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Acorda simpático! O Jornal da Atlética
está de volta para encher a comunidade
F.C.A.V. de consciência crítica.
Boa informação em tempos de luta, em
tempos de eleição, tempos de InterUnesp. A
Sinapse é secular e por hora vive pensando.
Verdade é voz que vem de dentro e para
os menos interessados lhe sobra o cale-se.
Leia e sinta-se a vontade pra julgar o teu réu.
Pois o jornal cobra tua crítica, busca também
sobreviver no coração dos estudantes à
esperançosa luta estudantil.
Buscamos transmitir o lado B da
política agrícola do festival, da guerra
americana, usando as palavras de alunos e
estudiosos brasileiros.
O Jornal vem complementar a voz dos
servidores, que durante um mês foram
esquecidos por alunos e professores.
Lembrando que daqui a pouco estão chegando
as Eleições.
Na mesma órbita movem-se
tradicionalistas e iconoclastas; mostram-se
fiéis preservadores do legado colonial, já dizia
Sergio Buarque de Holanda. Por um momento
nas páginas de nossa cercania circula na veia a
nossa resistência cultural. Boa leitura.
Oliver Blanco
Coordenação Geral: Oliver Blanco
Revisores: Diretoria da Atlética
Apoio: Vice-diretor Áureo, ao Cláudio pela impressão e
toda Diretoria da Atlética.
Tiragem da edição: 400 exemplares.
Email: atlética_fcav@yahoo.com.br
03 Diário da Atlética - Diretoria
04 Balanço da Tesouraria da A.A.A. – Pyoio
INTERUNESP – 2006 por Tongó
06 ATLÉTICA MODELO por Oliver
Jogos de Jabuka no InterUnesp 2006
07 Mau-Mau e Xinela por Thomas
08 SEGUNDO TEMPO – Ministério dos Esportes
09 Nossas Poesia: Spleen do Mundo
"Só de Sacanagem” e O Grande Homem
10 SOCIAL REPUBLICA ESTUDANTIL:
A (des)valorização da Extensão Universitária
O “Governo da Educação” Copiar Livro é Direito
Copia de Livro e Pirataria – Tudo Direito, por
Marilene Felinto
12 Servidores: Estamos em Greve!!
Paralisação na F. C. A, V. é Agora!
Deputado empaca a LDO - 2007
13 Políticas Agrícolas:
Brasil: Agricultura Camponesa e Reforma Agrária
Dependência ou Crise? por Carta Capital
Agricultura Familiar MERCOSUL
15 O Festival da Atlética:
Deus lhe pague. Por Ogiva Festival por Oliver
Parceria Sistema CFA/CRAs e SEBRAE
16 Notícias da Sinapse
Câmara Municipal de Jaboticabal
100 anos de Dumont Unesp Adota
DESAVISO Empreendedorismo
17 Curiosidades Necessárias:
Afinação Cerebral por Epaminondas
www. Dicas de Sítios
18 Até Quando? Por Eduardo Galeano
19 Este desejo de sangue!
Semana Zumbi Aguá ou Coca-Cola?
20 ELEIÇÕES 2006
21 BANGUE! BANGUE!
Capa: O Iluminado
Diário da Atlética
Diário... Aquele caderninho onde escrevemos tudo o que aconteceu no nosso dia, nossas emoções, conquistas,
fracassos e desabafos. Quem de vocês leitores nunca teve ou ao menos tentou ter um durante toda sua vida? Pois
nós temos e vamos abri-lo para você nesta edição da Sinapse, pois ninguém mais do que você merece saber um
pouquinho de tudo que andou rolando nesse ano na Atlética. Então aqui vai:
Nossa jornada começa ainda em 2005, quando decidimos batalhar por mais um ano de gestão. Na seqüência
do Interunesp, já vinham às eleições a galope. Vamos encarar? Claro que vamos! As eleições parecem uma
verdadeira guerra, muita tensão, correria e preparação. Disputando de forma limpa e com muita energia conseguimos
nossa primeira conquista. Temos que confessar que não poupamos forças para comemorar nossa vitória e começar o
mais rápido possível a arregaçar as mangas.
Nosso primeiro desafio foi a Semana Zero, assumimos a parceria com o Diretório Acadêmico para realizar todas as
atividades de recepção aos calouros (pedágio ecológico, arrecadação de alimentos pela cidade, almoço com os bixos
na praça da catedral, plantio de árvore...), além do BISHOW, nossa tradicional gincana com a bixarada. Aliás, aonde
estavam os veteranos no BISHOW?!?!? Sumiram com exceção de poucos guerreiros que foram “torcer” pelos bixos e
ainda tiveram a chance de ganhar um belo cabo-de-guerra (bixos burros caíram na lama, haha!).
Ainda teve a CALCU, a competição foi como já conhecemos, mas este ano com uma participação incrível dos
bixos (É difícil falar isso: Parabéns bixarada, vocês mandaram bem, mas perderam!) e ainda teve a balada... Que
festa! Com a entrada do público pudemos ajudar o orfanato Lar do Caminho e o lucro comprou a nova bateria da
Atlética. (Você já viu, melhor ainda, já tocou? Aparece na salinha e participa dos ensaios!)
Na seqüência de festas veio o CARNATLÉTICA nosso tradicional carnaval fora de época. Que trampo fazer toda
aquela decoração, além da interminável negociação com a tão premiada Escola de samba de nossa comunidade.
Pena que teve gente que achou que a festa era o que se via da porta, não sabiam de atrás da lona preta é que estava
o grande lance.
Descansado um pouco das festas e voltando para nosso maior compromisso, a responsabilidade social, fizemos
um esforço sobre humano e quase no desiludimos, mas conseguimos realizar o VI SÁBADO ATITUDE com quase
200 crianças da rede pública, creches e orfanatos de nossa cidade. Puxa vida, um sábado desses compensa todas as
reclamações, criticas intermináveis reuniões, mendigagem por patrocínios, etc, etc, etc. Cada sorriso, cada abraço,
toda a energia do SÁBADO ATITUDE faz tudo valer a pena, até aquela faltas que nos enforcaram para o resto do
semestre letivo!
Outras grandes conquistas emergiram com nosso trabalho e mais gratificação tomou conta do grupo: Com a
realização do CARNATLÉTICA, conseguimos parte dos fundos necessários para a reforma da quadra de tênis. Pois é,
pelo que nos parece isso virou nossa responsabilidade e não mais do campus... Mas tudo bem, a festa foi um sucesso
e estreitaram nossos laços com outros grupos, como os estudantes das outras faculdades de Jaboticabal. Já passou
da hora de nos unirmos, não é?
Outra grande realização foi à moção e aprovação da Lei que declara nossa Associação como um órgão de Serviço
de Utilidade Pública, em reconhecimento de todo o trabalho realizado por uma entidade tão nova.
Participamos também dos jogos COPAVET, que bagunça o pessoal da veterinária consegue fazer! E o
ECONOMÍADAS CAIPIRA, no qual nosso campus conquistou colocações bastante louváveis, ainda mais sendo a
menor delegação de toda a competição.
Não satisfeitos ainda entramos em mais uma parceria com o DA e realizamos o XVIII FESTIVAL DE MPB de
Jaboticabal. Foi um festival fenomenal, cheio de arte, música, expressão, mas com tão poucas pessoas para apreciar
este show, na mais pura essência da palavra. Será que as pessoas não gostam da arte, da cultura? Será mesmo, que
o futuro da música se resume ao “batidão”? Seria melhor acreditar em uma outra desculpa qualquer, mas parece-nos
que o diferente assusta, e conhecer o novo é muito distante para algumas pessoas. Será? Por favor, diga que não...
Bem, se a boa música brasileira não chama o grande público, o bom e velho futebol chama. Mais uma vez as
noites do ginásio foram praticamente todas dominadas pelo INTEREP’S. Lá se vê de tudo, pernas de pau, revelações,
torcedoras enlouquecidas (ou podemos dizer namoradas apaixonadas?), brigas (saudáveis, apesar no número
recorde de contusões!!!), comemorações originais, gols, frangos e diversão. Sem dúvida o Intereps está na nossa lista
de favoritos, mesmo com alguns tropeços adoramos ser mesários e bandeirinha (hehe!) e mais que tudo, comemorar
com os campeões!
Nossa, foi um semestre puxado. Muitas brigas, abraços, raiva, carinho, pressa, cansaço e cobranças encheram a
nossa salinha, a mesma salinha que foi palco de tantas decisões, discussões e votações, fora as noites de confusão
(“Vim fazer minha inscrição!” “Quero fazer minha carteirinha!” “Cadê minha carteirinha?” “Tem bola?” “Que dia é o
treino?”...). Mas valeu e tem muito mais pela frente.
Agosto começou com tudo e no segundo dia de aula já rolou o FORRONEJO, outra tradicional festa de nossa
Atlética com o melhor do sertanejão aliado ao forró pé de serra. Agora nosso maior foco é o INTERUNESP, que já vou
adiantando, vai ser o melhor Interunesp que já houve. Além dos jogos estarem cada vez mais organizados e o nível
esportivo mais alto, as baladas não deixam a desejar, pelo contrário, é difícil de acreditar que tudo aquilo vai rolar num
só feriado! (Leia mais no artigo do Interunesp)
Depois, ainda vem mais... Aguarde-nos! Diretoria
Gestão Criatividade
TEXTO DA TESOURARIA A.A.A.”M.P.”
Gestão-2006 Criatividade
É galera a gestão criatividade está acabando, mas parece
que está só começando, isso é porque o trabalho foi feito com
muita vontade e competência e é por isso que só acaba na data de
entrega da gestão.
Eu como tesoureiro me sinto na obrigação de passar as
contas da gestão e de agradecer a todos que compareceram em
qualquer evento da associação, sendo esportivos e ou festivos.
Alem do agradecimento a todos gostaria de ressaltar o apoio de
nossos associados essencial para se acreditar no trabalho. Mas
como nem tudo cheira flores me sinto no direito de chamar a
atenção da comunidade, pois fizemos a festa do Forrónejo nos
moldes que as 24 repúblicas que estavam apoiando queriam e
muitas destas nem sequer compareceram, estes fatos é que não se
entende e até desanimam um pouco, mas o grupo é forte e com
apoio mútuo nós superamos as dificuldades..
Agradeço e espero que a cooperação continue.
POSSE: KIT BIXO:
Entrada $ 702,00 Custo $ 1.207,55
Saídas $ 692,00 Entrada $ 2.143,60
Lucro $ 10,00 Lucro $ 936,08
CALCU: BATERIA NOVA:
Custos $ 1399,00 – balada Bateria $ 1.500,00
$ 2665,00 - bar
Entrada $ 3528,95 - balada
$ 218,00 - renovação
$ 1455,00 - bar
Lucro: $ 1136,95
CARNATLÉTICA: SÁBADO ATITUDE:
Custos $ 1.920,00 – balada Gastos: $ 306,00
$ 2.561,00 - bar
Entradas $ 3841,00
Preju: $ 640,00 (sobra de 155 fardos de skol)
INTER-REPS: - Futsal INSCRIÇÃO NO INTERUNESP:
Custos $ 400,00 – juiz Inscrição: $ 1.000,00
$ 352,00 - premiação
$ 70,00 - bola
Entradas $ 652,00 - renovação
$ 1.009,00 - inscrição
Lucro: $ 839,00
UNESP FOLIA: FORRÓNEJO:
Custos $ 1.190,50 Custos $ 2.150,50
Entrada $ 2.613,75 Entradas $ 4.825,00
Lucro: $ 1.415,25 Lucro $ 2.675,00
FESTIVAL DE MPB:
Gastos: $ 10.489,00 A.A.A.
$ 5.422,00 DA
$ 4.000,00 Premiação
$ 2.600,00 Som
Entradas: $ 4.500,00 - Bilheteria
$ 1.500,00 - Funep
$ 1.800,00 - Reitoria
Preju: $ 14.711,00 (7.355,50 p/ cada entidade)
REUNIÕES C.O. INTER UNESP: $ 432,20(gás. + pedágios)
GASTOS MIÚDOS: $ 305,00(Papelaria, burocracias)
TAXAS E JUROS BANCÁRIOS: $ 680,00
CRÉDITO COM D.A.:
$ 1.301,00 (empréstimo, festival, kit bixo)
OBRIGADO DE CORAÇÃO A TODOS OS
IRMÃOS DA CRIATIVIDADE
Juliano Kump Mathion PYOIO
(Tesoureiro da A.A.A.”M.P”)
INTERUNESP – 2006
O espírito JABUTILÔCO já ronda sobre as cabeças da
comunidade FCAV! Até quem ainda nunca presenciou o evento
já sente este movimento no ar, e se a pessoa se deixar levar, com
certeza nunca mais vai se desvencilhar. Esta força une “gregos e
troianos” dentro da nossa faculdade com o mesmo propósito, que
ninguém sabe explicar direito, mas é sempre presente, seja no
esquenta antes de entrar ou dentro do busão (saibam aproveitar
sem queimar a largada!), na chegada eufórica e acomodação no
alojamento, ou na integração intensiva com estudantes dos outros
campi também presentes no aloja, seja na torcida batucando e
perdendo a voz nas arquibancadas da vida, na tenda, nas mega-
baladas que com certeza deixa muita gente abismada, pois está
entre as maiores do Brasil, ou então na raça que surge quando
jogando uma disputa a favor dos jabutilocos, ninguém explica...
mas pode ter certeza que se você presenciar vai ter muita história
engraçada para contar.
O Interunesp é o maior e o melhor dentre os jogos
universitários do estado de São Paulo, talvez até do Brasil.
Promove a competição esportiva e confraternização entre as
unidades da UNESP. Este ano será a 5ª edição que Jaboticabal
participará, na primeira em 2002 (Araraquara) desempenhamos
muito bem nas disputas esportivas, e na balada também como
sempre, levamos dois ônibus e uma das delegações mais
animadas da edição que marcou a entrada de Jabuca com tudo
nos jogos. Em 2003 (Guaratinguetá) a delegação duplicou em
número de pessoas, mas sem nunca deixar a união de lado, a
bateria teve sua efetiva participação durante as disputas e
conseguimos o primeiro título dos alternativos. No ano de 2004
Jaboticabal presidiu a comissão organizadora e sediou os jogos,
foi a edição de maior expressão de público até então, chegando
perto dos 7000 participantes, foi o primeira vez que foi
implantada a famosa tenda e também um mascote (jabutilôco),
por fim, conseguimos o bi-alternativos. A última participação em
Ilha Solteira não foi nada boa, no que diz respeito à participação
da torcida e ao desempenho nos jogos, se este ano Jaboticabal
tiver os mesmos resultados que 2005, muito provavelmente
estaremos na 2ª divisão o ano que vem.
Este ano o evento voltará a ser realizado em Araraquara
durante o feriado da pátria nos dias 7, 8, 9 e 10 de setembro, a
saída oficial da delegação jabutilôco vai ser no fim da noite do
dia 6 (a hora vai depender, pois a C.O. está negociando uma pré-
festa com Mundo livre S.A.), e com chegada prevista para as
23h. do dia 10.
É a primeira vez que o Interunesp terá 20 campi
participantes, e também será a primeira vez que irá ter 2ª divisão
(1ª divisão: Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu,
Franca, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília,
Presidente Prudente, Rio claro, S. J. Rio Preto, Rosana e São
Vicente; 2ª divisão: Dracena, Itapeva, São Paulo, Sorocaba e
Tupã). A segunda divisão a partir deste ano rondará as cabeças
de vários campi, ela ocorrerá simultaneamente com a primeira
divisão. Ao fim da competição quatro campi serão rebaixados e
apenas um subirá para a 1ª, sendo que esta no ano que vem
possuirá 12 campi em competição e a segunda oito. Este
rebaixamento acarreta, além da perda de moral e o esculacho que
iremos sofrer com a zuação das outras unidades, também trás
como conseqüência a perda do repasse (verba arrecadada nos
jogos pela C.O. que é redistribuída entre as atléticas realizadoras
do evento, com finalidade de mantença e crescimento das
mesmas pois estas são responsáveis diretas pelo fomento e
prática esportiva dentro de cada unidade da UNESP). Portanto
participem! Há lugar na bateria, nas modalidades esportivas ou
mesmo na torcida; ainda temos o bandeirão e o mascote
jabutilôco, preparem-se.
A tenda e as baladas acontecerão no recinto da Facira ao
lado do Gigantão (G1), na tenda rola música de boite o dia
inteiro e as baladas terão as seguintes atrações: 1º dia – Funk
como lê gusta (funk, samba, soul) e Bartucada (samba e axé) no
palco1, Reggaço (reggae) no palco 2, e DJ Sam Miura
(psy/walter republic) na pista eletrônica. 2º dia – Jorge Ben Jor e
Trio Virgulino (forró) no palco1, URV (O Rappa cover) no palco
2, E na pista eletrônica DJ Akasha (psy/alchemy records) e DJ’s
Gustavinho e Alemão (house/dance/boite-Botucatu). Para fechar
com chave de ouro o 3ºdia terá como tema festa a fantasia com a
banda Farufyno (samba-rock) abrindo, depois entra Matraka
Loka (axé – lembra? Fechou as baladas no ano passado) no palco
1, e cascabum no 2º palco, para finalizar DJ Skulptor na pista
eletrônica com o melhor do psy-tance. Todas estas festas serão
open bar com direito a: cerveja Bohemia e Original, refrigerante
(Ambev), água, vodka Orloff, vinho e Jurupinga.
Portanto segurem a onda que a pancada é certa. E para
quem não agüenta... Vê se vocês conseguem pelo menos dar
conta de não dormir e perder tudo isso. Pelo amor, hein? Mesmo
que for para dar um gorfo e assim melhorar, não desista erga a
cabeça encha o peito, por que além de você aproveitar a balada
até o fim, você vai ter que jogar amanhã de manhã.
Para quem não ta acostumado, são quatro dias de
batidão forte, disputas esportivas, muita música, integração e
diversão. Por favor, MANTENHAM A CALMA E A
CONSCIÊNCIA e aproveitem ao máximo. Contamos com a
presença de vocês, esperamos para este ano que tudo flua muito
bem, e que o INTERUNESP se consolide mais uma vez como
um grandioso evento de sucesso e com um novo recorde de
público. Até lá!
Oba!!!!
Venda de pacotes
Já ocorre desde o início das aulas e acontece no Iglu (ao
lado da cantina central), este ano será o local oficial para se obter
informações e adquirir o seu passaporte Jabutilôco para o
INTERUNESP. O atendimento se dá durante os intervalos das
aulas nos três períodos (manhã, tarde e noite).
• O preço dos pacotes varia em três situações:
1. Pacote JABUTILÔCO (Completo): o mais popular
está contido neste: O Busão, garantindo a ida, a volta e o
transporte da galera dentro de Araraquara; O Alojamento,
comportará todos quanto às necessidades básicas (sono, banho,
alimentação matinal); O Café da manhã, normalmente é o que
segura o pessoal durante o dia, depois da balada e no pré-jogos;
A Bata e Caneca que são indispensáveis para um legítimo
Jabutilôco e por fim o ingresso das três mega-baladas.
2. Pacote REBELDE: este é especial para as pessoas
que conseguem ou preferem ir de carro e pagar para se alojar.
Contém a Bata a Caneca e o Convite das Baladas.
3. Pacote ATLÈTA: pela primeira vez a Atlética está
conseguindo subsidiar seus atletas, um feito único, portanto se
você gosta de praticar esportes ou se identifica com alguma
modalidade aproveite a oportunidade de poder vestir a camisa da
FCAV e defender nosso campus, ajudando Jaboticabal melhorar
o desempenho nos jogos (e também a fugir da 2ª divisão). E sabe
o melhor! Usufruindo das mesmas regalias do pacote completo
(transporte, café, alojamento, bata, caneca e baladas) pagando
menos por isso.
OBS: O pacote Atleta só poderá ser adquirido frente a um acordo
firmado entre a atlética e o atleta, este que assinará um termo de
compromisso se propondo a participar dos treinos e jogar (no dia
da competição) em boas condições físicas e psicológicas a(s)
modalidade(s) escolhida(s) pelo mesmo.
As formas de pagamento são variadas, portanto visitem
o Iglu e se informem, porque quanto mais você espera, menores
são as opções de pagamento.
ATLÉTAS INTERESSADOS EM
JOGAR NO INTERUNESP 2006
Os horários dos treinos estão fixados nos murais da facú
ou no Iglu estão sendo supervisionados pelos
professores/treinadores do setor de esportes, procurem, fiquem
atentos, e assinem a lista de atletas, para garantir o seu lugar,
essa lista será enviada à comissão organizadora dos jogos (C.O.)
para confecção de identificação individual.
As modalidades que vocês podem participar são:
Basquete (M/F), Vôlei de quadra e areia (M/F), Hand (M/F),
Futsal (M/F), Fut. Campo (Masc.), Atletismo, Tênis de campo e
de mesa (M/F), Xadrez, Truco, Natação (M/F), Judô
(Equipe/Absoluto), Alternativos.
OBS: NÃO ESQUEÇA EM HIPOTESE ALGUMA
SEU DOCUMENTO (R.G.), POIS SEM ELE VOCÊ
TEÓRICAMENTE NÃO É UM UNESPIANO SEGUNDO A
LIGA INTERUNESP, E ISSO OS DEIXAM FORA DOS
JOGOS. Boa sorte para nós!!!
Victor de Abreu Zamproni (tongó/zoo02)
Dir. Ext. de Esportes da A.A.A.”MP”
As Baladas vai ser
o Bicho! Hááááá!
Araraquara é um
Tesão! Só tem
gostosa viado e
sapatão!!
Jabutiloko!!!
ATLÉTICA MODELO
SÁBADO ATITUDE – Amizade . Esperança .
Cidadania - Escolinha de Futebol da Atlética
Podemos mostrar para toda comunidade FCAV,
para todas as Associações Atléticas da Unesp como
também para outras existentes no Estado, que somos uma
Atlética modelo. Um exemplo atual de como usar o
esporte como atrativo para educar e exercer a extensão
universitária.
O projeto Escolinha de Futebol da Atlética e o
evento Sábado Atitude é uma realidade possível de ser
construída e transmitida a outras Associações. Com esses
projetos estamos colhendo bons frutos dentro e fora da
universidade. Trabalhando com crianças, pensando na
educação e na atração esportiva, recreativa e ação
conjunta com o meio e toda cercania social.
O Sábado Atitude e a Escolinha são projetos
infindos dentro da FCAV, pois o objetivo é trazer a
realidade deste Mundão para bem perto de nós, para o
nosso grande centro de pesquisas, pois é sabido da
incompetência de nossos governantes perante a educação
pública neste país, sendo assim, também é sabido da
vulnerabilidade de uma criança em ser explorada.
Tomando outras vias na sua caminha.
Fazer-se de cego e não enxergar a realidade tão
linear ai fora é piorar a convivência humana. Para que
fazermos pesquisas então? Mandamos um astronauta ao
espaço ver a bunda de um vaga-lume acender
vergonhosamente perto do brilho da Lua e não sabemos
dar ensino, saúde, transporte de qualidade a nossas
crianças.
Aqui dentro, educamos e aprendemos com elas
coisas que não sabemos, aprendemos sua linguagem, sua
falta de carinho, de oportunidade. Prevenir então que elas
adquirem dor em seus corações quiçá nunca mais ser
curadas é o objetivo da inclusão social promovida pela
Atlética.
Temos credibilidade para enchermos o peito e
falar, no presente sim, que podemos realmente falar,
transmitir o que sempre deu certo, por que mostramos
aquilo que ousamos pronunciar. Atitudes como essas,
num mundo em que vivemos, é a saída mais atenuante
para deixar menos vivo no ser humano - o envolvido na
teia do neoliberalismo - a ganância e a avareza.
Praticamos então a troca de favores; fazemos à
necessária e verdadeira política, sem medo do erro,
buscando aprender o certo para aquilo que iremos
encontrar em carne viva no Mundão ai fora. Aos alunos
nessa pegada, os que constroem e dão continuidade,
além também de fornecer nova criatividade aos projetos,
sobra lhes um pacote realista do conhecimento: amizade,
esperança e cidadania.
Ta nessa! Toma aí um desabafo...
Oliver Blanco
...o primeiro passo para enfrentar o desafio de
erradicar a pobreza é sair da tutela da lógica e do
poder dos economistas. E fazer uma opção ética pelo
fim da exclusão. De certa forma, cem anos depois, o
debate nacional volta ao tempo da escravidão:
primeiro, sua indecência; segundo, sua ineficiência.
Cristovam Buarque, A segunda Abolição, Paz e
Terra, 2ª ed., pp. 41-42
Jogos de Jaboticabal no
InterUnesp 2006
QUINTA
08:00h Hendebol Feminino................Jabuka x Araraquara
09:00h Futsal Masculino....................Jabuka x Marilia
09:00h Vôlei Areia.............................Jabuka x Bauru
10:30h Basquete Masculino...............Jabuka x Rio Preto
13:00h Hendebol Masculino..............Jabuka x Rio Preto
15:00h Vôlei Feminino.......................Jabuka x Araraquara
16:00h Vôlei Masculino......................Jabuka x Araçatuba
16:00h Vôlei Areia..............................Jabuka x Araraquara
17:00h Futsal Feminino......................Jabuka x Rio Claro
17:00h Futebol de Campo..................Jabuka x Araçatuba
18:00h Tênis Masculino.....................Jabuka x Bauru
SEXTA
08:00h Tênis Feminino......................Jabuka x Guaratinguetá
09:00h ATLETISMO
19:15h JUDO
SÁBADO
11:00h Xadrez
14:00h Tênis de Mesa
14:00h Natação
DOMINGO
14:00h TRUCO
...não esqueçam dos Jogos
Alternativos, aguardem!!!!
DECISÕES DA ASSEMBLÉIA
GERAL A.A.A.”M.P.”
Foi aprovado em Assembléia Geral pela Atlética:
Os cargos de Presidente, Vice e Tesoureiro terão por
responsabilidade estatutária a permanência nos cargos por
período anual. Portanto não serão validadas as inscrições de
chapas em que os cargos principais não se responsabilizarem.
Aos alunos do primeiro ano “bixos” e do segundo ano
que acompanharam as atividades da Atlética, participando de no
mínimo de seis meses de reuniões ordinárias poderão assumir
cargos também. Lógico que não os principais.
Atenção atente-se! O período de inscrições de chapa
está chegando. O Edital logo-logo vai estar nos murais.
BATERIA DA ATLÉTICA
Ai batuqueiro e guitarreiros da FCAV, a Atlética está
com bateria nova. Não vacile se apresente e garanta o teu
instrumento de percussão, e se você tiver instrumentos traga.
Para os que não batem tambor a opção e o grito de guerra, faça
suas rimas e venha participar; já está rolando os ensaios com a
presença do maestro. InterUnesp Araraquara já é!
Diretoria
Mau-Mau, Xinela.
Algumas imagens ficam gravadas em nossa mente
sem deixar claro os seus porquês. Como uma
interrogação persistente, que se transforma em uma
verdade afirmativa como num passe de mágica,
desencadeando uma lógica anacrônica e nos deixando
claro que o entendimento, nem sempre nos cabe, percorre
os caminhos misteriosos da Divindade
Cito dois momentos para cada um. Em relação ao
Mau-Mau, uma visão na cantina, daquele aluno que
acabara de chegar transferido de Lavras. Não sei explicar,
mas me chamou atenção. Muitos chegam, poucos
chamam a minha atenção. Talvez a pele negra, talvez a
camiseta fazendo referência a um Diretório Acadêmico....
Outro momento é mais carregado. Depois de
passar por um momento que certamente ele não gosta de
lembrar, mas que com certeza contribuiu com seu
fortalecimento. Já éramos amigos, já trabalhávamos
juntos, e ele já era constantemente cobrado. Foi intenso. A
falta de compromisso com as responsabilidades
assumidas me fez ser duro nas palavras, julguei que fosse
preciso. Estávamos em frente às quadras de tênis do
Itaguará Clube, no Interunesp 2003, o Túlio ao meu lado.
Mau-mau ouvia resignado, triste com a noite que passará.
Em relação à Xinela também trago dois momentos
marcantes. Um no qual subia rumo à portaria 2, pegando
carona com minha bicicleta em um fusca vermelho.
Conversava com a motorista sobre os trabalhos da
Atlética. Ao transpormos o portão, o carro parou, falei que
a Xinela tinha pedido para participar do trabalho. Estranhei
a indignação da pessoa que dirigia, e do passageiro, um
da mesma turma, outra do mesmo curso, porém fazendo
disciplinas com a mesma. Ficaram incomodados. “Mas a
Xinela”? “Ela é irresponsável”! A mim, só coube a
resposta: “mas o que vc quer que eu faça, ela quer ajudar,
não posso proibir”. Depois disso, de fato, convivemos,
também, com sua falta de responsabilidade. O outro
momento que me fora marcante, também depois de
estabelecida a amizade e o trabalho, foi no dia em que
marcamos Assembléia Geral para aprovar o estatuto da
Atlética. Além de a secretária estar ausente na sessão,
apenas apareceu para entregar um documento diferente
daquele no qual eu, Túlio, Kabeça, Zulú e Curió tínhamos
gasto horas para servir como base para a discussão.
Dessa vez era o Túlio quem esbravejava para Xinela em
frente ao Anfiteatro, eu quem estava ao seu lado. A dúvida
era clara. Será que aquelas pessoas que questionaram
seus valores estavam certas?
Hoje as respostas são claras. Em tempos nos
quais nossos órgãos representativos tornaram-se apenas
objeto de satisfação de desejos pessoais, sem que aja o
comprometimento real com a responsabilidade que se
assume, pessoas que colocam o coração naquilo que
fazem, são designadas para assumir as maiores tarefas.
Chega de presidentes meio período. Ou é ou não é. São
Paulo hoje é assumida por dois ilustres desconhecidos,
que jamais seriam eleitos. Conseqüência dos seus
desejos e objetivos, que nada tem haver com os
interesses da comunidade. Uns falam que fazem e
acontecem, outros servem de massa de manobra do que
há de pior nessa F.C.A.V., e na hora do vamos ver, vão
seguir suas vidinhas burocráticas sem se preocupar com o
compromisso que assumiram, sem se preocupar com
aqueles que um dia acreditaram em suas palavras vazias.
Enquanto isso, os alunos perdem espaço, as grades se
levantam, os jardins se transformam em concreto e nossa
voz segue sem força, facilmente dominada por uma
diretoria arrogante. Fins-de-tarde pagos, longe de nossa
casa, com desconto para as repúblicas que se julgam
donas dessa faculdade, mas que nunca fizeram nada
capaz de contribuir com seu crescimento, aumentos de
100% nas festas tradicionais, e muita, muita propaganda
enganosa....
Hoje eu sei. Sei o porquê de você Mau-Mau, ter
me chamado atenção no primeiro dia em que te vi. Sei o
porquê daquela indignação de dois amigos seus Xinela,
quando aceitei sua presença em nosso grupo. Sei
também, o porquê de termos sidos duros com vocês em
alguns momentos. Vocês apenas precisavam. Pois seriam
vocês, que seguiriam transmitindo nosso legado. Nenhum
daqueles saíram dizendo fazer e acontecer. Esses não
serão lembrados. Apenas os dois que eram acusados de
irresponsabilidade, que estavam sempre presentes sem
ocupar muito espaço, humildes. Apenas aqueles que
foram capazes de compreender que nada faz sentido se
não tiverem amor. “Pois ainda que eu fale as línguas dos
homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o
címbalo que retite”. “Ainda que eu tenha tamanha fé ao
ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada
terei”. Pois como ensinou o poeta “o amor é paciente, é
benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensorberbece, não procura os seus próprios interesses,
não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra
com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais
acaba”. Vocês são prova disso. O amor é um dom
supremo. O amor jamais acaba. Nosso legado é simples.
Poucas palavras, em vocês, eu apenas acredito, eu
apenas confio, eu apenas me sinto feliz. Diretório e
Atlética é pra quem tem coração, pra quem tem vontade
de trabalhar em nome dos outros, e não em por seus
próprios interesses, não por vaidade. E como diz o velho
dito chinês:”fazer uma coisa pela metade, é a mesma
coisa que não fazer nada”. Parabéns a vocês. Com amor e
saudades.
Thomas
“Princípios de Economia Política para servir de
introdução, ‘é que o soberano de cada nação deve
considerar-se como chefe ou cabeça de uma vasta
família, e consequentemente amparar a todos que nela
estão, como seus filhos e cooperadores da geral
felicidade... ’ ‘Quando mais o governo civil se aproxima a
este caráter paternal – diz ainda – e forceja por realizar
essa ficção generosa e filantrópica, tanto ele é mais justo
e poderoso, sendo então a obediência a mais voluntária e
cordial, e a satisfação dos povos a mais sincera e
indefinida’. ...’as relações entre governantes e
governados, entre monarcas e súditos. Uma lei moral
inflexível, superior a todos os cálculos e vontades dos
homens, pode regular a boa harmonia do corpo social, e
portanto deve ser rigorosamente respeitada e cumprida’”.
Sergio Buarque de Holanda – Raízes do Brasil.
"O ESPORTE E A ESCOLA NO MESMO TIME"
O Segundo Tempo é um programa do Ministério do Esporte,
em parceria com o Ministério da Educação promovido pela Secretaria
de Esporte Educacional, destinado a possibilitar o acesso à prática
esportiva aos alunos matriculados no ensino fundamental e médio dos
estabelecimentos públicos de educação do Brasil, principalmente em
áreas de vulnerabilidade social.
Esportes
No Ministério do Esporte, o governo trabalha
para dar eficiência a ações de inclusão social que garantam o
acesso gratuito à prática esportiva, qualidade de vida e
desenvolvimento humano. Há muitos exemplos no atual
governo, como o atendimento a 971.098 crianças e adolescentes
matriculados na rede pública de educação fundamental e média,
em 4.130 núcleos desportivos de 780 municípios no Programa
Segundo Tempo.
Segundo tempo beneficia um milhão de crianças em todo o Brasil
O Programa Segundo Tempo, desenvolvido pelo
Ministério do Esporte desde 2003, já beneficia quase um milhão
de crianças em todos os estados brasileiros. A iniciativa se
caracteriza pela instituição de um segundo turno escolar no quais
crianças e adolescentes da rede pública de ensino têm acesso à
prática esportiva, alimentação, reforço escolar e noções de saúde
e higiene. Trata-se do maior programa sócio-esportivo do
mundo, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU).
Até o momento, existem três mil núcleos do programa
em 800 municípios brasileiros. Para tornar viável o
funcionamento desses núcleos, o Ministério do Esporte firma
convênios com organizações não-governamentais, clubes sociais
e entidades de classe. Hoje, mais de 100 parceiros participam do
programa. O principal deles é o Sesi com mais de 50 mil crianças
atendidas. Além disso, o governo federal fornece materiais
esportivos e uniformes produzidos por outras duas ações do
ministério – o Pintando a Liberdade e o Pintando a Cidadania.
O programa ainda é responsável por 11 mil empregos
diretos. São profissionais e estagiários das áreas de Pedagogia e
Educação Física envolvidos na organização e gestão dos núcleos.
Nos convênios firmados pelo Ministério do Esporte são
investidos R$ 113,4 milhões pelo governo federal e outros R$
40,7 milhões em contrapartida por parte dos parceiros.
Nos núcleos ficam à disposição dos alunos
modalidades como, natação, futebol, basquete, capoeira, vôlei e
tênis de mesa. As crianças também participam de atividades
extracurriculares (oficinas de artes cênicas, por exemplo) e
recebem atendimento médico (oftalmologia, cardiologia,
pediatria etc) e reforço escolar.
Bahia é o estado onde há o maior número de crianças
atendidas pelo programa. São 104.594 em 206 núcleos do
Segundo Tempo. Já no Rio Janeiro são beneficiados 90.564
alunos de escolas públicas seguido de Minas Gerais (80.852),
Distrito Federal (66.872) e Goiás (55.723).
África
A experiência bem-sucedida do Segundo Tempo
começa a ser compartilhada com outros países. No dia 15 de
novembro o programa foi lançado em Luanda, na Angola. O país
de língua portuguesa, que passa por uma reconstrução há três
anos após 27 anos de guerra civil, está adotando a experiência
brasileira para promover a inclusão social e permitir que crianças
que nunca tiveram contato com o esporte possam praticar uma
atividade.
O programa já atende mil crianças na África em três
núcleos distribuídos por Angola. Sandra Marília, 14 anos,
apresentou com seus colegas uma peça teatral durante a
inauguração e falou sobre a importância do Segundo Tempo.
"Nós antes não tínhamos a oportunidade de praticar esportes,
agora podemos passar a tarde recebendo aulas de futebol,
capoeira, basquete, handebol e até teatro, como eu", assegurou
Marília.
O coordenador do núcleo do Segundo Tempo na Casa
de Dom Bosco, do Instituto Salesianos, Stefano Francesco Tollu,
em Luanda conta como o esporte pode mudar a realidade dessas
meninas. "Com o esporte as meninas melhoram a auto-estima,
assim a personalidade de cada uma se torna cada vez mais forte
para que não aceitem as imposições masculinas pelas quais
podem passar em seu futuro". Explica o italiano que há mais de
um ano lidera projetos sociais na África.
Outro programa desenvolvido pelo governo brasileiro a
ser adotado em Angola é o Pintando a Liberdade. A iniciativa
consiste na fabricação de material esportivo por detentos e a
produção é utilizada no programa Segundo Tempo. Este mês foi
inaugurado a nova fábrica de bolas do programa Pintando a
Liberdade na cadeia pública de Viana, Angola. O Pintando a
Liberdade já promoveu o treinamento de 35 técnicos angolanos
que irão ensinar os detentos do país a produzir materiais
esportivos.
O Pintando a Liberdade é um programa revolucionário
de inclusão e resgate da cidadania. Cerca de 13 mil detentos
brasileiros produzem um milhão de itens esportivos por ano nas
69 unidades de produção distribuídas pelas penitenciárias
brasileiras. Em Angola, o número de técnicos em produção de
bolas chegará a 350 no mês de dezembro - quando o programa
completará apenas três meses de funcionamento.
Para viabilizar a produção dos itens esportivos, o
Ministério do Esporte enviou para Angola mais de 11 toneladas
de materiais esportivos, matéria-prima e todo o maquinário
necessário à fabricação. Entre os materiais estão bolas de cinco
modalidades, redes, camisetas e bolsas. A matéria-prima servirá
a produção de mais de 7,5 mil itens esportivos, que irão
abastecer as crianças atendidas nos núcleos do Segundo Tempo.
Angola, até então, não possuía nenhum tipo de produção própria
de material esportivo. Todo material necessário à prática
esportiva, inclusive as bolas, era adquirido na África do Sul e no
Paquistão.
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“Todos são mais importantes do que a bala”
Jimmy Hendrix
Que coisa!! Não!!
Em nossa seção de poesias prestamos homenagem ao
estudante Paulo Felippe Demberg de Souza o “Gebrelão”
estudante de Administração em que nos surpreendeu com seu
suicídio em janeiro deste ano. Um “figurassa” que teve sua
poesia publicada em Antologia de Poetas Brasileiros
Contemporâneos nº19, com o titulo “Spleen do Mundo”. Leia a
poesia e se sinta em casa...
Espécie humana, doente, nutre a mesquinhez
Verte na Terra o sujo pranto e desalento,
Aos teus iguais, entregas dor e sordidez,
Abandonados tremem a carne ao relento.
Pérfido é o pranto e o arrependimento,
Na tua faia só há pomos de morbidez,
Que os fazem erguer os braços ao firmamento,
Por temer a Deus pela flor da insensatez.
Fadados a sulcar as águas do Aqueronte
Provam o acre gosto do spleen do mundo,
Filho o qual sorri vendo o pai ante Carconte
A pagar o óbolo do navegar imundo,
Brada em mudo som sobre tua fronte:
Acostuma-te o ser ao teu lodo profundo.
Gebrelão (Adm 04)
Só de Sacanagem”
“Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança
será posta à prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas
de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo duramente para
educar os meninos mais pobres que eu, para cuidar
gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro
viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser
posta à prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no
cais? É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o
aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros
venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho
simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os
precederam: Não roubarás, Devolva o lápis do coleguinha, 
Esse apontador não é seu, minha filhinha. Ao invés disso, tanta
coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas corpus
preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual
minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que
só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu
povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda
vou ficar. Só de sacanagem! Dirão: Deixa de ser boba, desde
Cabral que aqui todo o mundo rouba e eu vou dizer: Não
importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez.
Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a
quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro
homem que veio de Portugal. Eu direi: Não admito, minha
esperança é imortal. Eu repito, ouviram? IMORTAL! Sei que não
dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para
mudar o final!
Elisa Lucinda
O Grande Homem
Mantém o seu modo de pensar independente da opinião
pública. É tranqüilo, calmo, paciente, não grita nem
desespera. Pensa com clareza, fala com inteligência vive
com simplicidade. É do futuro e não do passado. Sempre
tem tempo. Não despreza nenhum ser humano.
Causa a impressão dos vastos silêncios da natureza: o
CÉU. Não é vaidoso.
Como não anda a cata de aplausos, jamais se ofende.
Possui sempre mais do que julga merecer.
Está sempre disposto a aprender, mesmo das crianças.
Vive dentro do seu próprio isolamento espiritual, aonde
não chega nem o louvor nem a censura.
Não obstante, seu isolamento não é frio: Ama - Sofre -
Pensa – Compreende. O que você possui dinheiro,
posição social, nada significa para ele.
Só lhe importa o que você é.
Despreza a opinião própria tão depressa verifica seu erro.
Não respeita usos estabelecidos e venerados por espíritos
tacanhos. Respeita somente a Verdade.
Tem a mente de homem e coração de menino.
Conhece-se a si mesmo, tal qual é, e conhece a DEUS.
Dr. Celso Charuri
PRÓ = VIDA INTEGRAÇÃO CÓSMICA
Aí galera, aproveite ao máximo o texto para refletirem e
captem a mensagem. Forte abraço.
MAU MAU ( ZOO/02)
A (des)valorização da Extensão Universitária
Primeiro a surpresa agradável, matéria de capa do jornal
da UNESP, abril 2006: AÇÃO SOCIAL. Depois a decepção, e
os projetos da FCAV-Jaboticabal, onde estão?
Se é que é do entendimento de todos que a Extensão
Universitária é um dos pilares da Universidade, por que relegá-la
ao segundo ou terceiro plano, deixando de cadastrar importantes
projetos e de divulgar tantos outros?
O questionamento se dá pelo fato de termos um veículo
de comunicação institucional e subutilizá-lo. A F.C.A.V. dispõe
de um plano de divulgação e marketing que elege este jornal
como instrumento prioritário, e mesmo assim, nossos projetos de
Extensão ficaram de fora desta matéria de capa.
Ao assumir seu caráter extensionista o jornal trouxe em
destaque 12 campi (15 faculdades e institutos) da UNESP, nos
quais 11 projetos são desenvolvidos democratizando o ensino e
objetivando a formação técnica e cidadã de seu alunado.
Jaboticabal conta hoje com 7 projetos de extensão cadastrados
junto ao PROEX e tantos outros por cadastrar, por exemplo, os
projetos de iniciativa discente Sábado Atitude, Escolinha de
Futebol, Cine Napalm.
Devemos nos preocupar com a demanda por professores
orientadores, alunos interessados e recursos que viabilizem estes
projetos, para que então façamos da Extensão Universitária uma
ação de responsabilidade com o meio em que vivemos.
Ana Terra Reis Natália Freire Bellentani
! #
Dez horas da manhã, domingo de março. Na sala de
convenções do Novotel Jaraguá, em São Paulo, alguns figurões
do PSDB vão discutir quem será o candidato ao governo do
Estado de São Paulo. O mais esperado de todos é Paulo Renato,
ministro da Educação de FHC durante oito anos. Ele inicia o
discurso se autoproclamando “o governador da educação”.
O material de campanha, um caderninho com sessenta páginas
intitulado Visões de Futuro, é um balde de pérolas. O ex-ministro
declara ali, por exemplo, sua profunda preocupação em relação
às políticas adotadas pelo MEC, entre elas o “caráter pueril de
xenofobia” da medida que restringe a 30 por cento os
investimentos estrangeiros nas instituições de ensino superior.
Outra apreensão é a remessa de “vultuosos” recursos adicionais
às instituições públicas federais, sem qualquer referência à
responsabilidade de seus dirigentes”. Para ele, o aumento anual
dos investimentos não legitima o aumento salarial dos docentes
– que só têm direitos e não deveres.
Paulo Renato defende que o governo deveria apoiar a
“sadia competição das instituições privadas, responsáveis pela
inegável melhoria no segmento”, e incentivá-las a criar cursos de
curta duração e ensino a distância. Diz, ainda, que o poder de
gestão das instituições de ensino superior deveria ser
centralizado nas mãos do proprietário, e não da comunidade. Por
fim, o caderninho de campanha expõe suas “conquistas” no
Ministério da Educação, plataforma da sua possível candidatura.
Por exemplo, ele teria “eliminado” as diferenças entre crianças
ricas e pobres, negras e brancas por meio da universalização do
acesso às escolas de ensino fundamental. Na cadeira de
governador, promete, irá democratizar o ensino médio nos
mesmos moldes, ou seja: péssima educação para todos. Ou boa,
para quem puder pagar.
por Camila Gomes, Marília Melhado, Natalia Viana, Camilo
Leal, Maurício Reimberg, Pedro Kranz, Tadeu Breda.
Seção República Caros Amigos.
Copiar Livro É Direito
Como muitos sabem há alguns anos a ABDR (Associação
Brasileira de Direitos Reprográficos), uma entidade que congrega
algumas editoras iniciou uma cruzada tentando extinguir o direito dos
brasileiros de “xerocar” trechos de livros. Essas ações afetam
diretamente a vida dos estudantes, pois como todos sabem: Não há vida
acadêmica sem a possibilidade de copiar livros.
A primeira ação da ABDR na FGV-SP foi no segundo
semestre de 2004. Eles mandaram uma notificação extrajudicial para o
DAGV, responsável legal pelo xerox do primeiro andar alegando que
nós copiávamos ilegalmente trechos de livros protegidos pela lei de
direitos autorais.
Após um tempo fechado o xerox voltou a operar normalmente
no ano de 2005. No segundo semestre veio outra notificação
extrajudicial nos advertindo e pedindo para parar com as supostas cópias
“ilegais”.
Em novembro veio a ação mais pesada da ABDR contra os
estudantes da GV: uma ação judicial começou a ser movida contra a
FGV e contra o DAGV com a alegação de que os alunos continuavam a
praticar o ato “ilegal” de copiar livros.
É importante que todos os alunos saibam que o desfecho
dessa ação afeta diretamente a vida de todos os estudantes do país, pois
se formos condenados; além de o DAGV se vir obrigado a encerrar suas
atividades, será criado um precedente jurídico que irá fazer com que
todos os xerox instalados em universidades possam ser extinguidos, no
caso de serem acionados judicialmente pela ABDR.
Após sermos notificados da ação, começamos a nos reunir
com outros DAs e CAs. Dessas discussões surgiu o Movimento Copiar
Livro É Direito, que lançou um manifesto (disponível no site do DAGV:
www.dagv.org.br) questionando todas as ações da ABDR que visam
privar dos estudantes um direito que lhes é permitido. A lei 9610/98 em
seu artigo 46 é muito clara: Desde que limitada a pequenos trechos e
sem o intuito de lucro, a cópia de obras, mesmo que protegidas por
direitos autorais, não é ilegal!
Muito pelo contrário, a Constituição garante a todos o livre
acesso a cultura e ao conhecimento. Quando você xerocopia um livro
para estudar, você está exercendo um direito seu. Vale lembrar que num
país com lapsos educacionais tão grandes como o Brasil e no quais os
estudantes, professores e pesquisadores são tão pouco remunerados por
suas atividades profissionais (os estudantes, geralmente, só pagam),
devemos sim economizar recursos para xerocar trechos de livros.
As editoras que se dizem tão preocupadas com o
desenvolvimento do nosso país não mudam sua política editorial,
continuam com baixas tiragens e preços de capa absurdos, que tornam
os livros inacessíveis. Um levantamento do DAGV mostra que um
estudante de Administração de Empresas em seu primeiro semestre teria
que desembolsar R$ 2.145,95 para adquirir apenas a bibliografia básica
necessária. O CAVC (Centro Acadêmico Visconde de Cairu) fez outro
levantamento com a mesma metodologia na fea-usp e chegou-se a
conclusão de que um aluno do primeiro semestre de economia teria que
desembolsar R$ 1598,15 para adquirir a bibliografia básica.
A principal queixa das editoras é quanto às bibliotecas: Em
todos os seus pronunciamentos; seja na imprensa ou através de seu site,
as editoras dizem que as bibliotecas são mal aparelhadas e que não
contém o número de exemplares necessários para que os alunos
consigam estudar. Sabemos que isso não passa de pura falácia, pois
mesmo em universidades com grandes bibliotecas, não há espaço físico
suficiente para que todo aluno que queira ler um trecho de livro possa
encontrá-lo na biblioteca.
Notamos outro equivoco da interpretação na pródiga cartilha
da ABDR disponível em seu site: lá eles afirmam categoricamente que
os “pequenos trechos” (que poderiam ser xerocados) são limitados a
apenas uma ou duas páginas. Ora, se a Constituição prevê o acesso ao
conhecimento e à cultura, como garantir que em apenas duas páginas
teremos esse acesso preservado?
O movimento já teve uma boa repercussão na mídia, tendo
sido noticiado pelos jornais Folha de São Paulo e O Globo, além do site
Trama Universitário, onde foi capa. No Coneb da UNE, o Movimento
foi tema de um dos debates, onde se notou grande interesse por parte de
vários estudantes do Brasil. Cassio Puterman – DAGV
...Há um movimento rolando entre os estudantes de todo Brasil em relação ao direito de cópia de livros para o
uso em pesquisa e trabalhos estudantil. Há dois textos expondo o assunto: de Marilene Felinto da Caros Amigos
e do estudante Cassio Puterman – DAGV, vamos aos textos:
CÓPIA DE LIVRO E PIRATARIA – TUDO DIREITO
Uma mobilização de estudantes universitários pela liberação do uso de xérox de livros em universidades públicas e privadas, lançada em
fevereiro último, foi a única iniciativa digna de nota contra uma aberração chamada Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR),
representante das editoras, que desde 2004 aciona a polícia para das batidas em bibliotecas e centros acadêmicos universitários. O objetivo é
intimidar as instituições, apreender cópias de mais de duas páginas de um livro!
Ora, gerações e gerações de profissionais se formaram nas últimas cinco décadas (ao menos) copiando livros, literários e acadêmicos,
Brasil afora. Não fosse isso, muita gente estaria até hoje sem diploma. Como é que surge, então, do nada, de um hora para outra, uma entidade que
transforma sua própria interpretação da lei (de direito autoral) em lei e passa a dar ordem, e passa a derrubar um direito que antes existia (o de tirar
cópias de livros)?
A mobilização dos universitários, tímida e tardia – ainda que um balbucio na alienação bocejante em que vive mergulhada essa juventude
brasileira de hoje, que nunca lembra, por exemplo, a aparente veemência revolucionária dos jovens franceses que saem às ruas para protestar -, talvez
não surta efeito contra tamanha arrogância da ABDR.
Está claro que essa instituição sai a campo não para defender o “direito autoral”, como alega. Ela defende hipocritamente o direito
editorial, este sim – ela atende aos interesses financeiros dos editores, eles que estão interessados apenas em enriquecer à custa da mercadoria que os
autores produzem lá na origem frágil desta cadeia de desigualdades (autor – editor – livreiro). Eles não têm nenhum interesse na difusão do
conhecimento ou na idéia de que o livro no Brasil deixe de ser privilégio de uma elite, objeto de luxo, tão abusivo é seu preço.
O manifesto dos universitários lançado em fevereiro chamou-se “Copiar Livro é Direito!” – direito, argumentavam eles, concedido pela lei, pela
Constituição e pelos tratados internacionais dos quais o Brasil é parte, neles inclusa a cartilha de direitos fundamentais da ONU, que, da mesma força
que a Constituição brasileira, prevê o acesso de todos os cidadãos à cultura, à informação e ao conhecimento, independentemente de consulta prévia
a titulares de direito (sobretudo associações de editores de livros). “Por isso mesmo a lei de direitos autorais, seguindo a norma internacional adotada
por todos os países membros da Organização Mundial de Comércio, expressamente possibilita a cópia livre de pequenos trechos, com vistas ao uso
privado e pessoal do solicitante, sem intuito de lucro”, justifica o manifesto.
Os estudantes propuseram às universidades que, com base em sua autonomia universitária, regulamentassem as cópias dentro das
instituições. Algumas universidades públicas, como a Universidade de São Paulo, fizeram isso, em termos. A maioria das privadas, por sua vez,
como pertence ao mesmo grupo econômico que os editores, não se juntou aos alunos.
O manifesto dos universitários pedia uma reforma da lei de direitos autorais. Nada mais justo. Já passou da hora de acabar com essa
hipocrisia. Ao autor mesmo (excetuando os best-sellers comerciais, sem nenhuma densidade) cabem migalhas dessa obscura conta de direitos
autorais. O resto são os lucros que vão para a tal ABDR.
É preciso acabar com tanta hipocrisia – afinal, vivemos a era da fragmentação absoluta de tudo, da “destrubilidade técnica” (para copiar
Walter Benjamin) de certos processos já rompidos. Está claro que a cópia de partes de um livro implica a destruição simbólica da obra: ela que
perdeu sua aura e sua tradição muito antes disso – na época de sua “reprodutibilidade técnica”, como já apontava Benjamin sobre a obra de arte, no
início do século passado. Embora reconhecesse que, por princípio, a obra de arte sempre foi reproduzível (porque “discípulos copiavam, visando
exercício, falsários, almejando ganho material, mestres, buscando a difusão” da mesma), Benjamin afirmava que “a aura da obra de arte é o
fragmento mais atacado com a reprodutibilidade. A multiplicação dos exemplares implica substituir por um fenômeno de massa um evento que não
se produziu senão uma vez. Esses dois processos conduzem a um considerável abalo da realidade transmitida: ao abalo da tradição”.
Obra de arte ou mercadoria acadêmica, se pensarmos mais drasticamente a situação do livro no Brasil de hoje, como pensa o crítico Fabio
Lucas, diremos mesmo que, “na sociedade do espetáculo, aquecida pelos meios de comunicação de massa, o livro deixou de ser fonte do saber:
reduziu-se à ligeireza de uma notícia. No máximo poderá desfrutar do brilho de um momento, com a velocidade de uma estrela cadente”.
O abalo sofrido hoje pela obra (artística ou intelectual) é de outra natureza. A massa não se interessa pela obra original como fetiche, como
objeto de culto ou instrumento mágico. Pouco importa à massa se a cópia pirata do CD não tem a capa original. A música toca com a mesma
autenticidade, e muito mais barata. É a sociedade de consumo cavando na marra o direito de acesso ao que é caro. O discurso asséptico embutido nas
ações de combate à pirataria no país – o de que a produção pirata teria vinculação com o crime organizado e que extinguiria empregos – é hipócrita e
esconde coisa pior. Esconde que a propaganda de massa é que é a grande incentivadora da pirataria. A indústria cultura – da massificação
propagandística da arte – dos países capitalistas está chafurdando em seu próprio excesso: a pirataria de CDs, softwares, roupas e outros produtos
industrializados (e de grife) em geral é o vômito da indústria cultural e de sua propaganda feroz.
O consumidor da cópia de livros como ferramenta educacional e de acesso ao conhecimento, entre uma população que não tem poder
aquisitivo para comprar livros; e o consumidor da camisa ou do par de tênis piratas são personagens do mesmo processo de mudança nas condições
de produção e distribuição da mercadoria. A era da eletrônica vem democratizando ironicamente o poder de ação que se tem hoje sobre esses
processos (como não tinham os homens de antigamente).
Atenção para o fato de serem os jovens os maiores consumidores de produtos pirateados no Brasil hoje. Isso é sintomático de quê? De
algum ideal socialista ou da voracidade de consumir (venha como vier a mercadoria a ser consumida)? Se formos bons (e eu não sou), diremos que é
sintoma de uma desobediência saudável, de uma janela entreaberta no alheamento, de uma revolta (ainda que inconsciente) contra a preservação do
monopólio do capital (privilégio de apenas uns poucos), contra a concentração de bens, de renda, de saberes e de prazer e prazeres.
Marilene Felinto é escritora e jornalista.
“A concepção Marxista da história, conhecida como
materialismo dialético ou histórico. Segundo ele, as
raízes da evolução social não se situam numa mudança
de idéias ou valores, mas nos fatos econômicos e
tecnológicos. A dinâmica da mudança é a de uma
interação ‘dialética’ de opostos decorrentes de
contradições que são intrínsecas a todas as coisas... todas
as transformações que ocorrem na sociedade provêm de
suas contradições internas”. FRIJOF CAPRA
Cresça às custa do Brasil
“O desenvolvimento é um banquete com poucos
convidados, embora seus resplendores enganem, e os
pratos principais estão reservados as mandíbulas
estrangeiras”.
Eduardo Galeano
$ %  $ ''
Paralisação na F.C. A.V. é agora.
Justiça seja feita aos funcionários da faculdade que
receberam seu aumento salarial em torno de 0.75%, aos
docentes as lamentações são as mesmas de sempre pela
ausëncia característica no processo, e para os alunos quem sabe
encontrar em seu passado próximo um exemplo para a luta
futura.
Foram diversas as pessoas que por aqui passaram,
dedicando parcela de sua vida em prol da coletividade, do bem
comum, e não foram diferentes os fardos que as acompanharam.
É fato que as aspirações daqueles que estudam por aqui em
nossos dias aparentam cada vez mais se distanciar de algo que
represente alguma aspiração que seja comum, que busque
trazer benefícios para algo que seja diferente do próprio umbigo.
A “vaidade monetária” de alguns, a sede de outros, os
problemas de sempre... Até quando? A reflexão é sempre bem-
vinda.
Se os defeitos que nos acompanharam estão mais
distantes da realidade sombria desta FCAV resta à pergunta...
onde estão nossas virtudes? Por onde perambulam aqueles que
aqui deveriam estar reivindicando um norte para aqueles que
ainda questionam o porquê de estar aqui, na Terra, e ainda sente
correr no corpo a sede de justiça, a fome de verdade?
A alienação toma conta, e muito rapidamente, sem
pensar “Conhece-te a ti mesmo” você está perdido. O eu, o
outro... onde reside a felicidade, por onde caminha a vitória da
vida sobre a morte?
Voltemos no tempo, façamos valer nossa existência.
Atos, verdades seguras. Temos o direito e o dever de justificar
nossa estada. De nos fazer ouvidos, de nos sentir vivo.
De maneira tortuosa, tropeçando, levantando, acolhendo,
acudindo, nos sentindo sós... e abraçando o próximo para que
juntos possamos conjugar nosso maior predicado, a vida, e com
ela a luta.
SECITAP, Cursinho Ativo, Atlética, Festival, Rodeio,
Sábado Atitude, Escolinha de Futebol, Reunião de Repúblicas,
Bolsa Alimentação, Projeto Sabiá, Recepção de Calouros,
Leilão... qual a origem? Quais os envolvidos? ...O que nós
temos de pior? Ou melhor? O que merece ser desrespeitado, ou
fortalecido? Qual a sua parte? O que lhe cabe?
Devastação de jardins, proibições arbitrárias, a tentativa
de comprar nossa voz. Dignidade e respeito àqueles quem se
representa.
A força da coletividade, o comprometimento e o amor
naquilo que se faz e acredita, arrebenta com todas as amarras
que ferem nosso cotidiano. O sangue na veia, as palavras que
resolvem a coragem, a construção de uma jornada que nos leve
à evolução. Não àquela individual, mas a que transforma a
realidade...
Fácil olhar à distância, cultivar seu mundo egoísta,
promover o nome de sua república, atribuir adjetivos a tudo e a
todos... enquanto olhamos o mundo girar em torno de nosso
próprio ser o mundo clama por entendimento. Países gritam por
sua liberdade, povos lutam por sua autodeterminação, seres
humanos entregam suas vidas em busca da dignidade. O
desrespeito e a matança se multiplicam... a Terra geme.
Tsunamis, terremotos, erupções, furacões, enchentes, geadas...
a Terra suplica por seu entendimento, chora por sua razão, por
seu bom senso. A fome e a miséria se espalham ao nosso
redor... e nós?
Mais muros, mais cercas, vidros à prova de balas? Nos
esconder do quê, nos esconder aonde? De quem?
Thomas, Ogiva, Ana Terra
'Favoritismo de Serra ajuda a travar LDO-
2007 em São Paulo’
Por Maurício Reimberg – Carta Maior [16/8/2006].
Devido à falta de quorum, novamente não foi dessa vez
que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2007 foi votada
na Assembléia Legislativa de São Paulo. Apenas quatro, de um
total de nove deputados, apareceram terça-feira (15) à tarde na
sessão da Comissão de Finanças e Orçamento. Mesmo sob
pressão de cerca de 50 estudantes das universidades estaduais
paulistas, que cobraram dos deputados a aprovação da LDO
como meio de garantir a manutenção dos 9,57% da quota-parte
do Estado do ICMS, o presidente da Comissão, deputado Caldini
Crespo (PFL), lamentou a impossibilidade de votação. PTB, PV,
PPS e PSDB se ausentaram do encontro.
Pela tradição da Alesp, a LDO deveria ter sido votada
no final de junho, antes do recesso parlamentar. “Até uns dois
anos atrás, era comum respeitar os prazos. O que se vê é que
eles estão começando a usar a aprovação para barganhar
algumas coisas com a oposição”, declarou César Minto,
presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São
Paulo (Adusp). Ele cita o exemplo da discussão em torno da
abertura das CPIs, que pode virar objeto de negociação entre os
deputados.
O Executivo alega ter um parecer jurídico de que, na
ausência de deliberação da Alesp sobre a LDO-2007, seria
possível enviar o seu projeto de Lei Orçamentária, com base
apenas na sua própria proposta de LDO, que ainda não chegou a
ser discutida pelo plenário. Para a oposição, se trata de um
“golpe branco” no Legislativo. “Ninguém viu o parecer. Eles (o
Executivo) tentam desmoralizar o Legislativo”, observa Minto.
O Fórum das Seis, que pressiona pela inclusão de 33%
da receita de impostos para a educação pública no texto da LDO,
acredita que a bancada governista vai tentar empurrar a
aprovação para depois das eleições, pois o candidato da
situação é franco favorito na disputa pelo governo estadual. Além
disso, os partidos de sustentação não apoiariam o
“engessamento” decorrente da medida.
Para Milton Vieira, presidente da Associação dos
Docentes da Unesp, “o governo não quer se expor num momento
eleitoral, e o veto de Alckmin (em 2005) produziu uma imagem
negativa na mídia. A tática agora é não dar quorum em nenhuma
das sessões”, prevê. Para Vieira, falta um “acordo entre as
lideranças” para ocorrer avanço.
Pelo menos metade dos deputados ainda não
encaminhou sugestões para a LDO-2007. Mesmo assim, o
Fórum das Seis distribuiu para todos os gabinetes uma cópia de
documento que solicita a opinião dos deputados sobre as
propostas da entidade para a área da educação pública paulista.
Greve!
O sussurro de greve dos funcionários
não obteve respaldo entre alunos e professores.
Apesar do “estamos de greve” o movimento
organizado pelo Carlinhos Homem foi fúnebre
calmo como um gato preto, que atravessou as
ruas totalmente isoladas. A sessão de graduação
maioria composta por mulheres conformadas não
se levantou da cadeira pra defender sua classe. E
a maioria dos funcionários que aderiram à greve
manteve a ordem e o progresso de setores de sua
administração. Tirando o Magal do setor de esporte que realmente
cessou suas atividades. Que diga o Wilson, que não aderiu ao
movimento, como diz Adoniran Barbosa: “tocar na banda, pra ganhar o
que? Duas mariocas...”. Greve não é tirar lazer nem jogatina é luta.
“Não nos deixaríamos queimar por nossas opiniões: não
estamos tão seguros delas. Mas, talvez, por podermos ter nossas
opiniões e podermos mudá-las”.
NIETZSCHE
()* + ( +
Brasil: Agricultura Camponesa e Reforma Agrária
Apresentamos uma breve descrição das muitas e
diferentes medidas que foram tomadas ao longo do mandato.
MEDIDAS QUE REPRESENTARAM AVANÇO E ACÙMULO
PARA A AGRICULTURA CAMPONESA NO BRASIL
v Implantação do seguro rural. O seguro agora cobre
também o trabalho e garante a renda do agricultor em
caso de prejuízos pela natureza. Mas ainda não é
universal. O agricultor precisa ter empréstimos no
banco para poder acessar o seguro. E por tanto, dos 5
milhões de famílias camponesas, ao redor de 1,2
milhões podem acessar o seguro.
v Aumentou o volume de credito rural disponibilizado
aos pequenos agricultores através do programa
PRONAF. Aumentou de 3 para 8 bilhões de reais por
ano. (atualmente seria equivalente a 4 bilhões de
dólares);
v Programa luz para todos, que esta levando energia
elétrica de forma subsidiada para quase todas as
famílias que moram no meio rural. Devem ficar de
fora, apenas famílias que moram muito longe no norte
do país. Todas as demais serão beneficiadas.
v Ampliação do programa de construção e melhoria de
casas para os agricultores.
v Não reprimiu os movimentos sociais, ainda que a
repressão é realizada pelas policias militares que estão
afetas aos governos estaduais. E no caso da Policia
Federal, essa sim reprimiu os movimentos indígenas
em diversos estados.
v Ampliação, dos recursos para programas de educação
no campo (PRONERA).
v Demarcação da área indígena histórica que é a Raposa
do Sol, em Roraima.
v Programa do Biodiesel que prevê adicionar 2% de
óleo de origem vegetal no óleo diesel e abre portas
para a agricultura camponesa produzir o óleo vegetal.
v Ampliação dos recursos para assistência técnica nos
assentamentos, mas o atendimento ainda não é
universal e nem publico, pois prioriza convênios com
entidades, em vez de democratizar a ATER publica.
v Apoio, embora ainda tímido, e aquém das
necessidades para o programa de instalação de
cisternas (captação familiar de água) no nordeste semi-
árido.
Movimento dos Pequenos agricultores - MPA
Movimento dos trabalhadores rurais sem terras - MST
Movimento dos atingidos por Barragens - MAB
Movimento das mulheres camponesas - MMC
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Associação Brasileira de reforma agrária - ABRA.
A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a
vingança é a justiça do homem em estado selvagem.
Epicuro (341-270 a. C.), filósofo grego.
DEPENDENCIA OU CRISE?
AGRONEGÓCIO, Agricultores queixam-se do
governo, voltam a recorrer aos cofres públicos e
ameaçam diminuir a produção.
A palavra crise não é novidade na historia do agro negócio
brasileiro. Um período de seca ou de muita chuva, a queda dos preços
das commodities, uma praga no campo ou um problema sanitário nos
animais são causas suficientes para abalar o bolso e provocar a ira dos
produtores. Agora não é diferente. Não faltam candidatos a culpados. Os
grandes agricultores atribuem a má fase ao governo. Quem vive da
agricultura familiar diz que a responsabilidade é dos seus próprios
atores. No meio do tiroteio – e em ano de eleição -, restou ao Ministério
da Agricultura liberar um pacote de 60 bilhões de reais, dentro do Plano
Agrícola e Pecuário 2006/2007, para aplacar as criticas e a onda de
protestos.
Para quem observa o quadro a distancia, fica a pergunta: por
que o agro negócio, uma máquina responsável por quase um terço do
PIB brasileiro (o equivalente a 537,6 bilhões de dólares em 2005), tem
de recorrer à ajuda governamental toda vez que o calo aperta? Por que o
País, líder mundial na produção de café, suco de laranja, açúcar, etanol,
soja, tabaco, carnes bovinas e de frango, não consegue superar
problemas históricos do campo?
As crises do agro negócio, segundo Geraldo Sant’Ana de
Camargo Barros, professor da USP e coordenador cientifico do Centro
de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), são cíclicas
porque, quando os preços estão em alta, se investe mais (e,
consequentemente, aumentam as dividas) e a produção aumenta. Com o
excesso de oferta, os preços caem. “Logo a rentabilidade diminui,
podendo se chegar ao ponto em que o setor não tem como quitar a
divida assumida. Ocorre então uma renegociação da divida e o setor
volta à ‘normalidade temporária’ até que uma nova alta de preços e o
processo se repita”, explica Barros.
Ainda que seja a alternativa mais viável para os produtores
brasileiros, as exportações do agro negócio, segundo levantamento do
Cepea, apresentam a pior atratividade dos últimos 17 anos. Isso
aconteceu devido à cotação do real que, em relação a uma cesta de
moedas dos principais parceiros do agro negócio do Brasil, valorizou
2,6% na comparação entre o primeiro trimestre de 2006 e 2005. No
mesmo período, os preços internacionais do agro negócio aumentaram
apenas 0,14%. Ainda assim, em março de 2006, o Índice de Volume
Exportado pelo agro negócio (IVE – Agro/Cepea) aumentou 7,68% na
comparação a igual período de 2005. Isso demonstra que apesar do
problema do câmbio, as condições externas ainda são mais favoráveis
do que as do mercado interno.
Dados recentemente divulgados pelo IBGE mostram que o
PIB da agropecuária caiu 0,5% no primeiro trimestre de 2006 em
comparação a 2005. No ano passado, o PIB do agronegocio encolheu
4,66%. Ricardo Cotta, superintendente técnico da Confederação
Nacional da Agricultura (CNA), calcula que o PIB do agronegocio cairá
6% neste ano. As culturas mais prejudicadas pela atual crise são a soja,
o arroz, o milho e o algodão. Café, açúcar e etanol, ao contrário, estão
em uma boa fase. Mesmo o frango e a carne bovina, ameaçados pela
gripe aviária e pela febre aftosa, têm conseguido manter um bom ritmo
de exportação.
Para melhorar o atual quadro, os produtores rurais esperam
conseguir uma segunda ajuda do governo, com a renegociação de
dividas de 30 bilhões de reais por 25 anos, a juros de 3%.
Manoel dos Santos, presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag), não acredita na ameaça dos
produtores rurais de diminuir a área plantada e atribui a atual crise a eles
próprios. “O principal problema está no fato de os produtores não
investirem o saldo da época das vacas magras”, opina. Ainda segundo
Santos, há dois anos, quando a saca de soja valia 50 reais (hoje é
vendida por cerca de 24 reais), “ninguém falava que a responsabilidade
pelo bom desempenho era do governo”.
O presidente da Contag é contra a ajuda do governo na
rolagem da divida do setor. “A elite se enriqueceu dessa forma, com a
abertura dos cofres públicos. O governo não deve absorver crises que
são do mercado”. Na opinião de João Pedro Stedile, o pacote do
governo apenas serviu para transferir as dividas que a falta de lucro
gerou para serem cobrados ao longo de cinco anos. “O pacote não
atingiu em nada a natureza da crise e não muda a relação de
dependência”.
De acordo com o líder do MST, a má fase da agropecuária
nacional atinge os produtores em todos os seus níveis, do pequeno ao
grande. “No caso dos agricultores familiares, temos uma crise de falta
de mercado e contenção de preços, porque a população não tem renda
para aumentar o consumo de queijo, pão ou leite por eles produzido”,
afirma.
Já no caso dos grandes agricultores, defende Stedile, o
problema está no fato de eles terem estreitados a dependência das
empresas transnacionais: “Veja que engraçado. Deu seca nos EUA, deu
seca aqui, e o preço da soja caiu mesmo assim. Por que? Com a palavra
a Monsanto, a Bugre e a Cargil...”. A ameaça de quem diz que vai
deixar de plantar, segundo o líder do MST, é própria de quem não é
agricultor. “O verdadeiro agricultor, mesmo o fazendeiro capitalista,
sabe que sua profissão é plantar. Quem quer apenas mamar nas tetas do
Estado é que faz ameaça”.
No meio de tanto tiroteio, pouco se fala do futuro, tanto do
mercado interno quanto o internacional. O professor Barros, defende
que o setor faça a sua lição de casa no campo sanitário e de qualidade de
produtos. Ele lembra que as falhas tidas com a aftosa poderiam ter sido
evitadas com mais recursos e conscientização dos criadores.
Outro ponto é a forma como se dará a inserção dos produtos
brasileiros diante da resistência da União Européia e dos EUA. O nível
de corte dos subsídios agrícolas, a ser definido na Rodada de Doha da
OMC, ainda deve ser discutido na reunião entre os governos no fim do
mês. Um dos principais pilares das exportações brasileiras, o agro
negócio ainda não tem seu espaço garantido. E, nesse caso, os estragos
podem ser muito maiores do que se vê hoje com o câmbio, as cotações
em baixa e as quebras de safra.
Paula Pacheco – Revista Carta Capital Agosto de 2006
“Pensar globalmente e atuar localmente”.
“Esse modelo econômico neoliberal que segue em curso, no entanto,
não é um modelo de desenvolvimento nacional. Não consegue ativar a
indústria nacional, nem o mercado interno, distribui renda e muito
menos fazer a economia crescer. Nos últimos quinze anos, a economia
brasileira cresceu, em média, apenas 2,6 por cento na ano. Um pouco
mais do que o crescimento da população. Ou seja, do ponto de vista
econômico, nossa economia está estagnada desde 1980. E, por não ser
um modelo que distribua renda e gere riquezas nacionais, ele não
consegue amenizar os problemas sociais, ao contrario, só agrava.
Enquanto isso, “os de cima” continua acumulando muito. As
empresas transnacionais e os bancos nunca ganharam tanto dinheiro. O
Brasil é o paraíso para os interesses, de bancos e corporações
transnacionais. Todos vêm aqui realizar seus lucros e levá-los embora.
Estamos enviando 2 bilhões de dólares por mês de remessas de todo
tipo, juros, lucros, serviços, etc. O império agradece e o povo paga
calado.
Conclusão: O Brasil vive uma crise de modelo econômico.
Está carente de um projeto de desenvolvimento nacional que consiga
organizar a produção, não para o lucro ou exportações, mas para
resolver as necessidades básicas da população. Que distribua renda e
garanta trabalho, educação e saúde para todos.
O Brasil precisa de um projeto que unifique as energias do
povo em torno dele, para resolver efetivamente seus problemas”.
João Pedro Stedile, texto da Caros amigos, agosto 2006.
A FORÇA DA AGRICULTURA FAMILIAR
O presidente Lula sancionou a Lei da Agricultura
Familiar, uma reivindicação de mais de 10 anos dos movimentos
rurais. Os agricultores familiares passam a ser reconhecidos
como uma categoria produtiva, de acordo com os parâmetros do
PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar), sob responsabilidade do Ministério de
Desenvolvimento Agrário (MDA). A lei garante a
institucionalização das políticas públicas da agricultura familiar,
articulando-as, em todas as fases de implementação, gestão e
execução com as políticas direcionadas à Reforma Agrária. E
contribui para uma maior descentralização das ações públicas e
para a sustentabilidade ambiental e socioeconômica,
promovendo a participação dos agricultores na sua formulação e
implementação. O agricultor familiar agora, para todos os
efeitos, é reconhecido, legal e profissionalmente.
Muita gente não sabe, mas a agricultura familiar no
Brasil é responsável por mais de 40% do valor bruto da produção
agropecuária. Suas cadeias produtivas correspondem a 10% de
todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Reúne 4 milhões e
200 mil agricultores, representa 84% dos estabelecimentos rurais
e emprega 70% da mão-de-obra do campo. É responsável pela
maioria dos alimentos na mesa dos brasileiros: 84% da
mandioca, 67% do feijão, 58% dos suínos, 54% da bovinocultura
do leite, 49% do milho, 40 % das aves e ovos, 32% da soja.
Disse o presidente Lula no dia da sanção da lei: Ao
lado da geração de emprego e renda, da estabilidade econômica e
social e de iniciativas do Fome Zero como o Bolsa Família, o
estímulo à agricultura familiar é certamente um dos responsáveis
pelo processo de redução da pobreza, da miséria e da injustiça
social que ainda ocorre no país. Após décadas de êxodo para as
grandes cidades, o homem e a mulher do campo encontram hoje
a segurança necessária para permanecerem em seu próprio
pedaço de chão. O resultado disso é que a população rural
brasileira voltou a crescer em 2004, de acordo com a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE - PNAD.
Selvino Heck Fonte: www.adital.org.br
DOIS A DOIS – NOSSO CONTINENTE
A Cúpula do Mercosul sediou pelo menos nove encontros
bilaterais, expondo feridas vividas pelos paises membros nestes últimos
seis meses e algumas mais antigas.
Tabaré x Kirchner: o caso das papeladas, “Nem tudo foi cor-de-rosa,
claro que houve dificuldades. Se dissermos o contrário, estamos
cometendo o pecado do cinismo. Existiram e existem, dificuldades, mas
estamos lutando para que essas diferenças sejam conjunturais e
temporárias”. Assim o presidente uruguaio Tabaré Vasquez definiu a
relação de seu país com a Argentina. Tabaré referia-se ao “caso das
papeleras”.
Evo x Bachelet: vista para o mar, A Bolívia perdeu sua costa no
Pacifico em uma guerra contra o Chile no final do século XIX e desde
então a situação entre os dois vizinhos é tensa, sendo que as relações
diplomáticas foram cortadas em 1978. Em Córdoba, os dois presidentes
se encontraram, mas não detalharam a discussão. “Tivemos um dialogo
com a agenda aberta, sem excluir tema algum”, esclareceu Evo. O Chile
de Michelle Barchelet não deu declarações oficiais sobre o encontro.
Mas a reunião bilateral entre os vizinhos andinos foi histórica. É a
primeira vez em 31 anos que a luta boliviana por uma saída ao mar
encontra algum eco.
Evo x Lula: ainda o gás, Depois da estatização de gás no vizinho
andino, Lula se encontrou com Evo Morales em Córdoba. Mas da
reunião bilateral ficaram só dúvidas. O brasileiro disse que o gás não foi
discutido no encontro e que esse assunto está sendo resolvido pela
Petrobras. Já o embaixador da Bolívia em Buenos Aires, Roger Ortiz,
afirmou que os presidentes “conversaram sobre o tema do gás”. Ou seja,
sigilo nas negociações entre Brasil e Bolívia. Fonte: Revista Fórum.
, +)* )-)*
Deus lhe pague.
XVIII Festival de Música Popular Brasileira - UNESP –
Jaboticabal
Lá no festival, lá no festival, lá no festival que julgam
músicas...
1
Falador passa mal, quem mandou você mentir, você
vai se machucar, novamente aqui estou, você vai ter que me
aturar.
Que malandro é você que não sabe o que diz. Cuidado
que muita mentira você pode perder o nariz.
2
Mas o que vai vai e o que vem vem.
3
O que você quer, o que você quer de verdade.
4
Se vacilá o jacaré abraça.
5
Chega de conversa mole (blábláblá), chega! E chega de
conversa (blábláblá).
6
Perfeição demais me agita os instintos. Quem se diz
muito perfeito, na certa encontrou um jeito insosso pra não ser de
carne e osso, pra não ser de carne e osso.
7
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego. Morreu na
contramão atrapalhando o público. Morreu na contramão
atrapalhando o sábado.
8
Não lembra de nada, é louco. Mas não rasga dinheiro.
Promete a mansão no paraíso, contanto que você pague
primeiro, que você primeiro pague. Dê sua doação, e entre no
céu levado pelo bom ladrão.
9
Nunca se vence uma guerra lutando sozinho.
10
Por isso
chegou a hora dessa roda. começar, a responsabilidade de tocar
o seu pandeiro, é a responsabilidade de você manter-se inteiro.
11
Festival de M.P.B. é cosa nostra!
Aquele Abraço
Obs: (Quem precisa de ordem para escrever. Quem precisa de
ordem para rimar
12
).
1-Luís Vagner; 2-Originais do Samba; 3-Jorge Ben ;4-Roberto
Carvalho/Arnaldo Antunes; 5- Wado; 6-Itamar Assumpção; 7-
Moska/Zélia Duncan; 8-Chico Buarque; 9-Gilberto Gil; 10-Raul
Seixas; 11-Chico Science; 12-Zeroquatro.
Natalia Freire Bellentani
“A classe dominante brasileira, em
conseqüência é chamada a exercer, desde o
inicio o papel de uma camada gerencial de
interesses estrangeiros, mais atentos para as
exigências destes do que para as condições de
existência da população nacional”.
Darcy Ribeiro
Mais um Festival foi realizado este ano. Como é bom
participar, e contribuir para que a música impere como a cura
para todos os males. Dor, choro, doenças, repressão e amor.
Transformou-se na melhor tradição da Unesp o Festival
de Musica Popular Brasileira. Aos trancos e barrancos ele vem
sendo realizado e emocionando o seu publico fiel.
Mas o que realmente precisa ser quebrado na FCAV e a
tradição dos alunos que acham que entendem mais de música
dos que os músicos. Com ação leviana, o preconceito em não
presenciar o Festival faz com as gestões que o realiza tomem
prejuízos pela simples ausência dos alunos da Unesp.
Você se pergunta agora? E o Rodeio? Porque o
Diretório não o realiza? Seria uma inépcia realizá-lo, pois além
de ser realizado pela Prefeitura de Jaboticabal o evento acontece
todo ano em quase toda cidade do estado de São Paulo e no
Brasil ai a fora. Nós alunos não possuímos aptidão e tempo para
o tal evento.
O Festival é realizado em parcerias: DA, Atlética,
Prefeitura, Unesp e patrocinadores. Quando uns desses órgãos
não se locupletam a carga de serviço o “corre” acaba sobrando
nas costas do DA ou da Atlética. Este ano não foi diferente dos
outros e o Festival novamente arcou com um prejuízo cujo maior
lesado foi a Atlética.
Seria inconveniente criticar a falta de palavra com quem
pregou sua atuação na realização do evento, pois a satisfação de
quem se responsabilizou realmente para servir nossa
comunidade de boa música foi maior que o ego de quem dá por
missão cumprida mais uma promessa de campanha. Que se
responsabilizem juntos DA e Atlética pelo débito.
Sinceramente meu obrigado. Parabéns a Associação
Atlética Acadêmica “M. P.” por este feito necessário tornando
nossas vidas acadêmicas melhor e cheia de lembranças das
coisas boas que acontecem na FCAV.
Oliver Blanco
(Participação da Comissão organizadora do XVI Festival de
MPB – 13,14, e 15 de maio de 2004).
PARCERIA SISTEMA CFA/CRAs E SEBRAE LANÇA
OS AGENTES DE GESTÃO
Projeto visa reduzir a morte prematura das MPEs
O Sistema Conselho Federal de Administração/Conselhos
Regionais de Administração (CFA/CRAs) implanta, ainda este ano, um
projeto-piloto “Agentes de Gestão” em parceria com o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O objetivo é
conscientizar os micro e pequenos empresários sobre a importância da
Administração profissional nas atividades empresariais e capacitar os
Administradores profissionais para fazer a consultoria In Loco. A iniciativa
surgiu pela deficiência constatada na Pesquisa Nacional do Sebrae de
2004 que aponta a baixa capacitação gerencial, dentre outros fatores,
como determinante da alta taxa de mortalidade das empresas, em que
quase 50% fecham suas portas nos seus primeiros dois anos de vida.
Os Administradores capacitados pelo Sebrae serão
convocados por cada unidade regional da instituição a prestarem
consultoria de acordo com a demanda, principalmente, em relação às
MPEs criadas a menos de dois anos.
Serão utilizados no projeto-piloto o CRA do Mato Grosso do
Sul, com o Sebrae/MS, e o CRA do Distrito Federal, com o Sebrae/DF.
Participam ainda representantes do Sebrae Nacional e do CFA. A
expectativa é de que, até o final do ano, seja concluída a versão final do
projeto em nível nacional.
Franciele Amaro Pereira – ADM 03.
)( * + * +
Câmara Municipal de Jaboticabal
Moção de Congratulação nº 2.718⁄06
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal
Murilo Gaspardo, Vereador que esta subscreve, requer a
Vossa Excelência que, ouvido o plenário e obedecidas às
exigências regimentais, conste em ata Moção de
Congratulação a Associação Atlética Acadêmica “Moacir
Pazeto”, pela realização do XVIII Festival de Música Popular
Brasileira.
Esta Moção justifica-se pela importância histórica e cultural do
Festival para a cidade de Jaboticabal. Manter esta tradição,
apesar de todas as dificuldades financeiras, é um exemplo que
os jovens da Associação Atlética dão ao Município e um
incentivo ao surgimento e à valorização de talentos locais e
regionais.
Requer, outrossim, seja dado conhecimento da manifestação
desta Casa de Leis ao congratulado, aos cuidados da
Associação Atlética Acadêmica “Moacir Pazeto”, na UNESP, Via
de Acesso Professor Paulo Donato Castellane, s⁄n; CEP. 14884-
900; Jaboticabal⁄SP.
Sala de Sessões Dorival Borsari, 02 de junho de 2006.
Murilo Gaspardo - Vereador
MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº3244⁄2004
(Ao Prof. Dr. Moacir Pazeto por ter tido seu nome homenageado
pela Associação Atlética Acadêmica da Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias - Campus UNESP de Jaboticabal.)
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal
ADEMILSON APARECIDO SERVIDONE, Vereador infra-
assinado, requer à Mesa Diretora desta Casa de Leis, que depois
de ouvido o Plenário, seja consignado em Ata, MOÇÃO DE
CONGRATULAÇÃO, ao Ilustríssimo Senhor PROF. DR.
MOACIR PAZETO, que teve seu nome lembrado pela
Associação Atlética Acadêmica da Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias - Campus UNESP de Jaboticabal.
Os jovens fundadores da citada Associação foram muito felizes
na escolha da denominação, pois o PROF. DR. MOACIR
PAZETO foi, até a sua aposentadoria, um professor dedicado,
competente e disciplinado, transmitindo aos seus liderados e
alunos daquela instituição de ensino superior, conhecimentos
que, com certeza, muito os auxiliará na vida, proporcionando a
cada um daqueles jovens mais segurança e tranqüilidade em
seus decisões.
O homenageado foi também Vereador desta Casa de Leis por 18
anos, tendo sido ainda, seu Presidente nos anos de 1989, 1990,
1997 e 1998, tendo exercido seu mister, com a garra que lhe é
peculiar, seu destacando no meio político administrativo do
nosso país.
Ao PROF. DR. MOACIR PAZETO, os nossos efusivos
cumprimentos pela merecida homenagem e aos Diretores da
Associação Atlética Acadêmica Moacir Pazeto, os nossos
agradecimentos pela lembrança de homenagear tão caro e
importante personagem da história de Jaboticabal.
Sala das Sessões Dorival Borsari, 21 de junho de 2004.
ADEMILSON APARECIDO SERVIDONE – Vereado
PROJETO DE LEI Nº 203⁄06
(Dispõe sobre a obrigatoriedade de tornar de Utilidade Pública a
Associação Atlética Acadêmica “Moacir Pazeto”).
ARTIGO 1º - Fica instituída por esta Lei, a obrigatoriedade de
tornar de Utilidade Pública a Associação Atlética Acadêmica
“Moacir Pazeto”.
ARTIGO 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões “Dorival Borsari”,17 de fevereiro de 2006.
Exposição de Motivos
Excelentíssimo Senhor Presidente e Nobres Vereadores
Fundada em 15 de novembro de 2002, a Associação Atlética
“Moacir Pazeto”, é uma instituição que tem por finalidade e
objetivo, promover e organizar eventos com caráter esportivo
diversos, de inclusão social e de confraternização, interligando
assim diversos setores de âmbito acadêmico, municipal e até
estadual; como diretoria e reitoria da Unesp, Prefeitura e
iniciativa privada.
Possui uma infra-estrutura primorosa e um dos maiores setores
de esporte da Universidade Estadual Paulista, dentre as
instalações: piscina semi-olímpica com funcionamento durante
toda a semana incluindo os sábados, 2 quadras poli-esportivas e
de tênis, quadra de vôlei de areia, 3 campos de futebol sendo um
com o tamanho oficial, ginásio poli-esportivo, pista e instalações
de atletismo, tênis de mesa, sala de judô e yoga, muro de
escalada, vestiários e funcionários para a manutenção e
preservação destas.
Sala das Sessões Dorival Borsari, 17 de fevereiro de 2006.
ADEMILSON APARECIDO SERVIDONE – VEREADOR
* * .* * .* * .* * . / 0 1233 +/ 0 1233 +/ 0 1233 +/ 0 1233 +
São Paulo, 14 de julho de 1932.
Meus patrícios
Solicitado pelos meus conterrâneos Minérios
moradores neste estado, para subscrever uma
mensagem que reivindica a ordem constitucional do
paiz, não me é dado, por moléstia, sair do refugio á
que forçadamente me acolhi, mas posso ainda por
estas palavras escriptas afirmar-lhes, não só o meu
inteiro aplauso, como também o apelo de quem,
tendo sempre visado a gloria da sua Pátria dentro do
progresso harmonioso da humanidade, julga poder
dirigir-se em geral a todo os seus patrícios, como um
crente sincero em que os problemas de ordem
política e econômica que ora se debatem, somente
dentro da lei e n’um quadro de plena concórdia
poderão ser resolvidos, de forma a conduzir a nossa
Pátria a superior finalidade dos seus magnos
destinos. Viva o Brasil unido.
Santos Dumont
Esta carta aberta foi escrita por Santos Dumont nove
dias antes de ele se suicidar. Ele a enviou a Pedro de Toledo,
então governador de São Paulo. Com a deflagração da
Revolução Constitucional em São Paulo, escreve uma
mensagem aos brasileiros, contra a luta. No dia 23 do mesmo
mês enforca-se com a gravata no Hotel de la Plage, no Guarujá.
$
A Copa organizada e o crime organizado
Na Copa de futebol organizada como desmedido espetáculo de
mídia pela Rede Globo de televisão, a rua semivazia em dia de jogo do
Brasil, em São Paulo, era antes resultado do esvaziamento da mensagem
– o verde-amarelo vomitado à exaustão – do que da mobilização de uma
comunidade genuína por um motivo verdadeiro. Logo no início dos
jogos ficou evidente que não havia espetáculo nenhum de futebol – o
que havia era espetaculosidade da mídia. Pouco importa se o Brasil se
tornaria ou não campeão do evento. Aquela abordagem midiática tornou
a mensagem inócua logo de cara. O torcedor, lançado feito bucha de
canhão para a composição das imagens de euforia que a Globo montou
nos quatro cantos do país, parecia não saber de nada. Parecia não saber
que sua caricatura verde-amarela estava ali incensando gratuitamente o
show e o milionário borderô da Globo. Imbecil – o torcedor que aparece
na Globo é imbecilizado pela emissora, vira um mico amestrado para
aparecer na telinha de circo da televisão. A troca profusa de fórmulas
ritualizadas vazias de conteúdo, e cujo único propósito é prolongar a
comunicação, transforma o torcedor (na suposta relação torcedor/Globo)
numa ave falante. O torcedor acha que a Globo é a patriota boazinha,
turiferária ela, por sua vez, da cumplicidade mentirosa torcedor/Globo
ou, pior ainda, torcedor/Galvão (como se vê expresso nas faixas e
cartazes que o torcedor exibe na arquibancada, chamando o narrador
oficial da Globo). O torcedor devia achar que o Olodum surgia na tela
da Globo brandindo bumbos todo dia de jogo do Brasil na Copa por
puro patriotismo! Nem desconfiou, o idiota do torcedor, que o Olodum
estaria ali participando de uma montagem de cena, quiçá paga.
Está clara aí a estratégia de manipulação operada pela Rede
Globo: reduzir o mais completamente possível a liberdade da massa
para discutir ou resistir ao que lhe é proposto, estratégia que tem de ser
invisível, como diz Phillipe Breton, dado que a sua revelação indicaria a
existência da tentativa de manipulação. O torcedor não sabe se o
Olodum foi ou não pago para exibir euforia patriótica na telinha.
Na mimetização do pseudo-espetáculo processada pelas outras
emissoras – as primas pobres, sem direito à transmissão dos jogos –, o
espalhafato da torcida era ainda mais patético. Restavam a estas outras
empresas as tais “mesas-redondas”, os tais “debates” sobre futebol, uma
inflação de comentaristas ridículos e descartáveis como copos plásticos
desses amontoados uns em cima dos outros nos cilindros dos
bebedouros de empresas e consultórios médicos. Coisa estéril, motivo
suficiente para desmerecer sem qualquer sombra de dúvida as
concessões recebidas pelas emissoras que exibem tais nulidades.
Já a rua deserta em São Paulo por ocasião dos ataques do
PCC, em maio último, a rua esvaziada pelo crime organizado – esta
tinha peso e conteúdo, tinha significado. Até hoje a pessoa pensa nela, a
pessoa sente a rua como um soco na boca do estômago. Depois disso,
São Paulo se transformou no lugar em que o crime organizado é mais
organizado, mais interessante, mais inteligente e mais sério do que o
Estado e do que qualquer órgão de mídia. É o lugar estarrecedor em que
o crime parece ter mais consciência social do que o Estado. O crime
sabe, inclusive, que a imprensa brasileira é tão hipócrita e corrupta
quanto o Estado. Refiro-me aqui ao depoimento de Marcola, suposta
liderança do PCC, publicado nesta Caros Amigos em junho último. Com
articulação e coerência incomparáveis ao discurso tacanho dos
deputados que o entrevistaram, Marcola responde ao deputado que lhe
pergunta se, na hierarquia do PCC, ele era tido como um dos homens
fortes: “Quem me elege é a imprensa ou até os presos. Mas não existe
essa hierarquia da forma que se imagina, não”. (Depoimento dado à
Câmara Federal, em 2001, à Comissão Especial – Combate à Violência.)
Ora, não é que tudo em que a mídia toca vira merda? Inclusive
eu virei, tendo passado anos escrevendo meu nome num jornalão da
imprensa do status quo. Foram os doze anos de lixo da minha vida –
doze anos sobre os quais eu passaria firmemente uma borracha, se
pudesse, com a veemência da primeira aluna da classe corrigindo no
caderno de 4 a série primária a cópia que transcrevera errado do quadro-
negro. Lá da minha carteira do colégio de freiras em Recife, eu
admirava o desespero da primeira aluna da sala diante da rasura que
cometera, o borrão a grafite de lápis. Punha-se a apagar, então,
ferozmente, batendo no chão as aparas da borracha branca e escolar.
Tudo o que eu queria da primeira aluna da sala era o arrebatamento à
beira da fúria com que ela esfregava a borracha contra o erro primário
manchando a folha branca do caderno. Esfregava até quase rasgar.
Mas eu, como minha vida sempre fora manchada desde muito
cedo, tive também de desenvolver certa constrangedora tolerância para
comigo mesma e meus próprios erros. Corrigir também podia significar
passar a folha do caderno, virar para a seguinte e observar ali uma
característica qualquer que me fortalecesse diante do mundo torpe: o
traço bonito e firme da minha caligrafia, contra os erros cabais na
aritmética, na geometria da vida.
Marilene Felinto
Professores querem universidade
empreendedora
Em parceria com o Sebrae-SP, professores da Unesp
participam de capacitação sobre a disciplina Empreendedorismo, que
será oferecida na universidade.
25/07/2006 - Começou ontem a semana de capacitação dos 62
professores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Águas de
Lindóia, sobre a nova disciplina a ser oferecida em diversos cursos dos
23 campi da instituição: Empreendedorismo. A metodologia do curso
foi elaborada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do
Estado de São Paulo (Sebrae-SP), que coordena a capacitação. A
matéria poderá ser cursada por alunos de qualquer curso, a partir do ano
que vem como disciplina optativa, já que, para o próximo semestre, as
matrículas já foram encerradas.
A oficina de capacitação foi aberta com uma questão aos
professores: é possível ensinar o empreendedorismo? Mauro Pedro
Lopes, consultor que formatou o treinamento dos professores, acredita
que o desafio dos docentes é grande, pelo fato da disciplina ser diferente
de tudo que eles trabalharam antes. Não sei se é possível ensinar, mas é
possível aprender a ser empreendedor. O que o professor deve fazer é
criar um ambiente favorável para o aluno desenvolver uma postura
empreendedora, em seus projetos, empresa, organização, explica
Mauro.
O tema despertou outras discussões entre os docentes. Carlos
Alberto Oliveira, professor do campus experimental de Itapeva, disse
que a universidade também tem de ser mais empreendedora, adotar
uma nova postura, funcionar como uma empresa, com metas e
resultados. Guiliana Pigatto, professora da unidade da Unesp em Tupã,
concordou. Temos que dar não só o arcabouço teórico, mas também
ferramentas práticas para o aluno se relacionar com o mercado, além de
simples empregado, avaliou.
Durante a cerimônia de abertura do evento, os participantes
concordaram que a disciplina sobre empreendedorismo é apenas o
primeiro passo da parceria com o Sebrae-SP. Espero que a combinação
seja profícua e que evolua. Os escritórios regionais do Sebrae estão
próximos a todas as nossas unidades, e podem trazer experiência às
nossas incubadoras, as 28 empresas juniores e aos nossos projetos,
avaliou o reitor na Unesp Marcos Macari. A Unesp tem mais de 30 mil
alunos.
Para a coordenadora do Centro do Empreendedor do Sebrae-
SP, Maria Cristina Alves, a implantação de uma disciplina sobre
empreendedorismo, a partir do conhecimento da instituição, é relevante
e desafiante: Nossas ações nas universidades sempre foram muito
pontuais. A implantação de uma disciplina sobre o empreendedorismo é
importantíssima, ajuda a quebrar a resistência da academia em relação
ao mercado. A Unesp está fazendo história, acredita.
A professora Sheila Zambello de Pinho, pró-reitora de
graduação da Unesp entende que a disciplina não ficará restrita a
estudantes de cursos tradicionalmente ligados ao empreendedorismo,
como administração e engenharia. Todos os alunos podem se
interessar. A disciplina mostra uma outra visão de mundo, do mercado
de trabalho, acredita.
Assessoria de Comunicação do Sebrae - SP
Lêleleleêê!
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Bateria nova!
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  • 1. Acorda simpático! O Jornal da Atlética está de volta para encher a comunidade F.C.A.V. de consciência crítica. Boa informação em tempos de luta, em tempos de eleição, tempos de InterUnesp. A Sinapse é secular e por hora vive pensando. Verdade é voz que vem de dentro e para os menos interessados lhe sobra o cale-se. Leia e sinta-se a vontade pra julgar o teu réu. Pois o jornal cobra tua crítica, busca também sobreviver no coração dos estudantes à esperançosa luta estudantil. Buscamos transmitir o lado B da política agrícola do festival, da guerra americana, usando as palavras de alunos e estudiosos brasileiros. O Jornal vem complementar a voz dos servidores, que durante um mês foram esquecidos por alunos e professores. Lembrando que daqui a pouco estão chegando as Eleições. Na mesma órbita movem-se tradicionalistas e iconoclastas; mostram-se fiéis preservadores do legado colonial, já dizia Sergio Buarque de Holanda. Por um momento nas páginas de nossa cercania circula na veia a nossa resistência cultural. Boa leitura. Oliver Blanco Coordenação Geral: Oliver Blanco Revisores: Diretoria da Atlética Apoio: Vice-diretor Áureo, ao Cláudio pela impressão e toda Diretoria da Atlética. Tiragem da edição: 400 exemplares. Email: atlética_fcav@yahoo.com.br 03 Diário da Atlética - Diretoria 04 Balanço da Tesouraria da A.A.A. – Pyoio INTERUNESP – 2006 por Tongó 06 ATLÉTICA MODELO por Oliver Jogos de Jabuka no InterUnesp 2006 07 Mau-Mau e Xinela por Thomas 08 SEGUNDO TEMPO – Ministério dos Esportes 09 Nossas Poesia: Spleen do Mundo "Só de Sacanagem” e O Grande Homem 10 SOCIAL REPUBLICA ESTUDANTIL: A (des)valorização da Extensão Universitária O “Governo da Educação” Copiar Livro é Direito Copia de Livro e Pirataria – Tudo Direito, por Marilene Felinto 12 Servidores: Estamos em Greve!! Paralisação na F. C. A, V. é Agora! Deputado empaca a LDO - 2007 13 Políticas Agrícolas: Brasil: Agricultura Camponesa e Reforma Agrária Dependência ou Crise? por Carta Capital Agricultura Familiar MERCOSUL 15 O Festival da Atlética: Deus lhe pague. Por Ogiva Festival por Oliver Parceria Sistema CFA/CRAs e SEBRAE 16 Notícias da Sinapse Câmara Municipal de Jaboticabal 100 anos de Dumont Unesp Adota DESAVISO Empreendedorismo 17 Curiosidades Necessárias: Afinação Cerebral por Epaminondas www. Dicas de Sítios 18 Até Quando? Por Eduardo Galeano 19 Este desejo de sangue! Semana Zumbi Aguá ou Coca-Cola? 20 ELEIÇÕES 2006 21 BANGUE! BANGUE! Capa: O Iluminado
  • 2. Diário da Atlética Diário... Aquele caderninho onde escrevemos tudo o que aconteceu no nosso dia, nossas emoções, conquistas, fracassos e desabafos. Quem de vocês leitores nunca teve ou ao menos tentou ter um durante toda sua vida? Pois nós temos e vamos abri-lo para você nesta edição da Sinapse, pois ninguém mais do que você merece saber um pouquinho de tudo que andou rolando nesse ano na Atlética. Então aqui vai: Nossa jornada começa ainda em 2005, quando decidimos batalhar por mais um ano de gestão. Na seqüência do Interunesp, já vinham às eleições a galope. Vamos encarar? Claro que vamos! As eleições parecem uma verdadeira guerra, muita tensão, correria e preparação. Disputando de forma limpa e com muita energia conseguimos nossa primeira conquista. Temos que confessar que não poupamos forças para comemorar nossa vitória e começar o mais rápido possível a arregaçar as mangas. Nosso primeiro desafio foi a Semana Zero, assumimos a parceria com o Diretório Acadêmico para realizar todas as atividades de recepção aos calouros (pedágio ecológico, arrecadação de alimentos pela cidade, almoço com os bixos na praça da catedral, plantio de árvore...), além do BISHOW, nossa tradicional gincana com a bixarada. Aliás, aonde estavam os veteranos no BISHOW?!?!? Sumiram com exceção de poucos guerreiros que foram “torcer” pelos bixos e ainda tiveram a chance de ganhar um belo cabo-de-guerra (bixos burros caíram na lama, haha!). Ainda teve a CALCU, a competição foi como já conhecemos, mas este ano com uma participação incrível dos bixos (É difícil falar isso: Parabéns bixarada, vocês mandaram bem, mas perderam!) e ainda teve a balada... Que festa! Com a entrada do público pudemos ajudar o orfanato Lar do Caminho e o lucro comprou a nova bateria da Atlética. (Você já viu, melhor ainda, já tocou? Aparece na salinha e participa dos ensaios!) Na seqüência de festas veio o CARNATLÉTICA nosso tradicional carnaval fora de época. Que trampo fazer toda aquela decoração, além da interminável negociação com a tão premiada Escola de samba de nossa comunidade. Pena que teve gente que achou que a festa era o que se via da porta, não sabiam de atrás da lona preta é que estava o grande lance. Descansado um pouco das festas e voltando para nosso maior compromisso, a responsabilidade social, fizemos um esforço sobre humano e quase no desiludimos, mas conseguimos realizar o VI SÁBADO ATITUDE com quase 200 crianças da rede pública, creches e orfanatos de nossa cidade. Puxa vida, um sábado desses compensa todas as reclamações, criticas intermináveis reuniões, mendigagem por patrocínios, etc, etc, etc. Cada sorriso, cada abraço, toda a energia do SÁBADO ATITUDE faz tudo valer a pena, até aquela faltas que nos enforcaram para o resto do semestre letivo! Outras grandes conquistas emergiram com nosso trabalho e mais gratificação tomou conta do grupo: Com a realização do CARNATLÉTICA, conseguimos parte dos fundos necessários para a reforma da quadra de tênis. Pois é, pelo que nos parece isso virou nossa responsabilidade e não mais do campus... Mas tudo bem, a festa foi um sucesso e estreitaram nossos laços com outros grupos, como os estudantes das outras faculdades de Jaboticabal. Já passou da hora de nos unirmos, não é? Outra grande realização foi à moção e aprovação da Lei que declara nossa Associação como um órgão de Serviço de Utilidade Pública, em reconhecimento de todo o trabalho realizado por uma entidade tão nova. Participamos também dos jogos COPAVET, que bagunça o pessoal da veterinária consegue fazer! E o ECONOMÍADAS CAIPIRA, no qual nosso campus conquistou colocações bastante louváveis, ainda mais sendo a menor delegação de toda a competição. Não satisfeitos ainda entramos em mais uma parceria com o DA e realizamos o XVIII FESTIVAL DE MPB de Jaboticabal. Foi um festival fenomenal, cheio de arte, música, expressão, mas com tão poucas pessoas para apreciar este show, na mais pura essência da palavra. Será que as pessoas não gostam da arte, da cultura? Será mesmo, que o futuro da música se resume ao “batidão”? Seria melhor acreditar em uma outra desculpa qualquer, mas parece-nos que o diferente assusta, e conhecer o novo é muito distante para algumas pessoas. Será? Por favor, diga que não... Bem, se a boa música brasileira não chama o grande público, o bom e velho futebol chama. Mais uma vez as noites do ginásio foram praticamente todas dominadas pelo INTEREP’S. Lá se vê de tudo, pernas de pau, revelações, torcedoras enlouquecidas (ou podemos dizer namoradas apaixonadas?), brigas (saudáveis, apesar no número recorde de contusões!!!), comemorações originais, gols, frangos e diversão. Sem dúvida o Intereps está na nossa lista de favoritos, mesmo com alguns tropeços adoramos ser mesários e bandeirinha (hehe!) e mais que tudo, comemorar com os campeões! Nossa, foi um semestre puxado. Muitas brigas, abraços, raiva, carinho, pressa, cansaço e cobranças encheram a nossa salinha, a mesma salinha que foi palco de tantas decisões, discussões e votações, fora as noites de confusão (“Vim fazer minha inscrição!” “Quero fazer minha carteirinha!” “Cadê minha carteirinha?” “Tem bola?” “Que dia é o treino?”...). Mas valeu e tem muito mais pela frente. Agosto começou com tudo e no segundo dia de aula já rolou o FORRONEJO, outra tradicional festa de nossa Atlética com o melhor do sertanejão aliado ao forró pé de serra. Agora nosso maior foco é o INTERUNESP, que já vou adiantando, vai ser o melhor Interunesp que já houve. Além dos jogos estarem cada vez mais organizados e o nível esportivo mais alto, as baladas não deixam a desejar, pelo contrário, é difícil de acreditar que tudo aquilo vai rolar num só feriado! (Leia mais no artigo do Interunesp) Depois, ainda vem mais... Aguarde-nos! Diretoria Gestão Criatividade
  • 3. TEXTO DA TESOURARIA A.A.A.”M.P.” Gestão-2006 Criatividade É galera a gestão criatividade está acabando, mas parece que está só começando, isso é porque o trabalho foi feito com muita vontade e competência e é por isso que só acaba na data de entrega da gestão. Eu como tesoureiro me sinto na obrigação de passar as contas da gestão e de agradecer a todos que compareceram em qualquer evento da associação, sendo esportivos e ou festivos. Alem do agradecimento a todos gostaria de ressaltar o apoio de nossos associados essencial para se acreditar no trabalho. Mas como nem tudo cheira flores me sinto no direito de chamar a atenção da comunidade, pois fizemos a festa do Forrónejo nos moldes que as 24 repúblicas que estavam apoiando queriam e muitas destas nem sequer compareceram, estes fatos é que não se entende e até desanimam um pouco, mas o grupo é forte e com apoio mútuo nós superamos as dificuldades.. Agradeço e espero que a cooperação continue. POSSE: KIT BIXO: Entrada $ 702,00 Custo $ 1.207,55 Saídas $ 692,00 Entrada $ 2.143,60 Lucro $ 10,00 Lucro $ 936,08 CALCU: BATERIA NOVA: Custos $ 1399,00 – balada Bateria $ 1.500,00 $ 2665,00 - bar Entrada $ 3528,95 - balada $ 218,00 - renovação $ 1455,00 - bar Lucro: $ 1136,95 CARNATLÉTICA: SÁBADO ATITUDE: Custos $ 1.920,00 – balada Gastos: $ 306,00 $ 2.561,00 - bar Entradas $ 3841,00 Preju: $ 640,00 (sobra de 155 fardos de skol) INTER-REPS: - Futsal INSCRIÇÃO NO INTERUNESP: Custos $ 400,00 – juiz Inscrição: $ 1.000,00 $ 352,00 - premiação $ 70,00 - bola Entradas $ 652,00 - renovação $ 1.009,00 - inscrição Lucro: $ 839,00 UNESP FOLIA: FORRÓNEJO: Custos $ 1.190,50 Custos $ 2.150,50 Entrada $ 2.613,75 Entradas $ 4.825,00 Lucro: $ 1.415,25 Lucro $ 2.675,00 FESTIVAL DE MPB: Gastos: $ 10.489,00 A.A.A. $ 5.422,00 DA $ 4.000,00 Premiação $ 2.600,00 Som Entradas: $ 4.500,00 - Bilheteria $ 1.500,00 - Funep $ 1.800,00 - Reitoria Preju: $ 14.711,00 (7.355,50 p/ cada entidade) REUNIÕES C.O. INTER UNESP: $ 432,20(gás. + pedágios) GASTOS MIÚDOS: $ 305,00(Papelaria, burocracias) TAXAS E JUROS BANCÁRIOS: $ 680,00 CRÉDITO COM D.A.: $ 1.301,00 (empréstimo, festival, kit bixo) OBRIGADO DE CORAÇÃO A TODOS OS IRMÃOS DA CRIATIVIDADE Juliano Kump Mathion PYOIO (Tesoureiro da A.A.A.”M.P”) INTERUNESP – 2006 O espírito JABUTILÔCO já ronda sobre as cabeças da comunidade FCAV! Até quem ainda nunca presenciou o evento já sente este movimento no ar, e se a pessoa se deixar levar, com certeza nunca mais vai se desvencilhar. Esta força une “gregos e troianos” dentro da nossa faculdade com o mesmo propósito, que ninguém sabe explicar direito, mas é sempre presente, seja no esquenta antes de entrar ou dentro do busão (saibam aproveitar sem queimar a largada!), na chegada eufórica e acomodação no alojamento, ou na integração intensiva com estudantes dos outros campi também presentes no aloja, seja na torcida batucando e perdendo a voz nas arquibancadas da vida, na tenda, nas mega- baladas que com certeza deixa muita gente abismada, pois está entre as maiores do Brasil, ou então na raça que surge quando jogando uma disputa a favor dos jabutilocos, ninguém explica... mas pode ter certeza que se você presenciar vai ter muita história engraçada para contar. O Interunesp é o maior e o melhor dentre os jogos universitários do estado de São Paulo, talvez até do Brasil. Promove a competição esportiva e confraternização entre as unidades da UNESP. Este ano será a 5ª edição que Jaboticabal participará, na primeira em 2002 (Araraquara) desempenhamos muito bem nas disputas esportivas, e na balada também como sempre, levamos dois ônibus e uma das delegações mais animadas da edição que marcou a entrada de Jabuca com tudo nos jogos. Em 2003 (Guaratinguetá) a delegação duplicou em número de pessoas, mas sem nunca deixar a união de lado, a bateria teve sua efetiva participação durante as disputas e conseguimos o primeiro título dos alternativos. No ano de 2004 Jaboticabal presidiu a comissão organizadora e sediou os jogos, foi a edição de maior expressão de público até então, chegando perto dos 7000 participantes, foi o primeira vez que foi implantada a famosa tenda e também um mascote (jabutilôco), por fim, conseguimos o bi-alternativos. A última participação em Ilha Solteira não foi nada boa, no que diz respeito à participação da torcida e ao desempenho nos jogos, se este ano Jaboticabal tiver os mesmos resultados que 2005, muito provavelmente estaremos na 2ª divisão o ano que vem. Este ano o evento voltará a ser realizado em Araraquara durante o feriado da pátria nos dias 7, 8, 9 e 10 de setembro, a saída oficial da delegação jabutilôco vai ser no fim da noite do dia 6 (a hora vai depender, pois a C.O. está negociando uma pré- festa com Mundo livre S.A.), e com chegada prevista para as 23h. do dia 10.
  • 4. É a primeira vez que o Interunesp terá 20 campi participantes, e também será a primeira vez que irá ter 2ª divisão (1ª divisão: Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu, Franca, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília, Presidente Prudente, Rio claro, S. J. Rio Preto, Rosana e São Vicente; 2ª divisão: Dracena, Itapeva, São Paulo, Sorocaba e Tupã). A segunda divisão a partir deste ano rondará as cabeças de vários campi, ela ocorrerá simultaneamente com a primeira divisão. Ao fim da competição quatro campi serão rebaixados e apenas um subirá para a 1ª, sendo que esta no ano que vem possuirá 12 campi em competição e a segunda oito. Este rebaixamento acarreta, além da perda de moral e o esculacho que iremos sofrer com a zuação das outras unidades, também trás como conseqüência a perda do repasse (verba arrecadada nos jogos pela C.O. que é redistribuída entre as atléticas realizadoras do evento, com finalidade de mantença e crescimento das mesmas pois estas são responsáveis diretas pelo fomento e prática esportiva dentro de cada unidade da UNESP). Portanto participem! Há lugar na bateria, nas modalidades esportivas ou mesmo na torcida; ainda temos o bandeirão e o mascote jabutilôco, preparem-se. A tenda e as baladas acontecerão no recinto da Facira ao lado do Gigantão (G1), na tenda rola música de boite o dia inteiro e as baladas terão as seguintes atrações: 1º dia – Funk como lê gusta (funk, samba, soul) e Bartucada (samba e axé) no palco1, Reggaço (reggae) no palco 2, e DJ Sam Miura (psy/walter republic) na pista eletrônica. 2º dia – Jorge Ben Jor e Trio Virgulino (forró) no palco1, URV (O Rappa cover) no palco 2, E na pista eletrônica DJ Akasha (psy/alchemy records) e DJ’s Gustavinho e Alemão (house/dance/boite-Botucatu). Para fechar com chave de ouro o 3ºdia terá como tema festa a fantasia com a banda Farufyno (samba-rock) abrindo, depois entra Matraka Loka (axé – lembra? Fechou as baladas no ano passado) no palco 1, e cascabum no 2º palco, para finalizar DJ Skulptor na pista eletrônica com o melhor do psy-tance. Todas estas festas serão open bar com direito a: cerveja Bohemia e Original, refrigerante (Ambev), água, vodka Orloff, vinho e Jurupinga. Portanto segurem a onda que a pancada é certa. E para quem não agüenta... Vê se vocês conseguem pelo menos dar conta de não dormir e perder tudo isso. Pelo amor, hein? Mesmo que for para dar um gorfo e assim melhorar, não desista erga a cabeça encha o peito, por que além de você aproveitar a balada até o fim, você vai ter que jogar amanhã de manhã. Para quem não ta acostumado, são quatro dias de batidão forte, disputas esportivas, muita música, integração e diversão. Por favor, MANTENHAM A CALMA E A CONSCIÊNCIA e aproveitem ao máximo. Contamos com a presença de vocês, esperamos para este ano que tudo flua muito bem, e que o INTERUNESP se consolide mais uma vez como um grandioso evento de sucesso e com um novo recorde de público. Até lá! Oba!!!! Venda de pacotes Já ocorre desde o início das aulas e acontece no Iglu (ao lado da cantina central), este ano será o local oficial para se obter informações e adquirir o seu passaporte Jabutilôco para o INTERUNESP. O atendimento se dá durante os intervalos das aulas nos três períodos (manhã, tarde e noite). • O preço dos pacotes varia em três situações: 1. Pacote JABUTILÔCO (Completo): o mais popular está contido neste: O Busão, garantindo a ida, a volta e o transporte da galera dentro de Araraquara; O Alojamento, comportará todos quanto às necessidades básicas (sono, banho, alimentação matinal); O Café da manhã, normalmente é o que segura o pessoal durante o dia, depois da balada e no pré-jogos; A Bata e Caneca que são indispensáveis para um legítimo Jabutilôco e por fim o ingresso das três mega-baladas. 2. Pacote REBELDE: este é especial para as pessoas que conseguem ou preferem ir de carro e pagar para se alojar. Contém a Bata a Caneca e o Convite das Baladas. 3. Pacote ATLÈTA: pela primeira vez a Atlética está conseguindo subsidiar seus atletas, um feito único, portanto se você gosta de praticar esportes ou se identifica com alguma modalidade aproveite a oportunidade de poder vestir a camisa da FCAV e defender nosso campus, ajudando Jaboticabal melhorar o desempenho nos jogos (e também a fugir da 2ª divisão). E sabe o melhor! Usufruindo das mesmas regalias do pacote completo (transporte, café, alojamento, bata, caneca e baladas) pagando menos por isso. OBS: O pacote Atleta só poderá ser adquirido frente a um acordo firmado entre a atlética e o atleta, este que assinará um termo de compromisso se propondo a participar dos treinos e jogar (no dia da competição) em boas condições físicas e psicológicas a(s) modalidade(s) escolhida(s) pelo mesmo. As formas de pagamento são variadas, portanto visitem o Iglu e se informem, porque quanto mais você espera, menores são as opções de pagamento. ATLÉTAS INTERESSADOS EM JOGAR NO INTERUNESP 2006 Os horários dos treinos estão fixados nos murais da facú ou no Iglu estão sendo supervisionados pelos professores/treinadores do setor de esportes, procurem, fiquem atentos, e assinem a lista de atletas, para garantir o seu lugar, essa lista será enviada à comissão organizadora dos jogos (C.O.) para confecção de identificação individual. As modalidades que vocês podem participar são: Basquete (M/F), Vôlei de quadra e areia (M/F), Hand (M/F), Futsal (M/F), Fut. Campo (Masc.), Atletismo, Tênis de campo e de mesa (M/F), Xadrez, Truco, Natação (M/F), Judô (Equipe/Absoluto), Alternativos. OBS: NÃO ESQUEÇA EM HIPOTESE ALGUMA SEU DOCUMENTO (R.G.), POIS SEM ELE VOCÊ TEÓRICAMENTE NÃO É UM UNESPIANO SEGUNDO A LIGA INTERUNESP, E ISSO OS DEIXAM FORA DOS JOGOS. Boa sorte para nós!!! Victor de Abreu Zamproni (tongó/zoo02) Dir. Ext. de Esportes da A.A.A.”MP” As Baladas vai ser o Bicho! Hááááá! Araraquara é um Tesão! Só tem gostosa viado e sapatão!! Jabutiloko!!!
  • 5. ATLÉTICA MODELO SÁBADO ATITUDE – Amizade . Esperança . Cidadania - Escolinha de Futebol da Atlética Podemos mostrar para toda comunidade FCAV, para todas as Associações Atléticas da Unesp como também para outras existentes no Estado, que somos uma Atlética modelo. Um exemplo atual de como usar o esporte como atrativo para educar e exercer a extensão universitária. O projeto Escolinha de Futebol da Atlética e o evento Sábado Atitude é uma realidade possível de ser construída e transmitida a outras Associações. Com esses projetos estamos colhendo bons frutos dentro e fora da universidade. Trabalhando com crianças, pensando na educação e na atração esportiva, recreativa e ação conjunta com o meio e toda cercania social. O Sábado Atitude e a Escolinha são projetos infindos dentro da FCAV, pois o objetivo é trazer a realidade deste Mundão para bem perto de nós, para o nosso grande centro de pesquisas, pois é sabido da incompetência de nossos governantes perante a educação pública neste país, sendo assim, também é sabido da vulnerabilidade de uma criança em ser explorada. Tomando outras vias na sua caminha. Fazer-se de cego e não enxergar a realidade tão linear ai fora é piorar a convivência humana. Para que fazermos pesquisas então? Mandamos um astronauta ao espaço ver a bunda de um vaga-lume acender vergonhosamente perto do brilho da Lua e não sabemos dar ensino, saúde, transporte de qualidade a nossas crianças. Aqui dentro, educamos e aprendemos com elas coisas que não sabemos, aprendemos sua linguagem, sua falta de carinho, de oportunidade. Prevenir então que elas adquirem dor em seus corações quiçá nunca mais ser curadas é o objetivo da inclusão social promovida pela Atlética. Temos credibilidade para enchermos o peito e falar, no presente sim, que podemos realmente falar, transmitir o que sempre deu certo, por que mostramos aquilo que ousamos pronunciar. Atitudes como essas, num mundo em que vivemos, é a saída mais atenuante para deixar menos vivo no ser humano - o envolvido na teia do neoliberalismo - a ganância e a avareza. Praticamos então a troca de favores; fazemos à necessária e verdadeira política, sem medo do erro, buscando aprender o certo para aquilo que iremos encontrar em carne viva no Mundão ai fora. Aos alunos nessa pegada, os que constroem e dão continuidade, além também de fornecer nova criatividade aos projetos, sobra lhes um pacote realista do conhecimento: amizade, esperança e cidadania. Ta nessa! Toma aí um desabafo... Oliver Blanco ...o primeiro passo para enfrentar o desafio de erradicar a pobreza é sair da tutela da lógica e do poder dos economistas. E fazer uma opção ética pelo fim da exclusão. De certa forma, cem anos depois, o debate nacional volta ao tempo da escravidão: primeiro, sua indecência; segundo, sua ineficiência. Cristovam Buarque, A segunda Abolição, Paz e Terra, 2ª ed., pp. 41-42 Jogos de Jaboticabal no InterUnesp 2006 QUINTA 08:00h Hendebol Feminino................Jabuka x Araraquara 09:00h Futsal Masculino....................Jabuka x Marilia 09:00h Vôlei Areia.............................Jabuka x Bauru 10:30h Basquete Masculino...............Jabuka x Rio Preto 13:00h Hendebol Masculino..............Jabuka x Rio Preto 15:00h Vôlei Feminino.......................Jabuka x Araraquara 16:00h Vôlei Masculino......................Jabuka x Araçatuba 16:00h Vôlei Areia..............................Jabuka x Araraquara 17:00h Futsal Feminino......................Jabuka x Rio Claro 17:00h Futebol de Campo..................Jabuka x Araçatuba 18:00h Tênis Masculino.....................Jabuka x Bauru SEXTA 08:00h Tênis Feminino......................Jabuka x Guaratinguetá 09:00h ATLETISMO 19:15h JUDO SÁBADO 11:00h Xadrez 14:00h Tênis de Mesa 14:00h Natação DOMINGO 14:00h TRUCO ...não esqueçam dos Jogos Alternativos, aguardem!!!! DECISÕES DA ASSEMBLÉIA GERAL A.A.A.”M.P.” Foi aprovado em Assembléia Geral pela Atlética: Os cargos de Presidente, Vice e Tesoureiro terão por responsabilidade estatutária a permanência nos cargos por período anual. Portanto não serão validadas as inscrições de chapas em que os cargos principais não se responsabilizarem. Aos alunos do primeiro ano “bixos” e do segundo ano que acompanharam as atividades da Atlética, participando de no mínimo de seis meses de reuniões ordinárias poderão assumir cargos também. Lógico que não os principais. Atenção atente-se! O período de inscrições de chapa está chegando. O Edital logo-logo vai estar nos murais. BATERIA DA ATLÉTICA Ai batuqueiro e guitarreiros da FCAV, a Atlética está com bateria nova. Não vacile se apresente e garanta o teu instrumento de percussão, e se você tiver instrumentos traga. Para os que não batem tambor a opção e o grito de guerra, faça suas rimas e venha participar; já está rolando os ensaios com a presença do maestro. InterUnesp Araraquara já é! Diretoria
  • 6. Mau-Mau, Xinela. Algumas imagens ficam gravadas em nossa mente sem deixar claro os seus porquês. Como uma interrogação persistente, que se transforma em uma verdade afirmativa como num passe de mágica, desencadeando uma lógica anacrônica e nos deixando claro que o entendimento, nem sempre nos cabe, percorre os caminhos misteriosos da Divindade Cito dois momentos para cada um. Em relação ao Mau-Mau, uma visão na cantina, daquele aluno que acabara de chegar transferido de Lavras. Não sei explicar, mas me chamou atenção. Muitos chegam, poucos chamam a minha atenção. Talvez a pele negra, talvez a camiseta fazendo referência a um Diretório Acadêmico.... Outro momento é mais carregado. Depois de passar por um momento que certamente ele não gosta de lembrar, mas que com certeza contribuiu com seu fortalecimento. Já éramos amigos, já trabalhávamos juntos, e ele já era constantemente cobrado. Foi intenso. A falta de compromisso com as responsabilidades assumidas me fez ser duro nas palavras, julguei que fosse preciso. Estávamos em frente às quadras de tênis do Itaguará Clube, no Interunesp 2003, o Túlio ao meu lado. Mau-mau ouvia resignado, triste com a noite que passará. Em relação à Xinela também trago dois momentos marcantes. Um no qual subia rumo à portaria 2, pegando carona com minha bicicleta em um fusca vermelho. Conversava com a motorista sobre os trabalhos da Atlética. Ao transpormos o portão, o carro parou, falei que a Xinela tinha pedido para participar do trabalho. Estranhei a indignação da pessoa que dirigia, e do passageiro, um da mesma turma, outra do mesmo curso, porém fazendo disciplinas com a mesma. Ficaram incomodados. “Mas a Xinela”? “Ela é irresponsável”! A mim, só coube a resposta: “mas o que vc quer que eu faça, ela quer ajudar, não posso proibir”. Depois disso, de fato, convivemos, também, com sua falta de responsabilidade. O outro momento que me fora marcante, também depois de estabelecida a amizade e o trabalho, foi no dia em que marcamos Assembléia Geral para aprovar o estatuto da Atlética. Além de a secretária estar ausente na sessão, apenas apareceu para entregar um documento diferente daquele no qual eu, Túlio, Kabeça, Zulú e Curió tínhamos gasto horas para servir como base para a discussão. Dessa vez era o Túlio quem esbravejava para Xinela em frente ao Anfiteatro, eu quem estava ao seu lado. A dúvida era clara. Será que aquelas pessoas que questionaram seus valores estavam certas? Hoje as respostas são claras. Em tempos nos quais nossos órgãos representativos tornaram-se apenas objeto de satisfação de desejos pessoais, sem que aja o comprometimento real com a responsabilidade que se assume, pessoas que colocam o coração naquilo que fazem, são designadas para assumir as maiores tarefas. Chega de presidentes meio período. Ou é ou não é. São Paulo hoje é assumida por dois ilustres desconhecidos, que jamais seriam eleitos. Conseqüência dos seus desejos e objetivos, que nada tem haver com os interesses da comunidade. Uns falam que fazem e acontecem, outros servem de massa de manobra do que há de pior nessa F.C.A.V., e na hora do vamos ver, vão seguir suas vidinhas burocráticas sem se preocupar com o compromisso que assumiram, sem se preocupar com aqueles que um dia acreditaram em suas palavras vazias. Enquanto isso, os alunos perdem espaço, as grades se levantam, os jardins se transformam em concreto e nossa voz segue sem força, facilmente dominada por uma diretoria arrogante. Fins-de-tarde pagos, longe de nossa casa, com desconto para as repúblicas que se julgam donas dessa faculdade, mas que nunca fizeram nada capaz de contribuir com seu crescimento, aumentos de 100% nas festas tradicionais, e muita, muita propaganda enganosa.... Hoje eu sei. Sei o porquê de você Mau-Mau, ter me chamado atenção no primeiro dia em que te vi. Sei o porquê daquela indignação de dois amigos seus Xinela, quando aceitei sua presença em nosso grupo. Sei também, o porquê de termos sidos duros com vocês em alguns momentos. Vocês apenas precisavam. Pois seriam vocês, que seguiriam transmitindo nosso legado. Nenhum daqueles saíram dizendo fazer e acontecer. Esses não serão lembrados. Apenas os dois que eram acusados de irresponsabilidade, que estavam sempre presentes sem ocupar muito espaço, humildes. Apenas aqueles que foram capazes de compreender que nada faz sentido se não tiverem amor. “Pois ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o címbalo que retite”. “Ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada terei”. Pois como ensinou o poeta “o amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensorberbece, não procura os seus próprios interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba”. Vocês são prova disso. O amor é um dom supremo. O amor jamais acaba. Nosso legado é simples. Poucas palavras, em vocês, eu apenas acredito, eu apenas confio, eu apenas me sinto feliz. Diretório e Atlética é pra quem tem coração, pra quem tem vontade de trabalhar em nome dos outros, e não em por seus próprios interesses, não por vaidade. E como diz o velho dito chinês:”fazer uma coisa pela metade, é a mesma coisa que não fazer nada”. Parabéns a vocês. Com amor e saudades. Thomas “Princípios de Economia Política para servir de introdução, ‘é que o soberano de cada nação deve considerar-se como chefe ou cabeça de uma vasta família, e consequentemente amparar a todos que nela estão, como seus filhos e cooperadores da geral felicidade... ’ ‘Quando mais o governo civil se aproxima a este caráter paternal – diz ainda – e forceja por realizar essa ficção generosa e filantrópica, tanto ele é mais justo e poderoso, sendo então a obediência a mais voluntária e cordial, e a satisfação dos povos a mais sincera e indefinida’. ...’as relações entre governantes e governados, entre monarcas e súditos. Uma lei moral inflexível, superior a todos os cálculos e vontades dos homens, pode regular a boa harmonia do corpo social, e portanto deve ser rigorosamente respeitada e cumprida’”. Sergio Buarque de Holanda – Raízes do Brasil.
  • 7. "O ESPORTE E A ESCOLA NO MESMO TIME" O Segundo Tempo é um programa do Ministério do Esporte, em parceria com o Ministério da Educação promovido pela Secretaria de Esporte Educacional, destinado a possibilitar o acesso à prática esportiva aos alunos matriculados no ensino fundamental e médio dos estabelecimentos públicos de educação do Brasil, principalmente em áreas de vulnerabilidade social. Esportes No Ministério do Esporte, o governo trabalha para dar eficiência a ações de inclusão social que garantam o acesso gratuito à prática esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano. Há muitos exemplos no atual governo, como o atendimento a 971.098 crianças e adolescentes matriculados na rede pública de educação fundamental e média, em 4.130 núcleos desportivos de 780 municípios no Programa Segundo Tempo. Segundo tempo beneficia um milhão de crianças em todo o Brasil O Programa Segundo Tempo, desenvolvido pelo Ministério do Esporte desde 2003, já beneficia quase um milhão de crianças em todos os estados brasileiros. A iniciativa se caracteriza pela instituição de um segundo turno escolar no quais crianças e adolescentes da rede pública de ensino têm acesso à prática esportiva, alimentação, reforço escolar e noções de saúde e higiene. Trata-se do maior programa sócio-esportivo do mundo, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU). Até o momento, existem três mil núcleos do programa em 800 municípios brasileiros. Para tornar viável o funcionamento desses núcleos, o Ministério do Esporte firma convênios com organizações não-governamentais, clubes sociais e entidades de classe. Hoje, mais de 100 parceiros participam do programa. O principal deles é o Sesi com mais de 50 mil crianças atendidas. Além disso, o governo federal fornece materiais esportivos e uniformes produzidos por outras duas ações do ministério – o Pintando a Liberdade e o Pintando a Cidadania. O programa ainda é responsável por 11 mil empregos diretos. São profissionais e estagiários das áreas de Pedagogia e Educação Física envolvidos na organização e gestão dos núcleos. Nos convênios firmados pelo Ministério do Esporte são investidos R$ 113,4 milhões pelo governo federal e outros R$ 40,7 milhões em contrapartida por parte dos parceiros. Nos núcleos ficam à disposição dos alunos modalidades como, natação, futebol, basquete, capoeira, vôlei e tênis de mesa. As crianças também participam de atividades extracurriculares (oficinas de artes cênicas, por exemplo) e recebem atendimento médico (oftalmologia, cardiologia, pediatria etc) e reforço escolar. Bahia é o estado onde há o maior número de crianças atendidas pelo programa. São 104.594 em 206 núcleos do Segundo Tempo. Já no Rio Janeiro são beneficiados 90.564 alunos de escolas públicas seguido de Minas Gerais (80.852), Distrito Federal (66.872) e Goiás (55.723). África A experiência bem-sucedida do Segundo Tempo começa a ser compartilhada com outros países. No dia 15 de novembro o programa foi lançado em Luanda, na Angola. O país de língua portuguesa, que passa por uma reconstrução há três anos após 27 anos de guerra civil, está adotando a experiência brasileira para promover a inclusão social e permitir que crianças que nunca tiveram contato com o esporte possam praticar uma atividade. O programa já atende mil crianças na África em três núcleos distribuídos por Angola. Sandra Marília, 14 anos, apresentou com seus colegas uma peça teatral durante a inauguração e falou sobre a importância do Segundo Tempo. "Nós antes não tínhamos a oportunidade de praticar esportes, agora podemos passar a tarde recebendo aulas de futebol, capoeira, basquete, handebol e até teatro, como eu", assegurou Marília. O coordenador do núcleo do Segundo Tempo na Casa de Dom Bosco, do Instituto Salesianos, Stefano Francesco Tollu, em Luanda conta como o esporte pode mudar a realidade dessas meninas. "Com o esporte as meninas melhoram a auto-estima, assim a personalidade de cada uma se torna cada vez mais forte para que não aceitem as imposições masculinas pelas quais podem passar em seu futuro". Explica o italiano que há mais de um ano lidera projetos sociais na África. Outro programa desenvolvido pelo governo brasileiro a ser adotado em Angola é o Pintando a Liberdade. A iniciativa consiste na fabricação de material esportivo por detentos e a produção é utilizada no programa Segundo Tempo. Este mês foi inaugurado a nova fábrica de bolas do programa Pintando a Liberdade na cadeia pública de Viana, Angola. O Pintando a Liberdade já promoveu o treinamento de 35 técnicos angolanos que irão ensinar os detentos do país a produzir materiais esportivos. O Pintando a Liberdade é um programa revolucionário de inclusão e resgate da cidadania. Cerca de 13 mil detentos brasileiros produzem um milhão de itens esportivos por ano nas 69 unidades de produção distribuídas pelas penitenciárias brasileiras. Em Angola, o número de técnicos em produção de bolas chegará a 350 no mês de dezembro - quando o programa completará apenas três meses de funcionamento. Para viabilizar a produção dos itens esportivos, o Ministério do Esporte enviou para Angola mais de 11 toneladas de materiais esportivos, matéria-prima e todo o maquinário necessário à fabricação. Entre os materiais estão bolas de cinco modalidades, redes, camisetas e bolsas. A matéria-prima servirá a produção de mais de 7,5 mil itens esportivos, que irão abastecer as crianças atendidas nos núcleos do Segundo Tempo. Angola, até então, não possuía nenhum tipo de produção própria de material esportivo. Todo material necessário à prática esportiva, inclusive as bolas, era adquirido na África do Sul e no Paquistão.  ¢¡¤£¥¡§¦©¨©§¡©¦ ¦!#$%¨''¦ ¢¡¤£¥¡§¦©¨©§¡©¦ ¦!#$%¨''¦ ¢¡¤£¥¡§¦©¨©§¡©¦ ¦!#$%¨''¦ ¢¡¤£¥¡§¦©¨©§¡©¦ ¦!#$%¨''¦)((((10$2§#£'43%©'§5%60$2§#£'43%©'§5%60$2§#£'43%©'§5%60$2§#£'43%©'§5%6 7'7'798 !§%¨©5 6 8 #¦!#$%¨' 8©@ ©2 8A #B7'7'798 !§%¨©5 6 8 #¦!#$%¨' 8©@ ©2 8A #B7'7'798 !§%¨©5 6 8 #¦!#$%¨' 8©@ ©2 8A #B7'7'798 !§%¨©5 6 8 #¦!#$%¨' 8©@ ©2 8A #B “Todos são mais importantes do que a bala” Jimmy Hendrix Que coisa!! Não!!
  • 8. Em nossa seção de poesias prestamos homenagem ao estudante Paulo Felippe Demberg de Souza o “Gebrelão” estudante de Administração em que nos surpreendeu com seu suicídio em janeiro deste ano. Um “figurassa” que teve sua poesia publicada em Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos nº19, com o titulo “Spleen do Mundo”. Leia a poesia e se sinta em casa... Espécie humana, doente, nutre a mesquinhez Verte na Terra o sujo pranto e desalento, Aos teus iguais, entregas dor e sordidez, Abandonados tremem a carne ao relento. Pérfido é o pranto e o arrependimento, Na tua faia só há pomos de morbidez, Que os fazem erguer os braços ao firmamento, Por temer a Deus pela flor da insensatez. Fadados a sulcar as águas do Aqueronte Provam o acre gosto do spleen do mundo, Filho o qual sorri vendo o pai ante Carconte A pagar o óbolo do navegar imundo, Brada em mudo som sobre tua fronte: Acostuma-te o ser ao teu lodo profundo. Gebrelão (Adm 04) Só de Sacanagem” “Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: Não roubarás, Devolva o lápis do coleguinha, Esse apontador não é seu, minha filhinha. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar. Só de sacanagem! Dirão: Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba e eu vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau. Dirão: É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal. Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? IMORTAL! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final! Elisa Lucinda O Grande Homem Mantém o seu modo de pensar independente da opinião pública. É tranqüilo, calmo, paciente, não grita nem desespera. Pensa com clareza, fala com inteligência vive com simplicidade. É do futuro e não do passado. Sempre tem tempo. Não despreza nenhum ser humano. Causa a impressão dos vastos silêncios da natureza: o CÉU. Não é vaidoso. Como não anda a cata de aplausos, jamais se ofende. Possui sempre mais do que julga merecer. Está sempre disposto a aprender, mesmo das crianças. Vive dentro do seu próprio isolamento espiritual, aonde não chega nem o louvor nem a censura. Não obstante, seu isolamento não é frio: Ama - Sofre - Pensa – Compreende. O que você possui dinheiro, posição social, nada significa para ele. Só lhe importa o que você é. Despreza a opinião própria tão depressa verifica seu erro. Não respeita usos estabelecidos e venerados por espíritos tacanhos. Respeita somente a Verdade. Tem a mente de homem e coração de menino. Conhece-se a si mesmo, tal qual é, e conhece a DEUS. Dr. Celso Charuri PRÓ = VIDA INTEGRAÇÃO CÓSMICA Aí galera, aproveite ao máximo o texto para refletirem e captem a mensagem. Forte abraço. MAU MAU ( ZOO/02)
  • 9. A (des)valorização da Extensão Universitária Primeiro a surpresa agradável, matéria de capa do jornal da UNESP, abril 2006: AÇÃO SOCIAL. Depois a decepção, e os projetos da FCAV-Jaboticabal, onde estão? Se é que é do entendimento de todos que a Extensão Universitária é um dos pilares da Universidade, por que relegá-la ao segundo ou terceiro plano, deixando de cadastrar importantes projetos e de divulgar tantos outros? O questionamento se dá pelo fato de termos um veículo de comunicação institucional e subutilizá-lo. A F.C.A.V. dispõe de um plano de divulgação e marketing que elege este jornal como instrumento prioritário, e mesmo assim, nossos projetos de Extensão ficaram de fora desta matéria de capa. Ao assumir seu caráter extensionista o jornal trouxe em destaque 12 campi (15 faculdades e institutos) da UNESP, nos quais 11 projetos são desenvolvidos democratizando o ensino e objetivando a formação técnica e cidadã de seu alunado. Jaboticabal conta hoje com 7 projetos de extensão cadastrados junto ao PROEX e tantos outros por cadastrar, por exemplo, os projetos de iniciativa discente Sábado Atitude, Escolinha de Futebol, Cine Napalm. Devemos nos preocupar com a demanda por professores orientadores, alunos interessados e recursos que viabilizem estes projetos, para que então façamos da Extensão Universitária uma ação de responsabilidade com o meio em que vivemos. Ana Terra Reis Natália Freire Bellentani ! # Dez horas da manhã, domingo de março. Na sala de convenções do Novotel Jaraguá, em São Paulo, alguns figurões do PSDB vão discutir quem será o candidato ao governo do Estado de São Paulo. O mais esperado de todos é Paulo Renato, ministro da Educação de FHC durante oito anos. Ele inicia o discurso se autoproclamando “o governador da educação”. O material de campanha, um caderninho com sessenta páginas intitulado Visões de Futuro, é um balde de pérolas. O ex-ministro declara ali, por exemplo, sua profunda preocupação em relação às políticas adotadas pelo MEC, entre elas o “caráter pueril de xenofobia” da medida que restringe a 30 por cento os investimentos estrangeiros nas instituições de ensino superior. Outra apreensão é a remessa de “vultuosos” recursos adicionais às instituições públicas federais, sem qualquer referência à responsabilidade de seus dirigentes”. Para ele, o aumento anual dos investimentos não legitima o aumento salarial dos docentes – que só têm direitos e não deveres. Paulo Renato defende que o governo deveria apoiar a “sadia competição das instituições privadas, responsáveis pela inegável melhoria no segmento”, e incentivá-las a criar cursos de curta duração e ensino a distância. Diz, ainda, que o poder de gestão das instituições de ensino superior deveria ser centralizado nas mãos do proprietário, e não da comunidade. Por fim, o caderninho de campanha expõe suas “conquistas” no Ministério da Educação, plataforma da sua possível candidatura. Por exemplo, ele teria “eliminado” as diferenças entre crianças ricas e pobres, negras e brancas por meio da universalização do acesso às escolas de ensino fundamental. Na cadeira de governador, promete, irá democratizar o ensino médio nos mesmos moldes, ou seja: péssima educação para todos. Ou boa, para quem puder pagar. por Camila Gomes, Marília Melhado, Natalia Viana, Camilo Leal, Maurício Reimberg, Pedro Kranz, Tadeu Breda. Seção República Caros Amigos. Copiar Livro É Direito Como muitos sabem há alguns anos a ABDR (Associação Brasileira de Direitos Reprográficos), uma entidade que congrega algumas editoras iniciou uma cruzada tentando extinguir o direito dos brasileiros de “xerocar” trechos de livros. Essas ações afetam diretamente a vida dos estudantes, pois como todos sabem: Não há vida acadêmica sem a possibilidade de copiar livros. A primeira ação da ABDR na FGV-SP foi no segundo semestre de 2004. Eles mandaram uma notificação extrajudicial para o DAGV, responsável legal pelo xerox do primeiro andar alegando que nós copiávamos ilegalmente trechos de livros protegidos pela lei de direitos autorais. Após um tempo fechado o xerox voltou a operar normalmente no ano de 2005. No segundo semestre veio outra notificação extrajudicial nos advertindo e pedindo para parar com as supostas cópias “ilegais”. Em novembro veio a ação mais pesada da ABDR contra os estudantes da GV: uma ação judicial começou a ser movida contra a FGV e contra o DAGV com a alegação de que os alunos continuavam a praticar o ato “ilegal” de copiar livros. É importante que todos os alunos saibam que o desfecho dessa ação afeta diretamente a vida de todos os estudantes do país, pois se formos condenados; além de o DAGV se vir obrigado a encerrar suas atividades, será criado um precedente jurídico que irá fazer com que todos os xerox instalados em universidades possam ser extinguidos, no caso de serem acionados judicialmente pela ABDR. Após sermos notificados da ação, começamos a nos reunir com outros DAs e CAs. Dessas discussões surgiu o Movimento Copiar Livro É Direito, que lançou um manifesto (disponível no site do DAGV: www.dagv.org.br) questionando todas as ações da ABDR que visam privar dos estudantes um direito que lhes é permitido. A lei 9610/98 em seu artigo 46 é muito clara: Desde que limitada a pequenos trechos e sem o intuito de lucro, a cópia de obras, mesmo que protegidas por direitos autorais, não é ilegal! Muito pelo contrário, a Constituição garante a todos o livre acesso a cultura e ao conhecimento. Quando você xerocopia um livro para estudar, você está exercendo um direito seu. Vale lembrar que num país com lapsos educacionais tão grandes como o Brasil e no quais os estudantes, professores e pesquisadores são tão pouco remunerados por suas atividades profissionais (os estudantes, geralmente, só pagam), devemos sim economizar recursos para xerocar trechos de livros. As editoras que se dizem tão preocupadas com o desenvolvimento do nosso país não mudam sua política editorial, continuam com baixas tiragens e preços de capa absurdos, que tornam os livros inacessíveis. Um levantamento do DAGV mostra que um estudante de Administração de Empresas em seu primeiro semestre teria que desembolsar R$ 2.145,95 para adquirir apenas a bibliografia básica necessária. O CAVC (Centro Acadêmico Visconde de Cairu) fez outro levantamento com a mesma metodologia na fea-usp e chegou-se a conclusão de que um aluno do primeiro semestre de economia teria que desembolsar R$ 1598,15 para adquirir a bibliografia básica. A principal queixa das editoras é quanto às bibliotecas: Em todos os seus pronunciamentos; seja na imprensa ou através de seu site, as editoras dizem que as bibliotecas são mal aparelhadas e que não contém o número de exemplares necessários para que os alunos consigam estudar. Sabemos que isso não passa de pura falácia, pois mesmo em universidades com grandes bibliotecas, não há espaço físico suficiente para que todo aluno que queira ler um trecho de livro possa encontrá-lo na biblioteca. Notamos outro equivoco da interpretação na pródiga cartilha da ABDR disponível em seu site: lá eles afirmam categoricamente que os “pequenos trechos” (que poderiam ser xerocados) são limitados a apenas uma ou duas páginas. Ora, se a Constituição prevê o acesso ao conhecimento e à cultura, como garantir que em apenas duas páginas teremos esse acesso preservado? O movimento já teve uma boa repercussão na mídia, tendo sido noticiado pelos jornais Folha de São Paulo e O Globo, além do site Trama Universitário, onde foi capa. No Coneb da UNE, o Movimento foi tema de um dos debates, onde se notou grande interesse por parte de vários estudantes do Brasil. Cassio Puterman – DAGV
  • 10. ...Há um movimento rolando entre os estudantes de todo Brasil em relação ao direito de cópia de livros para o uso em pesquisa e trabalhos estudantil. Há dois textos expondo o assunto: de Marilene Felinto da Caros Amigos e do estudante Cassio Puterman – DAGV, vamos aos textos: CÓPIA DE LIVRO E PIRATARIA – TUDO DIREITO Uma mobilização de estudantes universitários pela liberação do uso de xérox de livros em universidades públicas e privadas, lançada em fevereiro último, foi a única iniciativa digna de nota contra uma aberração chamada Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), representante das editoras, que desde 2004 aciona a polícia para das batidas em bibliotecas e centros acadêmicos universitários. O objetivo é intimidar as instituições, apreender cópias de mais de duas páginas de um livro! Ora, gerações e gerações de profissionais se formaram nas últimas cinco décadas (ao menos) copiando livros, literários e acadêmicos, Brasil afora. Não fosse isso, muita gente estaria até hoje sem diploma. Como é que surge, então, do nada, de um hora para outra, uma entidade que transforma sua própria interpretação da lei (de direito autoral) em lei e passa a dar ordem, e passa a derrubar um direito que antes existia (o de tirar cópias de livros)? A mobilização dos universitários, tímida e tardia – ainda que um balbucio na alienação bocejante em que vive mergulhada essa juventude brasileira de hoje, que nunca lembra, por exemplo, a aparente veemência revolucionária dos jovens franceses que saem às ruas para protestar -, talvez não surta efeito contra tamanha arrogância da ABDR. Está claro que essa instituição sai a campo não para defender o “direito autoral”, como alega. Ela defende hipocritamente o direito editorial, este sim – ela atende aos interesses financeiros dos editores, eles que estão interessados apenas em enriquecer à custa da mercadoria que os autores produzem lá na origem frágil desta cadeia de desigualdades (autor – editor – livreiro). Eles não têm nenhum interesse na difusão do conhecimento ou na idéia de que o livro no Brasil deixe de ser privilégio de uma elite, objeto de luxo, tão abusivo é seu preço. O manifesto dos universitários lançado em fevereiro chamou-se “Copiar Livro é Direito!” – direito, argumentavam eles, concedido pela lei, pela Constituição e pelos tratados internacionais dos quais o Brasil é parte, neles inclusa a cartilha de direitos fundamentais da ONU, que, da mesma força que a Constituição brasileira, prevê o acesso de todos os cidadãos à cultura, à informação e ao conhecimento, independentemente de consulta prévia a titulares de direito (sobretudo associações de editores de livros). “Por isso mesmo a lei de direitos autorais, seguindo a norma internacional adotada por todos os países membros da Organização Mundial de Comércio, expressamente possibilita a cópia livre de pequenos trechos, com vistas ao uso privado e pessoal do solicitante, sem intuito de lucro”, justifica o manifesto. Os estudantes propuseram às universidades que, com base em sua autonomia universitária, regulamentassem as cópias dentro das instituições. Algumas universidades públicas, como a Universidade de São Paulo, fizeram isso, em termos. A maioria das privadas, por sua vez, como pertence ao mesmo grupo econômico que os editores, não se juntou aos alunos. O manifesto dos universitários pedia uma reforma da lei de direitos autorais. Nada mais justo. Já passou da hora de acabar com essa hipocrisia. Ao autor mesmo (excetuando os best-sellers comerciais, sem nenhuma densidade) cabem migalhas dessa obscura conta de direitos autorais. O resto são os lucros que vão para a tal ABDR. É preciso acabar com tanta hipocrisia – afinal, vivemos a era da fragmentação absoluta de tudo, da “destrubilidade técnica” (para copiar Walter Benjamin) de certos processos já rompidos. Está claro que a cópia de partes de um livro implica a destruição simbólica da obra: ela que perdeu sua aura e sua tradição muito antes disso – na época de sua “reprodutibilidade técnica”, como já apontava Benjamin sobre a obra de arte, no início do século passado. Embora reconhecesse que, por princípio, a obra de arte sempre foi reproduzível (porque “discípulos copiavam, visando exercício, falsários, almejando ganho material, mestres, buscando a difusão” da mesma), Benjamin afirmava que “a aura da obra de arte é o fragmento mais atacado com a reprodutibilidade. A multiplicação dos exemplares implica substituir por um fenômeno de massa um evento que não se produziu senão uma vez. Esses dois processos conduzem a um considerável abalo da realidade transmitida: ao abalo da tradição”. Obra de arte ou mercadoria acadêmica, se pensarmos mais drasticamente a situação do livro no Brasil de hoje, como pensa o crítico Fabio Lucas, diremos mesmo que, “na sociedade do espetáculo, aquecida pelos meios de comunicação de massa, o livro deixou de ser fonte do saber: reduziu-se à ligeireza de uma notícia. No máximo poderá desfrutar do brilho de um momento, com a velocidade de uma estrela cadente”. O abalo sofrido hoje pela obra (artística ou intelectual) é de outra natureza. A massa não se interessa pela obra original como fetiche, como objeto de culto ou instrumento mágico. Pouco importa à massa se a cópia pirata do CD não tem a capa original. A música toca com a mesma autenticidade, e muito mais barata. É a sociedade de consumo cavando na marra o direito de acesso ao que é caro. O discurso asséptico embutido nas ações de combate à pirataria no país – o de que a produção pirata teria vinculação com o crime organizado e que extinguiria empregos – é hipócrita e esconde coisa pior. Esconde que a propaganda de massa é que é a grande incentivadora da pirataria. A indústria cultura – da massificação propagandística da arte – dos países capitalistas está chafurdando em seu próprio excesso: a pirataria de CDs, softwares, roupas e outros produtos industrializados (e de grife) em geral é o vômito da indústria cultural e de sua propaganda feroz. O consumidor da cópia de livros como ferramenta educacional e de acesso ao conhecimento, entre uma população que não tem poder aquisitivo para comprar livros; e o consumidor da camisa ou do par de tênis piratas são personagens do mesmo processo de mudança nas condições de produção e distribuição da mercadoria. A era da eletrônica vem democratizando ironicamente o poder de ação que se tem hoje sobre esses processos (como não tinham os homens de antigamente). Atenção para o fato de serem os jovens os maiores consumidores de produtos pirateados no Brasil hoje. Isso é sintomático de quê? De algum ideal socialista ou da voracidade de consumir (venha como vier a mercadoria a ser consumida)? Se formos bons (e eu não sou), diremos que é sintoma de uma desobediência saudável, de uma janela entreaberta no alheamento, de uma revolta (ainda que inconsciente) contra a preservação do monopólio do capital (privilégio de apenas uns poucos), contra a concentração de bens, de renda, de saberes e de prazer e prazeres. Marilene Felinto é escritora e jornalista. “A concepção Marxista da história, conhecida como materialismo dialético ou histórico. Segundo ele, as raízes da evolução social não se situam numa mudança de idéias ou valores, mas nos fatos econômicos e tecnológicos. A dinâmica da mudança é a de uma interação ‘dialética’ de opostos decorrentes de contradições que são intrínsecas a todas as coisas... todas as transformações que ocorrem na sociedade provêm de suas contradições internas”. FRIJOF CAPRA Cresça às custa do Brasil “O desenvolvimento é um banquete com poucos convidados, embora seus resplendores enganem, e os pratos principais estão reservados as mandíbulas estrangeiras”. Eduardo Galeano
  • 11. $ % $ '' Paralisação na F.C. A.V. é agora. Justiça seja feita aos funcionários da faculdade que receberam seu aumento salarial em torno de 0.75%, aos docentes as lamentações são as mesmas de sempre pela ausëncia característica no processo, e para os alunos quem sabe encontrar em seu passado próximo um exemplo para a luta futura. Foram diversas as pessoas que por aqui passaram, dedicando parcela de sua vida em prol da coletividade, do bem comum, e não foram diferentes os fardos que as acompanharam. É fato que as aspirações daqueles que estudam por aqui em nossos dias aparentam cada vez mais se distanciar de algo que represente alguma aspiração que seja comum, que busque trazer benefícios para algo que seja diferente do próprio umbigo. A “vaidade monetária” de alguns, a sede de outros, os problemas de sempre... Até quando? A reflexão é sempre bem- vinda. Se os defeitos que nos acompanharam estão mais distantes da realidade sombria desta FCAV resta à pergunta... onde estão nossas virtudes? Por onde perambulam aqueles que aqui deveriam estar reivindicando um norte para aqueles que ainda questionam o porquê de estar aqui, na Terra, e ainda sente correr no corpo a sede de justiça, a fome de verdade? A alienação toma conta, e muito rapidamente, sem pensar “Conhece-te a ti mesmo” você está perdido. O eu, o outro... onde reside a felicidade, por onde caminha a vitória da vida sobre a morte? Voltemos no tempo, façamos valer nossa existência. Atos, verdades seguras. Temos o direito e o dever de justificar nossa estada. De nos fazer ouvidos, de nos sentir vivo. De maneira tortuosa, tropeçando, levantando, acolhendo, acudindo, nos sentindo sós... e abraçando o próximo para que juntos possamos conjugar nosso maior predicado, a vida, e com ela a luta. SECITAP, Cursinho Ativo, Atlética, Festival, Rodeio, Sábado Atitude, Escolinha de Futebol, Reunião de Repúblicas, Bolsa Alimentação, Projeto Sabiá, Recepção de Calouros, Leilão... qual a origem? Quais os envolvidos? ...O que nós temos de pior? Ou melhor? O que merece ser desrespeitado, ou fortalecido? Qual a sua parte? O que lhe cabe? Devastação de jardins, proibições arbitrárias, a tentativa de comprar nossa voz. Dignidade e respeito àqueles quem se representa. A força da coletividade, o comprometimento e o amor naquilo que se faz e acredita, arrebenta com todas as amarras que ferem nosso cotidiano. O sangue na veia, as palavras que resolvem a coragem, a construção de uma jornada que nos leve à evolução. Não àquela individual, mas a que transforma a realidade... Fácil olhar à distância, cultivar seu mundo egoísta, promover o nome de sua república, atribuir adjetivos a tudo e a todos... enquanto olhamos o mundo girar em torno de nosso próprio ser o mundo clama por entendimento. Países gritam por sua liberdade, povos lutam por sua autodeterminação, seres humanos entregam suas vidas em busca da dignidade. O desrespeito e a matança se multiplicam... a Terra geme. Tsunamis, terremotos, erupções, furacões, enchentes, geadas... a Terra suplica por seu entendimento, chora por sua razão, por seu bom senso. A fome e a miséria se espalham ao nosso redor... e nós? Mais muros, mais cercas, vidros à prova de balas? Nos esconder do quê, nos esconder aonde? De quem? Thomas, Ogiva, Ana Terra 'Favoritismo de Serra ajuda a travar LDO- 2007 em São Paulo’ Por Maurício Reimberg – Carta Maior [16/8/2006]. Devido à falta de quorum, novamente não foi dessa vez que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2007 foi votada na Assembléia Legislativa de São Paulo. Apenas quatro, de um total de nove deputados, apareceram terça-feira (15) à tarde na sessão da Comissão de Finanças e Orçamento. Mesmo sob pressão de cerca de 50 estudantes das universidades estaduais paulistas, que cobraram dos deputados a aprovação da LDO como meio de garantir a manutenção dos 9,57% da quota-parte do Estado do ICMS, o presidente da Comissão, deputado Caldini Crespo (PFL), lamentou a impossibilidade de votação. PTB, PV, PPS e PSDB se ausentaram do encontro. Pela tradição da Alesp, a LDO deveria ter sido votada no final de junho, antes do recesso parlamentar. “Até uns dois anos atrás, era comum respeitar os prazos. O que se vê é que eles estão começando a usar a aprovação para barganhar algumas coisas com a oposição”, declarou César Minto, presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp). Ele cita o exemplo da discussão em torno da abertura das CPIs, que pode virar objeto de negociação entre os deputados. O Executivo alega ter um parecer jurídico de que, na ausência de deliberação da Alesp sobre a LDO-2007, seria possível enviar o seu projeto de Lei Orçamentária, com base apenas na sua própria proposta de LDO, que ainda não chegou a ser discutida pelo plenário. Para a oposição, se trata de um “golpe branco” no Legislativo. “Ninguém viu o parecer. Eles (o Executivo) tentam desmoralizar o Legislativo”, observa Minto. O Fórum das Seis, que pressiona pela inclusão de 33% da receita de impostos para a educação pública no texto da LDO, acredita que a bancada governista vai tentar empurrar a aprovação para depois das eleições, pois o candidato da situação é franco favorito na disputa pelo governo estadual. Além disso, os partidos de sustentação não apoiariam o “engessamento” decorrente da medida. Para Milton Vieira, presidente da Associação dos Docentes da Unesp, “o governo não quer se expor num momento eleitoral, e o veto de Alckmin (em 2005) produziu uma imagem negativa na mídia. A tática agora é não dar quorum em nenhuma das sessões”, prevê. Para Vieira, falta um “acordo entre as lideranças” para ocorrer avanço. Pelo menos metade dos deputados ainda não encaminhou sugestões para a LDO-2007. Mesmo assim, o Fórum das Seis distribuiu para todos os gabinetes uma cópia de documento que solicita a opinião dos deputados sobre as propostas da entidade para a área da educação pública paulista. Greve! O sussurro de greve dos funcionários não obteve respaldo entre alunos e professores. Apesar do “estamos de greve” o movimento organizado pelo Carlinhos Homem foi fúnebre calmo como um gato preto, que atravessou as ruas totalmente isoladas. A sessão de graduação maioria composta por mulheres conformadas não se levantou da cadeira pra defender sua classe. E a maioria dos funcionários que aderiram à greve manteve a ordem e o progresso de setores de sua administração. Tirando o Magal do setor de esporte que realmente cessou suas atividades. Que diga o Wilson, que não aderiu ao movimento, como diz Adoniran Barbosa: “tocar na banda, pra ganhar o que? Duas mariocas...”. Greve não é tirar lazer nem jogatina é luta. “Não nos deixaríamos queimar por nossas opiniões: não estamos tão seguros delas. Mas, talvez, por podermos ter nossas opiniões e podermos mudá-las”. NIETZSCHE
  • 12. ()* + ( + Brasil: Agricultura Camponesa e Reforma Agrária Apresentamos uma breve descrição das muitas e diferentes medidas que foram tomadas ao longo do mandato. MEDIDAS QUE REPRESENTARAM AVANÇO E ACÙMULO PARA A AGRICULTURA CAMPONESA NO BRASIL v Implantação do seguro rural. O seguro agora cobre também o trabalho e garante a renda do agricultor em caso de prejuízos pela natureza. Mas ainda não é universal. O agricultor precisa ter empréstimos no banco para poder acessar o seguro. E por tanto, dos 5 milhões de famílias camponesas, ao redor de 1,2 milhões podem acessar o seguro. v Aumentou o volume de credito rural disponibilizado aos pequenos agricultores através do programa PRONAF. Aumentou de 3 para 8 bilhões de reais por ano. (atualmente seria equivalente a 4 bilhões de dólares); v Programa luz para todos, que esta levando energia elétrica de forma subsidiada para quase todas as famílias que moram no meio rural. Devem ficar de fora, apenas famílias que moram muito longe no norte do país. Todas as demais serão beneficiadas. v Ampliação do programa de construção e melhoria de casas para os agricultores. v Não reprimiu os movimentos sociais, ainda que a repressão é realizada pelas policias militares que estão afetas aos governos estaduais. E no caso da Policia Federal, essa sim reprimiu os movimentos indígenas em diversos estados. v Ampliação, dos recursos para programas de educação no campo (PRONERA). v Demarcação da área indígena histórica que é a Raposa do Sol, em Roraima. v Programa do Biodiesel que prevê adicionar 2% de óleo de origem vegetal no óleo diesel e abre portas para a agricultura camponesa produzir o óleo vegetal. v Ampliação dos recursos para assistência técnica nos assentamentos, mas o atendimento ainda não é universal e nem publico, pois prioriza convênios com entidades, em vez de democratizar a ATER publica. v Apoio, embora ainda tímido, e aquém das necessidades para o programa de instalação de cisternas (captação familiar de água) no nordeste semi- árido. Movimento dos Pequenos agricultores - MPA Movimento dos trabalhadores rurais sem terras - MST Movimento dos atingidos por Barragens - MAB Movimento das mulheres camponesas - MMC Comissão Pastoral da Terra - CPT Associação Brasileira de reforma agrária - ABRA. A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem. Epicuro (341-270 a. C.), filósofo grego. DEPENDENCIA OU CRISE? AGRONEGÓCIO, Agricultores queixam-se do governo, voltam a recorrer aos cofres públicos e ameaçam diminuir a produção. A palavra crise não é novidade na historia do agro negócio brasileiro. Um período de seca ou de muita chuva, a queda dos preços das commodities, uma praga no campo ou um problema sanitário nos animais são causas suficientes para abalar o bolso e provocar a ira dos produtores. Agora não é diferente. Não faltam candidatos a culpados. Os grandes agricultores atribuem a má fase ao governo. Quem vive da agricultura familiar diz que a responsabilidade é dos seus próprios atores. No meio do tiroteio – e em ano de eleição -, restou ao Ministério da Agricultura liberar um pacote de 60 bilhões de reais, dentro do Plano Agrícola e Pecuário 2006/2007, para aplacar as criticas e a onda de protestos. Para quem observa o quadro a distancia, fica a pergunta: por que o agro negócio, uma máquina responsável por quase um terço do PIB brasileiro (o equivalente a 537,6 bilhões de dólares em 2005), tem de recorrer à ajuda governamental toda vez que o calo aperta? Por que o País, líder mundial na produção de café, suco de laranja, açúcar, etanol, soja, tabaco, carnes bovinas e de frango, não consegue superar problemas históricos do campo? As crises do agro negócio, segundo Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, professor da USP e coordenador cientifico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), são cíclicas porque, quando os preços estão em alta, se investe mais (e, consequentemente, aumentam as dividas) e a produção aumenta. Com o excesso de oferta, os preços caem. “Logo a rentabilidade diminui, podendo se chegar ao ponto em que o setor não tem como quitar a divida assumida. Ocorre então uma renegociação da divida e o setor volta à ‘normalidade temporária’ até que uma nova alta de preços e o processo se repita”, explica Barros. Ainda que seja a alternativa mais viável para os produtores brasileiros, as exportações do agro negócio, segundo levantamento do Cepea, apresentam a pior atratividade dos últimos 17 anos. Isso aconteceu devido à cotação do real que, em relação a uma cesta de moedas dos principais parceiros do agro negócio do Brasil, valorizou 2,6% na comparação entre o primeiro trimestre de 2006 e 2005. No mesmo período, os preços internacionais do agro negócio aumentaram apenas 0,14%. Ainda assim, em março de 2006, o Índice de Volume Exportado pelo agro negócio (IVE – Agro/Cepea) aumentou 7,68% na comparação a igual período de 2005. Isso demonstra que apesar do problema do câmbio, as condições externas ainda são mais favoráveis do que as do mercado interno. Dados recentemente divulgados pelo IBGE mostram que o PIB da agropecuária caiu 0,5% no primeiro trimestre de 2006 em comparação a 2005. No ano passado, o PIB do agronegocio encolheu 4,66%. Ricardo Cotta, superintendente técnico da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), calcula que o PIB do agronegocio cairá 6% neste ano. As culturas mais prejudicadas pela atual crise são a soja, o arroz, o milho e o algodão. Café, açúcar e etanol, ao contrário, estão em uma boa fase. Mesmo o frango e a carne bovina, ameaçados pela gripe aviária e pela febre aftosa, têm conseguido manter um bom ritmo de exportação. Para melhorar o atual quadro, os produtores rurais esperam conseguir uma segunda ajuda do governo, com a renegociação de dividas de 30 bilhões de reais por 25 anos, a juros de 3%. Manoel dos Santos, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), não acredita na ameaça dos produtores rurais de diminuir a área plantada e atribui a atual crise a eles próprios. “O principal problema está no fato de os produtores não investirem o saldo da época das vacas magras”, opina. Ainda segundo Santos, há dois anos, quando a saca de soja valia 50 reais (hoje é vendida por cerca de 24 reais), “ninguém falava que a responsabilidade pelo bom desempenho era do governo”. O presidente da Contag é contra a ajuda do governo na rolagem da divida do setor. “A elite se enriqueceu dessa forma, com a abertura dos cofres públicos. O governo não deve absorver crises que são do mercado”. Na opinião de João Pedro Stedile, o pacote do
  • 13. governo apenas serviu para transferir as dividas que a falta de lucro gerou para serem cobrados ao longo de cinco anos. “O pacote não atingiu em nada a natureza da crise e não muda a relação de dependência”. De acordo com o líder do MST, a má fase da agropecuária nacional atinge os produtores em todos os seus níveis, do pequeno ao grande. “No caso dos agricultores familiares, temos uma crise de falta de mercado e contenção de preços, porque a população não tem renda para aumentar o consumo de queijo, pão ou leite por eles produzido”, afirma. Já no caso dos grandes agricultores, defende Stedile, o problema está no fato de eles terem estreitados a dependência das empresas transnacionais: “Veja que engraçado. Deu seca nos EUA, deu seca aqui, e o preço da soja caiu mesmo assim. Por que? Com a palavra a Monsanto, a Bugre e a Cargil...”. A ameaça de quem diz que vai deixar de plantar, segundo o líder do MST, é própria de quem não é agricultor. “O verdadeiro agricultor, mesmo o fazendeiro capitalista, sabe que sua profissão é plantar. Quem quer apenas mamar nas tetas do Estado é que faz ameaça”. No meio de tanto tiroteio, pouco se fala do futuro, tanto do mercado interno quanto o internacional. O professor Barros, defende que o setor faça a sua lição de casa no campo sanitário e de qualidade de produtos. Ele lembra que as falhas tidas com a aftosa poderiam ter sido evitadas com mais recursos e conscientização dos criadores. Outro ponto é a forma como se dará a inserção dos produtos brasileiros diante da resistência da União Européia e dos EUA. O nível de corte dos subsídios agrícolas, a ser definido na Rodada de Doha da OMC, ainda deve ser discutido na reunião entre os governos no fim do mês. Um dos principais pilares das exportações brasileiras, o agro negócio ainda não tem seu espaço garantido. E, nesse caso, os estragos podem ser muito maiores do que se vê hoje com o câmbio, as cotações em baixa e as quebras de safra. Paula Pacheco – Revista Carta Capital Agosto de 2006 “Pensar globalmente e atuar localmente”. “Esse modelo econômico neoliberal que segue em curso, no entanto, não é um modelo de desenvolvimento nacional. Não consegue ativar a indústria nacional, nem o mercado interno, distribui renda e muito menos fazer a economia crescer. Nos últimos quinze anos, a economia brasileira cresceu, em média, apenas 2,6 por cento na ano. Um pouco mais do que o crescimento da população. Ou seja, do ponto de vista econômico, nossa economia está estagnada desde 1980. E, por não ser um modelo que distribua renda e gere riquezas nacionais, ele não consegue amenizar os problemas sociais, ao contrario, só agrava. Enquanto isso, “os de cima” continua acumulando muito. As empresas transnacionais e os bancos nunca ganharam tanto dinheiro. O Brasil é o paraíso para os interesses, de bancos e corporações transnacionais. Todos vêm aqui realizar seus lucros e levá-los embora. Estamos enviando 2 bilhões de dólares por mês de remessas de todo tipo, juros, lucros, serviços, etc. O império agradece e o povo paga calado. Conclusão: O Brasil vive uma crise de modelo econômico. Está carente de um projeto de desenvolvimento nacional que consiga organizar a produção, não para o lucro ou exportações, mas para resolver as necessidades básicas da população. Que distribua renda e garanta trabalho, educação e saúde para todos. O Brasil precisa de um projeto que unifique as energias do povo em torno dele, para resolver efetivamente seus problemas”. João Pedro Stedile, texto da Caros amigos, agosto 2006. A FORÇA DA AGRICULTURA FAMILIAR O presidente Lula sancionou a Lei da Agricultura Familiar, uma reivindicação de mais de 10 anos dos movimentos rurais. Os agricultores familiares passam a ser reconhecidos como uma categoria produtiva, de acordo com os parâmetros do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), sob responsabilidade do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). A lei garante a institucionalização das políticas públicas da agricultura familiar, articulando-as, em todas as fases de implementação, gestão e execução com as políticas direcionadas à Reforma Agrária. E contribui para uma maior descentralização das ações públicas e para a sustentabilidade ambiental e socioeconômica, promovendo a participação dos agricultores na sua formulação e implementação. O agricultor familiar agora, para todos os efeitos, é reconhecido, legal e profissionalmente. Muita gente não sabe, mas a agricultura familiar no Brasil é responsável por mais de 40% do valor bruto da produção agropecuária. Suas cadeias produtivas correspondem a 10% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Reúne 4 milhões e 200 mil agricultores, representa 84% dos estabelecimentos rurais e emprega 70% da mão-de-obra do campo. É responsável pela maioria dos alimentos na mesa dos brasileiros: 84% da mandioca, 67% do feijão, 58% dos suínos, 54% da bovinocultura do leite, 49% do milho, 40 % das aves e ovos, 32% da soja. Disse o presidente Lula no dia da sanção da lei: Ao lado da geração de emprego e renda, da estabilidade econômica e social e de iniciativas do Fome Zero como o Bolsa Família, o estímulo à agricultura familiar é certamente um dos responsáveis pelo processo de redução da pobreza, da miséria e da injustiça social que ainda ocorre no país. Após décadas de êxodo para as grandes cidades, o homem e a mulher do campo encontram hoje a segurança necessária para permanecerem em seu próprio pedaço de chão. O resultado disso é que a população rural brasileira voltou a crescer em 2004, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE - PNAD. Selvino Heck Fonte: www.adital.org.br DOIS A DOIS – NOSSO CONTINENTE A Cúpula do Mercosul sediou pelo menos nove encontros bilaterais, expondo feridas vividas pelos paises membros nestes últimos seis meses e algumas mais antigas. Tabaré x Kirchner: o caso das papeladas, “Nem tudo foi cor-de-rosa, claro que houve dificuldades. Se dissermos o contrário, estamos cometendo o pecado do cinismo. Existiram e existem, dificuldades, mas estamos lutando para que essas diferenças sejam conjunturais e temporárias”. Assim o presidente uruguaio Tabaré Vasquez definiu a relação de seu país com a Argentina. Tabaré referia-se ao “caso das papeleras”. Evo x Bachelet: vista para o mar, A Bolívia perdeu sua costa no Pacifico em uma guerra contra o Chile no final do século XIX e desde então a situação entre os dois vizinhos é tensa, sendo que as relações diplomáticas foram cortadas em 1978. Em Córdoba, os dois presidentes se encontraram, mas não detalharam a discussão. “Tivemos um dialogo com a agenda aberta, sem excluir tema algum”, esclareceu Evo. O Chile de Michelle Barchelet não deu declarações oficiais sobre o encontro. Mas a reunião bilateral entre os vizinhos andinos foi histórica. É a primeira vez em 31 anos que a luta boliviana por uma saída ao mar encontra algum eco. Evo x Lula: ainda o gás, Depois da estatização de gás no vizinho andino, Lula se encontrou com Evo Morales em Córdoba. Mas da reunião bilateral ficaram só dúvidas. O brasileiro disse que o gás não foi discutido no encontro e que esse assunto está sendo resolvido pela Petrobras. Já o embaixador da Bolívia em Buenos Aires, Roger Ortiz, afirmou que os presidentes “conversaram sobre o tema do gás”. Ou seja, sigilo nas negociações entre Brasil e Bolívia. Fonte: Revista Fórum.
  • 14. , +)* )-)* Deus lhe pague. XVIII Festival de Música Popular Brasileira - UNESP – Jaboticabal Lá no festival, lá no festival, lá no festival que julgam músicas... 1 Falador passa mal, quem mandou você mentir, você vai se machucar, novamente aqui estou, você vai ter que me aturar. Que malandro é você que não sabe o que diz. Cuidado que muita mentira você pode perder o nariz. 2 Mas o que vai vai e o que vem vem. 3 O que você quer, o que você quer de verdade. 4 Se vacilá o jacaré abraça. 5 Chega de conversa mole (blábláblá), chega! E chega de conversa (blábláblá). 6 Perfeição demais me agita os instintos. Quem se diz muito perfeito, na certa encontrou um jeito insosso pra não ser de carne e osso, pra não ser de carne e osso. 7 Morreu na contramão atrapalhando o tráfego. Morreu na contramão atrapalhando o público. Morreu na contramão atrapalhando o sábado. 8 Não lembra de nada, é louco. Mas não rasga dinheiro. Promete a mansão no paraíso, contanto que você pague primeiro, que você primeiro pague. Dê sua doação, e entre no céu levado pelo bom ladrão. 9 Nunca se vence uma guerra lutando sozinho. 10 Por isso chegou a hora dessa roda. começar, a responsabilidade de tocar o seu pandeiro, é a responsabilidade de você manter-se inteiro. 11 Festival de M.P.B. é cosa nostra! Aquele Abraço Obs: (Quem precisa de ordem para escrever. Quem precisa de ordem para rimar 12 ). 1-Luís Vagner; 2-Originais do Samba; 3-Jorge Ben ;4-Roberto Carvalho/Arnaldo Antunes; 5- Wado; 6-Itamar Assumpção; 7- Moska/Zélia Duncan; 8-Chico Buarque; 9-Gilberto Gil; 10-Raul Seixas; 11-Chico Science; 12-Zeroquatro. Natalia Freire Bellentani “A classe dominante brasileira, em conseqüência é chamada a exercer, desde o inicio o papel de uma camada gerencial de interesses estrangeiros, mais atentos para as exigências destes do que para as condições de existência da população nacional”. Darcy Ribeiro Mais um Festival foi realizado este ano. Como é bom participar, e contribuir para que a música impere como a cura para todos os males. Dor, choro, doenças, repressão e amor. Transformou-se na melhor tradição da Unesp o Festival de Musica Popular Brasileira. Aos trancos e barrancos ele vem sendo realizado e emocionando o seu publico fiel. Mas o que realmente precisa ser quebrado na FCAV e a tradição dos alunos que acham que entendem mais de música dos que os músicos. Com ação leviana, o preconceito em não presenciar o Festival faz com as gestões que o realiza tomem prejuízos pela simples ausência dos alunos da Unesp. Você se pergunta agora? E o Rodeio? Porque o Diretório não o realiza? Seria uma inépcia realizá-lo, pois além de ser realizado pela Prefeitura de Jaboticabal o evento acontece todo ano em quase toda cidade do estado de São Paulo e no Brasil ai a fora. Nós alunos não possuímos aptidão e tempo para o tal evento. O Festival é realizado em parcerias: DA, Atlética, Prefeitura, Unesp e patrocinadores. Quando uns desses órgãos não se locupletam a carga de serviço o “corre” acaba sobrando nas costas do DA ou da Atlética. Este ano não foi diferente dos outros e o Festival novamente arcou com um prejuízo cujo maior lesado foi a Atlética. Seria inconveniente criticar a falta de palavra com quem pregou sua atuação na realização do evento, pois a satisfação de quem se responsabilizou realmente para servir nossa comunidade de boa música foi maior que o ego de quem dá por missão cumprida mais uma promessa de campanha. Que se responsabilizem juntos DA e Atlética pelo débito. Sinceramente meu obrigado. Parabéns a Associação Atlética Acadêmica “M. P.” por este feito necessário tornando nossas vidas acadêmicas melhor e cheia de lembranças das coisas boas que acontecem na FCAV. Oliver Blanco (Participação da Comissão organizadora do XVI Festival de MPB – 13,14, e 15 de maio de 2004). PARCERIA SISTEMA CFA/CRAs E SEBRAE LANÇA OS AGENTES DE GESTÃO Projeto visa reduzir a morte prematura das MPEs O Sistema Conselho Federal de Administração/Conselhos Regionais de Administração (CFA/CRAs) implanta, ainda este ano, um projeto-piloto “Agentes de Gestão” em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O objetivo é conscientizar os micro e pequenos empresários sobre a importância da Administração profissional nas atividades empresariais e capacitar os Administradores profissionais para fazer a consultoria In Loco. A iniciativa surgiu pela deficiência constatada na Pesquisa Nacional do Sebrae de 2004 que aponta a baixa capacitação gerencial, dentre outros fatores, como determinante da alta taxa de mortalidade das empresas, em que quase 50% fecham suas portas nos seus primeiros dois anos de vida. Os Administradores capacitados pelo Sebrae serão convocados por cada unidade regional da instituição a prestarem consultoria de acordo com a demanda, principalmente, em relação às MPEs criadas a menos de dois anos. Serão utilizados no projeto-piloto o CRA do Mato Grosso do Sul, com o Sebrae/MS, e o CRA do Distrito Federal, com o Sebrae/DF. Participam ainda representantes do Sebrae Nacional e do CFA. A expectativa é de que, até o final do ano, seja concluída a versão final do projeto em nível nacional. Franciele Amaro Pereira – ADM 03.
  • 15. )( * + * + Câmara Municipal de Jaboticabal Moção de Congratulação nº 2.718⁄06 Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal Murilo Gaspardo, Vereador que esta subscreve, requer a Vossa Excelência que, ouvido o plenário e obedecidas às exigências regimentais, conste em ata Moção de Congratulação a Associação Atlética Acadêmica “Moacir Pazeto”, pela realização do XVIII Festival de Música Popular Brasileira. Esta Moção justifica-se pela importância histórica e cultural do Festival para a cidade de Jaboticabal. Manter esta tradição, apesar de todas as dificuldades financeiras, é um exemplo que os jovens da Associação Atlética dão ao Município e um incentivo ao surgimento e à valorização de talentos locais e regionais. Requer, outrossim, seja dado conhecimento da manifestação desta Casa de Leis ao congratulado, aos cuidados da Associação Atlética Acadêmica “Moacir Pazeto”, na UNESP, Via de Acesso Professor Paulo Donato Castellane, s⁄n; CEP. 14884- 900; Jaboticabal⁄SP. Sala de Sessões Dorival Borsari, 02 de junho de 2006. Murilo Gaspardo - Vereador MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº3244⁄2004 (Ao Prof. Dr. Moacir Pazeto por ter tido seu nome homenageado pela Associação Atlética Acadêmica da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Campus UNESP de Jaboticabal.) Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal ADEMILSON APARECIDO SERVIDONE, Vereador infra- assinado, requer à Mesa Diretora desta Casa de Leis, que depois de ouvido o Plenário, seja consignado em Ata, MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO, ao Ilustríssimo Senhor PROF. DR. MOACIR PAZETO, que teve seu nome lembrado pela Associação Atlética Acadêmica da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Campus UNESP de Jaboticabal. Os jovens fundadores da citada Associação foram muito felizes na escolha da denominação, pois o PROF. DR. MOACIR PAZETO foi, até a sua aposentadoria, um professor dedicado, competente e disciplinado, transmitindo aos seus liderados e alunos daquela instituição de ensino superior, conhecimentos que, com certeza, muito os auxiliará na vida, proporcionando a cada um daqueles jovens mais segurança e tranqüilidade em seus decisões. O homenageado foi também Vereador desta Casa de Leis por 18 anos, tendo sido ainda, seu Presidente nos anos de 1989, 1990, 1997 e 1998, tendo exercido seu mister, com a garra que lhe é peculiar, seu destacando no meio político administrativo do nosso país. Ao PROF. DR. MOACIR PAZETO, os nossos efusivos cumprimentos pela merecida homenagem e aos Diretores da Associação Atlética Acadêmica Moacir Pazeto, os nossos agradecimentos pela lembrança de homenagear tão caro e importante personagem da história de Jaboticabal. Sala das Sessões Dorival Borsari, 21 de junho de 2004. ADEMILSON APARECIDO SERVIDONE – Vereado PROJETO DE LEI Nº 203⁄06 (Dispõe sobre a obrigatoriedade de tornar de Utilidade Pública a Associação Atlética Acadêmica “Moacir Pazeto”). ARTIGO 1º - Fica instituída por esta Lei, a obrigatoriedade de tornar de Utilidade Pública a Associação Atlética Acadêmica “Moacir Pazeto”. ARTIGO 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário. Sala das Sessões “Dorival Borsari”,17 de fevereiro de 2006. Exposição de Motivos Excelentíssimo Senhor Presidente e Nobres Vereadores Fundada em 15 de novembro de 2002, a Associação Atlética “Moacir Pazeto”, é uma instituição que tem por finalidade e objetivo, promover e organizar eventos com caráter esportivo diversos, de inclusão social e de confraternização, interligando assim diversos setores de âmbito acadêmico, municipal e até estadual; como diretoria e reitoria da Unesp, Prefeitura e iniciativa privada. Possui uma infra-estrutura primorosa e um dos maiores setores de esporte da Universidade Estadual Paulista, dentre as instalações: piscina semi-olímpica com funcionamento durante toda a semana incluindo os sábados, 2 quadras poli-esportivas e de tênis, quadra de vôlei de areia, 3 campos de futebol sendo um com o tamanho oficial, ginásio poli-esportivo, pista e instalações de atletismo, tênis de mesa, sala de judô e yoga, muro de escalada, vestiários e funcionários para a manutenção e preservação destas. Sala das Sessões Dorival Borsari, 17 de fevereiro de 2006. ADEMILSON APARECIDO SERVIDONE – VEREADOR * * .* * .* * .* * . / 0 1233 +/ 0 1233 +/ 0 1233 +/ 0 1233 + São Paulo, 14 de julho de 1932. Meus patrícios Solicitado pelos meus conterrâneos Minérios moradores neste estado, para subscrever uma mensagem que reivindica a ordem constitucional do paiz, não me é dado, por moléstia, sair do refugio á que forçadamente me acolhi, mas posso ainda por estas palavras escriptas afirmar-lhes, não só o meu inteiro aplauso, como também o apelo de quem, tendo sempre visado a gloria da sua Pátria dentro do progresso harmonioso da humanidade, julga poder dirigir-se em geral a todo os seus patrícios, como um crente sincero em que os problemas de ordem política e econômica que ora se debatem, somente dentro da lei e n’um quadro de plena concórdia poderão ser resolvidos, de forma a conduzir a nossa Pátria a superior finalidade dos seus magnos destinos. Viva o Brasil unido. Santos Dumont Esta carta aberta foi escrita por Santos Dumont nove dias antes de ele se suicidar. Ele a enviou a Pedro de Toledo, então governador de São Paulo. Com a deflagração da Revolução Constitucional em São Paulo, escreve uma mensagem aos brasileiros, contra a luta. No dia 23 do mesmo mês enforca-se com a gravata no Hotel de la Plage, no Guarujá.
  • 16. $ A Copa organizada e o crime organizado Na Copa de futebol organizada como desmedido espetáculo de mídia pela Rede Globo de televisão, a rua semivazia em dia de jogo do Brasil, em São Paulo, era antes resultado do esvaziamento da mensagem – o verde-amarelo vomitado à exaustão – do que da mobilização de uma comunidade genuína por um motivo verdadeiro. Logo no início dos jogos ficou evidente que não havia espetáculo nenhum de futebol – o que havia era espetaculosidade da mídia. Pouco importa se o Brasil se tornaria ou não campeão do evento. Aquela abordagem midiática tornou a mensagem inócua logo de cara. O torcedor, lançado feito bucha de canhão para a composição das imagens de euforia que a Globo montou nos quatro cantos do país, parecia não saber de nada. Parecia não saber que sua caricatura verde-amarela estava ali incensando gratuitamente o show e o milionário borderô da Globo. Imbecil – o torcedor que aparece na Globo é imbecilizado pela emissora, vira um mico amestrado para aparecer na telinha de circo da televisão. A troca profusa de fórmulas ritualizadas vazias de conteúdo, e cujo único propósito é prolongar a comunicação, transforma o torcedor (na suposta relação torcedor/Globo) numa ave falante. O torcedor acha que a Globo é a patriota boazinha, turiferária ela, por sua vez, da cumplicidade mentirosa torcedor/Globo ou, pior ainda, torcedor/Galvão (como se vê expresso nas faixas e cartazes que o torcedor exibe na arquibancada, chamando o narrador oficial da Globo). O torcedor devia achar que o Olodum surgia na tela da Globo brandindo bumbos todo dia de jogo do Brasil na Copa por puro patriotismo! Nem desconfiou, o idiota do torcedor, que o Olodum estaria ali participando de uma montagem de cena, quiçá paga. Está clara aí a estratégia de manipulação operada pela Rede Globo: reduzir o mais completamente possível a liberdade da massa para discutir ou resistir ao que lhe é proposto, estratégia que tem de ser invisível, como diz Phillipe Breton, dado que a sua revelação indicaria a existência da tentativa de manipulação. O torcedor não sabe se o Olodum foi ou não pago para exibir euforia patriótica na telinha. Na mimetização do pseudo-espetáculo processada pelas outras emissoras – as primas pobres, sem direito à transmissão dos jogos –, o espalhafato da torcida era ainda mais patético. Restavam a estas outras empresas as tais “mesas-redondas”, os tais “debates” sobre futebol, uma inflação de comentaristas ridículos e descartáveis como copos plásticos desses amontoados uns em cima dos outros nos cilindros dos bebedouros de empresas e consultórios médicos. Coisa estéril, motivo suficiente para desmerecer sem qualquer sombra de dúvida as concessões recebidas pelas emissoras que exibem tais nulidades. Já a rua deserta em São Paulo por ocasião dos ataques do PCC, em maio último, a rua esvaziada pelo crime organizado – esta tinha peso e conteúdo, tinha significado. Até hoje a pessoa pensa nela, a pessoa sente a rua como um soco na boca do estômago. Depois disso, São Paulo se transformou no lugar em que o crime organizado é mais organizado, mais interessante, mais inteligente e mais sério do que o Estado e do que qualquer órgão de mídia. É o lugar estarrecedor em que o crime parece ter mais consciência social do que o Estado. O crime sabe, inclusive, que a imprensa brasileira é tão hipócrita e corrupta quanto o Estado. Refiro-me aqui ao depoimento de Marcola, suposta liderança do PCC, publicado nesta Caros Amigos em junho último. Com articulação e coerência incomparáveis ao discurso tacanho dos deputados que o entrevistaram, Marcola responde ao deputado que lhe pergunta se, na hierarquia do PCC, ele era tido como um dos homens fortes: “Quem me elege é a imprensa ou até os presos. Mas não existe essa hierarquia da forma que se imagina, não”. (Depoimento dado à Câmara Federal, em 2001, à Comissão Especial – Combate à Violência.) Ora, não é que tudo em que a mídia toca vira merda? Inclusive eu virei, tendo passado anos escrevendo meu nome num jornalão da imprensa do status quo. Foram os doze anos de lixo da minha vida – doze anos sobre os quais eu passaria firmemente uma borracha, se pudesse, com a veemência da primeira aluna da classe corrigindo no caderno de 4 a série primária a cópia que transcrevera errado do quadro- negro. Lá da minha carteira do colégio de freiras em Recife, eu admirava o desespero da primeira aluna da sala diante da rasura que cometera, o borrão a grafite de lápis. Punha-se a apagar, então, ferozmente, batendo no chão as aparas da borracha branca e escolar. Tudo o que eu queria da primeira aluna da sala era o arrebatamento à beira da fúria com que ela esfregava a borracha contra o erro primário manchando a folha branca do caderno. Esfregava até quase rasgar. Mas eu, como minha vida sempre fora manchada desde muito cedo, tive também de desenvolver certa constrangedora tolerância para comigo mesma e meus próprios erros. Corrigir também podia significar passar a folha do caderno, virar para a seguinte e observar ali uma característica qualquer que me fortalecesse diante do mundo torpe: o traço bonito e firme da minha caligrafia, contra os erros cabais na aritmética, na geometria da vida. Marilene Felinto Professores querem universidade empreendedora Em parceria com o Sebrae-SP, professores da Unesp participam de capacitação sobre a disciplina Empreendedorismo, que será oferecida na universidade. 25/07/2006 - Começou ontem a semana de capacitação dos 62 professores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Águas de Lindóia, sobre a nova disciplina a ser oferecida em diversos cursos dos 23 campi da instituição: Empreendedorismo. A metodologia do curso foi elaborada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo (Sebrae-SP), que coordena a capacitação. A matéria poderá ser cursada por alunos de qualquer curso, a partir do ano que vem como disciplina optativa, já que, para o próximo semestre, as matrículas já foram encerradas. A oficina de capacitação foi aberta com uma questão aos professores: é possível ensinar o empreendedorismo? Mauro Pedro Lopes, consultor que formatou o treinamento dos professores, acredita que o desafio dos docentes é grande, pelo fato da disciplina ser diferente de tudo que eles trabalharam antes. Não sei se é possível ensinar, mas é possível aprender a ser empreendedor. O que o professor deve fazer é criar um ambiente favorável para o aluno desenvolver uma postura empreendedora, em seus projetos, empresa, organização, explica Mauro. O tema despertou outras discussões entre os docentes. Carlos Alberto Oliveira, professor do campus experimental de Itapeva, disse que a universidade também tem de ser mais empreendedora, adotar uma nova postura, funcionar como uma empresa, com metas e resultados. Guiliana Pigatto, professora da unidade da Unesp em Tupã, concordou. Temos que dar não só o arcabouço teórico, mas também ferramentas práticas para o aluno se relacionar com o mercado, além de simples empregado, avaliou. Durante a cerimônia de abertura do evento, os participantes concordaram que a disciplina sobre empreendedorismo é apenas o primeiro passo da parceria com o Sebrae-SP. Espero que a combinação seja profícua e que evolua. Os escritórios regionais do Sebrae estão próximos a todas as nossas unidades, e podem trazer experiência às nossas incubadoras, as 28 empresas juniores e aos nossos projetos, avaliou o reitor na Unesp Marcos Macari. A Unesp tem mais de 30 mil alunos. Para a coordenadora do Centro do Empreendedor do Sebrae- SP, Maria Cristina Alves, a implantação de uma disciplina sobre empreendedorismo, a partir do conhecimento da instituição, é relevante e desafiante: Nossas ações nas universidades sempre foram muito pontuais. A implantação de uma disciplina sobre o empreendedorismo é importantíssima, ajuda a quebrar a resistência da academia em relação ao mercado. A Unesp está fazendo história, acredita. A professora Sheila Zambello de Pinho, pró-reitora de graduação da Unesp entende que a disciplina não ficará restrita a estudantes de cursos tradicionalmente ligados ao empreendedorismo, como administração e engenharia. Todos os alunos podem se interessar. A disciplina mostra uma outra visão de mundo, do mercado de trabalho, acredita. Assessoria de Comunicação do Sebrae - SP Lêleleleêê! Estamos com Bateria nova! Jabuka!