O documento descreve a arte barroca na Europa, com ênfase na Itália, Espanha, Portugal, Holanda e França. A arte barroca surgiu na Itália após o Concílio de Trento e se espalhou pela Europa, adquirindo características regionais. Na Espanha destacou-se a pintura realista de Velázquez, enquanto na Holanda floresceram retratos e paisagens descritivas de mestres como Rembrandt.
1. Professora: Marta Rosa.
Disciplina: Artes.
Alunos: Claudio, Sarah, Cristiane, Willian Leal, Daniel e Maria Joana.
Ano: 2ºa.
A Arte bArrocA nA europA
O barroco surgiu na Itália após o Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, que reuniu a cúpula da
Igreja Católica e em que se decidiu pela oposição a certas inovações propostas por segmentos
reformadores da Igreja.
A Contra-Reforma, como ficou conhecida essa reação, significou um grande impulso para a arte
religiosa. Interessada em popularizar a tradição e os ensinamentos cristãos, a Igreja Católica
patrocinou artistas e artesãos, multiplicou a produção de ornamentos e imagens para a decoração dos
templos, e irradiou essa tendência estética por diferentes lugares ao redor do mundo.
O incentivo dado pela Igreja à produção artística levou artistas de toda a Europa para a Itália, criando
um intercâmbio que fez o barroco se espalhar rapidamente pelas principais capitais do continente. O
realismo das imagens de Caravaggio, a dramaticidade e o movimento de obras como as de Carracci e
Bernini logo repercutiram na arte religiosa européia.
Diego Velázquez
Cristo Crucificado, 1632
óleo sobre tela, 250 x 170 cm
Museu do Prado, Madri
Espanha - Na Espanha, o impacto causado pelo barroco italiano foi notado principalmente na pintura.
Diego Velázquez, o mais importante pintor espanhol à época, desenvolveu um trabalho marcado pelo
realismo do italiano Caravaggio, que já em 1603 tinha obras expostas em Sevilha, onde Velázquez
iniciou sua carreira.
Na escultura, no entanto, em vez do mármore usado na Itália, persistiu a opção pela talha em madeira,
de origem medieval. As esculturas policromadas e cheias de detalhes e o uso de enormes retábulos
ricamente decorados foram característicos tanto do barroco espanhol quanto do português e do
brasileiro.
Portugal - O apogeu do barroco português se deu com o reinado de D. João V, após o domínio
espanhol, de 1580 a 1640.
A influência italiana foi intensa. Na arquitetura destacaram-se o italiano Nicola Nazzoni, que
desenvolveu no norte do país um estilo tipicamente português, e o alemão Frederico Ludovice, que
após uma estadia em Roma transferiu-se para Portugal a convite dos jesuítas e projetou o Convento
de Mafra.
A expansão marítima de Portugal significou também a difusão e o desenvolvimento da arte barroca.
Nas colônias, populações nativas e escravas eram doutrinadas no cristianismo, garantindo a
conservação da Igreja Católica contra-reformista, que enfrentava dificuldades em vários pontos da
Europa. As primeiras manifestações artísticas do barroco chegaram à América com a Companhia de
Jesus, quando Portugal ainda estava sob domínio espanhol, e continuaram durante o processo de
colonização do território português, a partir da restauração da Coroa.
2. A escultura em madeira, a talha dourada e a azulejaria usadas no barroco brasileiro, são heranças do
barroco português.
O surgimento da arte denominada "barroca" ocorreu no século 17, na Itália, provocado por uma série
de mudanças econômicas, sociais e, principalmente, religiosas.
Um importante pintor barroco italiano foi Michelangelo Caravaggio (1571-1610). Em suas pinturas
podemos perceber as características marcantes do barroco, que, na Itália, foi impulsionado pela
reestruturação da Igreja Católica.
Da Itália, o barroco se difundiu pela Europa, manifestando-se de maneiras diferentes em cada país,
mas preservando suas características básicas: a teatralidade da obra, o contraste claro-escuro, o
realismo, o conflito, o forte apelo emocional, os temas míticos ou religiosos e as cenas cotidianas.
Espanha
Na Espanha, o barroco se desenvolveu principalmente na arquitetura, nos entalhes e nas decorações
requintadas das construções, fossem religiosas ou não. Na pintura, teve forte influência do barroco
italiano, com predomínio do realismo. O principal pintor barroco espanhol foi Diego Velázquez
(1599-1660).
Diego Velázquez, Velha fritando ovos, 1618, óleo s/
tela
Observe no quadro Velha fritando ovos como o pintor consegue realçar as expressões faciais e a
teatralidade da cena, ainda que se trate de um acontecimento banal do cotidiano. Neste caso, a
expressividade é alcançada por meio de um grande domínio da representação da luz e da sombra,
técnica imprescindível na pintura barroca.
Velázquez é muito conhecido por seu quadro As meninas e por pinturas retratando a realeza, pois ele
era um dos pintores da corte do rei Felipe 4º, mas nunca deixou de retratar pessoas humildes.
Holanda
Durante o século 17, a Holanda passava por um grande período de desenvolvimento econômico.
Diferente da Itália e da Espanha, que eram países católicos, o protestantismo holandês trouxe
algumas dificuldades para os artistas no que se refere à representação de cenas religiosas, mas não
as impediu. Tais dificuldades, no entanto, acabaram por gerar belíssimos retratos, paisagens e
naturezas-mortas.
Descritivo e realista, o artista holandês não se preocupava com padrões de beleza clássicos,
preferindo retratar cenas do cotidiano. Dois importantes pintores do barroco holandês (também
3. chamado barroco flamengo) foram Peter Paul Rubens (1577-1640) e Rembrandt van Rijn (1606-1669).
Rembrandt, A Sagrada
Família, 1635, óleo s/
tela
Observe no quadro A Sagrada Família a luminosidade que é dirigida para as figuras de Maria e do
Menino Jesus. Rembrandt conseguiu reproduzir em suas telas uma gradação de claridade nunca vista
até então.
França
No período barroco, o poder monárquico era extremamente centralizador na França. O Absolutismo
francês exerceu forte influência na arte, que deveria ser feita para o rei e os nobres, desprezando tudo
que lembrasse pessoas comuns, simples ou humildes. Nicolas Poussin (1594-1665), Georges La Tour
(1593-1652) e Claude le Lorrain (1605-1682) são exemplos de pintores desse período.
Diego Velázquez (1599-1660).
Michelangelo Caravaggio