2. Por que o poder público deve
investir na educação
O poder público tem significativa parcela de
responsabilidade na tarefa de criar condições que
venham a contribuir para a autonomia cultural e
tecnológica da nação, diminuindo assim,
eventualmente, a distância que separa o Pais das
nações mais desenvolvidas.
3. Não se pode perder de vista o fato de que a
escola tem que preparar cidadãos suficientemente
familiarizados com os mais básicos
desenvolvimentos tecnológicos, de modo a poder
participar no processo de geração e incorporação
da tecnologia de que o País precisa para sair do
estágio de subdesenvolvimento econômico e de
dependência cultural e tecnológica em que se
encontra.
4. Devemo-nos preocupar com a questão da
Informática na Educação porque o contato
regrado e orientado da criança com o
computador em situação de ensino aprendizagem
contribui positivamente para o aceleramento de
seu desenvolvimento cognitivo e intelectual, em
especial no que esse desenvolvimento diz respeito
ao raciocínio lógico e formal, à capacidade de
pensar com rigor e sistematicidade, à habilidade
de inventar ou encontrar soluções para problemas.
5. O desenvolvimento intelectual (e também o
desenvolvimento social e moral) da criança ocorre
através de uma série de interações com o meio em que
está inserida. Se o meio em que a criança vive (e
estuda) for rico e variado nas estimulações e recursos
que fornece, tanto mais rico, diversificado e acelerado
será o desenvolvimento da criança. Se esse meio lhe
fornece os estímulos, as oportunidades e os recursos
para desenvolver sua criatividade e inventividade, para
explorar e descobrir, a criança certamente
desenvolverá características intelectuais e formas de
pensar que favorecerão o pensamento criativo,
exploratório, inventivo. Se, ao lado desses estímulos, o
meio também lhe fornece oportunidades de pensar
com rigor, provavelmente testando conjeturas e idéias
inventadas ou descobertas, para ver se são
adequadas, o desenvolvimento intelectual envolverá,
além dos elementos de criatividade, elementos de rigor.
6. Considerações Finais:
A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da
informática como suporte ao professor, como um
instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o
professor possa utilizar esses recursos colocados a
sua disposição. Nesse nível, o computador é
explorado pelo professor especialista em sua
potencialidade e capacidade, tornando possível
simular, praticar ou vivenciar situações, podendo
até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a
compreensão de um conhecimento ou modelo de
conhecimento que se está construindo. (BORGES,
1999: 136).
7. A chegada das tecnologias no ambiente escolar
provoca uma mudança de paradigmas. A Informática
Educativa nos oferece uma vastidão de recursos que,
se bem aproveitados, nos dão suporte para o
desenvolvimento de diversas atividades com os alunos.
Todavia, a escola contemporânea continua muito
arraigada ao padrão jesuítico, no qual o professor fala,
o aluno escuta, o professor manda, o aluno obedece. A
chegada da era digital coloca a figura do professor
como um “mediador” de processos que são, estes sim,
capitaneados pelo próprio sujeito aprendiz. Porém, para
que isso ocorra de fato, é preciso que o professor não
tenha “medo” da possibilidade de autonomia do aluno,
pois muitos acreditam que com o computador em sala
de aula, o professor pede o seu lugar.