Este documento fornece um resumo preliminar da situação econômica da Região Metropolitana do Vale do Aço com base em dados coletados. A região tem experimentado taxas de crescimento mais baixas nos últimos anos, em parte devido à grande dependência do setor siderúrgico e aos desafios enfrentados por esta indústria. Há um reconhecimento de que é necessário diversificar a economia para além da produção de aço, embora este setor continue sendo estratégico. O documento inclui dados sobre PIB,
2. Objetivo Geral
Propor políticas e programas que propiciem o desenvolvimento
econômico sustentável da Região Metropolitana do Vale do Aço em
sintonia com as macrodiretrizes aprovadas pela Assembleia
Metropolitana.
3. Planejamento
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.”
(Peter Drucker)
Onde
pretendemos
chegar?
Onde
estamos?
Macrodiretrizes
Diagnóstico
Cenários
Propostas
Como vamos
chegar?
Plano
Consolidado
Panorama
Visão de Futuro
Coleta de Dados
Estudos/Cenários
Políticas
Preparação
Estudos Específicos
Oficinas
Estratégias
Plano de Trabalho
Oficinas
Alinhamento Eixos
Programas
Entrevistas
Compilação
Ações
Transversalidades
Propostas
Análise
Tendências
4. Premissas para o Desenvolvimento
Para que haja desenvolvimento há que se considerar:
Competitividade
Equilíbrio Espacial
Equidade Social
Desenvolvimento
Econômico
Sustentabilidade
Fonte: Adaptação AMM
Solidariedade
5. Cenário Econômico Minas Gerais
Cenário Econômico RMVA
Histórico
Setores
âncora
Panorama
Tendências
Projetos em
andamento
PAC
Vocações
Atividades
Produtivas
Entrevistas
Oficinas
Estudos
Cenário Econômico Brasil
Siderurgia
Celulose
Inox
Metal
mecânico
Turismo
Comércio
Serviços
Energia
Telecomunicações
Madeira
Agro
pecuária
Setores Econômicos
Cenário Econômico Internacional
PIB
Inflação
Gini
IDH
Câmbio
Emprego
Renda
Crédito
Crédito
Habitacional
Commodities
Arrecadação
Receitas
Despesas
Empresas
PEA e PIA
indicadores
Diagnóstico
6. Plano Consolidado
Políticas
Atender às Macrodiretrizes:
Políticas e
estímulos para
ampliar e integrar
vocações
existentes e
reforço às cadeias
produtivas
Estímulo à
acessibilidade a
mercados e
fornecedores
como fator de
desenvolvimento
Diminuição das
desigualdades e
melhoria da
qualidade de vida
Articulação das
atividades
econômicas da
RMVA, do Colar
Metropolitano e
de regiões
vizinhas
Redução da
informalidade na
economia
regional
Promoção do
Desenvolvimento
Econômico
Sustentável
Sustentabilidade
Fortalecimento
das Atividades
Econômicas
Existentes
Geração de
Emprego e Renda
Programas
Solidariedade
Diversificação da
Economia
Promoção de
Possibilidades de
expansão e
implantação de
distritos
industriais
Equidade Social
Estímulo à
implementação
de atividades
econômicas
alternativas
Ações
Equilíbrio Espacial
Estímulo à
atratividade e
competitividade
econômica
Competitividade
Estratégias
7. Considerações Iniciais
Trata-se de Leitura Preliminar sobre os dados obtidos até o
momento
As informações sobre o plano internacional, Brasil e Minas
Gerais não estão agregadas a essa leitura preliminar
Ainda não existem conclusões. Em alguns casos, apenas
hipóteses
9. Evolução do PIB da RMVA – 2010
Processo de enriquecimento de uma determinada localidade, região ou país , assim como de
seus habitantes.
3,95%
3,58%
3,27%
3,29%
3,29%
3,39%
3,58%
3,56%
3,31%
2,90%
3,02%
10. Evolução do PIB da RMVA – 2011
PIB dos municípios 2011 – publicado em 17.12.13
2,68%
11. Evolução do PIB da RMVA – 2011
RMVA
Município
PIB Constante
2000
Participação no Total
2011
Part % 2000
Part % 2011
Crescimento
No
Tx Média
Período
Anual
Açucena
21.899,74
25.766,55
0,5%
0,5%
17,7%
1,5%
Antônio Dias
22.629,12
34.779,40
0,5%
0,6%
53,7%
4,0%
Belo Oriente
282.129,84
226.096,18
6,7%
4,2%
-19,9%
-2,0%
Bom Jesus do Galho
34.196,67
38.601,60
0,8%
0,7%
12,9%
1,1%
Braúnas
32.211,08
34.801,79
0,8%
0,6%
8,0%
0,7%
6.566,25
9.323,91
0,2%
0,2%
42,0%
3,2%
Caratinga
292.928,11
433.455,40
6,9%
8,0%
48,0%
3,6%
Coronel Fabriciano
287.682,47
390.928,03
6,8%
7,2%
35,9%
2,8%
7.646,76
9.582,52
0,2%
0,2%
25,3%
2,1%
Dionísio
16.746,53
22.578,44
0,4%
0,4%
34,8%
2,8%
Dom Cavati
13.604,82
14.527,54
0,3%
0,3%
6,8%
0,6%
Entre Folhas
9.978,05
14.037,21
0,2%
0,3%
40,7%
3,2%
Iapu
20.225,87
25.033,99
0,5%
0,5%
23,8%
2,0%
Ipaba
23.099,01
35.273,58
0,5%
0,6%
52,7%
3,9%
2.076.568,51
2.978.879,52
49,3%
54,8%
43,5%
3,3%
Jaguaraçu
11.844,74
18.148,98
0,3%
0,3%
53,2%
4,0%
Joanésia
16.940,78
21.216,75
0,4%
0,4%
25,2%
2,1%
Marliéria
8.637,81
11.226,81
0,2%
0,2%
30,0%
2,4%
Mesquita
12.196,79
13.671,62
0,3%
0,3%
12,1%
1,0%
Naque
12.983,41
16.203,99
0,3%
0,3%
24,8%
2,0%
Periquito
14.046,84
19.822,50
0,3%
0,4%
41,1%
3,2%
7.108,79
11.109,03
0,2%
0,2%
56,3%
4,1%
Santana do Paraíso
53.781,45
116.927,47
1,3%
2,2%
117,4%
7,3%
São João do Oriente
19.773,96
21.551,08
0,5%
0,4%
9,0%
0,8%
São José do Goiabal
11.905,18
16.254,87
0,3%
0,3%
36,5%
2,9%
Sobrália
14.636,19
16.629,44
0,3%
0,3%
13,6%
1,2%
Timóteo
869.235,40
838.016,50
20,6%
15,4%
-3,6%
-0,3%
13.949,67
17.397,02
0,3%
0,3%
24,7%
2,0%
Bugre
Córrego Novo
Ipatinga
Pingo-d'Água
Vargem Alegre
12. Evolução do PIB da RMVA – 2011
PIB Constante
Indicador
2000
Crescimento
No
Tx Média
Período
Anual
2011
PIB Total da RMVA
4.215.153,83
5.431.841,74
28,9%
2,3%
PIB Total do Núcleo
3.287.267,82
4.324.751,53
31,6%
2,5%
927.886,01
1.107.090,20
19,3%
1,6%
100.612.292,92
161.065.953,00
60,1%
4,4%
1.179.482.000,00
1.728.055.615,43
46,5%
3,5%
PIB Total do Colar
PIB Total Minas Gerais
PIB Total Brasil
Participação
Indicador
2000
Crescimento
No
Tx Média
Período Anual
2011
Participação RMVA no Brasil
0,36%
0,31%
-12,04%
-1,16%
Partipação RMVA em MG
4,19%
3,37%
-19,50%
-1,95%
Participação Núcleo em MG
3,27%
2,69%
-17,82%
-1,77%
Participação Colar em MG
0,92%
0,69%
-25,47%
-2,64%
Participação Núcleo na RMVA
77,99%
79,62%
2,09%
0,19%
Participação Colar na RMVA
22,01%
20,38%
-7,41%
-0,70%
13. Distribuição por Setores
Em 10 anos, a distribuição do PIB na RMVA praticamente se manteve inalterada.
Distribuição do PIB por Setores – 2000
Distribuição do PIB por Setores – 2010
Fonte: IBGE
14. Participação Administração Pública no PIB
É comum que em municípios com baixo nível de atividade econômica ou baixa
renda a administração pública exerça maior presença na geração de trabalho e
renda.
16. Comportamento e Projeção do PIB
R2 2012 = 0,9698
R2 2012 = 0,9777
PIB 2000 a 2011 a preços correntes
Projeção a preços correntes
Fontes: IBGE, Ipeadata, Secretaria da Fazenda MG, Secretaria do Tesouro Nacional,
Projeções PDDI Unileste
R2 2012 = 0,9200
R2 2012 = 0,8119
17. Participação na Economia da RMVA
2000
2006
2012
Estimativa
Fontes: IBGE, Ipeadata
Já em 2010 Ipatinga respondia por 70% do PIB da RMVA. Santana do Paraíso cresceu e a
participação de Coronel Fabriciano vem caindo. Timóteo é o município que sofre a maior
queda. Em 2000 representava um quarto da produção da RMVA e hoje representa um quinto.
Essa queda representa mais que 2 vezes o PIB de Santana do Paraíso.
19. Evolução das Exportações e Participação na RMVA
1.039,73
894,05
Valores em R$ milhões
1.012,80
Pode refletir o nível de atividade econômica e
ainda os impactos decorrentes da crise
44,4%
55,5%
45,5%
54,4%
Pode refletir também o comportamento dos
mercados internacionais de aço e inox.
816,16
50,7%
49,3%
47,5%
52,4%
677,47
35,0%
549,83
44,3%
64,9%
664,59
40,9%
59,0%
55,5%
520,88
40,9%
58,8%
7,0%
7,0%
5,8%
3,5%
3,1%
2,3%
1,7%
1,7%
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Ipatinga
Timóteo
Fontes: Secretaria do Comércio Exterior – MDIC e Ipeadata
Santana do Paraíso
21. Especialização
Predominância do setor siderúrgico na RMVA - ditada por sua própria história de
formação econômica. Desenvolvimento local induzido pela ação governamental.
Fatores: localização estratégica favorecendo o acesso a mercados, à proximidade do
fornecimento de insumos e pela intenção de distribuir as atividades produtivas pelo
estado. O próprio Estado de Minas Gerais se especializou e ainda é caracterizado pela
produção de bens intermediários.
A RMVA experimentou períodos de expansão econômica na segunda metade do
século XX e se tornou uma região rica, notadamente os municípios de Timóteo e
Ipatinga.
No entanto e recentemente, a sua atividade produtiva, extremamente concentrada
na produção de aço e aço inox, começou a enfrentar dificuldades no mercado.
22. Especialização
Não é objetivo do diagnóstico aprofundar análise setoriais. Mas é inegável: a queda
nos níveis de crescimento da região, para alguns, estagnação econômica da RMVA,
decorre do fato de que a indústria do aço foi muito afetada pela crise internacional
que se instalou a partir de 2008.
Aliado aos seguintes fatores: taxa de câmbio com o real valorizado, custos de
matérias-primas e energia, custos com a mão-de-obra especializada, defasagem
tecnológica, ineficiências de infraestrutura e logística e até mesmo cargas tributárias
diferenciadas entre os mercados, que impedem a competição em nível de igualdade
com outros países.
Agregue-se a isso o excesso de oferta de aço no mundo. A previsão é de que o
excedente de produto em nível mundial será de 580 milhões de toneladas em 2013.
Ainda assim, a perspectiva do IABr é que ocorram aumentos significativos da
capacidade de produção na China, na Índia e no Oriente Médio.
23. Atração e Diversificação
As diversas esferas da sociedade da RMVA, em nível de governo, meios empresariais
e sociedade civil concluíram: a região não pode ser dependente apenas da cadeia
produtiva do aço.
No entanto, reconhecem que o segmento continua estratégico para o crescimento
regional, inclusive para a atração de novos investimentos que venham a
complementar e encadear suas atividades.
Em qualquer processo de desenvolvimento econômico é fundamental considerar que
a intensificação das atividades existentes, pelo encadeamento das atividades
produtivas, pela diversificação ou pela atração de novas empresas dependerá do
atendimento dos fatores que influem na decisão de investimento pelo empresariado.
O que atrai o investimento?
27. Comentários sobre Inovação...
Produção Científica Brasileira
Pedidos de Patentes - 2012
Publicações Científicas - 2013
entre os países com maior
nº de publicações de
trabalhos científicos
1999
2012
29. Comentários sobre Inovação...
Índice Global de Inovação e Renda per Capita PPC
No Ranking Global de
Inovação Da Organização
Mundial da Propriedade
Intelectual - ONU
Brasil
30. Atração e Diversificação
Também existe a necessidade de estímulo a atividades de menor expressão já
presentes na região e atração de outros segmentos produtivos visando à ampliação
das fontes de geração de receitas.
Uma economia diversificada dilui os riscos decorrentes de oscilações de mercado em
um ou outro ramo de atividade, promovendo maior estabilidade e consequente
continuidade do processo de desenvolvimento.
31. Turismo
As características da região e sua infraestrutura mostram um potencial natural e cultural
que permitiriam o desenvolvimento do Ecoturismo, Turismo de Aventura, Turismo Rural,
Turismo Cultural, Turismo Religioso e Turismo Solidário. O Turismo de Negócios e
Eventos é o mais forte, mas passível de incremento.
Parque Estadual do Rio Doce, maior reserva contínua de Mata Atlântica em M. Possui o
terceiro maior complexo lacustre da América Latina. Esse conjunto de atrações compõe
o Circuito Mata Atlântica de Minas.
A RMVA é atendida por restaurantes, agências de turismo, dentre outros serviços
voltados para o turismo. Conta com rede hoteleira desenvolvida e de boa qualidade com
boa oferta de acomodações.
32. Construção Civil
A construção civil é atividade que também pode auxiliar no processo de
desenvolvimento da RMVA. O setor tem experimentado elevado nível de atividade na
economia brasileira.
melhoria de renda aliada à maior disponibilidade de crédito e programas
governamentais estimularam a demanda por moradias. Some-se o crescimento
econômico a partir de 2004 e o Programa de Aceleração do Crescimento impulsionaram
o setor.
A construção civil representa cerca de 5% do PIB nacional. É um setor intensivo em
mão-de-obra. E estimula o mercado pela maior demanda por bens e serviços. Exerce
importância na economia, tanto na formação de capital fixo, quanto na geração de
emprego e renda.
Na RMVA se caracteriza pela manutenção das plantas industriais, além da construção de
imóveis residenciais. Segundo o Sinduscon do Vale do Aço não existem dados detalhados
sobre o nível de atividade. A taxa de informalidade é elevada.
Os dados referentes ao emprego é que podem ilustrar a atuação do setor construção.
34. Agropecuária
O setor pode ser dinamizado com a consequente ampliação da geração de receitas e de
emprego, não só no núcleo da RMVA, mas principalmente nos municípios do colar
metropolitano.
A dinâmica da economia do núcleo RMVA provocaram processo migratório das cidades
do colar ao longo dos anos. Dos 24 municípios que compõem o colar, 15 tiveram
redução na sua população no período de 2000 a 2010.
O desenvolvimento da atividade agropecuária em toda a região, além de conter a
pressão sobre o núcleo metropolitano irá contribuir para a diversificação econômica
pretendida.
A RMVA, incluindo o colar metropolitano, representa um mercado consumidor de quase
um milhão de pessoas, porém ainda depende da produção agrícola importada de outras
regiões.
As atividades de produção de mel e derivados da apicultura e a silvicultura do eucalipto
na Região Metropolitana do Vale do Aço já se destacam no cenário agropecuário
mineiro.
37. Arrecadação
As receitas tributárias das cidades da RMVA tiveram crescimento médio real de 3,9% de
2000 a 2011. Os repasses do FPM também registraram crescimento médio real de 4,9%
a.a.
Somada todo o IPTU, houve crescimento real de 9%. A Ipatinga registrou crescimento
positivo no IPTU, de 20,7%. Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo registraram
decréscimo real de 13,7%, 5,8 e 3,3% respectivamente.
A arrecadação do ISS experimentou acentuado crescimento no período de 2000 a 2011.
com crescimento real médio de 9% a.a. Todos os municípios da RMVA tiveram
crescimento. O mais expressivo foi o de Santana do Paraíso que evoluiu positivamente
em média 16% ao ano em termos reais. Timóteo cresceu 10,1%, Ipatinga 8,7% e Coronel
Fabriciano 7,6%.
Já o ICMS gerado na RMVA teve crescimento mais modesto. De 2000 a 2012 foi de 0,9%
a.a. em termos reais. Ipatinga: taxa real anual de 1,8%; Timóteo, taxa negativa, com
queda anual do tributo de 3,7%. Maiores taxas: Santana do Paraíso e Coronel Fabriciano
com índices médios reais anuais de 7,6% e 7,3%.
38. Vocação Econômica
97,1% do ICMS gerado pelo núcleo da RMVA provêm de 9 atividades:
Massa de ICMS Gerado de 2000 a 2012
– a preços constantes de 2000 –
Contribuição dos Municípios
Total da
RMVA
Metalurgia básica - Ferrosos
74,7%
Produtos de Metal
9,6%
Comércio Varejista - Outros
3,0%
Produtos Químicos
2,4%
Comércio Atacadista
2,3%
Minerais não Metálicos
2,1%
Supermercados
1,2%
Serviços de Transporte
1,0%
Reciclagem
0,8%
40. 32% da área total da
RMVA é ocupada pelo
plantio de eucalipto.
Apenas 0,28% do ICMS
gerado na região é
originada dessa
atividade.
Total da
RMVA
Madeira
0,26%
Celulose e Papel e Produtos
Papel
0,02%
42. Gestão Fiscal
Com base nas informações municipais repassadas ao Tesouro Nacional pelas próprias
prefeituras, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN elaborou um
indicador que aponta a qualidade da gestão fiscal em cada município brasileiro.
IFGF
45. População e Renda Per Capita – RMVA
RENDA PER
CAPITA
POPULAÇÃO
Estimativa
populacional
elaborada
pelo IBGE
1,30% a.a.
0,87% a.a.
Fontes: IBGE e Projeções PDDI Unileste
Projeção
elaborada
pelo PDDI
2,44% a.a.
- 1,95% a.a.
46. População e Renda Per Capita – RMVA
13.772,85
12.160,88
11.764,00
9.772,27
8.818,65
8.000,37
6.946,35
5.623,47
3.863,98
2.962,35
Ipatinga
Timóteo
Fontes: IBGE e Projeções PDDI Unileste
Minas
Gerais
Brasil
Renda per Capita a Preços Constantes
2000
2010
3.550,98
2.952,07
Santana do
Paraíso
Coronel
Fabriciano
47. Trabalho e Renda
Nos últimos dois anos, quase 7.000 postos de trabalho foram fechados na indústria de
transformação.
No mesmo período, a construção civil fechou 2.700 postos de trabalho, mas trata-se de
uma atividade com uma dinâmica diversa da indústria, muito mais volátil, além do fato
de que há algumas distorções quanto aos ramos econômicos que efetivamente
participam desse segmento.
O comércio fechou 380 postos de trabalho. Já a prestação de serviços criou 2.700 novos
postos. Nos últimos seis meses deste ano, as estatísticas de emprego vêm demonstrando
redução do emprego formal da RMVA.
De 2006 a 2011 houve crescimento de 33% no total de pessoas ocupadas e 32,2% no
total de assalariados. A média de pessoas assalariadas por empresa se manteve estável
com cada empresa empregando 8 pessoas.
48. Trabalho e Renda
Em Ipatinga, o índice de ocupação da PEA foi de 70,1%. Em Timóteo, foi de 53,3%, em Coronel Fabriciano
a população ocupada era de 37,2% e em Paraíso de 34,1%.
O percentual de pessoas ocupadas nas duas últimas pode confirmá-las como cidades-dormitório com
parcela da sua população empregada em Ipatinga e Timóteo, além do seu baixo índice de atividade
econômica também podem sugerir um grau de informalidade econômica mais elevado.
49. Trabalho e Renda
Considerando a massa salarial computada pelo Cadastro Geral de Empresas – CAGED, em
2011 a remuneração média ponderada foi de 2,82 salários mínimos na RMVA.
A remuneração média de Ipatinga caiu de 3,2 para 2,9 salários e, de forma mais
expressiva, em Timóteo – que chegou a ter um pico em 2007 de 4,2 salários – cuja
remuneração média passou de 3,9 para 3,0 salários mínimos.
A queda na remuneração média só não foi maior, pois em Coronel Fabriciano houve
crescimento de 2,2 para 2,68, porém insuficiente para reverter a queda da região. Em
Santana do Paraíso a remuneração média se manteve inalterada em dois salários
mínimos no período estudado.
50. Concentração de Renda e Consumo
Apesar do comportamento da renda do pessoal ocupado, a RMVA mantém um bom
poder de consumo.
Ainda que sua participação no PIB estadual seja de 3%, a região é responsável por quase
6% do potencial de consumo do Estado. É o quinto maior potencial de consumo de Minas
Gerais, ficando atrás apenas de Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e Uberlândia.
A Concentração de renda na RMVA, medida pelo índice de Gini é muito semelhante à de
Minas Gerais, de 0,476.
52. Investimentos
O investimento, tanto público quanto privado, é um dos principais instrumentos para
viabilizar o aumento da capacidade produtiva e elemento chave para o desenvolvimento
econômico.
Como ação de governo para promover e estimular o investimento, foi criado o Programa
de Aceleração do Crescimento – PAC.
Visa ampliar e melhorar o acesso a bens e serviços à população tanto nas grandes
cidades, como fora dos centros urbanos.
Criar condições para que o investimento privado seja viabilizado, principalmente por
meio de inversões nas áreas de infraestrutura, logística, energia, social e urbana.
O programa busca fortalecer a economia, gerar empregos, elevar a competitividade do
Brasil e promover maior qualidade de vida aos cidadãos.
54. Investimentos
Os investimentos para a duplicação da BR-381 não foram ainda dimensionados, mas estima-se que o
investimento total será de R$ 4 bilhões. O investimento irá contribuir para dinamizar a economia
local, com demandas por bens e serviços e pela geração de emprego e renda.
Está em curso a ampliação do Shopping situado em Ipatinga com um montante de investimento da
ordem de R$ 200 milhões.
Ainda no comércio, dois hipermercados da rede Coelho Diniz e uma unidade das Lojas Americanas
começaram a operar em Coronel Fabriciano e em Ipatinga no final de 2013.
A pavimentação da MG-760 deverá receber um aporte de recursos da ordem de R$ 134 milhões.
O setor imobiliário está tendo novo fôlego com a implantação de novos empreendimentos na região.
Assinatura do acordo entre o APL Vale do Aço e o NCE NODE, cluster norueguês do setor naval e
entre o SENAI Ipatinga e o Nortran (centro de treinamento norueguês): novo período de
investimentos no setor industrial da RMVA. Permitirá a troca de experiências e tecnologia entre 230
indústrias da região com mais de 50 empresas norueguesas. Visa gerar novos negócios e mercados
na cadeia produtiva da Petrobrás.
55. Investimentos
Segundo a mais recente edição do estudo elaborado pelo SEBRAE-MG “Perspectiva de
Investimento em Minas Gerais”, do quarto trimestre de 2012, os investimentos a serem
realizados nos próximos 24 meses em Minas Gerais devem superar R$ 57,4 bilhões.
58. Infraestrutura
A RMVA conta atualmente com 140.451 domicílios dos quais apenas 1,35% são rurais.
Tem boa infraestrutura de fornecimento de energia elétrica, telefonia fixa e telefonia
celular.
É servida por mais de 50 agências bancárias, várias agências dos correios e por serviços
de internet discada e banda larga.
O serviço telefônico móvel é oferecido pelas quatro principais operadoras nacionais.
A região conta com o Aeroporto da Usiminas (associado à IATA), um dos maiores do
estado
60. Infraestrutura
A Região possui estações ferroviárias: em Timóteo a de Mário Carvalho e em Ipatinga a
Intendente Câmara, localizada à beira da BR-381.
A estação de Intendente Câmara é uma das maiores da Estrada de Ferro Vitória a Minas.
Essas estações são importantes para a economia regional, pois são alternativas para o
escoamento da produção e recebimento de matéria-prima.
A ferrovia é também alternativa de transporte coletivo regular para várias cidades da
Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte, leste mineiro e Espírito Santo.
A RMVA é atendida pela BR 381 e possui acesso às BR-458, que a conecta à BR 116, e às
MG-425 e MG-133, e ainda a rodovias de importância estadual e nacional por meio de
estradas vicinais pavimentadas.
A frota de veículos da região é de 213.127 unidades. Além disso, A Região Metropolitana
conta com boas estações rodoviárias e é atendida com saídas diárias regulares para as
principais cidades de Minas Gerais e localidades fora do estado.
61. Infraestrutura
A existência e eficácia de vários dos elementos até aqui apresentados da infraestrutura
são consideradas como condição de fundamental importância para o desenvolvimento
econômico.
A logística tem sido um gargalo, principalmente no que diz respeito ao transporte. É
facilitadora do fornecimento rápido e acesso a mercados, mas principalmente como fator
diferenciador pela ótica da redução de custos e da competitividade.
381 – Além de atender aos municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço, mais de
50 municípios mineiros são dependentes dessa rodovia, representando cerca de 6
milhões de pessoas. Há que se mencionar ainda que a rodovia é um dos principais elos
entre o Sudeste e o Sul com o Nordeste do país.
A Região Metropolitana conta com distritos industriais em cada um de seus municípios,
mas com a maior parte deles já ocupados pelas empresas. É de se mencionar também
que a expansão pela via da implantação de novas plantas industriais requer espaço,
recurso escasso na RMVA.