criança:
- Pré-verbal
- Verbal
- Extraverbal:
- Brinquedos
- Dramatização
- Observação de fenômenos da natureza
- Música
- Diário
- Animal
- Pensamentos (fio condutor da terapia, a partir da transferência e contratransferência)
- Afetos (fio condutor da terapia, a partir da transferência e contratransferência)
17. 4º Passo: Limites
•Delimitação de cada espaço no setting terapêutico
• Verbal
• Físicas (caso seja necessário segurar as crianças)
5º Passo: Início da Terapia
Controvérsias Teóricas:
• Ana Freud: necessidade de motivar a criança que só veio a terapia por desejo dos pais.
• Melanie Klein: a criança não necessita de motivação, pois desde a primeira hora de jogo
a criança não só desenvolve transferência, mas apresenta uma percepção apurada sobre sua
doença e uma fantasia de cura.
Conhecimento Necessário:
No início do tratamento as crianças sofrem de ansiedade persecutória (demonstradas a partir
de desconfiança, sentimentos de ameaça e tentativa de transformar uma situação nova em algo
conhecido);
18. • A interpretação seja dirigida para criança de forma clara, simples e verdadeira;
• O fato da criança não verbalizar não significa que ela não esteja compreendendo e desejando ser
ajudada;
• O terapeuta neste período inicial deve tentar conhecer seu paciente, observando as suas
características pessoas;
• Quando aliviadas as tensões persecutórias, deve-se procurar apresentar as regras dos processo
terapeuta;
• O desempenho do terapeuta está pautado no estado da criança. Logo, quanto menor a criança,
mais deprimida ou regressiva, maior será o desempenho do terapeuta mediante a utilização dos
recursos como: brinquedos, dramatização, incentivo e atividade física e verbal, pois para criança a
apresentação concreta do terapeuta, através do brinquedo poderá ser necessária como veículo
para interpretação terapêutica. Quanto mais ativa, maior e mais saudável a criança, menos o
terapeuta necessitará intervir ativamente, e mais lançar mão de observação e interpretação.
19. Controvérsias Teóricas:
Alguns autores entendem que a participação direta do terapeuta através do uso de
brinquedos está diretamente vinculada ao papel determinado pelo paciente ao terapeuta,
ou encontra-se adstrito a condição da criança, no casos de menor idade e regressão.
Objetivos desejados para o término da 1ª fase:
•Alcanço de certo bem-estar que lhe permita ser produtiva nas seções;
•Criança comunique-se bem;
•Aliança de trabalho entre terapeuta e paciente;
•Percepção da criança de que algumas de suas atividades mentais tem sua origem
internamente.
•Criança e terapeuta compartilham de sua maneira de representar seus estados internos
com palavras, imagens e símbolos;
20. Fase Intermediária
6º Passo: Aplicação da Técnica Psicoterápica
Fins da Psicoterapia de Orientação Analítica nesta fase:
• Diminuir:
- Estresse;
- Sintomas psicológicos;
- Conduta desadaptada;
• Promovendo:
- Melhora das capacidades adaptativas e sociais da criança;
Ações:
• Intervenções cujo fim é melhorar:
- Capacidade de elaboração
-Autonomia
-Identidade
21. Facilitar a utilização de defesas mais evoluídas como:
•Antecipação
•Humor
•Supressão
•Sublimação
Caracterização da fase:
Paciente:
•Interjogo de sentimentos transferenciais
•Terapeuta como alvo das projeções e dos sentimentos do paciente
Terapeuta:
•Interjogo de sentimentos contratransferenciais
Atenção:
•As respostas afetivas dadas ao paciente
•Objetivos internos do terapeuta
•Família real do terapeuta
22. Processo:
• Atos preparatórios:
- Identificação das atitudes ou particularidades da história do paciente que tem
um determinado significado, que se repete em nível de transferência com o
terapeuta e outros personagens da atualidade;
• Execução:
- Atenção ao risco de estancamento da terapia, visto que as resistências que se
estabeleceram anteriormente ainda podem estar existindo;
- Atenção aos fenômenos transferenciais e contratransferenciais que ocorrem no
aqui e agora, pois estes através da emoção e ração construirão uma nova história,
com a possibilidade de reparação do objeto atacado;
23. Fase Final
7º Passo: Fim da Terapia
Teorias:
Cada teoria concebe o fim da terapia de um modo diferente, todavia, a
percepção da família em relação a criança, dos professores, além da possibilidade de retestagem
têm extrema importância para a avaliação final do terapeuta.
Possibilidades do Termino da Terapia:
- Terminações prematuras
• Conflitos infantis dos pais com seus próprios pais
• Pais que por não tolerar melhora do filho retiram da psicoterapia
• Mudança de endereço
• Dificuldade financeira
• Transporte
• Mudança de residentes
• Mudança de estagiários
24. • A criança pode não tolera a intromissão em seu mundo de conflitos e lança mãos de
sucessivos acting-outs, que precipita a mudança de abordagem para internação psiquiátrica;
Terminações terapêuticas
• Acontecem quando há sinais de remissão do quadro que o trouxe ao tratamento
Características:
• O paciente terá idéia mais realista de seu psiquiatra e de suas funções; terá boas relações
com ele, utilizando do humor, maior tolerância com a separação deste, alicerçada na maior
confiança;
• O terapeuta passa a utilizar de forma crescente intervenções dirigidas ao mundo interno,
tais como classificação, confrontação, interpretações da transferência e reconstruções
genéticas;
• O investimento exclusivo no tratamento diminui, passa a trazer mais material da vida
cotidiana, dá-se conta da perspectiva de tempo e passa a fazer planos futuros;
25. • A qualidade da comunicação se modifica e a criança consegue revisar os conflitos e buscar
sua resolução, aumenta o número de verbalizações;
• O brinquedo se desenrola de forma agradável, aproveitando-o para brincar e resolver
conflitos;
• Os sonhos podem antecipar ou representar face ao término;
• Demonstra sentimentos de ambivalência quanto à alta, porém acompanhados de alívio;
• Apresenta comportamentos sublimatórios, compartilhando novos interesses;
• As defesas se tornam mais flexíveis e mais evoluídas;
• Maior insight acompanhado de críticas acerca de si próprio, se torna mais reflexivo e busca
o entendimento das causas dos fenômenos que se passam consigo, tanto relativos ao seu
mundo interno quanto ao de seu mundo externo;
• Diminuem os sintomas, os acting outs, muda a postura, a vestimenta e passa a apresentar
um comportamento adequado à sua idade, ou seja, volta a reingressar no curso normal do
desenvolvimento;
26. PECULIARIDADES DA TERAPIA NAS
DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
Intervenções Psicoterápicas na Relação Pais/bebê
Seu foco é o desenvolvimento do bebê, com o objetivo de trabalhar os conflitos que surgem do
passado dos pais e interferem na relação pais/bebês.
Intervenções Breve em Crise
Psicoterapia Pais/bebê
Principais Propósitos: certificar-se da possibilidade de formar uma aliança terapêutica com os
pais; e a coleta de dados para conhecer o máximo possível sobre o funcionamento dos pais e do
bebê e seus padrões de relacionamento.
27. IDADE PRÉ-ESCOLAR (3 – 6 anos)
O mundo da criança;
“ (...) A psicodinâmica baseia-se no trabalho com o paciente no ‘aqui-e-agora do
relacionamento, à luz de sua história passada e seus relacionamentos externos’ (...) usando
técnicas verbais e de brinquedo”
28. PECULARIEDADES NO ADOLESCENTE
Para Blos (1971), a adolescência apresenta três diferentes subetapas: adolescência inicial;
adolescência propriamente dita; e a adolescência tardia.
O terapeuta deve ser receptivo e motivador para que o adolescente fale sobre seus problemas;
deve estar atento para as comunicações extra-verbais; os silêncios prolongados devem ser
evitados.
O sigilo na relação terapêutica
Durante o processo terapêutico
Ao final da terapia espera-se que o adolescente apresente genuína consideração pelos demais,
que tenha maior objetividade e clareza, além de uma posição mais realista do mundo externo e
interno.
29. PSICOTERAPIA BREVE
ANTECEDENTES
Primeiras psicoterapias: “breves”
Baseadas na sugestão, na simples escuta afetiva, ou no contato corporal carinhoso.
Ajudam a acalmar ansiedades ou medos diversos.
Embasamento teórico: Psicanálise. Orientação de Arminda Aberastury, na Argentina.
Importância de trabalhos pioneiros de H. Hug-Hellmuth, Sophie Morgenstern, Anna Freud e
Melanie Klein.
Barten critica a rigidez da técnica psicanalítica e estrutura uma técnica de “Psicoterapia Breve”
que se chama Psicoterapia Focal.
A técnica de F. Allen discípulo de Rank, inclui no tratamento das crianças, os pais e a família
com metodologia interdisciplinar.
30. PSICOTERAPIA BREVE EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
• É em geral uma psicoterapia plurifocal.
• O objetivo terapêutico é limitado e a restrição do tempo terapêutico é
indispensável.
• Os próprios pacientes exigem e impõem pelas suas situações clínicas.
• Cabe incluir as condições familiares e as sócio-economicas.
• Metas terapêuticas limitadas suficientes para atender às necessidades do
paciente.
• Introdução de técnicas e pautas inter-relacionais (Trabalho interdisciplinar)
31. INDICAÇÕES DA PSICOTERAPIA BREVE
COM CRIANÇAS
• Quando devem ser submetidos a cirurgia
• Casos agudos de um sistema isolado (ex: perturbações do sono)
• Quando não aceita tratamento odontológico por ansiedades fóbicas
• Frente a uma doença mortal da própria criança ou alguém próximo
• Ante situações familiares que o perturbem
• Casos de adoção, divórcio, morte de familiares, mudanças, migrações, novo
casamento dos pais, aparição de irmãos de outro matrimônio, viagens
inesperadas, etc.
32. INDICAÇÕES DA PSICOTERAPIA BREVE
COM ADOLESCENTES
• Abandono dificultado dos papéis, obrigações e exigências da infância.
• Incapacidade de lidar com a “identidade sexual”
• Difícil manejo da temporalidade
• Problema de amizades e discriminação de grupos
• Aceitação conflitiva do novo corpo
• Relação perturbada na família
• Vulnerabilidade às pressões ambientais
• Conflitos nas relações afetivas
• Problemas no aprendizado, conflitos na escolaridade e aceitação de limites
33. TECNICA DE TEMPO E OBJETIVOS
LIMITADOS
• Não interpretar em transferência
• Não estimular a regressão
• Elaborar conflitos
• Favorecer uma mutação objetal interna
34. PSICOTERAPIA COGNITIVA
BREVES CONSIDERAÇÕES
• A Psicoterapia Cognitiva é uma forma focalizada, ativa, diretiva e estruturada de
psicoterapia. Estipula que os transtornos psicológicos se caracterizam por apresentarem
equívocos e distorções de pensamento, originando afetos e comportamentos
disfuncionais.
• Visa identificar, avaliar e corrigir pensamentos distorcidos envolvidos nas síndromes
mentais (inicialmente destinou-se ao tratamento de pessoas com depressão, e tem sido
aplicada nos casos de pânico, fobias, transtornos alimentares e de personalidade,
dependência química, entre outros).
35. • As cognições representam todos os pensamentos, ideias, imagens, conceitos e
concepções que cada indivíduo vai construindo desde o início e ao longo do seu
desenvolvimento.
• Atribui-se uma forte correlação entre a cognição e emoção, isto é, a resposta emocional
de um indivíduo é influenciado pelo seu processamento cognitivo, seu jeito de pensar.
De tal forma, a psicoterapia cognitiva propõe a identificação e a modificação de erros e
falhas de processamento de informação.
36. PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES
BREVES CONSIDERAÇÕES
Existe dois níveis de processamento disfuncional de informações: Pensamentos automáticos e
Crenças Nucleares;
Os pensamentos automáticos referem-se às cognições que ocorrem de forma rápida, espontânea
e autônoma quando a pessoa está vivendo um evento, gerando uma falsidade lógica,
denominados de erros cognitivos. Exemplos: Pensamento do tipo tudo ou nada, Argumentação
Emocional, Desqualificando o Positivo, entre outros;
As crenças nucleares são estruturas cognitivas profundas que contém as regras básicas para
triar, filtrar e codificar as informações do ambiente, que formam um padrão cognitivo
duradouro.
37. PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
O foco terapêutico é ajudar o paciente a examinar e modificar suas construções cognitivas
naquilo que esta mal adaptativo.
A Psicoterapia Cognitiva deve ser:
1) Focada nas cognições,
2) Colaborativa,
3) Estruturada,
4) Ativa,
5) Diretiva,
6)Psico-educativa,
7) Focada no presente,
8) Orientada para soluções de problemas.
38. INTERVENÇÕES COGNITIVAS
Buscam mudar as cognições distorcidas, os pensamentos automáticos e as crenças
nucleares. Ao modificar as cognições, modificam-se indiretamente os comportamentos
mal adaptativos.
Algumas intervenções: Eliciar os pensamentos automáticos, Desafiar os pensamentos
automáticos, Descoberta guiada, Examinar as evidências, Desafiar o pensamento
absolutista, Reatribuição, e Tomar a adversidade uma vantagem.
39. PSICOTERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
• Modalidade terapêutica desenvolvida a partir de princípios da aprendizagem e da ciência
cognitiva estabelecidos pela psicologia experimental;
• Seu objeto de interesse é o comportamento como tal e seus fatores determinantes, como
condições ambientais e variáveis cognitivas;
• O afeto e o comportamento são determinados pelo modo como o indivíduo estrutura o
mundo;
• É fundamentada no modelo psicossocial -> descrição objetiva;
• Normalidade e anormalidade como questões sociais;
40. TCC DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
• Medo e ansiedade;
• Kendall (1986) faz uma importante distinção entre deficiências cognitivas e distorções
cognitivas;
• Tratamento do programa de terapia cognitivo-comportamental para crianças ansiosas,
desenvolvido em 1989; focaliza seis aspectos:
1. Treino em relaxamento;
2. Reestruturação cognitiva;
3. Treino em solução de problemas;
4. Reforçamento por contigencia;
5. Modelação;
6. Exposição
41. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Um olhar à criança e o adolescente;
• Psicoterapia de orientação analítica: direcionada no restabelecimento do
desenvolvimento normal do sujeito, por meio da estimulação de sua autonomia, da
normalidade dos mecanismos de defesa, através de sua capacidade de insight. A o
processo terapêutico estará baseada nos fenômenos transferenciais e
contratransferênciais, trabalhados no aqui-e-agora. O terapeuta deverá tomar os devidos
cuidados para não ser negligente com os obstáculos que dificultam a relação com o seu
paciente, e compreender a linguagem peculiar da criança, que perpassa o simbólico e
imaginário com muita constância.
42. • Psicoterapia breve: de curto prazo utiliza elementos técnicos de diferentes referenciais.
Geralmente tem vários focos, objetivo limitado e tempo restrito. O trabalho deve ser
interdisciplinar, incluindo a participação dos pais e responsáveis no processo.
• Psicoterapia Cognitiva: entende que os transtornos psicológicos se caracterizam por
apresentarem equívocos e distorções do pensamento, originando afetos e
comportamentos disfuncionais. Desta forma, esse modelo psicoterápico visa identificar,
avaliar e ajudar o paciente a examinar e modificar suas construções cognitivas distorcidas.
• Psicoterapia cognitivo-comportamental: enfatiza os aspectos objetivos da realidade,
procurando compreender as relações entre o organismo e o ambiente através de um enfoque na
aprendizagem.