1. O Sol Estrutura e Mecânic
O Sol: Estrutura e Mecânica
Neste estudo, as conclusões sobre o Sol foram alcançadas pelo método estratigráfico – que
usa o modelo da Terra e serve, não somente para o Sol, mas para todos os outros astros ou corpos
celestiais, e tal atitude é perfeitamente científica por não haver qualquer raciocínio para contradizê-
la, pela razão simples de que a Terra não é um corpo especial criado por algum extraterrestre. Ao
contrário, o planeta é um corpo celeste exatamente igual aos outros, com peculiaridades dependentes
apenas da sua massa e posição no sistema.
Sofisticados são os telescópios e os foguetes que os transportam, mas pouco se conhece dos
astros, inclusive a Terra em que vivemos. Em suma, quanto mais distantes, mais aparelhos são preci-
sos, e para interpretá-los, mais pessoas e mais confusão é somada a já confusa paisagem celestial.
É crucial a experiência que se tem aqui na Terra com os sensores remotos. Não há geólogos
que saibam interpretá-los para fazer simples mapas e por isso não existem mapas. Imaginem-se
fotografias, independentes do sensor com que forem obtidas, lá das distâncias siderais. Daí que se
inventam respostas sobre “colisões” de galáxias, nascimentos de estrelas, “buracos negros, brancos e
de minhoca” e outras fantasias do imaginário científico. Fora do valor que tal informação tenha para
obter mais verbas para continuar as pesquisas junto aos governos que as patrocinam, não têm elas a
menor importância para a solução dos problemas da humanidade.
Qual a temperatura do núcleo do Sol ou da sua superfície? Qual o seu volume e como ele é
no seu interior? São grandezas obtidas indiretamente a partir do estudo da Terra, de fácil dedução,
ficando a precisão numérica das medidas dispensáveis, por falta de objetividade.
Vejamos o Sol como uma visão da estratigrafia da Terra.
O Sol é o astro central do sistema. É uma estrela comum e a mais próxima da Terra. Ao
Sol estão presos, pela gravidade, todos os corpos do sistema. Tido como estático relativamente aos
planetas, está, de fato, em movimento dentro da galáxia Via Láctea, à qual pertence. Sua principal
característica é a massa extraordinária a qual é responsável por todos os fenômenos do sistema, desde
a luz e os movimentos até a vida e o petróleo na Terra.
Sua estrutura é simples e semelhante a da Terra. De dentro para fora temos o núcleo com-
pressível, e sobre ele a matéria fluidificada (plasma) até sua superfície (Fig. 3.9). Segue-se a fotosfe-
ra, a cromosfera e a coroa solar que abarca e ilumina todo o sistema. Apenas como analogia podemos
dizer que todo o sistema, inclusive os animais e vegetais, vive dentro do Sol como os elétrons exis-
tem dentro do átomo.
O funcionamento do núcleo do Sol é exatamente igual ao da Terra, com a diferença de que
é exageradamente maior em todos os sentidos. Devido ao índice de energia na estrela não existe a
litosfera e dessa maneira tem o manto exposto à superfície.
As diferenças entre o planeta e a estrela ficam por conta da massa desta última, que represen-
ta 99,9% da massa do sistema solar. Subentende-se de pronto, que a inexistência da litosfera deve-se
à massa descomunal da estrela, que, sob a gravidade fluidifica-se totalmente. As camadas superiores
comprimem o núcleo até o aquecimento máximo em todo o sistema. O excesso de energia assim cria-
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do é disparado através do manto para o exterior, até explodir na superfície da estrela onde se desfaz
em forma de luz para todo o sistema.
As correntes convectivas do manto solar têm uma componente radial positiva, uma tan-
gencial e uma radial negativa. A parte tangencial se dá em plena superfície do astro e à distâncias
mínimas. Ao se encontrarem com outras, os ramos tangenciais das células convectivas, descem para
o interior do globo solar formando na superfície as manchas solares (Fig. 3.10). Essas explosões de
energia são os mais altos índices de energia do sistema solar, que fluidificam a estrela. Este fenômeno
provoca o seu brilho, a emissão da energia, as protuberâncias e as manchas solares, como descritos
anteriormente.
A energia emitida pela superfície solar espalha-se esfericamente em ondas de luz de diversos
comprimentos. Pequeníssima parte dela é interceptada pela Terra, onde chega como luz branca ou
insolação.
Essa quantidade pontual de energia cria na Terra:
• Parte das CNTP’s,
• Todo o ecossistema do globo e
• Fração menor ainda, que fica armazenada em subsuperfície em forma de petróleo depois
de passar pela fase intermediária chamada vida.
Dessa maneira pode-se dizer que a relação Sol/Terra é feita:
• Pela força da gravidade que os liga em movimentos;
• Pela situação da Terra dentro do campo solar, o qual se estende até aqui e de fato a todo o
sistema tornando-o visível e
• Pela provisão do que é comumente conhecido como vida, um privilégio deste planeta e
somente dele.
Os principais fenômenos observados no Sol fora do brilho e da energia que emite, são as
manchas e as protuberâncias solares. Ambas, também conseqüência da gravidade e dos movimentos
convectivos existentes no fluido energético que forma a estrela.
As protuberâncias variam em intensidade, forma e brilho, quando recebem nomes diversos
como prominências ou filamentos, flares, etc. tendo todos a mesma origem. As manchas solares, ao
contrário das protuberâncias, marcam o lugar da volta das correntes convectivas no fluido solar para
o interior do globo. São as partes menos quentes da estrela.
As manchas solares se formam pela diferença de temperatura, pois são menos quentes que
as protuberâncias e as partes que ficam ao seu redor. Essas manchas são erráticas e têm pouca im-
portância para a Terra ao contrário das protuberâncias, que afetam alguns parâmetros importantes,
especialmente as comunicações e o campo magnético do nosso planeta.
A temperatura da superfície do Sol é altíssima, mas variável entre um máximo nas protube-
râncias e um mínimo nas regiões centrais das manchas solares.
A temperatura do núcleo da estrela é incalculável e certamente a mais alta de todo o sistema.
Não existem no Sol os elementos que conhecemos aqui na Terra devido às condições ex-
tremas de temperatura e pressão. Um dos persistentes mistérios da natureza consiste em explicar o
brilho e a eternidade do Sol dentro de um quadro contraditório: sabe-se que aqui na Terra somente os
materiais de origem orgânica são incandescentes. Ora, no Sol não existem tais materiais, dirigindo-
se o estudo para os materiais minerais segundo reações químicas conhecidas aqui na Terra. Foram
experimentadas no papel, várias reações químicas, de onde nasceram as reações atômicas passíveis
de produzir a quantidade de energia existente no Sol. Assim apareceram os chamados ciclos do
Carbono-Azoto e o ciclo do Hidrogênio ou próton-próton. Ora, já que a energia do Sol dependeria da
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existência desses elementos e da reação entre eles, havia a necessidade de que os mesmos estivessem
presentes para que as reações de fato acontecessem, daí a lenda de que esses elementos existem no
Sol. A hipótese é desnecessária para a explicação do fenômeno.
Os elementos químicos que conhecemos aqui na Terra são o resultado das condições de
temperatura e pressão existentes na superfície do planeta, e que nada tem a ver com as temperaturas
e pressões existentes no Sol ou no interior da Terra. Em outras palavras, no Sol, toda matéria mineral
está convertida em energia, exatamente pela destruição desses elementos face à gravidade da massa
do astro. A temperatura existente na estrela não permite a existência daqueles elementos. Assim,
podemos conceituar:
O Sol é uma esfera de energia, parte da qual é irradiada para o espaço exterior
em forma de luz.
Todas as características do Sol, como o brilho, a luminosidade, etc. são devidas à compressão
das camadas superiores sobre o núcleo como efeito da gravidade da sua massa, nada tendo a ver com
reações nucleares como as que se passam aqui na Terra. Os elementos da Tabela Periódica, como
percebidas por Mendeleyev1 (1834-1907), em 1871, só existem nas Condições Normais de Tempera-
tura e Pressão (CNTP) da superfície da Terra. Abaixo da crosta somente existe o magma ou a matéria
transformada em energia.
Dito anteriormente, a parte central do Sol é ocupada pelo núcleo, de cujo comportamento
dependem todos os fenômenos que se passam na superfície da Terra.
O núcleo é então a esfera central da estrela e a usina de força e trabalho do sistema inteiro.
É uma esfera compressível devido ao peso da capa esférica exterior. Seu funcionamento (como de
todos os astros do firmamento) é simples: à compressão das camadas envolventes devido à gravida-
de, sofre uma redução no diâmetro que acarreta o aumento da energia do mesmo. Para reeqüilibrar
a energia do sistema, a mesma é disparada para o exterior através do manto solar, explodindo na
superfície em protuberâncias, fluidificando a estrela, reeqüilibrando a compressão do núcleo e reco-
meçando o processo. A estrela então brilha e se desfaz em luz, perdendo massa.
Certamente o Sol gira ao redor de algum eixo, mas é difícil dizer onde ele se situa em virtude
da fluidez e da movimentação da sua massa superficial. É um fator de pouco ou nenhum interesse
para a Geologia.
Mais de 99% da massa do sistema solar é representada pela massa do Sol. Do restante 1%,
90% é a massa dos planetas e a maior parte é a massa de Júpiter e Saturno, os gigantes do sistema,
seguidos de Urano e Netuno. Essas porcentagens dão idéia do tamanho ínfimo da Terra que habita-
mos. O Sol tem 333.400 vezes a massa da Terra, e aos 12.742 km do diâmetro da Terra, correspon-
dem os 1.392.000 km do diâmetro do Sol, 109,3 vezes maior do que o da Terra. Uma esfera de 1cm
de diâmetro representando a Terra, corresponderia uma de mais de 1,1m representando o Sol! Dessa
maneira, fazer comparações com medidas correntes entre os terráqueos e as verificadas no Sol, não
tem cabimento.
A explicação da energia dissipada e o mecanismo que gera tal quantidade de energia ao
longo do tempo sempre foi um mistério e que acabou tendo uma solução ditada por cientistas não-
geólogos, segundo fenômenos existentes aqui na Terra, mas inexistentes no Sol, os quais, não podem
ser transportados para lá, devido, como já dissemos, às condições físicas completamente diversas
das aqui existentes. Químicos sugeriram soluções químicas (energia emitida e longevidade do Sol)
e físicos deram soluções físicas (estrutura da Terra) sem o necessário embasamento geológico, que
resultaram em teorias interessantes, porém contraditórias e insatisfatórias. As teorias químicas não
têm a clareza necessária sobre o que é causa e o que é efeito: se a energia é o resultado das reações
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4. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa
químicas ou se ao contrário, as reações químicas se realizam porque existem as altas temperaturas
antecipadamente. As teorias físicas (manto sólido) entram em contradição com a estrutura da Terra
e seu funcionamento. Para a Geologia, a solução é outra, dentro de uma teoria global, sem contradi-
ções. O Sol é uma esfera de energia radiante devida à compressão gravitacional. Seu funcionamento
é semelhante ao da Terra com excesso de massa por parte do Sol.
Finalmente, para o sistema, o Sol é o astro mais importante sem que haja possibilidade de ha-
ver qualquer interferência sobre ele por parte dos humanos. Estes, realmente, são uma conseqüência
menor da existência do Sol.
Isso nos conduz ao raciocínio de que temos que estudar a Terra em detalhes e isso nos per-
mite compreender o Sol, as relações que o ligam a Terra e a importância que isso tem para nós.
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