2. Autismo – Histórico
Curiosidades
• Início interessante – pautado em coincidências
• Kanner e Asperger
• Sequência de estudos não linear
• Causa psicológica X Causa neurobiológica/genética
• Nomenclatura
• Autismo: de adjetivo (sintoma) para substantivo (síndrome)
• T. Invasivo T. Global T. Neurodesenvolvimental
• Entidade Nosológica (sintomas) Espectro (variabilidade)
• Tipologia – diversificada
• Idiopático ou sindrômico
• Alto ou baixo funcionamento cognitivo
• Comprometimento leve, moderado ou severo
4. Diagnóstico atual
Difícil - Exige experiência, humildade e estudo dos avaliadores.
Espectro –Transtornos do Espectro Autístico (TEA)
Termo abrangente
Inclui as patologias: T. Autista, T. Asperger,TGD-SOE.
Há ainda incorporações:
D. Semântico Pragmático
Transtorno de Aprendizagem Não-Verbal (TANV)
É preciso também considerar a diferença entre:
Autismo idiopático (sem causa definida)
Autismo sindrômico, ou secundário (com causa conhecida).
5. Diagnóstico atual
Crianças pequenas (com menos de 4
anos) devem ser observadas e
estimuladas durante um tempo antes de
se estabelecer um diagnóstico, caso ele
não seja óbvio por análise dos sintomas.
ASCs – Condições do
Espectro do Autismo.
6. Avaliação psicológica
Primeiramente: é possível
Com crianças menores:
Escalas para checklist (NÃO HÁ escalas com normas brasileiras)
Observação detalhada do desenvolvimento
Considerações acerca de Atipia ou Atraso.
Com crianças maiores:
Testes de inteligência – de preferência vários (perfil/discrepância)
Testes Nps (atenção, percepção, memória, FEx)
Testes para investigação emocional e social
Provas psicopedagógicas
Provas psicomotoras
Com a família
Com a escola
7. Intervenção – a que eu faço
Interação
Observação
Jogos
Por meio de brinquedos e de observação da
criança, pode-se conhecer melhor o que ela está
pensando, e como ela está compreendendo o mundo.
Acompanhar um caminho que ela própria traça pode
fazer com que você entre no universo cognitivo da
criança e a traga para o seu, posteriormente.
8. Intervenção – a que eu faço
É preciso entender o que acontece com o processamento de
informação dessa criança, para justificar seus atos e ser possível
traçar planos de intervenção.
Minha linha de trabalho é cognitivista, por isso uso o olhar clínico
sobre as condições do processamento da informação que uma
criança está sendo capaz de fazer naquele momento.
Investigar habilidades cognitivas é prioridade.
Gosto de trabalhar mais sobre o que a criança faz, do que sobre o
que ela não faz.
10. Distúrbios regulatórios
A casa do desenvolvimento humano -Teresa Bolick
Fundação da casa – S-Motor e Auto-Reg./Adap.
Sensório Motor
• compreender a imensa quantidade de dados sensoriais.
Auto –Regulação
descobrir como regular suas próprias respostas.
Dieta sensorial – controle ambiental de estímulos que
podem gerar desregulação.
Low and Slow – estratégia do adulto para ajudar crianças
em estado de estresse a se acalmarem.
11. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Dificuldades com os Movimentos
• Podem ser:
• Excessivos ou Atípicos
• Isto afeta:
• Postura, ações, fala, pensamentos, percepções, emoções
e memória.
• Observados por meio de:
• Caminhar diferente
• Girar as mãos
• Fazer o flapping
• Caminhar de um lado para outro
• Andar na ponta dos pés
12. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Há dificuldades no planejamento motor, na dinâmica do
movimento:
começar, parar, executar, ser rápido, controlar.
Compreender essas questões permite que os
professores pensem na forma mais correta de agir com
autistas em sala de aula.
A psicomotricidade é o melhor caminho para
consciência corporal; deve constar no currículo básico.
Um toque (prompt) para o início de uma atividade pode
ser o suficiente para que eles a executem.
A imitação motora é uma meta a se atingir.
13. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Dificuldades sensoriais
• Pode ocorrer:
• hipossensitividade ou hipersensitividade
• Auditiva, visual, tátil, olfativa, proprioceptiva
e vestibular.
• Isso causa impacto na aprendizagem.
• A sobrecarga pode ocorrer com:
• Luzes intensas ou fluorescentes
• Barulhos; sons fortes e inesperados
• Texturas rugosas nas roupas
• Fala rápida ou lenta demais
• Lugares quentes ou frios demais
14. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Complicação:
As respostas sensoriais mudam ao longo do dia!
A sobrecarga pode causar:
Paralisação
Agitação
Confusão
Cansaço
Dor física
Cada autista tem um perfil sensorial.
15. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
DificuldadesTáteis
Pode ocorrer desconforto em:
Pegar na mão
Ser tocado no ombro
Mas pode ser possível aceitar um aperto de mão e
tapinhas amigáveis nas costas.
Na escola podem manifestar:
Evitação por determinados materiais
Evitação nos relacionamentos: abraços...
É preciso ter à mão materiais diversificados em
textura, volume, peso...
16. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Dificuldades Auditivas
Podem ouvir sons que os outros não ouvem.
Incomodam-se com barulhos inesperados e podem tapar
os ouvidos (ex: moto, trem, avião).
Podem distrair-se com sons aparentemente não
desconfortáveis, p. ex: borracha apagando papel.
Falar em excesso com eles não é atitude funcional.
Trabalhar a linguagem receptiva é prioridade.
Instruções verbais deverão ser acompanhadas de
concomitantes visuais.
Atender ao nome e responder a comandos básicos é
fundamental no currículo.
17. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
DificuldadesVisuais
Autistas reagem a:
Cor, luz, padrões
Causam desconforto:
Muito brilho
Movimentos faciais
Lugares não familiares
Escuro
A própria sombra
Pontes, rios, canais, mar...
A cor da parede da sala de aula e os barulhos deste local
podem mexer com o sistema sensorial do autista.
18. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Dificuldades Olfativas / Gustativas
Sabores: podem ser insuportáveis ou agradáveis.
Reagem a: perfumes, shampoos, comidas...
Na escola, podem reagir à mistura de odores:
Quadras pintadas
Animais
Produtos de limpeza
Comidas
Produtos químicos
É preciso compreender essas questões e trabalhar com
discriminação olfativa e gustativa.
19. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Dificuldades na Comunicação
• Há autistas não-verbais
• Os verbais podem ter qualidade incomum de voz.
• Sintomas mais comuns:
• Repetição de jargões
• Ecolalia
• Entonação diferente (prosódia)
• Ritmo e tempo de reação diferentes
• Dificuldade no uso de pronomes
• Dificuldade nas regras de comunicação (turnos)
• Dificuldade para compreender linguagem
figurativa.
20. Características Autísticas
(Sheila Wagner, 1999)
Dificuldades na Comunicação
• Dificuldade no uso do apontar para
expressar interesse.
• Dificuldade na imitação da linguagem.
• Dificuldade no olhar direcionado e
recíproco que a conversa propõe.
• Dificuldade na compreensão de gestos
instrumentais.
21. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
CSA – Comunicação Suplementar
ou Alternativa
Melhora a relação do autista
(sobretudo os pequenos) com as
pessoas.
Permite perceber o potencial do aluno.
Organiza as informações do ambiente
que ele não consegue compreender só
auditivamente.
Melhora o desempenho cognitivo da
criança.
22. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Dificuldades Sociais
• Autistas não se relacionam, não pq não querem.
• Eles têm falhas que os conduzem à tranquilidade
e à segurança do isolamento.
• Podem estar com poucas pessoas, mas
desorganizam-se em festas e em eventos onde
os estímulos são muito intensos.
• Eles não fazem leitura de “sinais ou pistas
sociais”, por isso a falta de habilidade em
relacionamentos comuns.
• Não compreendem o pragmatismo da
linguagem em contexto social.
• Não conseguem iniciar ou conectar conversas.
23. Características Autísticas
(Sheila Wagner, 1999)
Dificuldades Sociais
• Têm dificuldade no contato ocular.
• Têm dificuldade no sorriso social.
• Fazem uso inapropriado da expressão facial.
• Dão respostas sociais inconsistentes.
• Observa-se falha no jogo imaginativo.
• São inábeis para brincar de jogos
sociais, fazer amigos ou julgar situações
sociais.
• Têm dificuldade no jogo social imitativo.
24. Características Autísticas
(Sheila Wagner, 1999)
Dificuldades Comportamentais
• Interesses e preocupações não usuais.
• Manejo repetitivo de objetos.
• Compulsões.
• Rituais.
• Movimentação excessiva de dedos e mãos.
• Comportamento auto-estimulatório.
• Auto-agressão.
• Habilidades especiais.
25. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Dificuldades na Aprendizagem
• Confundem-se com palavras similares.
• Confundem-se com o imaginário e o real (Isso é
verdade?Aconteceu?).
• Em sala de aula podem conseguir entender as
atividades, desde que as instruções sejam
esclarecidas.
• Quando não entendem algo, é preciso esmiuçar
a instrução, para ver onde o trajeto se
perdeu, impedindo o processamento.
26. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
Interesses e fascinações
Autistas se interessam por coisas estranhas
(símbolos, certos números...) ou por coisas comuns
(eletrônicos, transportes, bichos), mas com mais
detalhamento do que pares típicos.
Em escolas, isso é complicado, pq nem sempre essas
fascinações são compartilhadas ou toleradas pelos
colegas.
Se pensarmos bem, pessoas típicas também têm
obsessões compartilhadas em grupo:
futebol, músicas, carros...
27. Características autísticas
(Paula Kluth, 2010)
“A sociedade colabora para que o autismo seja visto
como um problema”.
“Uma desabilidade é criada, ou salientada, quando se
tem valores rígidos acerca do caminho certo de fazer
as coisas, quando há falha na provisão de suportes
apropriados, ou quando se espera que todos os
indivíduos precisem das mesmas coisas”.
28. Texto interessante (Kluth, 2010, p.20)
escrito por autistas e aspergers
“Síndrome neurotípica é uma desordem neurobiológica caracterizada pela
preocupação com questões sociais, ilusões de superioridade, e obsessão com
conformidade. Indivíduos neurotípicos frequentemente assumem que sua
experiência de mundo é única, ou a única correta. NTs têm dificuldades em
estar sós. NTs são frequentemente intolerantes com as menores diferenças
dos outros. Quando em grupos, NTs são socialmente e
comportamentalmente rígidos e frequentemente insistem em se comportar
de forma destrutiva, disfuncional e até em rituais impossíveis como um
caminho para manter a identidade do grupo. NTs têm dificuldade em se
comunicar diretamente, e apresentam maior incidência para mentir, se
comparados a pessoas do espectro do autismo. NTs acredita-se ser de origem
genética. Autópsias têm mostrado que o cérebro dos neurotípicos são
menores que o de um indivíduo autista e pode ter superdesenvolvido áreas
relacionadas ao comportamento social”.
29. Escola Inclusiva (Paula Kluth, 2010)
Características
Líderes comprometidos
Compreendem inclusão como uma ideologia, uma filosofia que permeia
toda a escola.
Classes democráticas
Perguntam aos estudantes como fazer para as classes ficarem mais
inclusivas.
Estudantes e professores trabalham como um time. O autista pode
ensinar sua professora sobre suas necessidades e forças; pode escrever
algo sobre “como ajudar-me em classe”.
Educadores reflexivos
Refletem sobre os problemas que enfrentam, os erros
cometidos...mas, nunca param de tentar.
Pode ser mais produtivo se for feito entre colegas ou com profissional
supervisor.
30. Escola Inclusiva (Paula Kluth, 2010)
Cultura escolar inclusiva
Movimentos dentro da escola voltados para a compreensão e
aceitação das diferenças.
Currículo relevante
Unidades de estudo significativas à classe como um todo.
Conteúdo desafiador – para qualquer idade.
Cuidado instrucional
Adaptar: materiais, formatos de tarefas, instruções, objetivos
curriculares, estratégias de ensino.
Construir junto com o aluno uma lista de necessidades: ajuda
na organização, tempo, forma de aprender.
31. Escola Inclusiva
(Sheila Wagner, 1999)
Esta autora completa com alguns itens
importantes:
Suporte administrativo
Suporte intenso da administração da escola.
Suporte da Divisão de Educação Especial.
Treinamento de professores
Nas características do autismo
Em programas de habilidades sociais
Em manejo comportamental
Em estratégias eficazes de ensino ao aluno autista
32. Escola Inclusiva
(Sheila Wagner, 1999)
Coordenador(es) de Inclusão
Responsável (eis) pela implementação do PEI e seu
monitoramento.
Consultor dos professores para resolução de problemas do
dia-a-dia em sala de aula.
Auxiliares ou tutores para cada criança, integral ou
parcialmente, dependendo da necessidade de cada uma.
Programa Educacional Individualizado (PEI).
Colaboração entre casa e escola.
33. Papel do professor
(Paula Kluth, 2010)
“Em cada classe na qual encontramos
alunos com sucesso
inesperado, encontramos um professor
que acredita que todos os alunos podem
aprender e que implementa práticas com
o objetivo de fazer essa expectativa
acontecer”.
34. Modificações acadêmicas para inclusão de
um autista (Sheila Wagner, 1999)
Nas atividades e materiais (sensoriais)
Na quantidade de itens a serem ensinados
No ajuste de tempo para execução de tarefas
No nível de suporte durante a atividade (maior)
Na instrução oferecida (direta)
Na consideração da resposta dada
No nível de dificuldade
No nível de participação
Nos objetivos a serem alcançados
No currículo
Na forma de ensinar (prática, individual...)
Nos agrupamentos das crianças
Nos intervalos entre as atividades
No ambiente ( salas, carteiras)
35. Salas de aula (Paula Kluth, 2010)
Criando salas confortáveis:
Luminosidade
Não muito alta (acender só algumas)
Sem luz fluorescente
Sons
Reduzir barulho da classe
Usar tom baixo de voz
Antecipar (se vai tocar o sinal)
Usar fone de ouvido
Colocar músicas suaves
Colocar bolas de tênis nos pés das cadeiras
36.
37. Salas de aula (Paula Kluth, 2010)
Odores
Restringir o uso de perfumes etc.
Cheiros de comida podem distraí-los; organizar a
disponibilização de alimentos em um só horário.
Alguns cheiros os acalmam.
Se forem a algum lugar onde se come, coloque-os perto de
porta ou janela.
Deixe-os aprender com os cheiros.
Temperatura
Nem muito quentes, nem muito frias.
Evitar ventiladores (fazem barulho, giram).
38. Salas de aula (Paula Kluth, 2010)
Assentos adequados
Cadeiras
Considerando que em cada local da escola o aluno vai
encontrar um tipo de assento (cadeira de sala, cadeira do
teatro,cadeira do refeitório, escadas da quadra de
ginástica...) verificar em qual delas o autista aceita ficar mais
tempo.
Chão
Muitas vezes eles gostam de fazer certas atividades no chão
e é aconselhável deixar.
Em pé
Alguns autistas gostam de ficar em pé para fazerem
atividades na carteira.
39. Salas de aula (Paula Kluth, 2010)
Organização do espaço
Espaço para o estudante
Cada um tem uma necessidade:
Lugares com pouco movimento
Áreas silenciosas para estudo
Áreas de aprendizagem ativa
Espaço para os materiais
Cada coisa no seu lugar
Evitar sobrecarga visual
Organizar os espaços conjuntamente
Marcar todos os objetos (escrita ou CSA)
Momento para conversa
42. Pistas Visuais
Quadros organizadores de atividades
Atividades gerais – na parede da sala
Atividades específicas – na carteira
Em sequência ou em checklist
Nos compartimentos que a criança frequenta
Banheiro
Refeitório
Quadra de Educação Física
Bases esquemáticas para localização
Jogos (cartas, peças)
Alimentos
47. Comportamento (Paula Kluth, 2010)
Como fenômeno
pessoal
• Dois indivíduos não reagem da mesma forma na mesma
experiência.
• A mesma pessoa, em dias diferentes pode reagir de
forma diferente na mesma situação.
Como fenômeno
contextual
• Todos os comportamentos ocorrem sob circunstâncias
(antecedentes / consequentes)
• É preciso considerar vários fatores quando se quer
compreender os comportamentos -problema dos
autistas.
48. Comportamento (Paula Kluth, 2010)
De um modo geral:
Focalize o positivo, as capacidades que a criança possui.
“Ponha sua própria máscara de oxigênio antes de ajudar
os outros”.
Evite tirar a criança da sala, a menos que a situação seja
realmente grave.
Priorize a prevenção.
Adapte o ambiente.
Ensine novas habilidades.
Reavalie o currículo e as instruções.
49. Estimulação Cognitiva
Os autistas precisam, além da
estimulação sensorial, trabalhar a
percepção e o raciocínio.
A melhor forma de se atingir isso é
trabalhar com jogos, sobretudo os que
têm pistas visuais claras.
Inicia-se com a relação bi-
tridimensional, mas o objetivo é
trabalhar as operações mentais.
50. Estratégias comportamentais –
(Buron & Curtis, 2003)
• Usada em um programa que ensina
comportamento social adequado.
• Proposta à criança por alguém que mais tem
influência sobre ela.
• Considera que as reações frente a
determinadas situações possam ser graduadas
em 5 pontos, desde o mais baixo até o mais
alto.
• Determina em qual circunstância usa-se cada
grau descrito.
• Lembra-se sempre a criança de qual número
espera-se dela.
Escala
de 5
pontos
51. Escala de 5 pontos – exemplo
Exemplo:Quando a voz da
criança é muito alta.
5 – em emergências (gritar)
4 – no intervalo; em jogo de
futebol (falar mais alto)
3 – em sala de aula (conversar)
2 – na biblioteca (sussurrar)
1 – quando está no cinema (evitar
falar)
52. Outras estratégias (Sheila
Wagner, 1999)
Rocket Ship (Foguete) ou Flower Chart (Cartão de
Flor)
Para melhorar o comportamento
em sala de aula.
Montar três regras. Ex:
Terminar as tarefas
Permanecer sentado enquanto
trabalha
Manter tom de voz natural
Nunca usar frase negativa
Usar reforçador quando a criança
conseguir “decolar”.
53. Outras estratégias (Sheila
Wagner, 1999)
Snake race
Para melhorar o nível de atenção na tarefa e
a independência para fazê-la.
Professor e aluno competem um com outro.
Se o aluno terminar ganha um prêmio; se não, faz
atividade extra.
O professor pode ir pintando as partes da cobra a
cada atividade terminada pelo aluno.
É importante fazer uma lista de reforçadores.
54.
55. Outras estratégias (Sheila
Wagner, 1999)
Puzzle piece
Para incentivar a criança a terminar a
tarefa sozinha.
A professora deixa um QC perto
da criança.
Quando a criança terminar uma
atividade, ou parte dela, a professora
colore uma das peças.
Pode-se marcar tempo: para cada 2’
de trabalho 1 peça é pintada.
56. Outras estratégias (Sheila
Wagner, 1999)
Calm-down time
Serve para auto-regulação; para o aluno
identificar quando está nervoso/ansioso
e usar estratégia adequada.
Professora explica que todos ficam
aflitos, mas é preciso saber lidar com as
emoções.
Professora dá exemplos de comportamentos
não apropriados e de possíveis substitutos
deles.
57. Outras estratégias (Sheila
Wagner, 1999)
Professora ajuda o aluno a decidir quais as melhores
estratégias para que ele obtenha sucesso.
Escreve as estratégias adequadas.
Determina um estímulo visual, não-verbal: bandeira
vermelha, plaquinha de PARE, ticket etc.
Quando a professora perceber ansiedade no aluno, coloca
esse símbolo na sua carteira. Imediatamente ele poderá
parar o que está fazendo e se engajar na atividade
escolhida como substituta.
Com o tempo, é possível o próprio aluno perceber o
momento em que começa a se descontrolar.
58. Sugestões práticas (Sheila
Wagner, 1999)
Ensinando intervenções para socialização:
Ensine habilidades sociais diariamente (livros).
Implemente atividades com pares tutores.
Tenha um espaço, ou local, para “acalmar” a criança
quando necessário.
Reforce interações sociais positivas.
Reconheça que o aluno pode querer interagir, mas não
sabe como.
Providencie regras sociais específicas.
Use “ensaios” de estratégias para interações sociais.
Reúna as crianças em pequenos grupos.
59. Sugestões práticas (Sheila
Wagner, 1999)
Ensinando intervenções para comunicação:
Ensine habilidades de comunicação funcional.
Combine sistemas de comunicação quando necessário.
Reforce a comunicação.
Use linguagem apropriada (pequenas frases).
Use linguagem concreta, direta.
Use gestos e comunicação não-verbal.
Ensine gestos funcionais específicos.
Considere o verbo como sendo a classe gramatical mais
complicada para o autista entender, depois dos
pronomes.
62. Sugestões práticas (Sheila
Wagner, 1999)
Ensinando intervenções para comportamento em sala
de aula:
Observe o que pode distrair a criança.
Controle os estímulos ambientais.
Explique a rotina (pistas).
Ensine e reforce novas atividades.
Ensine a criança a escolher.
Reforce comportamentos apropriados, para construir
uma interação de sucesso.
Use materiais apropriados para a idade.
Use reforçadores (cada aluno tem uma lista)
65. Sugestões práticas (Sheila
Wagner, 1999)
Ensinando Intervenções Gerais:
Saiba das suas expectativas, mas apresente expectativas realistas para a
criança.
Analise forças e fraquezas individuais.
Demonstre, seja modelo, para ensinar habilidades.
Espere conseguir a atenção da criança.
Trabalhe para manter o contato ocular.
Faça pequenas paradas entre as atividades.
Alterne atividades preferidas / não-preferidas.
Seja coerente.
Providencie momentos para atividades isoladas, se necessário.
Reveja os reforçadores, periodicamente.
Compreenda que autistas variam em características e habilidades.
Tenha contato frequente com os pais.