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Escola de Saúde Pública da Secretaria Estadual ddee SSaaúúddee ddoo RRSS 
66 ddee mmaarrççoo ddee 22001144 ààss 1199hh0000 
OOss DDeetteerrmmiinnaanntteess SSoocciiaaiiss 
ddaa SSaaúúddee MMeennttaall:: 
FFaammiilliiaarreess,, ppssiiccoossssoocciiaaiiss ee ccuullttuurraaiiss 
PPrrooffeessssoorr DDoouuttoorr VViinncceennzzoo DDii NNiiccoollaa
EEssccoollaa ddee SSaaúúddee PPúúbblliiccaa ddaa 
SSeeccrreettaarriiaa EEssttaadduuaall ddee SSaaúúddee 
ddoo RRiioo GGrraannddee ddoo SSuull 
Diretor : Dr. Márcio Mariath Belloc 
Secretaria : Dra. Sandra Maria Sales Fagundes
Primavera em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
VViinncceennzzoo DDii NNiiccoollaa 
MM..PPhhiill..,, MM..DD..,, PPhh..DD..,, FF..RR..CC..PP..CC,, FF..AA..PP..AA.. 
CChheeffee ddoo AAtteennddiimmeennttoo ddee PPeeddooppssiiqquuiiaattrriiaa ee 
VViiccee--DDiirreeccttoorr ddoo DDeeppaarrttaammeennttoo ddee PPssiiqquuiiaattrriiaa 
HHoossppiittaall MMaaiissoonnnneeuuvvee--RRoosseemmoonntt 
PPrrooffeessssoorr TTiittuullaarr 
DDeeppaarrttaammeennttoo ddee PPssiiqquuiiaattrriiaa 
UUnniivveerrssiiddaaddee ddee MMoonnttrreeaall
OObbjjeettiivvooss 
• Abranger algumas problemáticas 
nos determinantes da saúde mental 
Problemática: 
s.f. Conjunto de problemas da mesma 
natureza: a problemática da adolescência. 
Natureza dos problemas que são propostos 
por um filósofo
OObbjjeettiivvooss 
• Problematizar a noção de saúde mental 
Problematizar: 
(lat problematizare) vtd 
Dar forma de problema a
A comunidade fica estagnada sem o impulso 
do indivíduo. 
O impulso se esvai sem a simpatia da 
comunidade. 
–– WWiilllliiaamm JJaammeess
TTrrêêss pprroobblleemmááttiiccaass 
Problematizar a saúde através das noções de: 
• Família 
• Social 
• Cultural
PPrrooggrreessssoo ee oorrddeemm
OO SSoocciiaall
AA ppssiiqquuiiaattrriiaa ssoocciiaall –– 
AAssppeeccttooss cchhaavveess 
• Preocupa-se com grupos de pessoas (n > 1) 
• Estuda relações entre transtornos mentais e 
processos socioculturais 
• Responsável a sociedade 
• Transmite conhecimentos da psiquiatria 
clínica aos pontos estratégicos no sistema 
sociocultural para reduzir transtornos 
psiquiátricos 
• Conduz conhecimento das ciências sociais à 
psiquiatria clinica
Determinantes ssoocciiaaiiss ddaa ssaaúúddee 
ee ccrreesscciimmeennttoo eeccoonnôômmiiccoo 
• WHO Commission on Social Determinants of 
Health – A Comissão sobre os Determinantes 
Sociais da Saúde da OMS liga a noção chave 
da ladeira social da saúde à justiça social 
• O desenvolvimento implica um laço entre 
crescimento econômico e políticas sociais para 
criar a saúde eqüitativa
Health EEqquuiittyy TThhrroouugghh AAccttiioonn oonn tthhee 
SSoocciiaall DDeetteerrmmiinnaannttss ooff HHeeaalltthh:: 
OOvveerraarrcchhiinngg RReeccoommmmeennddaattiioonnss aanndd 
PPrriinncciipplleess ooff AAccttiioonn 
• 1. Improve daily living conditions—the circumstances in which people are 
born, grow, live, work, and age. 
• 2. Tackle the inequitable distribution of power, money, and resources— 
the structural drivers of those conditions of daily life—globally, 
nationally, and locally. 
• 3. Measure the problem, evaluate the action, expand the knowledge base, 
develop a workforce that is trained in the social determinants of health, 
and raise public awareness about the social determinants of health. 
Source: Adapted from CSDH 21
AA CCoommiissssããoo ssoobbrree ooss 
DDeetteerrmmiinnaanntteess SSoocciiaaiiss ddaa SSaaúúddee 
Os três princípios chaves são: 
• Melhorar as condições cotidianas da vida 
• Remediar a distribuição não eqüitativa das 
causas estruturais das condições cotidianas da 
vida 
• Avaliar a ação
“A justiça social é uma questão de morte e de 
vida. Ela afeta a maneira que pessoas vivem, 
as chances delas adoecer em conseqüência, 
e o risco de uma morte prematura.” 
–– AA CCoommiissssããoo ssoobbrree ooss DDeetteerrmmiinnaanntteess SSoocciiaaiiss 
ddaa SSaaúúddee ((OOMMSS,, 220088))
AAddvveerrssee CChhiillddhhoooodd EEvveennttss 
AACCEE SSttuuddyy 
• Adversidade durante a infância e a 
adolescência – Vincent Felitti e colegas – 
EUA 
• Exposição ao abuso emocional, físico ou 
sexual na infância é associado com hábitos 
de risco e doenças na vida adulta
AAddvveerrssee CChhiillddhhoooodd EEvveennttss 
AACCEE SSttuuddyy 
• 70.5% de 9,508 pacientes completaram o 
estudo sobre 7 categorias de adversidade 
• > 50% tinham 1/+ evento 
• 25% tinham 2/+ eventos 
• Um crescente entre o número de eventos e 
os riscos mais tarde na vida adulta
CCaappiittaall ssoocciiaall 
XX 
FFrraaggiilliiddaaddee ssoocciiaall
Verrão em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
OO CCuullttuurraall 
AA CCooppaa mmuunnddiiaall -- 22000066 PPhhoottoo :: VV DDii NNiiccoollaa
DDééffiinniiççããoo ddee ccuullttuurraa 
A cultura é uma série de orientações 
(tanto explícitas como implícitas) 
que os indivíduos herdam como membros de uma 
determinada sociedade, que lhes diz: 
• como devem ver o mundo, 
• como devem experienciá-lo emocionalmente, e 
• como devem comportar-se em relação 
às outras pessoas, às forças sobrenaturais ou 
aos deuses, e ao meio ambiente natural. 
— Cecil Helman
Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall 
Cultura de origem 
• Enculturação 
Cultura hospedeira 
• Aculturação
Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall 
Na cultura de origem … 
• Enculturação – um processo de lenta 
aquisição das lentes culturais da nossa 
sociedade; crescer numa cultura; isso 
implica que a cultura é transmitida de 
geração em geração
Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall 
Na cultura hospedeira … 
• Aculturação – um processo de refocalizar 
ou mudar lentes culturais, que abrange o 
espectro da assimilação (ou total imersão 
na cultura hospedeira) ao afastamento (ou 
total separação)
Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall 
• Separação/partição (ghettos, favelas, 
bidonvilles … segregação por classe social, 
raça, lingua ou por religião) 
• Integração (acomodações recíprocas) 
• Assimilação (uma nova identidade solidária 
com a sociedade hospedeira)
EEnnccoonnttrrooss IInntteerrccuullttuurraaiiss 
Concepções negativas dos encontros interculturais 
• Choque 
• Trauma 
• Ansiedade 
• Luto 
Tema geral: Ruptura, deslocação e derrota
EEnnccoonnttrrooss IInntteerrccuullttuurraaiiss 
Concepções positivas dos encontros interculturais 
• Surpresa 
• Aprendizagem 
• Encanto 
• Celebração 
Tema geral: Descobrimento e crescimento
EEnnccoonnttrrooss IInntteerrccuullttuurraaiiss 
Concepções negativas 
• Choque cultural 
• Trauma 
• Ansiedade 
• Luto 
Tema: Deslocação e 
derrota 
Concepções positivas 
• Surpresa 
• Aprendizagem 
• Encanto 
• Celebração 
Tema: Descobrimento e 
crescimento
TTeerraappiiaa ddee LLiimmiiaarr 
Quando é aplicada ao trabalho com crianças e 
famílias que estão passando por uma 
mudança cultural e ao estudo das pessoas 
limiares e estados transicionais, a terapia 
familiar cultural pode ser chamada de terapia 
de limiar.
TTeerraappiiaa ddee LLiimmiiaarr 
Os objetivos de se estudar as pessoas limiares e os 
estados transicionais são: 
1. Identificar as condições da mudança cultural 
2. Estudar seu impacto sobre as crianças (mutantes 
culturais) e o ciclo de vida familiar 
3. Catalogar padrões de a adaptação à mudança cultural 
4. Reconhecer transtornos psiquiátricos que emergem 
nas condições da mudança cultural 
5. Construir modelos de formação de identidade e 
mudança
AA FFaammíílliiaa
Eu vejo a humanidade como uma família 
que apenas se encontrou. 
–– TThheeooddoorr ZZeellddiinn
A terapia familiar 
é o ponto de partida 
para um estudo de unidades sociais 
cada vez mais amplas. 
–– MMaarraa SSeellvviinnii PPaallaazzzzoollii
TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr 
A terapia familiar é o espaço que abrimos 
para explorar as possibilidades da família.
A terapia familiar proporciona uma das 
áreas mais proveitosas de cooperação 
entre a psicologia, a psiquiatria e a 
antropologia médica. 
–– CCeecciill HHeellmmaann
AA TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr CCuullttuurraall 
… um entrelaçamento de histórias e instrumentos 
Histórias – as situações familiares difíceis 
expressas nas narrativas da vida da 
família 
Instrumentos – métodos clínicos para se 
compreender e se trabalhar com essas 
histórias em contextos culturais
UUmm EEssttrraannhhoo nnaa FFaammíílliiaa 
CCuullttuurraa,, FFaammíílliiaass ee TTeerraappiiaa ((11999988))
AAssppeeccttooss CChhaavveess ddaa 
TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr CCuullttuurraall 
• A TFC é um encontro cultural 
• A TFC examina a cultura apresentada 
• A TFC gera uma perspectiva subjectiva 
• A TFC adiciona complexidade à terapia 
familiar 
• A TFC trata-se da mudança cultural 
• A TFC em si é um produto cultural
IInnssttrruummeennttooss CCllíínniiccooss eemm 
TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr CCuullttuurraall 
Instrumento 
• Espirais 
• Máscaras 
• Papéis 
• Códigos 
• Estratégias Culturais 
• Pontes 
• Histórias 
• Sutura 
Explicação 
• Encontrando estranhos 
• Camuflagem cultural 
• Incluídos e excluídos 
• A tradução – cultural e terapêutica 
• A adaptação e a aculturação 
• O ciclo da vida da família cultural 
• A narrativa – um jardim de 
caminhos que se bifurcam 
• A TFC como a reparação de uma 
história
FFaammíílliiaass IImmmmiiggrraanntteess ee 
PPssiiccootteerraappiiaa TTrraannssccuullttuurraall ((22000044))
QQuueessttõõeess TTrraannssccuullttuurraaiiss 
eemm PPssiiqquuiiaattrriiaa IInnffaannttiill ((11999922))
RReefflleexxõõeess 
Na soleira entre o mundo que 
conhecemos e o mundo que vira, 
devemos construir novas definições 
da pessoa (do ser humano ou seja da 
identidade), da família e dos 
problemas de saúde nos contextos 
sociais e culturais
TTrraauummaa
RReefflleexxããoo 
A infância é uma faca 
plantada na garganta. 
Não é tão facil retirá-la. 
– Wajdi Mouawad 
dramaturgo
CCoonncceeiittoo ddee ttrraauummaattiissmmoo 
((SSiiggmmuunndd FFrreeuudd,, 11992266)) 
• Idéias conscientes que ultrapassem o ego 
• A emergência de impulsões inaceitáveis 
• Uma situação intolerável gerando afetos 
impossiveis de lidar 
• Sentimentos de impôtencia traumática
EEssttrreessssee ttrraauummááttiiccoo 
((AAnnnnaa FFrreeuudd,, 11996699)) 
• Um evento devastador que muda o 
desenvolvimento da criança
DDeeffiinniiççõõeess ddoo ccoonncceeiittoo 
ddee ttrraauummaattiissmmoo 
“Traumatismo como um evento além da gama das 
experiências humanas habituais” 
(DSM-III, 1980) 
“Um evento tal que a morte, real ou ameaçada, ou 
uma ferida séria ou uma ameaça à integridade 
física de si mesmo ou de outros” 
(DSM-IV, 1994)
TTyyppeess ddee ttrraauummaattiissmmee 
LLeennoorree TTeerrrr 
TRAUMATISME 
TYPE I 
Description : Évènement 
singulier, dangereux, subit, 
isolé 
Réponse : Souvenirs intensément 
vécus, récupération plus rapide, 
meilleur pronostic 
Exemples : Accident de voiture, 
témoin d’homicide ou de suicide 
TRAUMATISME 
TYPE II 
Description : Multiples, 
chroniques, répétés 
Réponse : Souvenirs vagues, 
impuissance, dissociation, 
changement de caractère, les 
problèmes persistent 
Exemples : Institutionalisation, 
abus physique ou sexuel, 
guerre, attentat, violence 
sociale
TTyyppeess ddee ttrraauummaattiissmmee 
JJuuddiitthh HHeerrmmaann 
ESPT 
du DSM-IV (1994) : PTSD 
(TYPE I de Terr) 
Description : Évènement 
singulier, dangereux, 
subit, isolé 
Exemples : Accident de 
voiture, témoin 
d’homicide ou de suicide 
ESPT Complex 
de Herman (1992) : C-PTSD 
(TYPE II de Terr) 
Description : Multiples, 
chroniques, répétés 
Exemples : Abus physique, 
emotionnel ou sexuel, 
violence conjugale, 
accumulation de stress 
chez les thérapeutes et 
guérisseurs
RReefflleexxõõeess 
Na soleira entre paises, culturas, 
realidades e epistemologías* 
o que significam identidade, família e 
saúde mental? 
* Veja: Boaventura de Sousa Santos – 
“Epistemologías do Sul”
EEppiisstteemmoollooggííaass ddoo SSuull 
Uma epistemología do Sul assenta em três 
orientações: 
• aprender que existe o Sul; 
• aprender a ir para o Sul; 
• aprender a partir do Sul e com o Sul.1 
1. Boaventura de Sousa Santos, Toward a New Common Sense: 
Law, Science and Politics in the Paradigmatic Transition. New 
York: Routledge, 1995. 
Citado por Maria Paula Meneses, “Introdução: Epistemologías 
do Sul.” Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, Março 2008: 
5-10.
Outono em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
RReefflleexxõõeess 
A saúde é antes de tudo social pelo qual: 
• identidade é plural 
• comunicação é dialógica 
• ação comunitária é relacional
RReefflleexxõõeess 
Trauma e evento 
• Trauma destroi as possibilidades da vida 
• O evento abre as possibilidades
RReefflleexxõõeess 
Trauma e evento 
• Trauma cultural 
(transformação – “trauma como evento”) 
• Transtorno pos-traumático 
(destruição – “evento como trauma”)
CCoonncclluussõõeess 
Podemos utilizar os termos 
social, relacional e contextual 
para descrever os determinantes 
familiares, psicossociais e culturais da saúde
CCoonncclluussõõeess 
A pesquisa em psiquiatria social mostra a utilidade 
de noções de: 
• Stress/ Estresse 
• Life events/ Eventos da vida 
• Social origins of depression/ Origens sociais da 
depressão 
• Expressed emotion/ Problemas da expressão 
das emoções 
• Adverse childhood events/ Adversidade durante 
a infância e a adolescência
CCoonncclluussõõeess 
A pesquisa em psiquiatria transcultural delineou: 
• Cultural-change syndromes/ 
Transtornos de mudança cultural 
• Explanatory models of illness/ 
Modelos explicativos das doenças 
• Idioms of distress/ 
Idiomas de socorro
CCoonncclluussõõeess 
A terapia familiar propõe tratamentos para 
problemas psiquiátricos de crianças e familias e 
a terapia familiar cultural oferece um paradigma 
para tratamentos que levam em consideração a 
cultura
CCoonncclluussõõeess 
Novos modelos e definições de 
• pessoa / identidade 
• mente 
• saúde mental 
• transtornos mentais 
Exemplos: 
• adversidade durante a infância 
• mudança cultural rapida
AAggrraaddeecciimmeennttooss 
• Dr. Márcio Mariath Belloc 
• Dra. Sandra Maria Sales Fagundes 
• Escola de Saúde Pública da 
Secretaria Estadual de Saúde do 
Rio Grande do Sul 
Turku, Finlândia Photo : V Di Nicola
RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass 
• Di Nicola, V.F. Le Tiers-monde à notre porte : Les immigrants et la 
thérapie familiale, Systèmes Humains, 1(3), 1985, pp. 39-54. 
• Di Nicola, V.F. De l’enfant sauvage à l’enfant fou : A prospectus for 
transcultural child psychiatry. In Grizenko, N., et al. (ed.), 
Transcultural issues in child psychiatry. Montréal, Éditions Douglas, 
1992, pp. 7-53. 
• Di Nicola, V.F. Ethnocultural aspects of PTSD and related disorders 
among children and adolescents. In Marsella, A.J., Friedman, M.J., 
Gerrity, E.T. & Scurrfield, R.M. (eds.), Ethnocultural aspects of 
posttraumatic stress disorder: Issues, research, and clinical 
applications. Washington, DC, American Psychological Association, 
1996, pp. 389-414.
Inverno em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass 
• Centeno Hint, H. & M.I. Godoy Rosa Santos. “Pão e Palavras”: Um 
Diálogo Relacional com Prof. Doutor Vincenzo Di Nicola, MD, PhD. 
Revista Pensando Famílias, 2014, 18: em impressão. 
• Di Nicola, V. A Stranger in the family: Culture, families and therapy. 
New York, W.W. Norton & Co., 1997. 
• Versão portuguêsa: Um Estrahna na Família: Cultura, Famílias e 
Terapia. Tradução por Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto 
Alegre: Artes Medicas, 1998. 
• Di Nicola, V. Famiglie sulla soglia. Città invisibili, identità invisibili. 
In: Andolfi, M. (ed.), Famiglie immigrate e psicoterapia 
transculturale. Milan, FrancoAngeli, 2004, p. 34-47.
LLeetttteerrss ttoo aa YYoouunngg TThheerraappiisstt ((22001111)) 
CCaarrttaass aa UUmm JJoovveemm TTeerraappeeuuttaa
RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass 
• Di Nicola, V. Letters to a Young Therapist: Relational Practices for 
the Coming Community. Foreword by Maurizio Andolfi. NY: Atropos 
Press, 2011. 
• O primeiro capítulo traduzido em português: Carta a um jovem 
terapeuta: “Pessoas iniciam terapia para não mudar.” Revista 
Pensando Famílias, 2012, 16 (1): 15-27.
RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass 
• Di Nicola, V. Family, psychosocial, and cultural determinants of 
health. In: Sorel, Eliot, ed., 21st Century Global Mental Health. 
Burlington, MA: Jones & Bartlett Learning, 2012, pp. 119-150. 
• Foucault, M. A Ordem do Discurso. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 
1997. 
• Gil, José. Em Busca da Identidade: O Desnorte. Lisboa: Relógio 
D’Água Editores, 2009. 
• Mollica, R.F. Healing Invisible Wounds: Paths to Hope and Recovery 
in a Violent World. New York: Harcourt, International, 2006.
RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass 
• Pedneault, C., Ammara, G., Raphaël, F., Major, A., Fouquet, J., Di 
Nicola, V. et Rashed, S. Un pas vers des soins mieux adaptés: 
l’expérience de la Clinique de pédiatrie transculturelle de l’Hôpital 
Maisonneuve-Rosemont. In: De Plaen, S. (ed.), Soins aux enfants et 
pluralisme culturel. Montréal, Éditions de l’Hôpital Sainte-Justine, 
2004, p. 79-86. 
• Sousa Santos, B. Um Discurso Sobre as Ciências. 16a edição. 
Porto: Edições Afrontamento, 2010. 
• Terr, L. Too Scared to Cry: Psychic Trauma in Childhood. New York: 
BasicBooks, 1990.
Inverno em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
CCoonnttaattoo 
E-mail: VincenzoDiNicola@gmail.com 
Facebook: 
https://www.facebook.com/dinicola.vincenzo 
linkedin: 
http://www.linkedin.com/profile/view?id=1514177&trk=nav_responsive_tab_profile 
Perfil acadêmico: 
https://umontreal.academia.edu/VincenzoDiNicola 
Blog: 
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Os determinantes sociais, familiares e culturais da saúde mental

  • 1. Escola de Saúde Pública da Secretaria Estadual ddee SSaaúúddee ddoo RRSS 66 ddee mmaarrççoo ddee 22001144 ààss 1199hh0000 OOss DDeetteerrmmiinnaanntteess SSoocciiaaiiss ddaa SSaaúúddee MMeennttaall:: FFaammiilliiaarreess,, ppssiiccoossssoocciiaaiiss ee ccuullttuurraaiiss PPrrooffeessssoorr DDoouuttoorr VViinncceennzzoo DDii NNiiccoollaa
  • 2.
  • 3. EEssccoollaa ddee SSaaúúddee PPúúbblliiccaa ddaa SSeeccrreettaarriiaa EEssttaadduuaall ddee SSaaúúddee ddoo RRiioo GGrraannddee ddoo SSuull Diretor : Dr. Márcio Mariath Belloc Secretaria : Dra. Sandra Maria Sales Fagundes
  • 4. Primavera em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
  • 5. VViinncceennzzoo DDii NNiiccoollaa MM..PPhhiill..,, MM..DD..,, PPhh..DD..,, FF..RR..CC..PP..CC,, FF..AA..PP..AA.. CChheeffee ddoo AAtteennddiimmeennttoo ddee PPeeddooppssiiqquuiiaattrriiaa ee VViiccee--DDiirreeccttoorr ddoo DDeeppaarrttaammeennttoo ddee PPssiiqquuiiaattrriiaa HHoossppiittaall MMaaiissoonnnneeuuvvee--RRoosseemmoonntt PPrrooffeessssoorr TTiittuullaarr DDeeppaarrttaammeennttoo ddee PPssiiqquuiiaattrriiaa UUnniivveerrssiiddaaddee ddee MMoonnttrreeaall
  • 6. OObbjjeettiivvooss • Abranger algumas problemáticas nos determinantes da saúde mental Problemática: s.f. Conjunto de problemas da mesma natureza: a problemática da adolescência. Natureza dos problemas que são propostos por um filósofo
  • 7. OObbjjeettiivvooss • Problematizar a noção de saúde mental Problematizar: (lat problematizare) vtd Dar forma de problema a
  • 8. A comunidade fica estagnada sem o impulso do indivíduo. O impulso se esvai sem a simpatia da comunidade. –– WWiilllliiaamm JJaammeess
  • 9. TTrrêêss pprroobblleemmááttiiccaass Problematizar a saúde através das noções de: • Família • Social • Cultural
  • 12. AA ppssiiqquuiiaattrriiaa ssoocciiaall –– AAssppeeccttooss cchhaavveess • Preocupa-se com grupos de pessoas (n > 1) • Estuda relações entre transtornos mentais e processos socioculturais • Responsável a sociedade • Transmite conhecimentos da psiquiatria clínica aos pontos estratégicos no sistema sociocultural para reduzir transtornos psiquiátricos • Conduz conhecimento das ciências sociais à psiquiatria clinica
  • 13. Determinantes ssoocciiaaiiss ddaa ssaaúúddee ee ccrreesscciimmeennttoo eeccoonnôômmiiccoo • WHO Commission on Social Determinants of Health – A Comissão sobre os Determinantes Sociais da Saúde da OMS liga a noção chave da ladeira social da saúde à justiça social • O desenvolvimento implica um laço entre crescimento econômico e políticas sociais para criar a saúde eqüitativa
  • 14. Health EEqquuiittyy TThhrroouugghh AAccttiioonn oonn tthhee SSoocciiaall DDeetteerrmmiinnaannttss ooff HHeeaalltthh:: OOvveerraarrcchhiinngg RReeccoommmmeennddaattiioonnss aanndd PPrriinncciipplleess ooff AAccttiioonn • 1. Improve daily living conditions—the circumstances in which people are born, grow, live, work, and age. • 2. Tackle the inequitable distribution of power, money, and resources— the structural drivers of those conditions of daily life—globally, nationally, and locally. • 3. Measure the problem, evaluate the action, expand the knowledge base, develop a workforce that is trained in the social determinants of health, and raise public awareness about the social determinants of health. Source: Adapted from CSDH 21
  • 15.
  • 16. AA CCoommiissssããoo ssoobbrree ooss DDeetteerrmmiinnaanntteess SSoocciiaaiiss ddaa SSaaúúddee Os três princípios chaves são: • Melhorar as condições cotidianas da vida • Remediar a distribuição não eqüitativa das causas estruturais das condições cotidianas da vida • Avaliar a ação
  • 17. “A justiça social é uma questão de morte e de vida. Ela afeta a maneira que pessoas vivem, as chances delas adoecer em conseqüência, e o risco de uma morte prematura.” –– AA CCoommiissssããoo ssoobbrree ooss DDeetteerrmmiinnaanntteess SSoocciiaaiiss ddaa SSaaúúddee ((OOMMSS,, 220088))
  • 18. AAddvveerrssee CChhiillddhhoooodd EEvveennttss AACCEE SSttuuddyy • Adversidade durante a infância e a adolescência – Vincent Felitti e colegas – EUA • Exposição ao abuso emocional, físico ou sexual na infância é associado com hábitos de risco e doenças na vida adulta
  • 19. AAddvveerrssee CChhiillddhhoooodd EEvveennttss AACCEE SSttuuddyy • 70.5% de 9,508 pacientes completaram o estudo sobre 7 categorias de adversidade • > 50% tinham 1/+ evento • 25% tinham 2/+ eventos • Um crescente entre o número de eventos e os riscos mais tarde na vida adulta
  • 20. CCaappiittaall ssoocciiaall XX FFrraaggiilliiddaaddee ssoocciiaall
  • 21. Verrão em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
  • 22. OO CCuullttuurraall AA CCooppaa mmuunnddiiaall -- 22000066 PPhhoottoo :: VV DDii NNiiccoollaa
  • 23. DDééffiinniiççããoo ddee ccuullttuurraa A cultura é uma série de orientações (tanto explícitas como implícitas) que os indivíduos herdam como membros de uma determinada sociedade, que lhes diz: • como devem ver o mundo, • como devem experienciá-lo emocionalmente, e • como devem comportar-se em relação às outras pessoas, às forças sobrenaturais ou aos deuses, e ao meio ambiente natural. — Cecil Helman
  • 24. Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall Cultura de origem • Enculturação Cultura hospedeira • Aculturação
  • 25. Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall Na cultura de origem … • Enculturação – um processo de lenta aquisição das lentes culturais da nossa sociedade; crescer numa cultura; isso implica que a cultura é transmitida de geração em geração
  • 26. Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall Na cultura hospedeira … • Aculturação – um processo de refocalizar ou mudar lentes culturais, que abrange o espectro da assimilação (ou total imersão na cultura hospedeira) ao afastamento (ou total separação)
  • 27.
  • 28. Léxico ddaa aaddaappttaaççããoo ccuullttuurraall • Separação/partição (ghettos, favelas, bidonvilles … segregação por classe social, raça, lingua ou por religião) • Integração (acomodações recíprocas) • Assimilação (uma nova identidade solidária com a sociedade hospedeira)
  • 29. EEnnccoonnttrrooss IInntteerrccuullttuurraaiiss Concepções negativas dos encontros interculturais • Choque • Trauma • Ansiedade • Luto Tema geral: Ruptura, deslocação e derrota
  • 30. EEnnccoonnttrrooss IInntteerrccuullttuurraaiiss Concepções positivas dos encontros interculturais • Surpresa • Aprendizagem • Encanto • Celebração Tema geral: Descobrimento e crescimento
  • 31. EEnnccoonnttrrooss IInntteerrccuullttuurraaiiss Concepções negativas • Choque cultural • Trauma • Ansiedade • Luto Tema: Deslocação e derrota Concepções positivas • Surpresa • Aprendizagem • Encanto • Celebração Tema: Descobrimento e crescimento
  • 32.
  • 33. TTeerraappiiaa ddee LLiimmiiaarr Quando é aplicada ao trabalho com crianças e famílias que estão passando por uma mudança cultural e ao estudo das pessoas limiares e estados transicionais, a terapia familiar cultural pode ser chamada de terapia de limiar.
  • 34. TTeerraappiiaa ddee LLiimmiiaarr Os objetivos de se estudar as pessoas limiares e os estados transicionais são: 1. Identificar as condições da mudança cultural 2. Estudar seu impacto sobre as crianças (mutantes culturais) e o ciclo de vida familiar 3. Catalogar padrões de a adaptação à mudança cultural 4. Reconhecer transtornos psiquiátricos que emergem nas condições da mudança cultural 5. Construir modelos de formação de identidade e mudança
  • 36. Eu vejo a humanidade como uma família que apenas se encontrou. –– TThheeooddoorr ZZeellddiinn
  • 37. A terapia familiar é o ponto de partida para um estudo de unidades sociais cada vez mais amplas. –– MMaarraa SSeellvviinnii PPaallaazzzzoollii
  • 38. TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr A terapia familiar é o espaço que abrimos para explorar as possibilidades da família.
  • 39. A terapia familiar proporciona uma das áreas mais proveitosas de cooperação entre a psicologia, a psiquiatria e a antropologia médica. –– CCeecciill HHeellmmaann
  • 40. AA TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr CCuullttuurraall … um entrelaçamento de histórias e instrumentos Histórias – as situações familiares difíceis expressas nas narrativas da vida da família Instrumentos – métodos clínicos para se compreender e se trabalhar com essas histórias em contextos culturais
  • 41. UUmm EEssttrraannhhoo nnaa FFaammíílliiaa CCuullttuurraa,, FFaammíílliiaass ee TTeerraappiiaa ((11999988))
  • 42. AAssppeeccttooss CChhaavveess ddaa TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr CCuullttuurraall • A TFC é um encontro cultural • A TFC examina a cultura apresentada • A TFC gera uma perspectiva subjectiva • A TFC adiciona complexidade à terapia familiar • A TFC trata-se da mudança cultural • A TFC em si é um produto cultural
  • 43. IInnssttrruummeennttooss CCllíínniiccooss eemm TTeerraappiiaa FFaammiilliiaarr CCuullttuurraall Instrumento • Espirais • Máscaras • Papéis • Códigos • Estratégias Culturais • Pontes • Histórias • Sutura Explicação • Encontrando estranhos • Camuflagem cultural • Incluídos e excluídos • A tradução – cultural e terapêutica • A adaptação e a aculturação • O ciclo da vida da família cultural • A narrativa – um jardim de caminhos que se bifurcam • A TFC como a reparação de uma história
  • 44. FFaammíílliiaass IImmmmiiggrraanntteess ee PPssiiccootteerraappiiaa TTrraannssccuullttuurraall ((22000044))
  • 45. QQuueessttõõeess TTrraannssccuullttuurraaiiss eemm PPssiiqquuiiaattrriiaa IInnffaannttiill ((11999922))
  • 46. RReefflleexxõõeess Na soleira entre o mundo que conhecemos e o mundo que vira, devemos construir novas definições da pessoa (do ser humano ou seja da identidade), da família e dos problemas de saúde nos contextos sociais e culturais
  • 48. RReefflleexxããoo A infância é uma faca plantada na garganta. Não é tão facil retirá-la. – Wajdi Mouawad dramaturgo
  • 49. CCoonncceeiittoo ddee ttrraauummaattiissmmoo ((SSiiggmmuunndd FFrreeuudd,, 11992266)) • Idéias conscientes que ultrapassem o ego • A emergência de impulsões inaceitáveis • Uma situação intolerável gerando afetos impossiveis de lidar • Sentimentos de impôtencia traumática
  • 50. EEssttrreessssee ttrraauummááttiiccoo ((AAnnnnaa FFrreeuudd,, 11996699)) • Um evento devastador que muda o desenvolvimento da criança
  • 51.
  • 52. DDeeffiinniiççõõeess ddoo ccoonncceeiittoo ddee ttrraauummaattiissmmoo “Traumatismo como um evento além da gama das experiências humanas habituais” (DSM-III, 1980) “Um evento tal que a morte, real ou ameaçada, ou uma ferida séria ou uma ameaça à integridade física de si mesmo ou de outros” (DSM-IV, 1994)
  • 53. TTyyppeess ddee ttrraauummaattiissmmee LLeennoorree TTeerrrr TRAUMATISME TYPE I Description : Évènement singulier, dangereux, subit, isolé Réponse : Souvenirs intensément vécus, récupération plus rapide, meilleur pronostic Exemples : Accident de voiture, témoin d’homicide ou de suicide TRAUMATISME TYPE II Description : Multiples, chroniques, répétés Réponse : Souvenirs vagues, impuissance, dissociation, changement de caractère, les problèmes persistent Exemples : Institutionalisation, abus physique ou sexuel, guerre, attentat, violence sociale
  • 54. TTyyppeess ddee ttrraauummaattiissmmee JJuuddiitthh HHeerrmmaann ESPT du DSM-IV (1994) : PTSD (TYPE I de Terr) Description : Évènement singulier, dangereux, subit, isolé Exemples : Accident de voiture, témoin d’homicide ou de suicide ESPT Complex de Herman (1992) : C-PTSD (TYPE II de Terr) Description : Multiples, chroniques, répétés Exemples : Abus physique, emotionnel ou sexuel, violence conjugale, accumulation de stress chez les thérapeutes et guérisseurs
  • 55. RReefflleexxõõeess Na soleira entre paises, culturas, realidades e epistemologías* o que significam identidade, família e saúde mental? * Veja: Boaventura de Sousa Santos – “Epistemologías do Sul”
  • 56. EEppiisstteemmoollooggííaass ddoo SSuull Uma epistemología do Sul assenta em três orientações: • aprender que existe o Sul; • aprender a ir para o Sul; • aprender a partir do Sul e com o Sul.1 1. Boaventura de Sousa Santos, Toward a New Common Sense: Law, Science and Politics in the Paradigmatic Transition. New York: Routledge, 1995. Citado por Maria Paula Meneses, “Introdução: Epistemologías do Sul.” Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, Março 2008: 5-10.
  • 57. Outono em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
  • 58. RReefflleexxõõeess A saúde é antes de tudo social pelo qual: • identidade é plural • comunicação é dialógica • ação comunitária é relacional
  • 59. RReefflleexxõõeess Trauma e evento • Trauma destroi as possibilidades da vida • O evento abre as possibilidades
  • 60. RReefflleexxõõeess Trauma e evento • Trauma cultural (transformação – “trauma como evento”) • Transtorno pos-traumático (destruição – “evento como trauma”)
  • 61. CCoonncclluussõõeess Podemos utilizar os termos social, relacional e contextual para descrever os determinantes familiares, psicossociais e culturais da saúde
  • 62. CCoonncclluussõõeess A pesquisa em psiquiatria social mostra a utilidade de noções de: • Stress/ Estresse • Life events/ Eventos da vida • Social origins of depression/ Origens sociais da depressão • Expressed emotion/ Problemas da expressão das emoções • Adverse childhood events/ Adversidade durante a infância e a adolescência
  • 63. CCoonncclluussõõeess A pesquisa em psiquiatria transcultural delineou: • Cultural-change syndromes/ Transtornos de mudança cultural • Explanatory models of illness/ Modelos explicativos das doenças • Idioms of distress/ Idiomas de socorro
  • 64. CCoonncclluussõõeess A terapia familiar propõe tratamentos para problemas psiquiátricos de crianças e familias e a terapia familiar cultural oferece um paradigma para tratamentos que levam em consideração a cultura
  • 65. CCoonncclluussõõeess Novos modelos e definições de • pessoa / identidade • mente • saúde mental • transtornos mentais Exemplos: • adversidade durante a infância • mudança cultural rapida
  • 66. AAggrraaddeecciimmeennttooss • Dr. Márcio Mariath Belloc • Dra. Sandra Maria Sales Fagundes • Escola de Saúde Pública da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul Turku, Finlândia Photo : V Di Nicola
  • 67. RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass • Di Nicola, V.F. Le Tiers-monde à notre porte : Les immigrants et la thérapie familiale, Systèmes Humains, 1(3), 1985, pp. 39-54. • Di Nicola, V.F. De l’enfant sauvage à l’enfant fou : A prospectus for transcultural child psychiatry. In Grizenko, N., et al. (ed.), Transcultural issues in child psychiatry. Montréal, Éditions Douglas, 1992, pp. 7-53. • Di Nicola, V.F. Ethnocultural aspects of PTSD and related disorders among children and adolescents. In Marsella, A.J., Friedman, M.J., Gerrity, E.T. & Scurrfield, R.M. (eds.), Ethnocultural aspects of posttraumatic stress disorder: Issues, research, and clinical applications. Washington, DC, American Psychological Association, 1996, pp. 389-414.
  • 68. Inverno em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
  • 69. RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass • Centeno Hint, H. & M.I. Godoy Rosa Santos. “Pão e Palavras”: Um Diálogo Relacional com Prof. Doutor Vincenzo Di Nicola, MD, PhD. Revista Pensando Famílias, 2014, 18: em impressão. • Di Nicola, V. A Stranger in the family: Culture, families and therapy. New York, W.W. Norton & Co., 1997. • Versão portuguêsa: Um Estrahna na Família: Cultura, Famílias e Terapia. Tradução por Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Medicas, 1998. • Di Nicola, V. Famiglie sulla soglia. Città invisibili, identità invisibili. In: Andolfi, M. (ed.), Famiglie immigrate e psicoterapia transculturale. Milan, FrancoAngeli, 2004, p. 34-47.
  • 70. LLeetttteerrss ttoo aa YYoouunngg TThheerraappiisstt ((22001111)) CCaarrttaass aa UUmm JJoovveemm TTeerraappeeuuttaa
  • 71. RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass • Di Nicola, V. Letters to a Young Therapist: Relational Practices for the Coming Community. Foreword by Maurizio Andolfi. NY: Atropos Press, 2011. • O primeiro capítulo traduzido em português: Carta a um jovem terapeuta: “Pessoas iniciam terapia para não mudar.” Revista Pensando Famílias, 2012, 16 (1): 15-27.
  • 72. RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass • Di Nicola, V. Family, psychosocial, and cultural determinants of health. In: Sorel, Eliot, ed., 21st Century Global Mental Health. Burlington, MA: Jones & Bartlett Learning, 2012, pp. 119-150. • Foucault, M. A Ordem do Discurso. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1997. • Gil, José. Em Busca da Identidade: O Desnorte. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2009. • Mollica, R.F. Healing Invisible Wounds: Paths to Hope and Recovery in a Violent World. New York: Harcourt, International, 2006.
  • 73. RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass • Pedneault, C., Ammara, G., Raphaël, F., Major, A., Fouquet, J., Di Nicola, V. et Rashed, S. Un pas vers des soins mieux adaptés: l’expérience de la Clinique de pédiatrie transculturelle de l’Hôpital Maisonneuve-Rosemont. In: De Plaen, S. (ed.), Soins aux enfants et pluralisme culturel. Montréal, Éditions de l’Hôpital Sainte-Justine, 2004, p. 79-86. • Sousa Santos, B. Um Discurso Sobre as Ciências. 16a edição. Porto: Edições Afrontamento, 2010. • Terr, L. Too Scared to Cry: Psychic Trauma in Childhood. New York: BasicBooks, 1990.
  • 74. Inverno em Montreal, Quebec Photo : V Di Nicola
  • 75.
  • 76. CCoonnttaattoo E-mail: VincenzoDiNicola@gmail.com Facebook: https://www.facebook.com/dinicola.vincenzo linkedin: http://www.linkedin.com/profile/view?id=1514177&trk=nav_responsive_tab_profile Perfil acadêmico: https://umontreal.academia.edu/VincenzoDiNicola Blog: http://philoshrink.blogspot.ca/