A identidade sexual começa a se formar desde o nascimento, influenciada pelas características biológicas do bebê e pelas interações com os pais. À medida que a criança cresce, ela se identifica com o sexo do pai ou da mãe, procurando seu afeto. Na adolescência, esses laços começam a se expandir para pessoas da mesma idade. Comportamentos afectuosos na infância e adolescência ajudam no desenvolvimento da sexualidade saudável.
2. A sexualidade é uma energia
que encontra a sua expressão física,
psicológica e social no desejo de contacto,
ternura e às vezes amor.
Sexualidade
Indivíduo como um todo
Conhecimentos
anatómicos e
fisiológicos
Vertente
psico-afectiva
e emocional
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3. Os pais não lidam com os rapazes do mesmo
modo com que lidam com as raparigas;
Os próprios rapazes e raparigas têm
comportamentos diferentes consoante estão
num grupo de rapazes, ou de raparigas, ou
mistos.
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Desde o nascimento, as
relações entre as pessoas são
marcadas pela identidade
sexual:
4. Mas as diferenças começam
muito antes do nascimento:
Aos dois meses de gestação, já
há diferenças hormonais entre
os futuros rapazes e as futuras
raparigas:
Os fetos masculinos produzem
uma hormona específica em
grande quantidade: a
testosterona.
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5. Como se forma, então, a
Identidade Sexual?
Desenvolvimento de
características físicas e
químicas do organismo;
História de vida e das
relações entre as pessoas.
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Características orgânicas e História de vida
relacionam-se entre si.
6. Da nossa História de Vida
fazem parte:
As experiências concretas
de cada um;
As expectativas dos outros;
Os projectos de futuro
(expectativas) de cada um.
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Os projectos para o futuro fazem sempre
parte da nossa experiência:
• Ou porque se concretizaram;
• Ou porque não se concretizaram.
7. Da nossa História de Vida
fazem parte ainda:
Os relatos ou narrativas
que fazemos a nosso
respeito.
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As histórias que contamos a nosso
respeito podem ser verdade ou
mentira, mas se acreditarmos nelas
fazem parte de nós e da nossa História
de Vida:
• São crenças a respeito de nós
mesmos.
8. Vinculação:
Todos os bebés nascem com
uma necessidade básica de
ternura e de contacto físico.
(lembrar conceito de sexualidade).
A satisfação dessa
necessidade é tão
importante ou mais
importante do que a de
comer ou de beber.
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A vinculação é uma ligação muito
estreita e recíproca entre o bebé e
uma ou mais pessoas do seu
ambiente, normalmente a mãe e o pai
De entre as figuras de vinculação, o bebé
elege uma que é a principal, muitas vezes a
mãe, mas, por vezes também, o pai.
Esta escolha não é determinada pelas
características sexuais.
9. Vinculação:
É a primeira manifestação da
necessidade de carinho,
ternura, afectos recíprocos
(entre duas pessoas), isto é,
de uma vida sexual
satisfatória.
No entanto, o bebé ainda
NÃO CONSTRUIU uma
identidade sexual, do ponto
de vista das relações
interpessoais.
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Nos primeiros tempos de vida, o
bebé ainda não é um rapaz ou uma
rapariga: é uma criança.
10. Relações com os Pais:
O bebé já possui
características próprias:
Essas características
influenciam a forma como os
seus pais vão lidar com ele.
Os pais têm as sua próprias
características e formas de
reagir:
Estas características
influenciam o comportamento
da criança.
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Nos primeiros tempos de vida, o
bebé ainda não é um rapaz ou uma
rapariga: é uma criança.
11. Relações com os Pais:
O bebé já tem características
orgânicas masculinas ou
femininas:
Essas características
influenciam a forma como os
seus pais vão lidar com ele.
O pai e a mãe têm
identidades sexuais
distintas:
Estas características
influenciam o comportamento
da criança.
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Nos primeiros tempos de vida, o
bebé ainda não é um rapaz ou uma
rapariga: é uma criança.
12. Relações com os Pais:
O bebé masculino, por acção
dos pais e das suas
características pessoais, vai
identificar-se com as
características masculinas
do pai.
O bebé feminino, por acção
dos pais e das suas
características pessoais, vai
identificar-se com as
características femininas da
mãe.
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13. Relações com os Pais:
Das características
masculinas (idealizadas
pela criança) faz parte o
facto de o pai gostar da
mãe.
Das características
femininas (idealizadas pela
criança) faz parte o facto
de a mãe gostar do pai.
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14. Identidade Sexual:
O rapaz vai, então,
procurar o afecto
privilegiado da mãe.
A rapariga vai procurar o
afecto privilegiado do pai.
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Nem os rapazes, nem as raparigas
procuram afecto em crianças da mesma
idade, durante a infância.
Podem fazer jogos simbólicos
(casamentos, namoros, etc.), mas o afecto
procuram-no em pessoas mais velhas.
A procura do afecto privilegiado da
mãe ou do pai faz parte da
construção da identidade sexual com
a figura masculina ou feminina.
15. Identidade Sexual na
Adolescência:
No início da adolescência
(12, 13 anos +/-), os
rapazes e as raparigas
começam a descobrir a
possibilidade de obter e
dar afecto a pessoas de
idades mais próximas das
suas.
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Numa fase inicial, um grande
número de adolescentes continua a
ser atraído por pessoas mais
velhas do que eles, mas mais
jovens do que os seus pais.
Os pedófilos tiram, normalmente,
proveito deste período de
construção da identidade sexual
das crianças e dos adolescentes.
16. Afectividade é:
Um processo mental
responsável pela gestão das
nossas emoções e
sentimentos
Afectividade implica:
Compreensão correcta das
situações (inteligência)
Controlo das emoções
Adequação dos
comportamentos
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17. Durante a infância e a
adolescência, a gestão da
afectividade é apoiada:
Pela interiorização de
regras e normas sociais
Por modelos sociais
Por moldagem educativa
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18. Comportamentos afectuosos
(ternura, carinho):
São experiências fundamentais
na construção de uma vida
sexual equilibrada e
satisfatória.
Ajudam a desenvolver
competências na gestão das
emoções, e
Constituem a parte mais
significativa das relações
sexuais na idade adulta.
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