O documento discute as alterações climáticas e seus principais aspectos, incluindo as causas naturais e antropogênicas, consequências ambientais e sociais, e cenários futuros possíveis. Aborda temas como aumento da temperatura global, degelo polar, secas, inundações e extinção de espécies.
2. Sistema Terra
-Noosfera – esfera do conhecimento
-Biosfera – parte do planeta habitada pelos
seres vivos e respectivos habitats
-Atmosfera – camada gasosa que envolve o
Sub-Sistemas planeta
-Hidrosfera – esfera de todas as águas do
planeta
-Litosfera – parte do planeta constituída por
rochas e solo
4. Características das Alterações Climáticas
Aumento da temperatura média da atmosfera
Fenómenos meteorológicos Extremos
mais frequentes e mais intensos
ciclones, tufões, furacões, inundações,
secas, incêndios florestais
Aumento da temperatura dos oceanos
Degelos - no Ártico, Antártico, e nos glaciares
Diminuição das calotes polares e dos glaciares
Desertificação,
Seca, Incêndios florestais,
Extinção de espécies,
Alterações no regime de migração das aves,
Deslocação de espécies para latitudes mais elevadas
5. Causas ANTROPOGÉNICAS das Alterações Climáticas
Variação da concentração de dióxido de carbono
na atmosfera desde 1958
6. Causas NATURAIS das Alterações Climáticas
Variação da excentricidade
da órbita terrestre.
Teoria de Milankovitch (1941)
As variações da insolação induzidas
pelos movimentos da Terra seriam
responsáveis pelas grandes
modificações passadas do clima do
Variação da planeta e nomeadamente pela
obliquidade e sucessão dos ciclos glaciários e
precessão do eixo de
rotação da Terra inter-glaciários do Quaternário.
7. Alterações Climáticas
CAUSAS NATURAIS
Comparação do
efeito da
precessão do eixo
de rotação da
Terra no
Hemisfério Norte:
• Há 11.000 anos
(em cima)
• Situação actual
(em baixo).
8. Causas das Alterações Climáticas
Principais gases com efeito de estufa
natural
• vapor de água
• dióxido de carbono (CO2)
• Metano (CH4)
• Óxido nitroso (N2O)
As actividades humanas adicionam mais destes
gases e ainda outros gases com efeito de estufa muito potente
que não ocorrem na natureza tais como,
•hidrofluorocarbonos (HFCs),
•perfluorocarbonos (PFCs),
•hexaflureto de enxofre (SF6)
9. Causas das Alterações Climáticas
Os HFCs e os PFCs têm uma grande capacidade de absorver calor.
ORIGEM: Indústria, refrigeração, aerossóis, propulsores, espumas expandidas e
solventes
O óxido nitroso (N2O) absorve 270 vezes mais calor por molécula que o CO2.
ORIGEM: Uso de fertilizantes, produção de ácidos e queima de biomassa e
combustíveis fósseis
O óxido nitroso aumentou na
atmosfera mais de 15%.Cada
ano que passa adiciona-se mais
7 a 13 milhões de toneladas
deste óxido na atmosfera
http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9900/grupo0066_altglob
ais/efestufa.htm
12. Causas das Alterações Climáticas
Emissões
de CO2
por
sectores e
por
países,
em 1996.
http://www.deh.gov.au/soe/2001/
atmosphere/atmosphere02-16.html
13. Causas das Alterações Climáticas
Oscilação do Atlântico Norte
É um dos modelos de variabilidade da atmosfera do hemisfério Norte.
Interacção entre o oceano e a atmosfera, é
particularmente importante no Inverno
Um reforço das altas pressões
- índice positivo -
deflete o fluxo atmosférico de Oeste em direcção ao Norte da
Europa,
dando invernos húmidos no norte da Europa e secas no Sul.
16. Consequências das alterações climáticas
•Aquecimento Global/ aumento da temperatura
média da atmosfera: a temperatura média global
seria mais baixa 2º se não houvesse actividade
humana, com a previsão de aumento de 1ºC a
3,5ºC para os próximos 100anos.
• aumento do contraste térmico entre as regiões
quentes e frias, alteração dos regimes térmicos
Degelo / subida do nível médio das águas do
mar,
• submersão de áreas fluviais-marítimas
ocupadas
por fortes densidades populacionais com
funções
urbanas e industriais
17. Dos GEE, assumem particular importância o CO2, uma vez que o volume das suas
emissões para a atmosfera representa algo em torno de 55% do total das missões
de GEE e o tempo da sua permanência na atmosfera é de pelo menos 100 anos.
Evolução de CO2
18. •Mudanças na circulação atmosférica (ex: aumento de frequência das situações de
bloqueio do Anticiclone dos Açores, aumento de furacões), alteração de localização dos
centros de pressão atmosférica e dos ventos, mudanças dos regimes pluviométricos
Circulação Geral da Atmosfera
20. Depressões ou
Baixas pressões
associadas ao
Mau
Tempo
Anticiclone ou
Altas pressões
Associadas ao
Bom
tempo
Situações casos:
-furacões (depressões tropicais muito acentuadas)
- secas (períodos secos prolongados resultantes anticiclones muito
espessos e de longa duração)
21. Anatomia de um Furacão
Aumento de furacões (baixas pressões tropicais muito intensas/ciclones tropicais, ex:
Katrina, Stan, Vince).
Sob o efeito do calor intenso, o ar dilata-se, torna-se mais leve e sobe, formando
baixas pressões muito intensas.
Quando a humidade transportada pelos alíseos se transforma em chuva, este
fenómeno liberta energia e o ar aquece ainda mais. A partir deste momento o ciclone
cresce por si mesmo.
Ao longo do seu trajecto sobre o oceano, acumula energia e ganha velocidade… até
então depois se dissipar no continente com ventos e chuvas arrasadoras causando
danos catastróficos
22. Carta Sinóptica de
2 de Out. 2005
. Exemplo, o caso de Portugal Continental, a situação geográfica de Porrtugal é
favorável à ocorrência de seca:
-faixa de separação entre os anticiclones sub-tropicais e as baixas pressões sub-
polares, com oscilações latitudinais ao longo do ano (devido ao movimento de
translação da terra),
- superfície frontal polar e suas respectivas perturbações (no verão sobem para
Norte , no Inverno descem para Sul, em simultâneo deslocam-se segundo o fluxo de
oeste.
-A seca resulta de uma situação meteorológica de bloqueio do anticiclone-subtropical
do Atlântico Norte se mantém numa posição que impede que as perturbações da
23. As Correntes Marítimas
As correntes marítimas são determinadas pelos ventos dominantes,
Têm movimentos circulares, causados pela força de Coriolis, como o são os
ventos, devido ao movimento de rotação da Terra.
As correntes movem-se na horizontal, à superfície, mas também na vertical,
devido à diferença de densidade causada por temperatura e salinidade.
As correntes funcionam como um factor climático, regulador térmico do globo,
influenciando a temperatura do ar e a humidade/precipitação.
24.
25. 16 -
Corrente
de Humboldt
17 –
Corrente
Circumpolar
Antárctica
A corrente fria de Humboldt e o fenómeno de ElNiño e La Niña – Quando os ventos
alíseos sopram com menos força em todo o centro Pacífico, Oscilação Sul-El Niño
OSEN, resulta uma diminuição da ressurgência de águas frias, profundas e há
acumulação de água mais quente na costa oeste da América do Sul – El Niño
(diminuição de peixe ), provocando:
-chuvas excepcionais na costa oeste da América do Sul e
- secas na Indonésia e na Austrália.
- Durante o EN o Inverno é mais quente do que a média nos estados centrais dos EUA
-; os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas em África.
La Niña é o fenómeno inverso, água muito fria.
26.
27. 2- Deriva do
Atlântico Norte
3-C. de Irminger
11-C. Gronelândia
A corrente do Golfo –corrente quente no Oceano Atlântico, com origem no Golfo do
México, estende-se até à Europa - Deriva do Atlântica Norte –DAN,
Nos Pólos as águas são mais frias e menos salgadas;
No Equador as águas são mais quentes e mais salgadas.
Quando a corrente da DAN chega ao mar da Noruega, a
corrente é mais densa devido à sua salinidade, do que as águas circundantes. E
submerge indo completar o circuito no equador
Se o derretimento dos gelos aumentasse, a DAN contrair-se-ia, e modificaria a sua
função moderadora do clima do noroeste da Europa, que arrefeceria.
No resto do globo continuaria a aumentar a temperatura
Que clima global?
28. •Alterações na Biosfera e Pedosfera: desequilíbrios nos ecossistemas,
(ex:floresta, garrigue, maquis)
•Degradação dos solos
•diminuição da biodiversidade,
• diminuição da resiliência de algumas espécies, extinção de espécies,
• surgimento de espécies adaptativas,
30. •Alterações no ciclo Hidrológico: alteração no suprimento de água doce
• mudanças nos ecossistemas naturais, solo / agricultura
31. •Reflexão
sobre a forma de organização da sociedade global numa visão abrangente
do sistema Terra, onde cada subsistema ( Noosfera, Atmosfera, Hidrosfera,
Litosfera / Pedosfera, Biosfera ) funciona como uma célula de um organismo vivo –
GAIA
32. -Instrumentos Internacionais
1972 1ª reunião do Ambiente
1987 Protocolo de Montreal, redução dos clorofluorcarbonetos, CFC
1992 Cimeira da Terra no Rio, a Convenção Quadro das Nações
Unidas em Mudança Global do Clima, CQNUMC /
1997 Protocolo de Quioto, PQ
1978 Painel Intergovernamental sobre a Mudança do Clima, IPCC = Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA + Organização Mundial de
Meteorologia, OMM
2005 16 de Fev. entrada em vigor do Protocolo de Quioto, depois de ratificado,
com assinatura da Rússia e sem assinatura dos EUA e Austrália.
Os EUA reafirmam a orientação autoritária de não alinhamento do compromisso.
Início da sua monitorização
Países signatários comprometem-se a desenvolver projectos (Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo, MDL, para diminuir a taxa de emissão poluidora a níveis de
1990, ou seja de 5,2% abaixo dos níveis emitidos na época, no prazo de 2008 a 2012.
33. Tendo em conta o ciclo do carbono, verifica-se que as áreas verdes,
nomeadamente as florestas e os oceanos não são só reservatórios de carbono,
mas também excelentes sumidouros de CO2, embora existam ainda muitas
incertezas sobre o balanço dos seus mecanismos em relação ao carbono.
34.
35. Interações Ambientais das
Mudanças
-Água Fraca
Recursos Ambientais -Ar capacidade
de
-Solo renovação
-Ecossistemas
Sistema
Ambienta
l
Utilizadores Utilizações
-Homem - Directas/Indirectas
Aumento Intensas e diversificadas
36. Cenários Futuros
1.Dificuldade de adaptação das rápidas alterações climáticas
dos diferentes ecossistemas
2.Flexibilidade de adaptação dos ecossistemas, atenuação
do ritmo de aumento de temperatura
3. Reorganização de sociedade: duas hipóteses de formas
conhecidas,.
a) solo bem social, ordenamento do território racional,
meio rural utilizado, cidades de pequena e média
dimensão, fluxos de dimensão equilibrada
b)solo propriedade privada, especulação não produtiva,
espaço urbano concentrado ( estratificação social ),
saturado transito, espaço rural desertificado, grandes
desequilíbrios espaciais na ocupação do solo
4. Conjugação dos cenários, 2 e 3 com assertividade entre
eles:
qualidade de vida global e ambiente saudável
37. A1 Conforto e A2 maior nível
eficiência de emissões
sem limites “lutamos por
uma vidinha
melhor”
B2 À volta da
natureza
B1 preocupações
sociais e
Ambientais / mundo
Equitativo e sustentável
(tecnologias pós fósseis)
38. “As soluções que passam pelo equilíbrio
entre o desenvolvimento sócio-económico
e ambiental que são a chave para o futuro”
(IPAMB, 2001)