3. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O que é a co-incineração?
Em que consiste a incineração clássica?
Vantagens e riscos da co-incineração face à
incineração clássica
Conclusão
4. O QUE É A CO-INCINERAÇÃO ?
Processo de tratamento de resíduos que consiste na sua
queima em fornos industriais,
Eliminação dos resíduos através da utilização de fornos
industriais.
Industria Vidreira
Industria Cimenteira
5. EM QUE CONSISTE A INCINERAÇÃO CLÁSSICA- I
Operação dos incineradores a elevada temperatura,
especificamente da ordem de 1000ºC - 1.100ºC
Os tempos de residência dos gases a essas temperaturas
fossem superiores a cerca de 2 segundos, para na
realidade se verificar essa alta taxa de destruição.
6. EM QUE CONSISTE A INCINERAÇÃO CLÁSSICA - II
Que os incineradores funcionassem sem interrupção -
mesmo que momentânea nestas condições
Que os equipamentos de remoção de poeiras (e
consequentemente metais pesados) fossem bem
projectados e explorados.
7. EM QUE CONSISTE A INCINERAÇÃO CLÁSSICA
Tais aspectos não foram à partida respeitados e,
eventualmente não o são ainda em algumas instalações
operando em diversos pontos do mundo.
Este facto induziu a existência de elevadas emissões de
compostos perigosos por esses incineradores - entre
outros:
Dioxinas
Furanos
8. CONSEQUÊNCIAS DA INCINERAÇÃO CLÁSSICA
Dioxinas e Furanos causadores
de potenciais efeitos
cancerígenos, o que começou a
induzir, em particular e em
certos locais, elevadas
concentrações desses
poluentes no ar e no meio
ambiente.
Ácidos clorídrico e fluorídrico
Monóxido de carbono
Poeiras
Dióxido de enxofre e óxidos
de azoto
9. CONSEQUÊNCIA
Consequentemente introdução em seres humanos e animais pela
cadeia alimentar, com enorme e justificado alarme público.
Finalmente, a incineração em incineradores gera, por sua vez, novos
resíduos, cinzas, entre outros, e por vezes efluentes líquidos, cujo
destino final deve (e nem sempre o é) ser adequadamente assegurado.
10. COMPARAÇÃO DO PROCESSO DA CO-INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS NOS
FORNOS DE CIMENTO, EM DETRIMENTO DO PROCESSO DA INCINERAÇÃO
CLÁSSICA:
Temperaturas elevadas - A
temperatura média de operação de
um forno de cimento é da ordem
dos 1.450ºC,, chegando-se a atingir
uma temperatura superior a
2.000ºC na zona da queima dos
combustíveis no forno,
assegurando-se assim uma taxa de
destruição mais elevada
Tempos de residência dos gases
menores, logo a taxa de destruição
dos poluentes é mais elevada
devido à sua maior permanência a
altas temperaturas no forno
Temperaturas elevadas - Um
incinerador clássico opera com
temperaturas da ordem de 1.000 a
1.100ºC
Tempos de residência dos gases
elevados - O tempo de residência
total ou de permanência dos gases
resultantes da
combustão/incineração num forno de
cimento é de cerca de 6 segundos e
nas zonas do forno com
temperaturas superiores a 1.200ºC
Co-incineração Incinerador clássico
11. O PROCESSO DA CO-INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS NOS FORNOS DE CIMENTO,
EM DETRIMENTO DO PROCESSO DA INCINERAÇÃO CLÁSSICA,:
Inércia térmica -nos fornos de
cimento tal não acontece, ou esses
inconvenientes são fortemente
reduzidos, devido à elevada inércia
térmica dada pela enorme.
Meio Alcalino - Dado que a base da
matéria-prima presente no interior
de um forno de cimento é o
calcário, desse modo os gases e os
vapores ácidos, como sejam o
dióxido de enxofre (SO2), o dióxido
de carbono (CO2), o ácido
clorídrico (HCl) e o ácido fluorídrico
(HF), são neutralizados e em
grande parte fixos na massa de
cimento,
Inércia térmica - Os graves
inconvenientes de emissões
anómalas resultantes de paragens
ou de alterações no normal
funcionamento de um incinerador
clássico cujas temperaturas podem
baixar rapidamente para níveis
críticos.
Meio Alcalino – (Não se verifica na
incineração normal).
Co-incineração Incinerador clássico
12. O PROCESSO DA CO-INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS NOS FORNOS DE CIMENTO,
EM DETRIMENTO DO PROCESSO DA INCINERAÇÃO CLÁSSICA:
No processo de co-incineração dos
resíduos os gases e vapores ácidos
produzidos na combustão são em
grande parte fixos no cimento e
assim é substancialmente reduzida
a necessidade de se fazer passar
esse fluxo gasoso num "scrubber"
(lavador)
Custo - A construção de uma
instalação de incineração clássica é
substancialmente mais cara
Co-incineração Incinerador clássico
14. QUERCUS
Quercus defende co-incineração para um mínimo de
resíduos
"A Quercus defende que a co-incineração só deve ser
usada para um «mínimo de resíduos» e com um «controlo
muito apertado». As exigências constam do parecer da
associação enviado na quinta-feira ao Instituto de
Promoção Ambiental (IPAMB).“In Diário Digital em 22-03-2001 “
15. QUERCUS
Exmo Sr.
Rui Camacho
A Quercus defende que a co-incineração ou incineração dedicada só devem surgir depois das
soluções de reciclagem e depois
dos resíduos
sofrerem tratamento prévio de forma a reduzir a sua perigosidade.
Com a reciclagem (óleos usados, solventes ou
plásticos contaminados) e com o tratamento prévio dos restantes resíduos perigosos (nos CIRVER)
os resíduos a necessitarem de queima são muito poucos (menos de 10%) e a optação pela incineração
ou co-incineração passa a ser uma questão secundária.
Atentamente,
Rui Berkemeier
QUERCUS – ANCN
Centro Associativo do Calhau
Bairro do Calhau
Parque Florestal de Monsanto
1500-045 Lisboa
Internet: http://residuos.quercus.pt
N.I.F. 501 736 492
>> Por favor não imprima esta mensagem se não precisa dela em papel <<
16. SITUAÇÃO EM 2009
Co-incineração: tribunal ordena suspensão da queima de resíduos
em Souselas
“O acórdão do TCAN fundamentou-se nas "condições geográficas
específicas de Souselas, já que a cimenteira está em cima da
população e a 4,5 quilómetros de Coimbra", e na "existência de um
risco de concentração de poluentes susceptíveis de aumentar o
risco de contrair certas doenças por parte de quem vive nas
proximidades" e que podem causar "prejuízos plausíveis de difícil
reparação" para população e meio ambiente.
Considerou ainda aquele tribunal que "a fábrica da Cimpor não está
dotada de mecanismos de monitorização capazes de aferir da
qualidade do ar envolvente da região" e que "para ser imparcial e
actuar equitativamente" o Tribunal Fiscal e Administrativo de Coimbra
devia ter "trazido para matéria de facto" as conclusões, pareceres e
relatórios do professor catedrático Delgado Domingos, de dois médicos
e da Quercus apresentados pelo Grupo de Cidadãos de Coimbra. “ In
O Publico em 14.02.2009”
17. CONCLUSÃO
A co-incineração apresenta portanto face à incineração clássica
numerosas vantagens que se traduzem num impacto positivo para o
ambiente. Porem esta opção só será válida se:
Se verificar uma medição realista no nível de dioxionas e furanos
Equiparem as chaminés com filtros anti-poluição
Quando todas as entidades competentes se empenharem de uma
forma honesta e transparente e resolver esta questão de uma
conclusiva.
Reciclagem do maior numero de materiais por forma a diminuir a
quantidade de Resíduos Industriais Perigosos.
18. SINTESE
co-incineração
incineração clássica
Vantagens e riscos da co-incineração e da
incineração clássica
Parecer da Quercus
Situação actual
Conclusão
19. A saúde, a felicidade e a nossa
sobrevivência dependem da
nossa atitude.
Editor's Notes
Bom Dia
Tal como as colegas fizeram antes, vamos ver alguns aspectos relativos a este dois assuntos
No final da apresentação estaremos aptos a distinguir as diferenças entre incineração e co-incineração
Como objectivos especificos vamos ver os seguintes itens
A co-incineração é um processo de tratamento de resíduos que consiste na sua queima. em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois substituem parte do combustível usado no forno. Os fornos trabalhando a elevadas temperaturas das indústrias vidreira, siderúrgica e cimenteira podem ser usados para o tratamento de resíduos perigosos
Quando os problemas dos resíduos sólidos começaram a ser resolvidos noutros países, a incineração sobressaía, à partida, como tendo as conhecidas vantagens de proporcionar a sua destruição por via de altas temperaturas de combustão.
A questão é que tal só era verdadeiro, se verificassem vários aspectos fundamentais:
São estes:
A operação…..
Tempos de residencia.
Logo o ideal seria que os incineradores funcionassem de uma forma continua.
Tal como a conseguente remoção de resíduos., relativamente a resoduos
Posso dar-vos o exemplo de que os E.U. tem um problema grave semelhante a estes. Ou seja cerca de 43 % da electricidade produzida nos E.U é feita através da queima de carvão.
Assim para alem do grave problema de poluição da emissão de produtos perigosos para o ar, vem por acréscimo as cinzas que ficam do próprio carvão.
Estas cinzas contem metais cancerígenos, metais pesados e não tem destino , a única solução das centrais de carvão é levá-las para aterros. Porem houve um aterro com 50 anos que cedeu
E causou um desastre ecológico com proporcões maiores que o do petroleiro Exxon Valdez, em 1989 derramou 41 milhões de litros na costa do Alasca, afectando a vida animal até hoje
Voltando á nossa realidade.
As regras de segurança , não foram respeitadas e de facto levou á emissão destes e doutros compostos, tais perigosas como dioxinas e furanos.
Em consequência e Para alem das dioxinas e furanos, temos tambem uma elevada concentração de:
Ácidos cloridrico
Mónoxido de carbono
Poeiras
Dióxido de enxofre
Concluí-se portanto que apesar de a incineração ser um processo eficiente na eliminação de resíduos perigosos através da destruição das suas moléculas por combustão, verifica-se que os incineradores clássicos, quer por falhas de projecto, quer por falhas de operação não respeitam um conjunto de princípios, pondo em risco a saúde pública
A incineração clássica de resíduos perigosos, como sejam os metais pesados, as dioxinas, furanos e outros compostos orgânicos complexos, através de uma unidade incineradora tem provocado nos últimos anos uma cada vez mais forte contestação técnica, pois se essa incineração não for efectuada com um controle rigoroso das condições e dos parâmetros a respeitar, pode agravar ainda mais o já latente perigo destes resíduos e provocar danos muito significativos na saúde pública e no meio ambiente.
por imperativo da produção do próprio cimento, chegando-se a atingir uma temperatura superior a 2.000ºC na zona da queima dos combustíveis no forno, assegurando-se assim uma muito maior taxa de destruição dos resíduos pelas elevadas temperaturas…
A incineração clássica de resíduos perigosos, como sejam os metais pesados, as dioxinas, furanos e outros compostos orgânicos complexos, através de uma unidade incineradora tem provocado nos últimos anos uma cada vez mais forte contestação técnica, pois se essa incineração não for efectuada com um controle rigoroso das condições e dos parâmetros a respeitar, pode agravar ainda mais o já latente perigo destes resíduos e provocar danos muito significativos na saúde pública e no meio ambiente.
por imperativo da produção do próprio cimento, chegando-se a atingir uma temperatura superior a 2.000ºC na zona da queima dos combustíveis no forno, assegurando-se assim uma muito maior taxa de destruição dos resíduos pelas elevadas temperaturas…
Em suma e após estas comparações, devo confessar que fiquei sem saber qual a melhor solução, para isso procurei um exemplo de uma cidade que tivesse o memso numero de habitantes que Portugal inteiro
E no exemplo de São Paulo, descobri que a forma como se processa o tratamento do lixo é muito semelhante ao nosso.
Assim impunha-se a questão então não temos alternativa senão incinerar e levar os residuos para o aterro ?
Para o efeito procurei saber a opinião desta associação.
Ou seja em 2001 a Quercus defendia a co-incineração de uma forma muito controlada
Mas passemos aos dias de hoje
Enviei tambem um mail para a Quercus para saber qual a opinião relativamente á incineração.
E nesta resposta de mail da quercus, verificamos que a questão da incineração ou co-incineração, passa a ser uma questão secundária, desde que a reciclagem seja feita de uma forma correcta, e se assim for apenas, 10% dos residuos terão que ser incinerados ou co-incinerados
E a situação continua a arrastar-se por entre pareceres de tribunais e recursos, tal como podemos verificar, nesta noticia de o Jornal o O Publico em Fevereiro de 2009
Face á análise estabelecida, a conclusão a que cheguei foi:
Assime para terminar vamos só relembrar os pontos que vimos atrás.
Deixo-vos- com esta frase, o obrigado por a vossa atenção