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COMUNICADO
 
O momento que vivemos marcado principalmente: pelo trabalho  precário  e 
desemprego  estruturante, geradores de muitas angústias  e  incertezas  na  vida 
dos trabalhadores, dos jovens e das famílias; pela situação económica e social e
as políticas neoliberais que visam o emagrecimento do estado através dos cortes 
nas  despesas  sociais, motivaram uma reflexão conjunta da JOC  –  Juventude 
Operária  Católica e da LOC/MTC  –  Liga  Operária  Católica/Movimento  de 
Trabalhadores Cristãos, a qual tornamos pública.
LOC/MTC
Movimento de Trabalhadores Cristãos
Constantemente é questionado o
estado social e diminuídos os
apoios, quando estes foram uma
solução imediata para muitos
homens e mulheres que, ao fim de
muitos anos de trabalho produtivo e
criador de riqueza se viram sem
trabalho. Para milhares de
trabalhadores e de outros cidadãos
mais pobres, são o subsídio de
desemprego ou o precário
rendimento de inserção social que
lhes permite continuar a sobreviver
nesta sociedade.
Vivendo num tempo de grande
evolução tecnológica e científica,
com algum progresso económico e
social, constatamos o acentuar
escandaloso das desigualdades, que
tem provocado um aumento da
pobreza e da exclusão social.
Sublinha-se ainda a baixa
produtividade, a corrupção e a
economia paralela como factores
que agravam ainda mais a situação.
Deste modo continuamos a assistir a
um desenvolvimento económico
sem regras nem ética, onde muita da
riqueza criada vem da especulação
financeira.
Sentimo-nos indignados porque
cresce na União Europeia da
liberdade, da democracia e da carta
social a ideia de que a imigração é
também causa dos problemas
económicos e do aumento dos
conflitos sociais, levando a um
crescente sentimento xenófobo,
quando as realidades e as
estatísticas comprovam o grande
contributo dos imigrantes no
desenvolvimento económico, no
crescimento demográfico e na
riqueza da diversidade cultural.
É inadmissível que sejam os bancos
e o poder económico a impor as
regras dos financiamentos das
dívidas públicas e privadas com as
incertezas e as especulações que
continuamos a assistir. As principais
vítimas destes usurpadores de
riqueza não produtiva e
insustentável, são os países que
enfrentam actualmente dificuldades
financeiras, com défices
orçamentais e dívida pública, mas
os mais sacrificados são os
trabalhadores e as populações mais
pobres.
Apesar das realidades, dos
fazedores de opinião pública e das
estruturas do poder nos fazerem
crer que não há outro caminho, nós
reafirmamos com convicção que é
possível e viável outro modelo de
desenvolvimento mais justo que
visa em primeiro lugar a dignidade
da pessoa e não o lucro. Provam-no
a história do movimento operário, o
contributo dos trabalhadores e a
nossa fé sustentada no projecto de
Deus para a humanidade.
Para alterar o actual modelo de
desenvolvimento e criar uma
nova ordem mundial, como
referiu o papa Bento XVI aquando
do despoletar da crise
económica, necessitamos:
• De uma União Europeia forte, que aposte no desenvolvimento
democrático, social e equitativo, como sempre foram os seus
princípios; que crie regulamentação e vigilância sobre os capitais
e as offshore; que se revejam também os altos salários e as
reformas dos cargos públicos e privados.
• De concretizar uma democracia mais participativa,
principalmente nas autarquias e nas comunidades, de forma a
serem encontradas respostas concretas e eficazes para as
dificuldades e pobreza com que nos confrontamos.
• De rever urgentemente os nossos níveis de consumo, tanto
do estado, como dos privados e principalmente das famílias.
Por isso reprovamos a medida tomada, que incentiva a
abertura dos estabelecimentos comerciais ao Domingo.
Como movimentos operários cristãos propomo-nos:
• Incentivar as comunidades cristãs a terem mais presente na sua
reflexão e acção pastoral aquilo que são as angústias e anseios
dos trabalhadores, dos jovens e desempregados a fim de
contribuírem, à luz do Evangelho e do Ensino Social da Igreja,
para uma sociedade mais humanizada.
• Apelar aos militantes dos movimentos operários cristãos para
participar nas estruturas sindicais, sociais e eclesiais, no sentido
de fazer destes, espaços de denúncia e busca de propostas de
acção que levem a uma transformação fazendo renascer a
esperança dos trabalhadores.
• Sensibilizar os trabalhadores, jovens, desempregados e
reformados a viverem efectivamente a sua cidadania em
todas as possíveis expressões que contribuam para a
dignificação da pessoa.
Lisboa, 29 de Outubro de 2010
As equipas executivas da JOC e da LOC/MTC
SECRETARIADO NACIONAL DA LOC/MTC
Av. Sidónio Pais, 20 – 4º Dto. 1050-215 LISBOA
E-mail: loc@sapo.pt
SECRETARIADO NACIONAL DA JOC
Praça da Estrela, 12 – 1º. 1200-667 LISBOA
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Crise social e trabalho precário

  • 1. COMUNICADO   O momento que vivemos marcado principalmente: pelo trabalho  precário  e  desemprego  estruturante, geradores de muitas angústias  e  incertezas  na  vida  dos trabalhadores, dos jovens e das famílias; pela situação económica e social e as políticas neoliberais que visam o emagrecimento do estado através dos cortes  nas  despesas  sociais, motivaram uma reflexão conjunta da JOC  –  Juventude  Operária  Católica e da LOC/MTC  –  Liga  Operária  Católica/Movimento  de  Trabalhadores Cristãos, a qual tornamos pública. LOC/MTC Movimento de Trabalhadores Cristãos
  • 2. Constantemente é questionado o estado social e diminuídos os apoios, quando estes foram uma solução imediata para muitos homens e mulheres que, ao fim de muitos anos de trabalho produtivo e criador de riqueza se viram sem trabalho. Para milhares de trabalhadores e de outros cidadãos mais pobres, são o subsídio de desemprego ou o precário rendimento de inserção social que lhes permite continuar a sobreviver nesta sociedade. Vivendo num tempo de grande evolução tecnológica e científica, com algum progresso económico e social, constatamos o acentuar escandaloso das desigualdades, que tem provocado um aumento da pobreza e da exclusão social. Sublinha-se ainda a baixa produtividade, a corrupção e a economia paralela como factores que agravam ainda mais a situação. Deste modo continuamos a assistir a um desenvolvimento económico sem regras nem ética, onde muita da riqueza criada vem da especulação financeira.
  • 3. Sentimo-nos indignados porque cresce na União Europeia da liberdade, da democracia e da carta social a ideia de que a imigração é também causa dos problemas económicos e do aumento dos conflitos sociais, levando a um crescente sentimento xenófobo, quando as realidades e as estatísticas comprovam o grande contributo dos imigrantes no desenvolvimento económico, no crescimento demográfico e na riqueza da diversidade cultural. É inadmissível que sejam os bancos e o poder económico a impor as regras dos financiamentos das dívidas públicas e privadas com as incertezas e as especulações que continuamos a assistir. As principais vítimas destes usurpadores de riqueza não produtiva e insustentável, são os países que enfrentam actualmente dificuldades financeiras, com défices orçamentais e dívida pública, mas os mais sacrificados são os trabalhadores e as populações mais pobres.
  • 4. Apesar das realidades, dos fazedores de opinião pública e das estruturas do poder nos fazerem crer que não há outro caminho, nós reafirmamos com convicção que é possível e viável outro modelo de desenvolvimento mais justo que visa em primeiro lugar a dignidade da pessoa e não o lucro. Provam-no a história do movimento operário, o contributo dos trabalhadores e a nossa fé sustentada no projecto de Deus para a humanidade. Para alterar o actual modelo de desenvolvimento e criar uma nova ordem mundial, como referiu o papa Bento XVI aquando do despoletar da crise económica, necessitamos:
  • 5. • De uma União Europeia forte, que aposte no desenvolvimento democrático, social e equitativo, como sempre foram os seus princípios; que crie regulamentação e vigilância sobre os capitais e as offshore; que se revejam também os altos salários e as reformas dos cargos públicos e privados. • De concretizar uma democracia mais participativa, principalmente nas autarquias e nas comunidades, de forma a serem encontradas respostas concretas e eficazes para as dificuldades e pobreza com que nos confrontamos. • De rever urgentemente os nossos níveis de consumo, tanto do estado, como dos privados e principalmente das famílias. Por isso reprovamos a medida tomada, que incentiva a abertura dos estabelecimentos comerciais ao Domingo.
  • 6. Como movimentos operários cristãos propomo-nos: • Incentivar as comunidades cristãs a terem mais presente na sua reflexão e acção pastoral aquilo que são as angústias e anseios dos trabalhadores, dos jovens e desempregados a fim de contribuírem, à luz do Evangelho e do Ensino Social da Igreja, para uma sociedade mais humanizada. • Apelar aos militantes dos movimentos operários cristãos para participar nas estruturas sindicais, sociais e eclesiais, no sentido de fazer destes, espaços de denúncia e busca de propostas de acção que levem a uma transformação fazendo renascer a esperança dos trabalhadores. • Sensibilizar os trabalhadores, jovens, desempregados e reformados a viverem efectivamente a sua cidadania em todas as possíveis expressões que contribuam para a dignificação da pessoa.
  • 7. Lisboa, 29 de Outubro de 2010 As equipas executivas da JOC e da LOC/MTC SECRETARIADO NACIONAL DA LOC/MTC Av. Sidónio Pais, 20 – 4º Dto. 1050-215 LISBOA E-mail: loc@sapo.pt SECRETARIADO NACIONAL DA JOC Praça da Estrela, 12 – 1º. 1200-667 LISBOA E-mail: nacional@jocportugal.org