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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
       FACULDADE DE TEOLOGIA




 S. TIAGO DE
FONTE ARCADA

          PORTO – 2003
UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
                   FACULDADE DE TEOLOGIA



             ORIGENS DA PARÓQUIA DE



       S. TIAGO DE
      FONTE ARCADA
              Luís Filipe da Rocha Coelho Ferreira




Trabalho para a Cadeira de Metodologia Científica Leccionada pelo
            Dr. ARLINDO MAGALHÃES CUNHA




                        PORTO – 2003
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                                               SUMÁRIO


INTRODUÇÃO............................................................................................ 3
CAPÍTULO 1 – A ANTIGUIDADE DE FONTE ARCADA....................................... 4
         1. A festa do mastro, permanência de um culto pagão...................... 4
         2. A antiguidade do topónimo Fonte Arcada.................................... 5
CAPÍTULO 2 – QUEM VENERAMOS................................................................. 7
         1. S. Tiago......................................................................................... 7
         2. S. Domingos.................................................................................. 8
CAPÍTULO 3 – MARCAS DO PASSADO............................................................. 9
         1. O mosteiro Beneditino.................................................................. 9
         2. Os Templários em Fonte Arcada................................................... 10
         3. Toponímia..................................................................................... 11
CAPÍTULO 4 – O SURGIMENTO DA PARÓQUIA................................................ 14
         1. Fonte Arcada nas fontes bibliográficas......................................... 14
         2. O Contracto do Mestre do Templo com o Bispo do Porto............ 16
CONCLUSÃO….......................................................................................... 18
BIBLIOGRAFIA…...................................................................................... 19
         1. Fontes............................................................................................ 19
         2. Obras de Referência...................................................................... 19
         3. Estudos.......................................................................................... 20
ANEXOS….................................................................................................. 21




                                                     -2-
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                                         INTRODUÇÃO


        Neste trabalho académico, para a cadeira de Metodologia Científica, foi-me
proposto elaborar um trabalho sobre o momento da criação de uma Paróquia. Neste
âmbito, optei pela Paróquia que me viu nascer e crescer: S. Tiago de Fonte Arcada.


        Fonte Arcada é uma freguesia pertencente ao Concelho de Penafiel, Distrito e
Diocese do Porto. Tem como Orago S. Tiago. Fica a 12 Km da sede de conselho1. Tem,
segundo os resultados preliminares dos Censos de 2001, 1589 habitantes em 503 edifícios2.


        No primeiro capítulo procurarei falar da antiguidade de Fonte Arcada,
mencionando a permanência de um culto pagão, (A Festa do Mastro) e analisando o
topónimo (Fonte Arcada) que atestam bem essa antiguidade.


        No capítulo segundo, o qual tem o nome “Quem Veneramos” farei, essencialmente,
uma apresentação do Orago S. Tiago, e do S. Domingos, ao qual se dedica a festa da terra.


        Em terceiro lugar, num capítulo onde, fundamentalmente, pretendo apresentar a
riqueza do nosso passado, falarei do Mosteiro Beneditino, que aqui existiu, e da presença
dos Templários em Fonte Arcada. Darei, também, uma explicação para a origem de alguns
topónimos


        No quarto e último capítulo, farei a apresentação das fontes, em que me apoiei, para
propor 1144, como data em que, a meu ver, é já possível existir a Paróquia de S. Tiago de
Fonte Arcada.




1
 Cf. GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960, Vol. XI, p. 580.
2
 Cf. CENSOS 2001: Resultados Preliminares: XIV recenseamento geral da população: VI recenseamento
geral da habitação, Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, 2001, Vol.1-Norte, p. 119.




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                      CAPÍTULO 1 – A Antiguidade de Fonte Arcada


           Bastaria, para provar a antiguidade de Fonte Arcada, falar da região onde esta se
situa. Testemunhos arqueológicos como o Castro do Monte Mozinho, por exemplo, que
dista cerca de 5 Km de Fonte Arcada, atestam bem a antiguidade de toda esta região, que é
sem dúvida, habitada já desde os tempos mais remotos.


1. - A festa do mastro, permanência de um culto pagão


           Mas reportando-nos
a Fonte Arcada, temos um
testemunho que nos diz
muito da sua antiguidade, é
ele, a festa do Mastro. Esta
festa começa no dia de S.
Tiago com o abate de uma
árvore       que     depois     de
“limpa”        é    transportada
pelos homens da povoação
até ao alto do monte de S. Domingos. Após o descanso do percurso, que embora “regado”,
não é nada fácil, enfeita-se a árvore com flores e aí é levantada, onde permanecerá até
quinze dias após o fim da festa de S. Domingos. Esta festa tem raízes nos cultos pagãos,
que perduram até hoje. Jorge Dias diz que:


                   «Desconhecendo inteiramente a sua origem e sem lhe atribuir qualquer
                   significado, o povo (...) não vê, se não, nessas práticas uma maneira de festejar e
                   misturar facilmente as festas religiosas com restos de ritos mágicos, ou costumes
                   pagãos»3.



3
    DIAS, Jorge – Rio de Onor, Comunitarismo Agro-pastoril, Porto: Instituto de Alta Cultura, 1953, p. 337.




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




        Este ritual, que muitos dizem estar associado a um
costume local muito antigo, de se erguer um ramo de árvore
enfeitado, quando se terminavam as sachas do milho4, está de
acordo com a conceituada opinião de Mircea Eliade, segundo a
qual, se encontram árvores sagradas, e símbolos vegetais na
história de todas as religiões, nas tradições populares e nas
místicas arcaicas5. É minha opinião, e mesmo não conseguindo
atingir com segurança as origens de tal culto, que este é com
certeza um resquício de cultos antiquíssimos que provam a antiguidade da povoação de
Fonte Arcada.


2. – A antiguidade do topónimo Fonte Arcada


        Embora neste capítulo o tema seja a antiguidade e não a
origem dos topónimos, (para esta temática ver o ponto três do
terceiro capítulo), parece-me, contudo, adequado e por uma questão
de comodidade, dar já uma explicação, neste ponto, para a origem do
topónimo Fonte Arcada.


        O topónimo Fonte Arcada deriva de uma fonte “arcada” aí
existente que, como em outros exemplos no nosso país, dão nome às
povoações6. Esta povoação não será certamente excepção. Manuel
Ferreira Coelho, diz que estas fontes arcadas são assim chamadas
por serem em abóbada. Nestas fontes a água brotava do fundo duma arca ou cisterna, que
servia para consumo das populações7.



4
  Esta opinião pude eu mesmo ouvir, recentemente, de vários moradores de Fonte Arcada, que se lembram
desta prática ser frequente, até á poucos anos.
5
  Cf. ELIADE, Mircea – Tratado de História das Religiões, Lisboa: Edições Cosmos, 1977, p. 324.
6
  Cf. GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960, Vol. XI, p. 580.
7
  Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,
Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1987, Vol. 2, p. 44.




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




        Parece-me,        portanto,      bastante
seguro afirmar que o topónimo tem
origem na fonte existente no lugar de
Aldeia que, como se confirma pelas
fotografias       apresentadas,         tem   as
características     referidas.     Ponho,     no
entanto, a possibilidade de a origem do
topónimo não ser desta fonte, mas de outra que aqui possa ter existido, uma vez que não
me foi possível obter qualquer data desta fonte, (aliás, completamente abandonada pelas
entidades com muita pena da população). Contudo, penso que não há dúvidas sobre a
origem do topónimo Fonte Arcada.


        O Padre José Monteiro de Aguiar8 no seu estudo; A Terra de Penafiel, diz que o
topónimo de Fonte Arcada é um nome romanizado, “fonte archatus”, o que parece indicar
que a sua origem é anterior à época do despovoamento entre os Séculos VIII e IX9. O
mesmo autor afirma a existência de Fonte Arcada já nos Séculos XI e XII:


                  «À terra de Penafiel pertenciam, nos séculos XI e XII, declaradamente, os lugares
                  de: Rio Mau e Melhundos; Figueira e Rande; Font`Arcada e Vila-Cova de
                  Perafita; (...)»10.


        O que vem ajudar ao que tenho vindo a dizer neste capítulo sobre a antiguidade da
povoação de Fonte Arcada.




8
  Sobre a vida deste ilustre penafidelense leia-se: SOUSA, D. Gabriel de, (OSB). – Padre José Monteiro de
Aguiar, Um Homem de Penafiel. In CEPÊDA, Augusto Abreu Lopes; SOUSA, António Gomes de, (Dir.) –
Confluência, Penafiel: Circulo Cultural Penafidelense, 1984, Nº. 1, 89-103.
9
  Cf. AGUIAR, José Monteiro de (P.e.) – A Terra de Penafiel, Porto: Edição do autor, 1943, p. 56
10
   Ibidem, pp. 50-51.




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                            CAPÍTULO 2 – Quem Veneramos


        Este capítulo chama-se, Quem Veneramos, porque essencialmente, o que aqui
procurarei fazer, é dar a conhecer melhor os Santos que veneramos. S. Tiago a quem é
dedicada a Igreja Paroquial (foto da capa), que conserva a orientação das igrejas
românicas, que devido a várias reconstruções posteriores perdeu totalmente o estilo de
origem11. E a S. Domingos, santo que dá nome à festa em Fonte Arcada e é também muito
venerado pelos fonte arcadenses.


1. - S. Tiago


        S. Tiago – Apóstolo, que se celebra a 25 de Julho, segundo
o calendário Católico12, é o Orago da Freguesia. Marca o dia em
que começam as festas em Fonte Arcada, mas, como diz, José
Madureira Pinto:


                «S. Tiago (...) limita-se a estar associado, na memória da
                maior parte dos paroquianos, a um lugar, com pendão e
                num andor, nas procissões do Domingo.»13.


        S. Tiago é patrono de Espanha, onde é venerado o seu
túmulo desde o século IX, que segundo a tradição local está situado em Compostela.
Dizem alguns escritos apócrifos que Tiago teria vindo para Espanha evangelizar a Galiza.
Tiago, irmão de João Evangelista, era filho de Zebedeu. Assistiu, com Pedro e André, à




11
   AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada.
In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 30
12
   MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992], p. 894
13
   PINTO, José Madureira, - Estruturas Sociais e Práticas Simbólico - Ideológicas nos Campos, Porto:
Edições Afrontamento, 1985, p. 404.




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




transfiguração do Senhor. Jesus chamava-lhe o “filho do trovão”, devido à sua
impetuosidade. Morreu às mãos de Herodes Agrippa (33 - 44) passado à espada14.


2. - S. Domingos


        S. Domingos, que é celebrado a 8 de
        15
Agosto , é que dá o nome à festa que se realiza
em Fonte Arcada, apesar destas começarem
precisamente no dia do Orago. Só se designa festa
de S. Domingos o fim-de-semana, com noitada e
arraial, pois, verdadeiramente, a festa começa no
dia 25 de Julho com o abate da árvore que irá
servir de mastro. Por isso se chama também aos
dias que antecedem a festa de S. Domingos festa do mastro. As respectivas celebrações
religiosas realizam-se na capela (foto) de S. Domingos que foi erigida no ano de 1690,
vindo depois a ser restaurada, em 1962.


        Domingos de Gusmão nasceu em Calaruega, na Diocese de
Osma, em Espanha, por volta do ano 1170. Participou no Concílio de
Latrão e fundou a Ordem dos Pregadores, que vive segundo a regra de
Sto. Agostinho. Instalam-se, primeiro em Paris, e a partir daí
multiplicam-se as fundações, espalhando-se por toda a Europa até ao
Próximo Oriente. Em 1220 realiza-se o primeiro capítulo geral que
estabelece as constituições dos Irmãos Pregadores, que ficaram mais
conhecidos por Dominicanos. Domingos de Gusmão morre em Bolonha,
a 6 de Agosto de 122116.


14
   Cf. DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa: Terramar, 2000, p.
175.
15
   MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992], p. 905
16
   Cf. DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa: Terramar, 2000,
pp. 65-66.




                                                  -8-
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                            CAPÍTULO 3 – Marcas do passado


1. - O Mosteiro Beneditino


        Existiu um mosteiro Beneditino em
Fonte Arcada que foi incorporado no de S.
Bento de Avé Maria do Porto17 no século
XVI. Neste mosteiro viveu e professou
“Domna Froilla Hermingues”, riquíssima
senhora que fez grandes doações, em 1228,
aos Templários18. Maria José Chorão data a
fundação de um mosteiro Beneditino, em Fonte Arcada, entre 1085-108919. Saber onde se
localizava o mosteiro, a esta distância e sem documentos que provem a verdade de tal
localização, é tarefa difícil. Contudo apresento aqui fotografias, baseando-me na voz sábia
do povo, dos locais mais prováveis. Tenho tendência em preferir, a Casa da Cova (foto em
cima), devido à sua distância do resto da povoação e devido às terras férteis que a rodeiam,
sabemos como os mosteiros eram construídos em locais isolados e, preferencialmente, com
muita água.


        A possibilidade de ser em Cimo de Vila
(foto à direita), parece-me menos provável,
embora,     os   locais    altos   fossem     também
preferidos para a edificação dos mosteiros.
Contudo, não existiria neste local, à referida
data da edificação, o desejado isolamento. De
referir que a fonte é, precisamente, perto destes

17
   O Mosteiro de S. Bento de Avé Maria estava situado onde, actualmente, se localiza a estação de S. Bento
dos caminhos-de-ferro.
18
   Cf. ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura, Lisboa: Editorial Verbo, 1969, Vol. 8, p. 1200.
19
   Cf. CHORÃO, Maria José Mexia Bigotte – Mosteiros. In AZEVEDO, Carlos Moreira (Dir.) – Dicionário
da História da Igreja em Portugal, Rio de Mouros: Círculos de Leitores, 2001, Vol. 3, p. 274.




                                                  -9-
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




locais. Se a fonte servia as povoações como já foi dito atrás, logicamente, estas não
viveriam muito longe deste local. Claro que é só uma hipótese, que mereceria muita mais
investigação e estudo que eu, devido à falta de documentação, pelo menos a que tivesse
acesso, não posso comprovar.


2. - Os Templários em Fonte Arcada


        A Ordem Militar do Templo de Salomão (Templários) foi fundada por Hugo de
Payens, em Jerusalém, no ano de 1119. Recebe este nome, porque o rei de Jerusalém,
Balduíno II, lhes cedeu uma parte do seu palácio, construído sobre o antigo templo de
Salomão. Era objectivo desta ordem defender os peregrinos à Terra Santa dos ataques dos
Sarracenos. No Concílio de Troyes (1128) recebem como distintivo o manto branco com a
cruz vermelha. Devido ao grande poder económico que alcançaram, os Templários foram
vítimas de lutas pelo poder. Após um período de acusações, muitas vezes infundadas,
Clemente V, cedendo a pressões do rei de França, (Filipe, o Belo), acaba por suprimir a
ordem, no Concílio de Vienne, (1312)20. Após a sua extinção, D. Dinis, rei de Portugal,
aplicou os bens da extinta ordem à Ordem de Cristo, fundada em 131921. È por isto que
Fonte Arcada è, muitas vezes, mencionada como sendo uma comenda da Ordem de Cristo
depois de o ter sido da dos Templários22.


        O Padre José Monteiro de Aguiar sobre a presença dos Templários no concelho de
Penafiel e referindo-se à comenda de Fonte Arcada diz o seguinte:


                «É facto histórico, incontestável, a existência nesta freguesia de um Mosteiro,
                Convento ou Casa da célebre Ordem Monástico – Militar do Templo, - dos
                Templários.»23

20
   Cf. ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura.- Lisboa: Editorial Verbo, 1975,Vol.17, pp. 1264-1266.
21
   Cf. Idem.
22
   Cf. PORTUGAL Antigo e Moderno – Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico,
Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico. – Lisboa: Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão,
1875, Vol. 3, p. 208.
23
   AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada.
In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 28




                                                - 10 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




        Segundo a autorizada opinião de Viterbo, a sua instalação em Fonte Arcada terá
sido antes de 1126 e deve-se a uma doação, de D. Teresa, da «Villa de Font`arcada com
todos os seus termos», aos Frades do Templo de Salomão. Antes de 1126, porque, não se
tem conhecimento de que D. Afonso Henriques tenha feito nova doação. Isto prova que o
rei reconhece que a doação de sua mãe é de uma legítima soberana, o que, como sabemos,
não o faria se esta tivesse sido feita antes de 1126.24 As Inquirições de 1258 confirmam
que, de facto, foi “Domina Regina Tarasia”25, (ver anexo – página 29) que fez esta
doação. Provado que está a sua instalação em Fonte Arcada, pelo que atrás foi dito, valerá
a pena falar do local onde estes terão residido. O Padre José Monteiro de Aguiar diz que:


                 «O lugar da Ordem (...) ergue-se sobre os alicerces das velhas construções
        monásticas, utilizando os moradores até, pelo menos num caso, os restos dos alojamentos
        primitivos. (...) O melhor edifício do lugar é a casa da renda, ou celeiro da Ordem, cujo
        alicerce e soco são os primitivos, e, talvez, as duas portas arqueadas26, (...)27.


        A juntar a isto, podemos referir, ainda o topónimo que nos dá alguma segurança,
para poder pensar que de facto eles residiram no lugar da Ordem.


3. – Toponímia


        Aqui apresentarei a origem de alguns topónimos de Fonte Arcada28. Como seria
bastante difícil dar uma explicação para todos os topónimos, apresento, sobretudo, aqueles
que refiro ao longo do trabalho, mas também outros que acho que podem ajudar a
confirmar os factos históricos do passado de Fonte Arcada.
24
   Cf. VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de – Elucidário. [Edição crítica por Mário Fiúza] Porto: Livraria
Civilização Editora, 1984, Vol.2, pp. 584-585.
25
   PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Inquisitiones. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae Scintiarum
Olisiponensis, MDCCCXCVII [1897], Vol. I, Fasc. VI & V, p. 579.
26
   Pela descrição, penso que a casa a que se refere o autor é uma casa que é hoje propriedade do Sr. António
de Sousa Coelho. Infelizmente não tive ocasião de obter uma foto.
27
   AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada.
In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 30-31
28
   Para esta breve apresentação do significado de alguns topónimos de Fonte Arcada, apoiar-me-ei, sempre
que achar necessário nos volumes I, II, III e IV, do estudo Temas Penafidelenses, onde se publica a tentativa
etimológica de Manuel Ferreira Coelho.




                                                   - 11 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




        Aldeia – vem do árabe Aldaiâ, significa: pequena povoação ou lugar pequeno29.
Anho Bom – é um topónimo retirado da fauna, vem do Latim Agnu (cordeiro) mais, bom.
O adjectivo dá uma expressão valorativa ao substantivo30. Arada – Terra que foi preparada
para cultivo31. De notar que este lugar compreende em si, praticamente, só terra para
produção agrícola, é até muitas vezes mencionado, com a quinta da Arada. Bacelo –
Deriva do substantivo latino Baculo (pau), seria um local onde haveria videiras, onde se
produziam pequenas videiras para plantio32. Bouças – Local vedado ou não, utilizado para
pastoriar animais33. Cimo de Vila – O lugar mais alto da “vila” que delimita o seu termo34.
Codessoso – Lugar onde há codessos, planta da família das leguminosas que dão um
pequena flor amarela35. Cova – Do Latim, Covu que significa côncavo, fundo36. Uma clara
referência à configuração do relevo que está situado num fundo, “numa cova”. Freimonte
– Terá, provavelmente, origem na junção da expressão medieval, Frede, Frey (paz) mais o
termo latino Mons, Montis (monte), resutaria então no bonito topónimo de Monte da Paz37.
Gateira – Indica um local de passagem, uma gateira é um local estreito de passagem38. De
facto, por este local passa o antigo caminho, hoje, praticamente, fora de uso, que servia a
povoação de Fonte Arcada39. Marmoiral – Terá, a ver com a possível existência em
tempos passados, neste local, de um memorial funerário. Lembramos, contudo que
Marmoural significa “terra alagadiça”40. Ordem – Do Latim ordine, com sentido de ordem
religiosa ou militar41. De facto, como já referi atrás, passaram por aqui os Templários. A
hipótese que avancei para o local onde estes residiram é, precisamente, no lugar da Ordem.

29
   Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,
Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1985, Vol. I, p. 16
30
   Cf. Ibidem, pp. 20-21
31
   Cf. Ibidem, p.22
32
   Cf. Ibidem, p.35
33
   Cf. Ibidem, p. 41
34
   Cf. Ibidem, p. 90
35
   Cf. Ibidem, p. 91
36
   Cf. Ibidem. P. 96
37
   Cf. Ibidem, 1987, Vol. II, pp. 47-48
38
   Cf. Ibidem, p. 69
39
   Este caminho deixou de se usar quando foram abertos os caminhos camarários. Isto mesmo mo disse o
meu Pai.
40
   Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,
Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1989, Vol. III, p. 97
41
   Cf. Ibidem, 1991, Vol. IV, p. 15




                                               - 12 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




Outeiro – Referência, assim como no lugar da Cova, à configuração do relevo. Outeiro
significa alto. Do Latim Altus. Pode significar também, pequeno monte ou colina42. Já
agora e a título de curiosidade a elevação do Outeiro com 228 metros de altura, só é
“batida” pelo monte de S. Domingos, com 294 metros, que é a elevação mais alta de Fonte
Arcada43. Preisal – Vem do termo Prasal, pelo facto de ser uma terra emprasada,
provavelmente pelos Templários. Emprasar era estabelecer um contracto, de que se pagava
de nove um. Era um género de escritura ajustada entre as partes44. Quintela – Formado de
quinta mais o sufixo –ela, da o sentido de quinta pequena.




42
   Cf. Ibidem, p. 17
43
   Cf. COELHO, Manuel Ferreira – As elevações de terreno do concelho de Penafiel. In SOUSA, António
Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1985,
Vol. I, p. 142-143
44
   Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,
Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1991, Vol. IV, p. 58




                                               - 13 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                      CAPÍTULO 4 – O surgimento da Paróquia


          Tentar chegar à data precisa de quando foi criada uma Paróquia é o objectivo
principal deste trabalho. Tarefa talvez possível para algumas Paróquias, mas, quando a
Paróquia teve origem à vários séculos, devemos convir que a tarefa se complica. Contudo,
e com alguma documentação, a que consegui aceder, fui caminhando no sentido de poder
chegar a uma data, se não exacta, o mais aproximada possível. Para esta caminhada,
percorri algumas obras de extrema importância para o esclarecimento da origem das nossas
Paróquias. Por isso, farei uma apresentação dos documentos que consultei, pondo aqui os
excertos que achei importantes, para a minha conclusão.


1. - Fonte Arcada nas fontes bibliográficas


          Fonte Arcada aparece, pela primeira vez, referida na Diplomata et Chartae num
documento datado de 1064. Este documento trata da doação duma quinta na terra de
Penafiel entre Fonte Arcada e Castromil, feita por Petrus Venegas e sua mulher Sancia ao
Mosteiro de Paço de Sousa.


                «(...) palaciolo acisterio monasterium. Ego famulo dei petro unegas una cum uxor
                mea domna sancia (...) Et damus (...) in terra penafiel una quinta inter fonte
                archada et crestimir(...)»45.


          Pelo que me parece, este é o mais antigo documento escrito que faz referencia a
Fonte Arcada, pois não aparece referido outro com data anterior em qualquer estudo a que
tive acesso, ou em alguma das referências bibliográficas, mais significativas. Obviamente
esta afirmação não deixa de estar condicionada pela expressão “pelo que me parece”, uma
vez que poderá existir algum documento mais antigo, mas ao qual eu não tenha tido
acesso.


45
   PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Diplomata et Chartae. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae
Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXVII [1867], Vol. I, pp. 275-276.




                                                 - 14 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




        Nas Inquisitiones ordenadas por D. Afonso III, em 1258, diz-se que Fonte Arcada
tinha 35 casais que, juntamente, com a Villa e a Igreja, eram coutados pela Ordem do
Templo. Este couto tinha-lhes sido dado pela Rainha D. Teresa. Fica claro nestas
inquirições que o Rei não recebia, daqui, qualquer colecta, uma vez que era tudo dos
Templários.


                « Hic incipit inquisitio Ecclesie Sancti Jacobi de Fontarcada (...), juratus et
                interrogatus cujas est ipsa Ecclesia et ipsa villa, dixit quod est Ordinis Templi (e)t
                est de cautata. Interrogatus quot casalia habentur in ipso cauto, dixit quod xxxv.
                Casalia sunt ominia ipsius Ordinis. Interrogatus unde Ordo habuit ipsa casali (...),
                dixit quod Domina Regina Tarasia dedit (...), interrogatus si debent dare collectam
                Domino Regi, dixit quod non. (...) 46.




        No Catálogo de todas as Igrejas, Comendas e Mosteiros que havia nos reinos de
Portugal e dos Algarves, feito em 1320 e 1321, a mando do Rei D. Dinis47. Fonte Arcada é
referida como sendo uma capelania da Ordem de Cristo, que tem a taxa de 13 libras e 10
soldos 48. Este catálogo foi feito para averiguar o rendimento de cada igreja, uma vez que,
D. Dinis tinha obtido do Papa João XXII o direito à décima parte das rendas para ajudar na
guerra contra os mouros49.


        D. Balthezar Limpo, Bispo de Porto, para saber a quem pertenciam e o que pagava
cada Igreja, mandou fazer o Censual da Mitra do Porto50, em 154251. Também aqui Fonte
Arcada vem mencionada. È uma Igreja do padroado da Ordem de Cristo, quer isto dizer
que era a Ordem de Cristo, como padroeiro, que apresentava o clérigo para a dita Igreja.

46
   PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Inquisitiones. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae Scintiarum
Olisiponensis, MDCCCXCVII [1897], Vol. I, Fasc. VI & V, p. 579.
47
   Cf. ALMEIDA, Fortunato de – História da Igreja em Portugal. [Nova edição preparada e dirigida por
Damião Peres] Porto – Lisboa: Livraria Civilização – Editora, 1971, Vol. IV, p. 90.
48
   Cf. Ibidem, p.95.
49
   Cf. Ibidem, p.90.
50
   Cf. SANTOS, Cândido Augusto Dias dos – Censual da Mitra do Porto: Subsídios para o estudo da
Diocese nas vésperas do Concílio de Trento, Porto: Publicações da Câmara do Porto, 1973, p.3.
51
   Cf. Ibidem, p.12.




                                                - 15 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




Contudo, esta apresentação estava sujeita à confirmação ou não do Bispo52. Aliás, na
mesma fonte bibliográfica, consta um texto que vem confirmar tudo isto, e diz ainda, que a
capelania de Fonte Arcada, era taxada em 30 libras:


                 «CRHISTUS. Item a capelania de Samtiago de Fomte Arcada taxada em trimta
                 livras he da apresemtaçam Milicie Christi.
                 E da ordem de Christus.»53


2. – O contracto do Mestre do Templo com o Bispo do Porto


        Propositadamente não mencionei, falhando a ordem cronológica, no ponto anterior
um documento do “velho códice gótico, coligido por João da guarda”54, ou seja, do
Censual do Cabido de Sé do Porto. Este “apógrapho do século XV,55” contem um
contracto onde eu me apoio para justificar o ano de 1144 como a data em que já existiria
em Fonte Arcada uma organização paroquial. Este documento, que aqui apresento, é um
contrato entre o Mestre dos Templários e o Bispo do Porto, efectuado no ano de 1144,
onde se estabelece o que deve ser dado ao Bispo, quando este visitasse pessoalmente a
«Igr.ª de S. Thiago de Fonte Arcada»56 junto a Paço de Sousa57.


        De facto, é neste documento que aparece, pela primeira vez, Fonte Arcada referida
como Igreja. Além disso diz-se no contracto que, o que se estabelece através dele, é para
dar ao Bispo quando este for visitar a Igreja pessoalmente. Não podendo afirmar, com
certeza, posso no entanto afirmar que é possível que Fonte Arcada seja já uma Paróquia em
1144.




52
    Cf. Ibidem, pp. 114-115
53
   Ibidem, p. 218
54
   Censual do Cabido da Sé do Porto, Porto: Imprensa Portuguesa, 1924, p.5.
55
   Cf. Ibidem, p. 6
56
    Ibidem, p. 647
57
    Cf. Idem




                                                  - 16 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




          Para um último esclarecimento do leitor, e antes de apresentar o documento,
  convém esclarecer que a data apresentada no documento, 1182, corresponde à era de
  César, a qual era utilizada na altura em que se elaborou o presente contracto. Temos,
  portanto, de subtrair 38 anos à data apresentada, o que dá efectivamente 1144 d.C.



       Vaij o Contr.to que fes o Bp.o D. P.o e M. M.e ( I ) e Irmaons Conv.to de Fonte Ar-
da Ordem dos templo sobre a p.cam da Igr.a de S. Thiago de cada. Procuração.
Fonte Arcada junto a Pazso de Souza que q.do o Bispo for pes-
soalmente a d.a Igr.a por cauza de vez.a se lhe dara por p.cam 3
quar. annonae pello buseo med.a do Porto e 5 Buzeos pella d.a
med.a de pam cozido e dous possaes de vinho pella medida de
G.ez hua Libra de sera: hua reste de alhos et vnam de Sepis: e
2 honças de pim.ta e meyo alq.e de mant.a 40 Ovos meyo aureo
aos servos do Bp.o por foro.
       Item se dem as carnes de hua Vaca no veram ou dous porcos
de preço de hu maravedi e meyo no tp.o do Inverno: alem disto
mais tres carnr.os no verão ou no Inverno quatro bodes e quatro
ades e em qualquer tempo 12 galinhas; feito na era de 1182 -
fol. LRIJ, verso.

( I ) Mestre.




                                            - 17 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                                     CONCLUSÃO


       Chegado a esta etapa do trabalho penso poder dizer que consegui atingir os
objectivos, embora, para algumas questões, a resposta não tenha sido a mais satisfatória.


       Ao longo do trabalho tive algumas dificuldades, primeiramente, pela inexperiência
na feitura de um trabalho como este, aliada à dificuldade em não encontrar tantas fontes
como pretendia. Algumas contradições na minha pesquisa fizeram com que o trabalho
fosse, por vezes, moroso e desanimador.


       Mas apesar de todas as dificuldades, ficou claro, para mim, que Fonte Arcada é
uma Paróquia com vários séculos e com um grande passado. Tudo isto, foi motivo para
aprender mais sobre a minha terra, e sobre a forma como se deve elaborar um trabalho de
caracter científico.




                                           - 18 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                                  BIBLIOGRAFIA

1. - Fontes

ALMEIDA, Fortunato de – História da Igreja em Portugal, [Preparada e dirigida por
Damião Peres], Porto-Lisboa: Livraria Civilização - Editora, 1971, Vol. IV

CENSUAL do Cabido da Sé do Porto, Porto: Imprensa Portuguesa, 1924

PORTVGALIAE Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Olisipone [Lisboa]: Iussu
Academiae Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXVII [1867], Vol. I

PORTVGALIAE Monumenta Historica: Inquisitiones, Olisipone [Lisboa]: Iussu
Academiae Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXXXVII [1887], Vol. I, Fasciculi IV&V

SANTOS, Cândido Augusto Dias dos – O Censual da Mitra do Porto: Subsídios para o
estudo da Diocese nas vésperas do Concílio de Trento, Porto: Publicações da Câmara
Municipal do Porto, 1973



2. - Obras de Referência

COSTA, Américo – Diccionario Chorographico de Portugal Continental e Insular, Vila
do Conde: Typographia Privativa do Diccionario Corographico, 1938, Vol. VI

COSTA, António Carvalho da (Pe.) – Corografia Portugueza e Descripçam Topografica,
Lisboa: Valentim Costa Deslandes, MDCCVI [1706], Tomo I

ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura, Lisboa: Editorial Verbo, 1969, 1973,
1975, Vol. 8, 14, 17

GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960,
Vol. XI

MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992]

PORTUGAL Antigo e Moderno – Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico,
Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico, Lisboa: Livraria Editora
Tavares Cardoso & Irmão, 1875, Vol. 3




                                         - 19 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




3. – Estudos

AGUIAR, José Monteiro de ( P.e. ) – A Terra de Penafiel, Porto: Edição do autor, 1943

AZEVEDO, Carlos Moreira (Dir.) – Dicionário da História da Igreja em Portugal, Rio de
Mouros: Círculos de Leitores, 2001, Vol. 3

CENSOS 2001: Resultados Preliminares: XIV recenseamento geral da população: VI
recenseamento geral da habitação, Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, 2001, Vol.1 –
Norte.

CEPÊDA, Augusto Abreu Lopes; SOUSA, António Gomes de, (Dir.) – Confluência,
Penafiel: Circulo Cultural Penafidelense, 1984, Nº.1

DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa:
Terramar, 2000

DIAS, Jorge – Rio de Onor, cumunitarismo agro-pastoril, Porto: Instituto de Alta Cultura,
1953

ELIADE, Mircea – Tratado de História das Religiões, Lisboa: Edições Cosmos, 1977

PINTO, José Madureira, - Estruturas Sociais e Práticas Simbólico - Ideológicas nos
Campos, Porto: Edições Afrontamento, 1985

RELATÓRIOS Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I

SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses,
Penafiel: Edição dos Autores, 1985, 1987, 1989, 1991,Vol. I, II, III, IV

VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de – Elucidário. [Edição crítica Mário Fiúza] Porto:
Livraria Civilização Editora, 1984, Vol.2




                                          - 20 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




                                                   ANEXOS


                                               Descrição                                                       Pág.

Altares da Igreja Paroquial de S. Tiago de Fonte Arcada.............................................. 22

Capela e Imagem de S. Bartolomeu............................................................................... 23

Pórtico e Altar da Capela da Casa do Outeiro............................................................... 23

Mapa do Concelho de Penafiel e Brasão da Freguesia de Fonte Arcada...................... 24

Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. Rosto.............. 25

Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. 275.................. 26

Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. 276.................. 27

Portugaliae Monumenta Historica: Inquisitiones, Vol. I, Fasc. IV&V, pág. Rosto...... 28

Portugaliae Monumenta Historica: Inquisitiones, Vol. I, Fasc. IV&V, pág. 579.......... 29

História da Igreja em Portugal, Vol. VI, pág. Rosto...................................................... 30

História da Igreja em Portugal, pág. 95......................................................................... 31

O Censual da Mitra do Porto, pág. Rosto...................................................................... 32

O Censual da Mitra do Porto, pág. 114.......................................................................... 33

O Censual da Mitra do Porto, pág. 218.......................................................................... 34

Censual do Cabido da Sé do Porto, pág. Rosto............................................................. 35

Censual do Cabido da Sé do Porto, pág. 647................................................................. 36




                                                       - 21 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




Altar do Sagrado Coração de Maria             Altar do Sagrado Coração de Jesus




                    Altar da Nossa Senhora de Fátima




                                     - 22 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




              Capela de S. Bartolomeu                                 S. Bartolomeu
                 (Reedificada em 1866)




Pórtico de Entrada da Casa do Outeiro               Altar da Capela da Casa do Outeiro
 (Louvado seja o SS. Sacramento - 1720)                 (Imaculada Conceição - 1640)




                                           - 23 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 24 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 25 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 26 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 28 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 29 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 30 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 31 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 32 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 33 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




 - 35 -
Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada




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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

  • 1. UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE TEOLOGIA S. TIAGO DE FONTE ARCADA PORTO – 2003
  • 2. UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE TEOLOGIA ORIGENS DA PARÓQUIA DE S. TIAGO DE FONTE ARCADA Luís Filipe da Rocha Coelho Ferreira Trabalho para a Cadeira de Metodologia Científica Leccionada pelo Dr. ARLINDO MAGALHÃES CUNHA PORTO – 2003
  • 3. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................ 3 CAPÍTULO 1 – A ANTIGUIDADE DE FONTE ARCADA....................................... 4 1. A festa do mastro, permanência de um culto pagão...................... 4 2. A antiguidade do topónimo Fonte Arcada.................................... 5 CAPÍTULO 2 – QUEM VENERAMOS................................................................. 7 1. S. Tiago......................................................................................... 7 2. S. Domingos.................................................................................. 8 CAPÍTULO 3 – MARCAS DO PASSADO............................................................. 9 1. O mosteiro Beneditino.................................................................. 9 2. Os Templários em Fonte Arcada................................................... 10 3. Toponímia..................................................................................... 11 CAPÍTULO 4 – O SURGIMENTO DA PARÓQUIA................................................ 14 1. Fonte Arcada nas fontes bibliográficas......................................... 14 2. O Contracto do Mestre do Templo com o Bispo do Porto............ 16 CONCLUSÃO….......................................................................................... 18 BIBLIOGRAFIA…...................................................................................... 19 1. Fontes............................................................................................ 19 2. Obras de Referência...................................................................... 19 3. Estudos.......................................................................................... 20 ANEXOS….................................................................................................. 21 -2-
  • 4. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada INTRODUÇÃO Neste trabalho académico, para a cadeira de Metodologia Científica, foi-me proposto elaborar um trabalho sobre o momento da criação de uma Paróquia. Neste âmbito, optei pela Paróquia que me viu nascer e crescer: S. Tiago de Fonte Arcada. Fonte Arcada é uma freguesia pertencente ao Concelho de Penafiel, Distrito e Diocese do Porto. Tem como Orago S. Tiago. Fica a 12 Km da sede de conselho1. Tem, segundo os resultados preliminares dos Censos de 2001, 1589 habitantes em 503 edifícios2. No primeiro capítulo procurarei falar da antiguidade de Fonte Arcada, mencionando a permanência de um culto pagão, (A Festa do Mastro) e analisando o topónimo (Fonte Arcada) que atestam bem essa antiguidade. No capítulo segundo, o qual tem o nome “Quem Veneramos” farei, essencialmente, uma apresentação do Orago S. Tiago, e do S. Domingos, ao qual se dedica a festa da terra. Em terceiro lugar, num capítulo onde, fundamentalmente, pretendo apresentar a riqueza do nosso passado, falarei do Mosteiro Beneditino, que aqui existiu, e da presença dos Templários em Fonte Arcada. Darei, também, uma explicação para a origem de alguns topónimos No quarto e último capítulo, farei a apresentação das fontes, em que me apoiei, para propor 1144, como data em que, a meu ver, é já possível existir a Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada. 1 Cf. GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960, Vol. XI, p. 580. 2 Cf. CENSOS 2001: Resultados Preliminares: XIV recenseamento geral da população: VI recenseamento geral da habitação, Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, 2001, Vol.1-Norte, p. 119. -3-
  • 5. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada CAPÍTULO 1 – A Antiguidade de Fonte Arcada Bastaria, para provar a antiguidade de Fonte Arcada, falar da região onde esta se situa. Testemunhos arqueológicos como o Castro do Monte Mozinho, por exemplo, que dista cerca de 5 Km de Fonte Arcada, atestam bem a antiguidade de toda esta região, que é sem dúvida, habitada já desde os tempos mais remotos. 1. - A festa do mastro, permanência de um culto pagão Mas reportando-nos a Fonte Arcada, temos um testemunho que nos diz muito da sua antiguidade, é ele, a festa do Mastro. Esta festa começa no dia de S. Tiago com o abate de uma árvore que depois de “limpa” é transportada pelos homens da povoação até ao alto do monte de S. Domingos. Após o descanso do percurso, que embora “regado”, não é nada fácil, enfeita-se a árvore com flores e aí é levantada, onde permanecerá até quinze dias após o fim da festa de S. Domingos. Esta festa tem raízes nos cultos pagãos, que perduram até hoje. Jorge Dias diz que: «Desconhecendo inteiramente a sua origem e sem lhe atribuir qualquer significado, o povo (...) não vê, se não, nessas práticas uma maneira de festejar e misturar facilmente as festas religiosas com restos de ritos mágicos, ou costumes pagãos»3. 3 DIAS, Jorge – Rio de Onor, Comunitarismo Agro-pastoril, Porto: Instituto de Alta Cultura, 1953, p. 337. -4-
  • 6. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Este ritual, que muitos dizem estar associado a um costume local muito antigo, de se erguer um ramo de árvore enfeitado, quando se terminavam as sachas do milho4, está de acordo com a conceituada opinião de Mircea Eliade, segundo a qual, se encontram árvores sagradas, e símbolos vegetais na história de todas as religiões, nas tradições populares e nas místicas arcaicas5. É minha opinião, e mesmo não conseguindo atingir com segurança as origens de tal culto, que este é com certeza um resquício de cultos antiquíssimos que provam a antiguidade da povoação de Fonte Arcada. 2. – A antiguidade do topónimo Fonte Arcada Embora neste capítulo o tema seja a antiguidade e não a origem dos topónimos, (para esta temática ver o ponto três do terceiro capítulo), parece-me, contudo, adequado e por uma questão de comodidade, dar já uma explicação, neste ponto, para a origem do topónimo Fonte Arcada. O topónimo Fonte Arcada deriva de uma fonte “arcada” aí existente que, como em outros exemplos no nosso país, dão nome às povoações6. Esta povoação não será certamente excepção. Manuel Ferreira Coelho, diz que estas fontes arcadas são assim chamadas por serem em abóbada. Nestas fontes a água brotava do fundo duma arca ou cisterna, que servia para consumo das populações7. 4 Esta opinião pude eu mesmo ouvir, recentemente, de vários moradores de Fonte Arcada, que se lembram desta prática ser frequente, até á poucos anos. 5 Cf. ELIADE, Mircea – Tratado de História das Religiões, Lisboa: Edições Cosmos, 1977, p. 324. 6 Cf. GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960, Vol. XI, p. 580. 7 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1987, Vol. 2, p. 44. -5-
  • 7. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Parece-me, portanto, bastante seguro afirmar que o topónimo tem origem na fonte existente no lugar de Aldeia que, como se confirma pelas fotografias apresentadas, tem as características referidas. Ponho, no entanto, a possibilidade de a origem do topónimo não ser desta fonte, mas de outra que aqui possa ter existido, uma vez que não me foi possível obter qualquer data desta fonte, (aliás, completamente abandonada pelas entidades com muita pena da população). Contudo, penso que não há dúvidas sobre a origem do topónimo Fonte Arcada. O Padre José Monteiro de Aguiar8 no seu estudo; A Terra de Penafiel, diz que o topónimo de Fonte Arcada é um nome romanizado, “fonte archatus”, o que parece indicar que a sua origem é anterior à época do despovoamento entre os Séculos VIII e IX9. O mesmo autor afirma a existência de Fonte Arcada já nos Séculos XI e XII: «À terra de Penafiel pertenciam, nos séculos XI e XII, declaradamente, os lugares de: Rio Mau e Melhundos; Figueira e Rande; Font`Arcada e Vila-Cova de Perafita; (...)»10. O que vem ajudar ao que tenho vindo a dizer neste capítulo sobre a antiguidade da povoação de Fonte Arcada. 8 Sobre a vida deste ilustre penafidelense leia-se: SOUSA, D. Gabriel de, (OSB). – Padre José Monteiro de Aguiar, Um Homem de Penafiel. In CEPÊDA, Augusto Abreu Lopes; SOUSA, António Gomes de, (Dir.) – Confluência, Penafiel: Circulo Cultural Penafidelense, 1984, Nº. 1, 89-103. 9 Cf. AGUIAR, José Monteiro de (P.e.) – A Terra de Penafiel, Porto: Edição do autor, 1943, p. 56 10 Ibidem, pp. 50-51. -6-
  • 8. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada CAPÍTULO 2 – Quem Veneramos Este capítulo chama-se, Quem Veneramos, porque essencialmente, o que aqui procurarei fazer, é dar a conhecer melhor os Santos que veneramos. S. Tiago a quem é dedicada a Igreja Paroquial (foto da capa), que conserva a orientação das igrejas românicas, que devido a várias reconstruções posteriores perdeu totalmente o estilo de origem11. E a S. Domingos, santo que dá nome à festa em Fonte Arcada e é também muito venerado pelos fonte arcadenses. 1. - S. Tiago S. Tiago – Apóstolo, que se celebra a 25 de Julho, segundo o calendário Católico12, é o Orago da Freguesia. Marca o dia em que começam as festas em Fonte Arcada, mas, como diz, José Madureira Pinto: «S. Tiago (...) limita-se a estar associado, na memória da maior parte dos paroquianos, a um lugar, com pendão e num andor, nas procissões do Domingo.»13. S. Tiago é patrono de Espanha, onde é venerado o seu túmulo desde o século IX, que segundo a tradição local está situado em Compostela. Dizem alguns escritos apócrifos que Tiago teria vindo para Espanha evangelizar a Galiza. Tiago, irmão de João Evangelista, era filho de Zebedeu. Assistiu, com Pedro e André, à 11 AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada. In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 30 12 MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992], p. 894 13 PINTO, José Madureira, - Estruturas Sociais e Práticas Simbólico - Ideológicas nos Campos, Porto: Edições Afrontamento, 1985, p. 404. -7-
  • 9. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada transfiguração do Senhor. Jesus chamava-lhe o “filho do trovão”, devido à sua impetuosidade. Morreu às mãos de Herodes Agrippa (33 - 44) passado à espada14. 2. - S. Domingos S. Domingos, que é celebrado a 8 de 15 Agosto , é que dá o nome à festa que se realiza em Fonte Arcada, apesar destas começarem precisamente no dia do Orago. Só se designa festa de S. Domingos o fim-de-semana, com noitada e arraial, pois, verdadeiramente, a festa começa no dia 25 de Julho com o abate da árvore que irá servir de mastro. Por isso se chama também aos dias que antecedem a festa de S. Domingos festa do mastro. As respectivas celebrações religiosas realizam-se na capela (foto) de S. Domingos que foi erigida no ano de 1690, vindo depois a ser restaurada, em 1962. Domingos de Gusmão nasceu em Calaruega, na Diocese de Osma, em Espanha, por volta do ano 1170. Participou no Concílio de Latrão e fundou a Ordem dos Pregadores, que vive segundo a regra de Sto. Agostinho. Instalam-se, primeiro em Paris, e a partir daí multiplicam-se as fundações, espalhando-se por toda a Europa até ao Próximo Oriente. Em 1220 realiza-se o primeiro capítulo geral que estabelece as constituições dos Irmãos Pregadores, que ficaram mais conhecidos por Dominicanos. Domingos de Gusmão morre em Bolonha, a 6 de Agosto de 122116. 14 Cf. DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa: Terramar, 2000, p. 175. 15 MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992], p. 905 16 Cf. DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa: Terramar, 2000, pp. 65-66. -8-
  • 10. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada CAPÍTULO 3 – Marcas do passado 1. - O Mosteiro Beneditino Existiu um mosteiro Beneditino em Fonte Arcada que foi incorporado no de S. Bento de Avé Maria do Porto17 no século XVI. Neste mosteiro viveu e professou “Domna Froilla Hermingues”, riquíssima senhora que fez grandes doações, em 1228, aos Templários18. Maria José Chorão data a fundação de um mosteiro Beneditino, em Fonte Arcada, entre 1085-108919. Saber onde se localizava o mosteiro, a esta distância e sem documentos que provem a verdade de tal localização, é tarefa difícil. Contudo apresento aqui fotografias, baseando-me na voz sábia do povo, dos locais mais prováveis. Tenho tendência em preferir, a Casa da Cova (foto em cima), devido à sua distância do resto da povoação e devido às terras férteis que a rodeiam, sabemos como os mosteiros eram construídos em locais isolados e, preferencialmente, com muita água. A possibilidade de ser em Cimo de Vila (foto à direita), parece-me menos provável, embora, os locais altos fossem também preferidos para a edificação dos mosteiros. Contudo, não existiria neste local, à referida data da edificação, o desejado isolamento. De referir que a fonte é, precisamente, perto destes 17 O Mosteiro de S. Bento de Avé Maria estava situado onde, actualmente, se localiza a estação de S. Bento dos caminhos-de-ferro. 18 Cf. ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura, Lisboa: Editorial Verbo, 1969, Vol. 8, p. 1200. 19 Cf. CHORÃO, Maria José Mexia Bigotte – Mosteiros. In AZEVEDO, Carlos Moreira (Dir.) – Dicionário da História da Igreja em Portugal, Rio de Mouros: Círculos de Leitores, 2001, Vol. 3, p. 274. -9-
  • 11. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada locais. Se a fonte servia as povoações como já foi dito atrás, logicamente, estas não viveriam muito longe deste local. Claro que é só uma hipótese, que mereceria muita mais investigação e estudo que eu, devido à falta de documentação, pelo menos a que tivesse acesso, não posso comprovar. 2. - Os Templários em Fonte Arcada A Ordem Militar do Templo de Salomão (Templários) foi fundada por Hugo de Payens, em Jerusalém, no ano de 1119. Recebe este nome, porque o rei de Jerusalém, Balduíno II, lhes cedeu uma parte do seu palácio, construído sobre o antigo templo de Salomão. Era objectivo desta ordem defender os peregrinos à Terra Santa dos ataques dos Sarracenos. No Concílio de Troyes (1128) recebem como distintivo o manto branco com a cruz vermelha. Devido ao grande poder económico que alcançaram, os Templários foram vítimas de lutas pelo poder. Após um período de acusações, muitas vezes infundadas, Clemente V, cedendo a pressões do rei de França, (Filipe, o Belo), acaba por suprimir a ordem, no Concílio de Vienne, (1312)20. Após a sua extinção, D. Dinis, rei de Portugal, aplicou os bens da extinta ordem à Ordem de Cristo, fundada em 131921. È por isto que Fonte Arcada è, muitas vezes, mencionada como sendo uma comenda da Ordem de Cristo depois de o ter sido da dos Templários22. O Padre José Monteiro de Aguiar sobre a presença dos Templários no concelho de Penafiel e referindo-se à comenda de Fonte Arcada diz o seguinte: «É facto histórico, incontestável, a existência nesta freguesia de um Mosteiro, Convento ou Casa da célebre Ordem Monástico – Militar do Templo, - dos Templários.»23 20 Cf. ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura.- Lisboa: Editorial Verbo, 1975,Vol.17, pp. 1264-1266. 21 Cf. Idem. 22 Cf. PORTUGAL Antigo e Moderno – Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico. – Lisboa: Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 1875, Vol. 3, p. 208. 23 AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada. In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 28 - 10 -
  • 12. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Segundo a autorizada opinião de Viterbo, a sua instalação em Fonte Arcada terá sido antes de 1126 e deve-se a uma doação, de D. Teresa, da «Villa de Font`arcada com todos os seus termos», aos Frades do Templo de Salomão. Antes de 1126, porque, não se tem conhecimento de que D. Afonso Henriques tenha feito nova doação. Isto prova que o rei reconhece que a doação de sua mãe é de uma legítima soberana, o que, como sabemos, não o faria se esta tivesse sido feita antes de 1126.24 As Inquirições de 1258 confirmam que, de facto, foi “Domina Regina Tarasia”25, (ver anexo – página 29) que fez esta doação. Provado que está a sua instalação em Fonte Arcada, pelo que atrás foi dito, valerá a pena falar do local onde estes terão residido. O Padre José Monteiro de Aguiar diz que: «O lugar da Ordem (...) ergue-se sobre os alicerces das velhas construções monásticas, utilizando os moradores até, pelo menos num caso, os restos dos alojamentos primitivos. (...) O melhor edifício do lugar é a casa da renda, ou celeiro da Ordem, cujo alicerce e soco são os primitivos, e, talvez, as duas portas arqueadas26, (...)27. A juntar a isto, podemos referir, ainda o topónimo que nos dá alguma segurança, para poder pensar que de facto eles residiram no lugar da Ordem. 3. – Toponímia Aqui apresentarei a origem de alguns topónimos de Fonte Arcada28. Como seria bastante difícil dar uma explicação para todos os topónimos, apresento, sobretudo, aqueles que refiro ao longo do trabalho, mas também outros que acho que podem ajudar a confirmar os factos históricos do passado de Fonte Arcada. 24 Cf. VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de – Elucidário. [Edição crítica por Mário Fiúza] Porto: Livraria Civilização Editora, 1984, Vol.2, pp. 584-585. 25 PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Inquisitiones. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae Scintiarum Olisiponensis, MDCCCXCVII [1897], Vol. I, Fasc. VI & V, p. 579. 26 Pela descrição, penso que a casa a que se refere o autor é uma casa que é hoje propriedade do Sr. António de Sousa Coelho. Infelizmente não tive ocasião de obter uma foto. 27 AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada. In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 30-31 28 Para esta breve apresentação do significado de alguns topónimos de Fonte Arcada, apoiar-me-ei, sempre que achar necessário nos volumes I, II, III e IV, do estudo Temas Penafidelenses, onde se publica a tentativa etimológica de Manuel Ferreira Coelho. - 11 -
  • 13. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Aldeia – vem do árabe Aldaiâ, significa: pequena povoação ou lugar pequeno29. Anho Bom – é um topónimo retirado da fauna, vem do Latim Agnu (cordeiro) mais, bom. O adjectivo dá uma expressão valorativa ao substantivo30. Arada – Terra que foi preparada para cultivo31. De notar que este lugar compreende em si, praticamente, só terra para produção agrícola, é até muitas vezes mencionado, com a quinta da Arada. Bacelo – Deriva do substantivo latino Baculo (pau), seria um local onde haveria videiras, onde se produziam pequenas videiras para plantio32. Bouças – Local vedado ou não, utilizado para pastoriar animais33. Cimo de Vila – O lugar mais alto da “vila” que delimita o seu termo34. Codessoso – Lugar onde há codessos, planta da família das leguminosas que dão um pequena flor amarela35. Cova – Do Latim, Covu que significa côncavo, fundo36. Uma clara referência à configuração do relevo que está situado num fundo, “numa cova”. Freimonte – Terá, provavelmente, origem na junção da expressão medieval, Frede, Frey (paz) mais o termo latino Mons, Montis (monte), resutaria então no bonito topónimo de Monte da Paz37. Gateira – Indica um local de passagem, uma gateira é um local estreito de passagem38. De facto, por este local passa o antigo caminho, hoje, praticamente, fora de uso, que servia a povoação de Fonte Arcada39. Marmoiral – Terá, a ver com a possível existência em tempos passados, neste local, de um memorial funerário. Lembramos, contudo que Marmoural significa “terra alagadiça”40. Ordem – Do Latim ordine, com sentido de ordem religiosa ou militar41. De facto, como já referi atrás, passaram por aqui os Templários. A hipótese que avancei para o local onde estes residiram é, precisamente, no lugar da Ordem. 29 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1985, Vol. I, p. 16 30 Cf. Ibidem, pp. 20-21 31 Cf. Ibidem, p.22 32 Cf. Ibidem, p.35 33 Cf. Ibidem, p. 41 34 Cf. Ibidem, p. 90 35 Cf. Ibidem, p. 91 36 Cf. Ibidem. P. 96 37 Cf. Ibidem, 1987, Vol. II, pp. 47-48 38 Cf. Ibidem, p. 69 39 Este caminho deixou de se usar quando foram abertos os caminhos camarários. Isto mesmo mo disse o meu Pai. 40 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1989, Vol. III, p. 97 41 Cf. Ibidem, 1991, Vol. IV, p. 15 - 12 -
  • 14. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Outeiro – Referência, assim como no lugar da Cova, à configuração do relevo. Outeiro significa alto. Do Latim Altus. Pode significar também, pequeno monte ou colina42. Já agora e a título de curiosidade a elevação do Outeiro com 228 metros de altura, só é “batida” pelo monte de S. Domingos, com 294 metros, que é a elevação mais alta de Fonte Arcada43. Preisal – Vem do termo Prasal, pelo facto de ser uma terra emprasada, provavelmente pelos Templários. Emprasar era estabelecer um contracto, de que se pagava de nove um. Era um género de escritura ajustada entre as partes44. Quintela – Formado de quinta mais o sufixo –ela, da o sentido de quinta pequena. 42 Cf. Ibidem, p. 17 43 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – As elevações de terreno do concelho de Penafiel. In SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1985, Vol. I, p. 142-143 44 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1991, Vol. IV, p. 58 - 13 -
  • 15. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada CAPÍTULO 4 – O surgimento da Paróquia Tentar chegar à data precisa de quando foi criada uma Paróquia é o objectivo principal deste trabalho. Tarefa talvez possível para algumas Paróquias, mas, quando a Paróquia teve origem à vários séculos, devemos convir que a tarefa se complica. Contudo, e com alguma documentação, a que consegui aceder, fui caminhando no sentido de poder chegar a uma data, se não exacta, o mais aproximada possível. Para esta caminhada, percorri algumas obras de extrema importância para o esclarecimento da origem das nossas Paróquias. Por isso, farei uma apresentação dos documentos que consultei, pondo aqui os excertos que achei importantes, para a minha conclusão. 1. - Fonte Arcada nas fontes bibliográficas Fonte Arcada aparece, pela primeira vez, referida na Diplomata et Chartae num documento datado de 1064. Este documento trata da doação duma quinta na terra de Penafiel entre Fonte Arcada e Castromil, feita por Petrus Venegas e sua mulher Sancia ao Mosteiro de Paço de Sousa. «(...) palaciolo acisterio monasterium. Ego famulo dei petro unegas una cum uxor mea domna sancia (...) Et damus (...) in terra penafiel una quinta inter fonte archada et crestimir(...)»45. Pelo que me parece, este é o mais antigo documento escrito que faz referencia a Fonte Arcada, pois não aparece referido outro com data anterior em qualquer estudo a que tive acesso, ou em alguma das referências bibliográficas, mais significativas. Obviamente esta afirmação não deixa de estar condicionada pela expressão “pelo que me parece”, uma vez que poderá existir algum documento mais antigo, mas ao qual eu não tenha tido acesso. 45 PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Diplomata et Chartae. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXVII [1867], Vol. I, pp. 275-276. - 14 -
  • 16. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Nas Inquisitiones ordenadas por D. Afonso III, em 1258, diz-se que Fonte Arcada tinha 35 casais que, juntamente, com a Villa e a Igreja, eram coutados pela Ordem do Templo. Este couto tinha-lhes sido dado pela Rainha D. Teresa. Fica claro nestas inquirições que o Rei não recebia, daqui, qualquer colecta, uma vez que era tudo dos Templários. « Hic incipit inquisitio Ecclesie Sancti Jacobi de Fontarcada (...), juratus et interrogatus cujas est ipsa Ecclesia et ipsa villa, dixit quod est Ordinis Templi (e)t est de cautata. Interrogatus quot casalia habentur in ipso cauto, dixit quod xxxv. Casalia sunt ominia ipsius Ordinis. Interrogatus unde Ordo habuit ipsa casali (...), dixit quod Domina Regina Tarasia dedit (...), interrogatus si debent dare collectam Domino Regi, dixit quod non. (...) 46. No Catálogo de todas as Igrejas, Comendas e Mosteiros que havia nos reinos de Portugal e dos Algarves, feito em 1320 e 1321, a mando do Rei D. Dinis47. Fonte Arcada é referida como sendo uma capelania da Ordem de Cristo, que tem a taxa de 13 libras e 10 soldos 48. Este catálogo foi feito para averiguar o rendimento de cada igreja, uma vez que, D. Dinis tinha obtido do Papa João XXII o direito à décima parte das rendas para ajudar na guerra contra os mouros49. D. Balthezar Limpo, Bispo de Porto, para saber a quem pertenciam e o que pagava cada Igreja, mandou fazer o Censual da Mitra do Porto50, em 154251. Também aqui Fonte Arcada vem mencionada. È uma Igreja do padroado da Ordem de Cristo, quer isto dizer que era a Ordem de Cristo, como padroeiro, que apresentava o clérigo para a dita Igreja. 46 PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Inquisitiones. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae Scintiarum Olisiponensis, MDCCCXCVII [1897], Vol. I, Fasc. VI & V, p. 579. 47 Cf. ALMEIDA, Fortunato de – História da Igreja em Portugal. [Nova edição preparada e dirigida por Damião Peres] Porto – Lisboa: Livraria Civilização – Editora, 1971, Vol. IV, p. 90. 48 Cf. Ibidem, p.95. 49 Cf. Ibidem, p.90. 50 Cf. SANTOS, Cândido Augusto Dias dos – Censual da Mitra do Porto: Subsídios para o estudo da Diocese nas vésperas do Concílio de Trento, Porto: Publicações da Câmara do Porto, 1973, p.3. 51 Cf. Ibidem, p.12. - 15 -
  • 17. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Contudo, esta apresentação estava sujeita à confirmação ou não do Bispo52. Aliás, na mesma fonte bibliográfica, consta um texto que vem confirmar tudo isto, e diz ainda, que a capelania de Fonte Arcada, era taxada em 30 libras: «CRHISTUS. Item a capelania de Samtiago de Fomte Arcada taxada em trimta livras he da apresemtaçam Milicie Christi. E da ordem de Christus.»53 2. – O contracto do Mestre do Templo com o Bispo do Porto Propositadamente não mencionei, falhando a ordem cronológica, no ponto anterior um documento do “velho códice gótico, coligido por João da guarda”54, ou seja, do Censual do Cabido de Sé do Porto. Este “apógrapho do século XV,55” contem um contracto onde eu me apoio para justificar o ano de 1144 como a data em que já existiria em Fonte Arcada uma organização paroquial. Este documento, que aqui apresento, é um contrato entre o Mestre dos Templários e o Bispo do Porto, efectuado no ano de 1144, onde se estabelece o que deve ser dado ao Bispo, quando este visitasse pessoalmente a «Igr.ª de S. Thiago de Fonte Arcada»56 junto a Paço de Sousa57. De facto, é neste documento que aparece, pela primeira vez, Fonte Arcada referida como Igreja. Além disso diz-se no contracto que, o que se estabelece através dele, é para dar ao Bispo quando este for visitar a Igreja pessoalmente. Não podendo afirmar, com certeza, posso no entanto afirmar que é possível que Fonte Arcada seja já uma Paróquia em 1144. 52 Cf. Ibidem, pp. 114-115 53 Ibidem, p. 218 54 Censual do Cabido da Sé do Porto, Porto: Imprensa Portuguesa, 1924, p.5. 55 Cf. Ibidem, p. 6 56 Ibidem, p. 647 57 Cf. Idem - 16 -
  • 18. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Para um último esclarecimento do leitor, e antes de apresentar o documento, convém esclarecer que a data apresentada no documento, 1182, corresponde à era de César, a qual era utilizada na altura em que se elaborou o presente contracto. Temos, portanto, de subtrair 38 anos à data apresentada, o que dá efectivamente 1144 d.C. Vaij o Contr.to que fes o Bp.o D. P.o e M. M.e ( I ) e Irmaons Conv.to de Fonte Ar- da Ordem dos templo sobre a p.cam da Igr.a de S. Thiago de cada. Procuração. Fonte Arcada junto a Pazso de Souza que q.do o Bispo for pes- soalmente a d.a Igr.a por cauza de vez.a se lhe dara por p.cam 3 quar. annonae pello buseo med.a do Porto e 5 Buzeos pella d.a med.a de pam cozido e dous possaes de vinho pella medida de G.ez hua Libra de sera: hua reste de alhos et vnam de Sepis: e 2 honças de pim.ta e meyo alq.e de mant.a 40 Ovos meyo aureo aos servos do Bp.o por foro. Item se dem as carnes de hua Vaca no veram ou dous porcos de preço de hu maravedi e meyo no tp.o do Inverno: alem disto mais tres carnr.os no verão ou no Inverno quatro bodes e quatro ades e em qualquer tempo 12 galinhas; feito na era de 1182 - fol. LRIJ, verso. ( I ) Mestre. - 17 -
  • 19. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada CONCLUSÃO Chegado a esta etapa do trabalho penso poder dizer que consegui atingir os objectivos, embora, para algumas questões, a resposta não tenha sido a mais satisfatória. Ao longo do trabalho tive algumas dificuldades, primeiramente, pela inexperiência na feitura de um trabalho como este, aliada à dificuldade em não encontrar tantas fontes como pretendia. Algumas contradições na minha pesquisa fizeram com que o trabalho fosse, por vezes, moroso e desanimador. Mas apesar de todas as dificuldades, ficou claro, para mim, que Fonte Arcada é uma Paróquia com vários séculos e com um grande passado. Tudo isto, foi motivo para aprender mais sobre a minha terra, e sobre a forma como se deve elaborar um trabalho de caracter científico. - 18 -
  • 20. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada BIBLIOGRAFIA 1. - Fontes ALMEIDA, Fortunato de – História da Igreja em Portugal, [Preparada e dirigida por Damião Peres], Porto-Lisboa: Livraria Civilização - Editora, 1971, Vol. IV CENSUAL do Cabido da Sé do Porto, Porto: Imprensa Portuguesa, 1924 PORTVGALIAE Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Olisipone [Lisboa]: Iussu Academiae Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXVII [1867], Vol. I PORTVGALIAE Monumenta Historica: Inquisitiones, Olisipone [Lisboa]: Iussu Academiae Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXXXVII [1887], Vol. I, Fasciculi IV&V SANTOS, Cândido Augusto Dias dos – O Censual da Mitra do Porto: Subsídios para o estudo da Diocese nas vésperas do Concílio de Trento, Porto: Publicações da Câmara Municipal do Porto, 1973 2. - Obras de Referência COSTA, Américo – Diccionario Chorographico de Portugal Continental e Insular, Vila do Conde: Typographia Privativa do Diccionario Corographico, 1938, Vol. VI COSTA, António Carvalho da (Pe.) – Corografia Portugueza e Descripçam Topografica, Lisboa: Valentim Costa Deslandes, MDCCVI [1706], Tomo I ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura, Lisboa: Editorial Verbo, 1969, 1973, 1975, Vol. 8, 14, 17 GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960, Vol. XI MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992] PORTUGAL Antigo e Moderno – Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico, Lisboa: Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 1875, Vol. 3 - 19 -
  • 21. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada 3. – Estudos AGUIAR, José Monteiro de ( P.e. ) – A Terra de Penafiel, Porto: Edição do autor, 1943 AZEVEDO, Carlos Moreira (Dir.) – Dicionário da História da Igreja em Portugal, Rio de Mouros: Círculos de Leitores, 2001, Vol. 3 CENSOS 2001: Resultados Preliminares: XIV recenseamento geral da população: VI recenseamento geral da habitação, Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, 2001, Vol.1 – Norte. CEPÊDA, Augusto Abreu Lopes; SOUSA, António Gomes de, (Dir.) – Confluência, Penafiel: Circulo Cultural Penafidelense, 1984, Nº.1 DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa: Terramar, 2000 DIAS, Jorge – Rio de Onor, cumunitarismo agro-pastoril, Porto: Instituto de Alta Cultura, 1953 ELIADE, Mircea – Tratado de História das Religiões, Lisboa: Edições Cosmos, 1977 PINTO, José Madureira, - Estruturas Sociais e Práticas Simbólico - Ideológicas nos Campos, Porto: Edições Afrontamento, 1985 RELATÓRIOS Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1985, 1987, 1989, 1991,Vol. I, II, III, IV VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de – Elucidário. [Edição crítica Mário Fiúza] Porto: Livraria Civilização Editora, 1984, Vol.2 - 20 -
  • 22. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada ANEXOS Descrição Pág. Altares da Igreja Paroquial de S. Tiago de Fonte Arcada.............................................. 22 Capela e Imagem de S. Bartolomeu............................................................................... 23 Pórtico e Altar da Capela da Casa do Outeiro............................................................... 23 Mapa do Concelho de Penafiel e Brasão da Freguesia de Fonte Arcada...................... 24 Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. Rosto.............. 25 Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. 275.................. 26 Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. 276.................. 27 Portugaliae Monumenta Historica: Inquisitiones, Vol. I, Fasc. IV&V, pág. Rosto...... 28 Portugaliae Monumenta Historica: Inquisitiones, Vol. I, Fasc. IV&V, pág. 579.......... 29 História da Igreja em Portugal, Vol. VI, pág. Rosto...................................................... 30 História da Igreja em Portugal, pág. 95......................................................................... 31 O Censual da Mitra do Porto, pág. Rosto...................................................................... 32 O Censual da Mitra do Porto, pág. 114.......................................................................... 33 O Censual da Mitra do Porto, pág. 218.......................................................................... 34 Censual do Cabido da Sé do Porto, pág. Rosto............................................................. 35 Censual do Cabido da Sé do Porto, pág. 647................................................................. 36 - 21 -
  • 23. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Altar do Sagrado Coração de Maria Altar do Sagrado Coração de Jesus Altar da Nossa Senhora de Fátima - 22 -
  • 24. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada Capela de S. Bartolomeu S. Bartolomeu (Reedificada em 1866) Pórtico de Entrada da Casa do Outeiro Altar da Capela da Casa do Outeiro (Louvado seja o SS. Sacramento - 1720) (Imaculada Conceição - 1640) - 23 -
  • 25. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 24 -
  • 26. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 25 -
  • 27. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 26 -
  • 28. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 27 -
  • 29. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 28 -
  • 30. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 29 -
  • 31. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 30 -
  • 32. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 31 -
  • 33. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 32 -
  • 34. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 33 -
  • 35. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 34 -
  • 36. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 35 -
  • 37. Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada - 36 -