Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
1. CURSO SUPERIOR DE GESTÃO DE MARKETING
UNIDADE CURRICULAR DE CONTABILIDADE DE GESTÃO
“ANÁLISE ECONOMICA E
FINANCEIRA E DE
FUNCIONAMENTO DA EMPRESA
SETH, S.A.”
Trabalho elaborado para a Unidade
Curricular de Contabilidade de Gestão,
leccionada pelo Professor Dr. Miguel
Rodrigues.
TURMA G2NA – GRUPO 3
Sandra Sequeira nº 207025; Susana Alcântara nº 207041; Pedro Gonçalves nº 207039;
Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
LISBOA – JUNHO 2009
2. ÍNDICE:
ABSTRACT...................................................................................................................................PÁG. 5
RESUMO.......................................................................................................................................PÁG. 6
PALAVRAS-CHAVE. .................................................................................................................PÁG.7
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................PÁG. 8
METODOLOGIA.......................................................................................................................PAG. 9
I– ENQUADRAMENTO TEÓRICO..................................................................PÁG. 10
1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...................................................................PÁG.10
1.1 O BALANÇO...............................................................................................................PÁG. 10
1.1.1 PRINCIPAIS CONTAS DO ACTIVO...................................................................PÁG. 13
1.1.2. PRINCIPAIS CONTAS DO CAPITAL PRÓPRIO.............................................PÁG. 16
1.1.3. PRINCIPAIS CONTAS DO PASSIVO..................................................................PÁG. 18
1.1.4. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS......................................................................PÁG. 19
1.2. A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS.........................................................PÁG. 19
1.2.1. PRINCIPAIS CONTAS DE CUSTOS....................................................................PÁG. 20
1.2.2. PRINCIPAIS CONTAS DE PROVEITOS............................................................PÁG. 22
2. O MÉTODO DOS RÁCIOS.....................................................................................PÁG. 23
2.1. OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO FINANCEIRA......................................................PÁG. 24
.2.2. OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO ECONÓMICA......................................................PÁG. 27
2.3. OS RÁCIOS DE FUNCIONAMENTO.................................................................PÁG. 28
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4. ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1 – BALANÇO......................................................................................................PÁG. 11
QUADRO 2 – PRINCIPAIS ELEMENTOS DO BALANÇO.......................................PÁG. 12
QUADRO 3 – DEMEONSTRAÇÃO DE RESULTADOS.............................................PÁG. 20
QUADRO 4 – BALANÇO - 2006 E 2007............................................................................PÁG. 32
QUADRO 5 – BALANÇO - 2006 E 2007 (CONT.)..........................................................PÁG. 33
QUADRO 6 – RESUMO DOS BALANÇOS......................................................................PÁG. 33
QUADRO 7 – BALANÇOS – GRÁFICOS.........................................................................PÁG. 34
QUADRO 8 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – 2006 E 2007....................PÁG. 36
QUADRO 9 – INDICADORES DE GESTÃO – 2006 E 2007.....................................PÁG. 37
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5. Abstract
This monograph sets an academic work, presented in two chapters. In the first
chapter, we addressed to the Balance Sheet and Income Statement, with a brief explanation of
its main components, and to the method of ratios, with the key ratios studied. In the second
chapter, we apply the methodologies and knowledge described above, to the data in the
Financial Reports of the Seth, S.A., for the years 2006 and 2007, as published.
From the indicators of economic ratios, financial and operating analysed in two
consecutive years, we can conclude an improvement in the management performance by the
direction of the organization in all aspects studied. However, there is the need for greater
clarity in the presentation of data on Capital and Brought Forward.
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6. Resumo
Esta monografia configura um trabalho académico, compondo-se de duas partes. Na
primeira, em termos gerais, são abordadas as Demonstrações Financeiras do Balanço e da
Demonstração de Resultados, com uma breve explicação dos seus principais elementos, e o
Método do Rácios, onde são abordados os principais rácios estudados. Na segunda, são
aplicadas as metodologias e conhecimentos anteriormente descritos, aos dados constantes dos
relatórios e contas da empresa Seth, S.A., para os exercícios dos anos de 2006 e 2007,
conforme publicados.
Dos indicadores dos rácios económicos, financeiros e de funcionamento analisados
nos dois anos consecutivos, podemos concluir duma melhoria na performance de gestão por
parte da direcção da organização em todas as vertentes estudadas. Nas demonstrações
financeiras estudadas, verifica-se no entanto a necessidade de uma maior clareza na
apresentação dos dados relativos ao capital social e resultados transitados.
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7. Palavras-chave
Activo; Passivo; Capitais Próprios; Demonstrações Financeiras; Balanço;
Demonstração de Resultados; Método dos Rácios; Indicadores Económicos; Indicadores
Financeiros; Indicadores de Funcionamento.
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8. Introdução
O presente trabalho foi desenvolvido para a Unidade Curricular de Contabilidade de
Gestão, do Curso Superior de Gestão de Marketing, do Instituto Português de Administração
de Marketing, ano lectivo 2008/2009, sendo leccionada pelo Professor Dr. Miguel Rodrigues,
tendo como objectivo a análise financeira de curto e médio prazo, situação económica e os
seus rácios de funcionamento de uma organização, que no caso em que nos propomos a
analisar, é a empresa Seth.
Este trabalho está dividido em duas partes: a primeira, composta pelo enquadramento
teórico, onde são desenvolvidos e explicados sucintamente os principais conceitos e noções de
Contabilidade de Gestão, e a segunda parte, que consiste na aplicação prática dos conceitos
teóricos na respectiva Organização.
O valores padrão por nós utilizados, na análise economico financeira, foram retirados
de um relatório de contas do mesmo ano, de uma empresa do mesmo sector de actividade -
ACF, S.A. (Anexo) - visto que, não nos foi possível encontrar dados disponíveis do sector em
que a empresa em análise, se insere.
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9. Metodologia
Este trabalho visa ser um trabalho prático, pela aplicação dos conceitos apreendidos
na análise de uma organização presente no mercado.
Assim sendo, decidimos por desenvolver esta monografia em duas parte:
1. A primeira parte, com uma abordagem académica aos temas, consistindo
essencialmente na apresentação e explicação teórica dos conceitos gerais de
contabilidade, de análise económica e financeira, e de rácios de funcionamento
de uma empresa;
2. Um segundo capítulo com a aplicação prática dos temas abordados à empresa
em questão, mais concretamente às contas dos seus dois últimos exercícios
conforme publicadas para os anos de 2006 e 2007.
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10. I – ENQUADRAMENTO TEÓRICO
1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A norma internacional de contabilidade IAS 1, define as demonstrações financeiras,
como uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de
uma determinada entidade/empresa.
O objectivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação fiável
acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de uma
determinada entidade que seja útil a uma vasta gama de utentes nas respectivas tomadas de
decisões económicas, permitindo, simultaneamente, mostrar os resultados da gestão por parte
dos gerentes dos recursos que lhes foram confiados e colocados à disposição. Para satisfazer
este objectivos, as demonstrações financeiras proporcionam informação acerca dos activos,
passivos, capital próprio, rendimentos e gastos e outras alterações do capital próprio e ainda
acerca dos fluxos de caixa. Estas informações, contidas em mapas como o balanço, a
demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a
demonstração de fluxos de caixa, juntamente com informação contida nas notas, ajudam os
utentes das demonstrações financeiras a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e a sua
tempestividade e grau de incerteza.
As demonstrações financeiras de elaboração obrigatória são: o Balanço; a
Demonstração dos Resultados (por natureza e/ou por funções); a Demonstração dos Fluxos
de Caixa; Demonstração de Valor Adicionado no caso de empresas com valores mobiliários
negociados em bolsa ou mercado de balcão; e os Anexos ao Balanço e à Demonstração dos
Resultados. Salienta-se a mais recente alteração legislativa que aboliu a Demonstração da
Origem e da Aplicação de Fundos.
Mas neste trabalho, iremos abordar apenas as duas primeiras, o Balanço e a
Demonstração de Resultados.
1.1. O BALANÇO
Numa óptica patrimonial, o balanço é um quadro ou mapa estático que descreve, no
final de cada exercício ou num determinado momento do ano fiscal, a situação patrimonial da
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11. organização. O Balanço permite fazer a comparação entre o Activo e o Passivo, apurando
desta forma o Valor Patrimonial da organização.
O património da organização, é o conjunto de valores utilizados pela organização no
exercício da sua actividade e afectos a um determinado fim.
Quadro 1: BALANÇO
BALANÇO
CAPITAL PRÓPRIO
ACTIVO
PASSIVO
Fonte: Adaptado pelos Autores
Estes valores são representados pelo “Activo” (“Asset”) – que representa o conjunto
de bens e de direitos da organização sobre terceiros – e pelo “Passivo” (“Liability”) – que
representa o conjunto das obrigações, deveres ou responsabilidades da organização para com
terceiros.
O Capital Próprio – Situação Líquida ou Valor do Património (“Equity”) –
representa a quantia que seria preciso dar para receber em troca todo o activo, ficando ao
mesmo tempo com o encargo de pagar todo o passivo.
Total do Activo
Capital Próprio =
Total do Passivo
De acordo com o Plano Oficial de Contabilidade (POC), existem dois modelos de
balanço patrimonial:
Um modelo mais desenvolvido – Balanço Analítico – para as organizações
de maior dimensão, isto é, aquelas que, na data de encerramento das contas,
ultrapassam, pelo menos, 2 dos 3 limites previstos no artigo 262º do Código
das Sociedades Comerciais;
Um modelo menos desenvolvido – Balanço Sintético – para as
organizações de menor dimensão, isto é, aquelas que, na data de
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12. encerramento das contas, não ultrapassam, pelo menos, 2 dos 3 limites
previstos no artigo 262º do Código das Sociedades Comerciais.
Os limites para apresentação de um Balanço Sintético, previstos no artigo 262º do
Código das Sociedades Comerciais são:
Total do Activo ou Total do Passivo + Capital Próprio ≤ 1 500 000 €;
Total de Vendas e Prestação de Serviços ≤ 3 000 000 €;
Número Médio de Trabalhadores ≤ 50.
A ordenação dos elementos do Activo segue o critério da Liquidez Crescente.
Os elementos do Capital Próprio ordenam-se segundo o critério da sua Formação
Histórica.
Os elementos do Passivo ordenam-se segundo o critério da Exigibilidade Crescente.
Quadro 2. PRINCIPAIS ELEMENTOS DO BALANÇO
BALANÇO
Activo Capital Próprio
Imobilizações Incorpóreas Capital
1 Imobilizações Corpóreas Reservas
Investimentos Financeiros Resultados Transitados
Resultados Líquidos
2 Mercadorias
Passivo
3 Clientes Empréstimos Obtidos
Outros Devedores e Credores
4 Depósitos à Ordem Estado
Caixa Fornecedores
Nota:
1 Classe 4 - Imobilizações
2 Classe 3 - Existências
3 Classe 2 - Clientes
4 Classe 1 - Disponibilidades
Fonte: Adaptado pelos Autores
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13. 1.1.1 PRINCIPAIS CONTAS DO ACTIVO
Imobilizações
Entende-se por Imobilizado os bens patrimoniais detidos ou adquiridos pela
organização, com carácter de contínuidade ou permanência superior a um ano e que não se
destinam a ser vendidos ou transformados, mas sim que a organização utiliza na sua actividade
operacional. Estes bens patrimoniais classificam-se em:
Imobilizações Incorpóreas
As Imobilizações Incorpóreas são compostas pelos elementos patrimoniais sem
existência física, ou seja, o conjunto de bens intangíveis detidos pela organização, com carácter
de continuidade ou permanência superior a um ano.
São exemplos de Imobilizações Incorpóreas: Despesas de Constituição; Despesas de
Instalação, Propriedade Industrial e Outros Direitos, Trespasses, Imobilizações em Curso,
entre outros.
Imobilizações Corpóreas
As Imobilizações Corpóreas integram o conjunto de bens tangíveis, ou seja, são
compostas pelos elementos patrimoniais com presença física, móveis e imóveis que a
organização utiliza na sua actividade operacional, que não se destinem a ser vendidos ou
transformados, com carácter de permanência superior a um ano. Inclui igualmente as
benfeitorias e as grandes reparações que sejam de acrescer ao mesmo.
São exemplos de Imobilizações Corpóreas: Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e
Outras Construções, Equipamento Básico, Equipamento de Transporte, Ferramentas e
Utensílios, Equipamento Administrativo, Imobilizações em Curso, entre outros.
Investimentos Financeiros
Os Investimentos Financeiros integram as aplicações financeiras de carácter
permanente, isto é, as aplicações estratégicas ou de médio e longo prazo, ou seja, as
participações de capital e outros títulos adquiridos pela empresa para rendimento ou controle
de outras empresas.
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14. São exemplos de Investimentos Financeiros: Partes de Capital, Obrigações e Títulos
de Participação, Empréstimos de Financiamento, Investimento em Imóveis, Outras
Aplicações Financeiras, entre outros.
Relativamente aos bens imobilizados (incorpóreo e corpóreo) é importante ainda
referir que, ao serem utilizados nos sucessivos exercícios considera-se que se vão depreciando,
ou seja, perdendo valor.
A operação contabilística que visa simultaneamente a imputação do custo da utilização
dos imobilizados pelos diversos exercícios e a actualização (depreciação) desses mesmos bens
denomina-se “Amortização”. Assim, amortizar consiste em registar a perda do valor de um
activo imobilizado. Este registo deve ser efectuado na conta de “Amortizações Acumuladas”.
Refira-se ainda que as amortizações são aceites como custos fiscais, de acordo com o
que se infere da alínea g) do artigo 23º do Código do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas.
Já no que respeita aos investimentos financeiros, são os “Ajustamentos de
Investimentos Financeiros” que servem para evidenciar eventuais menos valias potenciais dos
títulos na posse da empresa, em 31 de Dezembro, isto é, diferenças entre o custo de aquisição
dos títulos e outras aplicações financeiras e o respectivo preço de mercado, quando este for
inferior àquele.
Existências
A conta de “Existências”, engloba todos os bens armazenáveis adquiridos ou
produzidos pela empresa e que se destinam à venda ou a serem incorporados no processo
produtivo.
Tais bens podem ser classificados em: Compras; Mercadorias; Produtos acabados e
intermédios; Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos; Produtos e trabalhos em curso; e
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo. Algumas vezes esta conta, de uma forma
simplificada é denominada de “Mercadorias” em virtude esta ser a maior conta de existências.
É ainda importante referir que associado ao tema das existências, devemos considerar
ainda os “Ajustamentos de Existências”, que se constituem quando se verifique que o
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15. presumível valor de venda das existências é inferior ao custo de aquisição ou de produção das
mesmas, correspondendo, deste modo, a perdas potenciais.
Terceiros
Esta conta engloba todas as dívidas que a organização tem direito a receber. Estes
direitos podem ter origem em: clientes; accionistas, fornecedores; Estado e Outros Entes
Públicos; e outros devedores. De forma simplificada, esta conta é por vezes denominada por
“Clientes” em virtude de ser esta habitualmente a maior origem do activo no que respeita a
Terceiros.
Uma vez que estamos a falar de dívidas a receber, importa, desde já, classificar as
dívidas segundo o seu prazo de recebimento:
Dívidas a médio e longo prazo, quando o vencimento é superior a um ano;
Dívidas a curto prazo, quando o seu vencimento se verifica num prazo inferior a
um ano.
É de referir que os “Ajustamentos de Dívidas a Receber” representam meios
contabilísticos com vista a cobrir eventuais perdas, resultantes de falta de recebimento de
dívidas.
Disponibilidades
As principais contas de Disponibilidades são os “Depósitos à Ordem” e “Caixa”,
sendo que estes representam os meios líquidos de pagamento propriedade da empresa –
moeda, papel moeda (notas bancárias), cheques e valores postais –, assim como as
importâncias que a organização tem em depósitos à ordem na banca.
As disponibilidades contam ainda com os “Títulos Negociáveis” que representam as
aplicações financeiras de curto prazo, ou seja, por um período inferior a um ano, resultantes
de excedentes temporários de tesouraria, com o objectivo de maximizar a aplicação de fundos
disponíveis das organizações. Estas aplicações financeiras podem ser entre outros, Acções,
Obrigações ou Outros Títulos Negociáveis., havendo ainda lugar a Outras Aplicações de
Tesouraria.
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16. À data da elaboração do balanço pode acontecer que o custo de aquisição das diversas
aplicações de tesouraria seja superior ao respectivo valor de mercado, havendo assim
expectativas de prejuízos. Quando tal acontece, devem constituir-se Ajustamentos de
Aplicações de Tesouraria.
1.1.2. PRINCIPAIS CONTAS DO CAPITAL PRÓPRIO
O Capital Próprio representa os fundos aplicados pelos sócios ou proprietários na
organização, os resultados não levantados ou distribuídos (reservas e resultados transitados)
bem como a riqueza ou prejuízo que a organização gerou no período em análise (resultado
líquido do exercício).
Fazem parte do Capital Próprio os seguintes elementos:
Capital
O Capital – Capital Social, ou Capital Próprio – corresponde, numa primeira fase, aos
fundos ou bens que os proprietários (ou proprietário) puseram à disposição da organização, na
data da sua constituição. Representa assim a soma das quotas-partes subscritas pelos sócios e
constantes do pacto social. O Capital, poderá sofrer incrementos ou decrementos resultantes
de vontades e/ou necessidades da organização.
Acções (Quotas) Próprias
As Acções (Quotas) Próprias são um mecanismo existente na lei que permite a uma
determinada sociedade comprar acções da própria organização.
Prestações Suplementares
As Prestações Suplementares estão previstas no artigo 210.º do Código das Sociedades
Comerciais e representam entradas em dinheiro, como reforço do capital social, que podem
ser exigidas por contrato aos sócios da sociedade.
Prémios de Emissão de Acções (Quotas)
Os Prémios de Emissão de Acções consiste na diferença entre o valor de subscrição e
o valor nominal que os accionistas tiveram que desembolsar e, consequentemente entregar à
sociedade, para adquirir as acções.
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17. Reservas de Reavaliação
As Reservas de Reavaliação surgem associadas ao fenómeno contabilístico da
Reavaliação.
Reavaliar um activo significa ajustar, por acréscimo, para valores de mercado a quantia
assentada do mesmo (valor de aquisição e correspondentes amortizações acumuladas se for
caso disso). Este acréscimo, depois de ajustado ao valor do activo e das correspondentes
amortizações acumuladas, dá origem a um excedente, ainda não realizado, a inscrever no
capital próprio. Este excedente de capital próprio, toma a designação de Reserva de
Reavaliação. Estas reavaliações podem ser feitas através de duas modalidades: Reavaliação
Legal; e Reavaliação Livre.
Reservas
As Reservas são, em regra, instrumentos de reforço dos capitais próprios das
organizações. As Reservas são contas constituídas essencialmente com base na retenção de
lucros passados. Existem diferentes tipos de Reservas:
As Reservas Legais são constituídas por imposição Legal (Código das
Sociedades Comerciais e Decreto-Lei n.º 248/86 de 25 de Agosto):
Nas sociedades por quotas e anónimas, uma percentagem não inferior a 5% do
resultado líquido positivo do exercício económico corrente até que represente 20% do capital
social. No estabelecimento individual de responsabilidade limitada, uma fracção dos lucros
não inferior a 20% até que represente metade do capital do estabelecimento.
As Reservas Estatutárias resultam por acordo dos sócios na constituição da
sociedade.
As Reservas Contratuais resultam de imposições de contratos com
terceiros que a organização tenha efectuado, como fora de garantir o
cumprimento dos mesmos.
As Outras Reservas representam todo um outro tipo de reservas que a
organização realize e que não se enquadram nas anteriores
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18. Resultados Transitados
Os Resultados Transitados apresentam os resultados (riqueza ou prejuízo) de exercício
(s) anterior (es) da organização e que ainda não foram objecto de aplicação ou cobertura.
Resultado Líquido do Exercício
O Resultado Líquido do Exercício representa a riqueza ou prejuízo que a organização
obteve no período que se está a analisar, visando assim o apuramento do resultado do
exercício económico a que o Balanço diz respeito. O Resultado Líquido do Exercício é
determinado através de uma outra demonstração financeira que se designa por Demonstração
de Resultados, sendo esta a única conta comum entre as duas demonstrações financeiras.
Dividendos Antecipados
Os Dividendos Antecipados correspondem a adiantamentos atribuídos no decurso do
exercício pela organização aos sócios, por conta dos resultados desse mesmo exercício.
1.1.3. PRINCIPAIS CONTAS DO PASSIVO
As principais contas do “Passivo” são: 1 - Empréstimos Obtidos; 2 - Outros
Devedores e Credores; 3 – Estado; 4 – Fornecedores
Anteriormente chamada conta de Provisões, esta representa estimativas de obrigações
e encargos a pagar pela organização, de ocorrência provável e de montante, em geral, incerto.
São exemplos de provisões valores para: pensões, impostos, processos judiciais em
curso, garantias a clientes, entre outras.
Empréstimos Obtidos
A conta de Empréstimos Obtidos engloba todos os deveres e obrigações que a
organização têm para com terceiros, sejam estes financiamentos bancários ou não,
independentemente desta obrigação ser de Curto Prazo ou de Longo Prazo (respectivamente,
cuja data de pagamento é inferior ou superior a um ano, à data da elaboração do balanço).
São exemplos de empréstimos obtidos: Empréstimos Bancários, Empréstimos por
título de participação, entre outros.
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19. Outros Devedores e Credores
A conta de Outros Devedores e Credores, no passivo, conta com as dívidas da
Empresa para com terceiros tais como fornecedores de imobilizado, pessoal e outros que não
abrangidos pelas restantes contas.
Estado e Outros Entes Públicos
A conta “Estado e Outros Entes Públicos” abrange todas as operações com a
administração central e local e ainda com as instituições de previdência, principalmente no que
respeita a impostos retidos sobre os rendimentos e sobre as transacções, entre outros, e com
excepção de transacções e/ou financiamentos.
Fornecedores
A conta “Fornecedores” engloba todas as dívidas a pagar, resultantes da aquisição pela
empresa de bens e serviços, com excepção do imobilizado.
1.1.4. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Os Acréscimos e Diferimentos representam situações em que existe um desfasamento
temporal entre o proveito e o custo, com o seu respectivo recebimento e pagamento.
Acréscimo de Proveitos são ganhos que a organização obtêm, que dizem respeito ao
período que se está a analisar e ao (s) período (s) seguinte (s), cujo recebimento vai ocorrer no
(s) período (s) seguinte (s) ao que se está a analisar.
Custos Diferidos são recursos que a organização vai utilizar ou não, que dizem
respeito ao período que se está a analisar e ao (s) período (s) seguinte (s), cujo pagamento vai
ocorrer no período que se está a analisar, isto é, logo no início.
Desta forma os Acréscimos e Diferimentos figuram quer no Activo quer no Passivo.
1.2 A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Tal como o Balanço, a Demonstração de Resultados por natureza é um documento de
apresentação obrigatória, que descreve os custos e proveitos de um exercício, classificados
segundo a sua natureza – operacional, financeira e extraordinária.
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20. Considera-se um Custo (“Expense”) quando um recurso material e/ou humano é
utilizado ou não pela organização, com vista a atingir um objectivo específico.
Considera-se um Proveito (“Income”) quando são gerados ganhos, normalmente, pela
entrega de bens ou pela prestação de serviços a terceiros (aqueles com quem a Empresa tem
transacções).
Á semelhança do balanço, o Plano Oficial de Contabilidade (POC) apresenta dois
modelos de demonstração de resultados por natureza, um mais desenvolvido do que o outro:
Um modelo mais desenvolvido para as empresas de maior dimensão, isto é,
aquelas que ultrapassem, pelo menos, dois dos três limites previstos no art.º
262 do Código das Sociedades Comerciais;
Um modelo menos desenvolvido para as empresas que não ultrapassem dois
dos três limites anteriormente referidos.
Quadro 3: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Custos e Perdas Proveitos
Custos das Mercadorias Vendidas e Materias Consumidas Vendas
Fornecimentos e Serviços Externos Prestação de Serviços
Impostos Proveitos Suplementares
Custos com o Pessoal Proveitos e Ganhos Financeiros
Amotizações e Ajustamentos do Exercício Proveitos e Ganhos Extraordinários
Provisões do Exercício
Custos e Perdas Financeiras
Custos e Perdas Extraordinárias
Resultados Liquidos
Fonte: Adaptado pelos Autores
1.2.1 PRINCIPAIS CONTAS DE CUSTOS
As principais contas de “Custos” que destacamos e explicamos mais abaixo são:
Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas; Fornecimentos e Serviços
Externos; Impostos; Custo com o Pessoal; Amortizações e Ajustamentos do Exercício;
Provisões do Exercício; Custos e Perdas Financeiras; Custos e Perdas Extraordinárias.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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21. Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas
Regista ou evidência a saída das existências de armazém (pelo custo de aquisição), por
venda ou integração no processo produtivo das mesmas.
Fornecimentos e Serviços Externos
Engloba uma gama bastante diversificada de custos relativos à aquisição de bens de
consumo imediato e não imediato e de fornecimento de serviços prestados por terceiros.
São exemplos de Fornecimentos e Serviços Externos: Água, Electricidade,
Combustíveis, Economato, Seguros, Rendas e Alugueres, Honorários, entre outros.
Impostos
Aqui registam-se os impostos e taxas pagas e suportadas pela empresa ao Estado,
autarquias locais e outras entidades do sector público. Esta conta divide-se em Impostos
Indirectos e Impostos Directos.
São Impostos Directos, os impostos que têm por base uma manifestação imediata
(ou directa) da capacidade contributiva, como o rendimento ou o património do contribuinte.
São disso exemplo: Contribuição Autárquica, Imposto Municipal sobre Veículos, entre outros.
São Impostos Indirectos, os impostos que atingem a riqueza nas suas manifestações
mediatas, através da via indirecta do consumo que dela se faz. São disso exemplos: Direitos
Aduaneiros, Imposto Selo, entre outros.
Custos com o Pessoal
Nesta conta são registados os ordenados, o subsídio de férias, o subsídio de natal,
subsídios de refeição, despesas com formação profissional, ou seja, todas as remunerações de
carácter fixo e periódico atribuídas aos recursos humanos da organização (dirigentes e
trabalhadores), bem como os encargos sociais por conta da empresa e os gastos de carácter
social, obrigatórios ou facultativos.
Engloba também os seguros relativos ao pessoal, como seja seguros dos ramos vida,
acidentes no trabalho e doenças profissionais, bem como seguros que garantam o benefício da
reforma, invalidez ou sobrevivência.
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22. Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo
As amortizações económicas têm duas grandes funções: registar o custo da utilização
das imobilizações e registar a desvalorização das imobilizações atribuídas ao exercício. Assim,
esta conta evidência o desgaste, a depreciação das imobilizações corpóreas e incorpóreas no
período ou exercício em análise.
Ajustamentos do Exercício
Anteriormente chamadas “Provisões”, nesta rubrica registam-se, de forma global no
final do período contabilístico, a variação positiva da estimativa dos riscos, entre dois períodos
contabilísticos consecutivos, representado o meio contabilístico para fazer face a perdas
potenciais, ou seja, perdas ou despesas prováveis de montante incerto, imputáveis ao
exercício.
Custos e Perdas Financeiras
Esta rubrica evidencia a totalidade dos valores relacionados com a utilização do capital
alheio São exemplos de Custos e perdas financeiras: Juros Suportados de Empréstimos
Bancários, Desconto de Títulos, Serviços Bancários, Diferenças de Câmbio Desfavoráveis,
Descontos de Pronto Pagamento Concedidos, entre outros.
Custos e Perdas Extraordinárias
Regista todos os custos que a organização incorre e que não contava ter, revertendo-se
assim de um cariz excepcional. São exemplos de Exemplos Custos e Perdas Extraordinárias:
Donativos, Dívidas Incobráveis, Multas Fiscais, Sinistros, entre outros.
1.2.2 PRINCIPAIS CONTAS DE PROVEITOS
As principais contas de “Proveitos” que destacamos e explicamos abaixo são: Vendas;
Prestações de Serviços; Proveitos suplementares e outros; Proveitos e Ganhos Financeiros;
Proveitos e Ganhos Extraordinários.
Vendas
Revela a facturação líquida com mercadorias, produtos acabados, entre outros
realizada pela organização.
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23. Prestações de Serviços
Regista a facturação realizada pela empresa com serviços prestados que sejam próprios
dos objectivos ou finalidades da organização.
Proveitos Suplementares e Outros
Evidência todos os ganhos que a organização obtêm e que não foram enquadrados
nos proveitos anteriores.
Proveitos e Ganhos Financeiros
Compreende todos os ganhos financeiros obtidos pela organização, resultantes de
operações correntes ou de aplicações financeiras. Exemplos: Juros Obtidos em Depósitos,
Rendimentos de Imóveis, Diferenças de Câmbio Favoráveis, Descontos de Pronto Pagamento
Obtidos, entre outros.
Proveitos e Ganhos Extraordinários
Regista todos os ganhos que a empresa obteve e que não contava. Exemplos:
Recuperação de Dívidas Consideradas Incobráveis, Restituição de Impostos, entre outros.
2. MÉTODO DOS RÁCIOS
O funcionamento e desempenho de uma organização deve ser objectivado em
instrumentos de gestão, ou seja, documentos que reúnem a informação de várias áreas de
gestão, transformando-a em indicadores, permitindo assim acompanhar tendências e obter
perspectivas que ajudem os dirigentes na tomada de decisão.
Com base nas demonstrações financeiras e, entre elas, no Balanço e Demonstração de
Resultados, é possível determinar a evolução da situação económico-financeira e do
desempenho da Empresa através de indicadores de curto e de médio e longo prazo, que se
constituem respectivamente como preciosos auxiliares de decisões operacionais e estratégicas.
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24. Com estes indicadores é possível não só obter informações sintéticas, fazer
comparações (com o plano e com os benchmarks 1), avaliar a evolução dos diferentes
indicadores ao longo do tempo, mas também situar a Empresa no contexto onde está inserida,
pela comparação com valores padrão do sector, quer nacionais, quer internacionais.
É fundamental ter consciência, de que a análise dos rácios não revelará tudo o que é
necessário saber acerca da performance do negócio. Eles fornecem uma boa descrição, mas
têm as suas limitações, pois uma vez que se baseiam na performance passada da empresa não
dão indicações algumas sobre a performance actual e futura. Por outro lado, não existe
nenhum padrão internacional para os rácios económico-financeiros, pelo que é indispensável
acrescentar um pouco de reflexão e de bom senso à aplicação cega das fórmulas.
2.1 OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
Os Rácios Financeiros apreciam os aspectos que se relacionam exclusivamente com
aspectos financeiros, tais como a estrutura financeira, a capacidade de endividamento, a
solvabilidade, etc.
Rácios da Situação Financeira de Curto Prazo
Rácios de Liquidez
Os Rácios de Liquidez são demonstrativos dos índices de cobertura das dívidas por
activos já líquidos, ou que se transformam em meios líquidos em curto prazo, dando assim
uma ideia da capacidade da empresa para satisfazer os seus compromissos de curto prazo.
Os credores de curto prazo, como fornecedores, preocupam-se com o rácio corrente,
pois essa é uma medida da capacidade da empresa pagar suas contas.
1
é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É visto como um
processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a
fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do desempenho
entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark
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25. Rácio de Liquidez Geral
Revela-nos a capacidade que a empresa tem de solver as suas obrigações correntes. É
um teste de solvência em curto prazo. Deve ser, pelo menos igual a um, para que se verifique
um equilíbrio financeiro mínimo. (Valor Padrão ≥1,5).
Activo Circulante
Liquidez Geral =
Passivo de Curto Prazo
A liquidez geral é uma representação do fundo de maneio e tem grande importância
para os credores. O fundo de maneio é muitas vezes apresentado como a almofada de
segurança da empresa quando os credores reclamam os reembolsos das dívidas de curto
prazo.
Rácio de Liquidez Reduzida
A liquidez reduzida é uma medida mais severa da posição líquida da empresa. Dá a
ideia clara da capacidade da empresa para, sem grandes riscos, ser capaz de solver os seus
compromissos de curto prazo. (Valor Padrão ≥1)
É utilizado com a mesma finalidade do anterior, mas admite dificuldades de possível
falência pelo que se considera que as existências não poderão ser transformadas de imediato
em dinheiro, ou pelo menos que essa conversão será sempre abaixo do custo de inventário.
Activo Circulante - Mercadorias
Liquidez Reduzida =
Passivo de Curto Prazo
Rácio de Liquidez Imediata
Um terceiro indicador de liquidez é aquele que restringe ainda mais o conceito de
activos líquidos, cingindo-os às disponibilidades e aplicações financeiras de curto prazo da
empresa. É utilizada pelos analistas que pretendem conhecer o grau de cobertura dos passivos
circulantes por disponibilidades.
Disponibilidades
Liquidez Imediata =
Passivo de Curto Prazo
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26. Rácio de Solvabilidade
O Rácio de Solvabilidade realça a parcela da actividade da Empresa que é financiada
pelos proprietários (Capitais Próprios), destacando assim o grau de independência desta
perante os credores. Traduz ainda a capacidade da empresa para solver os seus compromissos
a médio e longo prazo, isto é, a capacidade de pagar as dívidas.
Capitais Próprios
Solvabilidade =
Total do Passivo
Rácios da Situação Financeira de Médio e Longo Prazo
Rácio de Autonomia Financeira
O Rácio de Autonomia Financeira analisa a parcela dos activos que é financiada por
capital próprio. Assim, este rácio traduz a capacidade da empresa de financiar o activo através
dos capitais próprios sem ter de recorrer a empréstimos e em simultâneo evidencia a
capacidade, inerente à estrutura patrimonial, para obtenção de empréstimos a mais de um ano.
(Valor Padrão ≥0,33)
Capitais Próprios
Autonomia Financeira =
Activo Líquido
Rácio de Cobertura de Activo Fixo
O Rácio de Cobertura do Activo Fixo evidência a posição financeira da empresa no
que concerne à análise do financiamento do imobilizado em função dos capitais permanentes
(capitais próprios + passivo m/l prazo). (Valor Padrão≥1)
Capital Permanente
Cobertura do Activo Fixo =
Activo Fixo
Debt-to-Equity Ratio
Uma alternativa ao indicador de endividamento, consiste na relação entre o
endividamento de uma sociedade e os seus capitais próprios (D/E). Esse indicador pode ter
diversas variantes:
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27. - com base no passivo total (D/E1):
D/E = Passivo Total
Capitais Próprios
-com base no passivo de médio/longo prazo (D/E2):
D/E = Passiv o Médio/Longo Prazo
Capitais Próprios
Saliente-se, que esta versão do D/E procura traduzir a repartição relativa dos capitais
permanentes (i.e., de longo prazo) de uma empresa em próprios e alheios. Certos analistas
consideram que uma situação em que os segundos sejam superiores aos primeiros poderá
traduzir um certo excesso de endividamento, recomendando por conseguinte que este
indicador apresente um valor inferior a um.
2.2. OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO ECONÓMICA
Os Rácios Económicos pretendem revelar aspectos de situação económica como a
estrutura dos custos, a estrutura dos proveitos, as margens, a capacidade de auto
financiamento, etc.
Os rácios de rentabilidade, tal como o nome indica medem a rentabilidade da empresa
na sua operação, indicando o grau de eficiência com que a empresa utilizou os recursos à sua
disposição.
Rentabilidade Liquida das Vendas
A Rentabilidade das vendas está estreitamente relacionada com a política de preços da
empresa e a margem bruta que esta reserva sobre o preço de custo das mercadorias vendidas.
Assim, para analisar a relação entre os resultados e as vendas, a Rentabilidade Líquida das
Vendas, obtém-se a partir da margem líquida obtida pela empresa após a dedução de todos os
encargos.
Este rácio dá-nos o lucro (prejuízo) obtido por cada unidade vendida, revelando assim
a eficiência do negócio.
Rentabilidade Líquida das Resultados Líquidos
=
Vendas (%) Vendas
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28. Caso se trate de uma empresa de serviço pode falar-se da Rentabilidade Liquida da
Prestação de Serviços.
Rentabilidade Líquida da Resultados Líquidos
=
Prestação de Serviços Prestação de Serviços
Rentabilidade dos Capitais próprios
A rentabilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que eles geram. Este rácio
pode considerar-se o mais importante em finanças empresariais. Mede a rentabilidade absoluta
entregue aos accionistas. Um bom número traz êxito ao negócio, tornando fácil atrair novos
fundos que permitirão à empresa crescer, havendo condições favoráveis de mercado, e isso,
por sua vez, conduz a maiores proveitos. Tudo isso leva a um valor elevado e a um
crescimento contínuo da riqueza dos proprietários. (Valor Padrão > TRASN)
Rentabilidade dos Resultados Líquidos
=
Capitais Próprios Capital Próprio
Rentabilidade dos Activos
Indica a capacidade do activo da empresa gerar lucro. É conhecido como ROI (Return
on Investment) taxa de retorno dos capitais investidos.
Rentabilidade do Activo = Resultados Liquidos
Activo Total
2.3 OS RÁCIOS DE FUNCIONAMENTO
Os Rácios de Funcionamento ajudam a explicar os impactos financeiros da gestão ao
nível do ciclo de exploração. São os rácios dos prazos médios de recebimento e pagamento, da
duração média das existências em armazém, etc.
Estes rácios servem para analisar a eficiência das decisões na gestão dos recursos
aplicados, explicitando a forma como a empresa está a utilizar os recursos de que dispõe. Os
rácios de funcionamento apuram-se em termos de rotação ou em dias de funcionamento.
Sempre que possível, devem utilizar-se os valores médios de balanço de forma a não serem
afectados pelos valores acidentais em determinada data do balanço.
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29. Dado que as condições de funcionamento são significativamente diferentes de sector
para sector, estes rácios só têm sentido se comparados dentro do mesmo sector e entre
empresas com características tecnológicas e de mercado semelhantes.
Rotação de Mercadorias
Este rácio reflecte as existências em percentual das vendas. A rotação das existências
evidencia os efeitos da gestão ao nível do armazém. Este rácio traduz a eficiência com que a
empresa gere os armazéns e as existências. É encarado como indicador de eficiência: podendo
significar que a empresa tem stocks demasiado elevados ou, pelo contrário, pode demonstrar
que a empresa está a perder vendas devido à falta de existências, ou seja, tem frequentes
rupturas de stocks.
Rotação das Mercadorias
=
Mercadorias (%) Vendas
Gestão de Créditos e Cobranças
Este rácio traduz as dívidas de clientes em percentual das vendas. Um rácio alto é, em
termos financeiros desfavorável, mostrando por vezes ineficiência do departamento de
cobrança ou falta de poder negocial da empresa perante os seus clientes
Gestão de Créditos e Clientes
=
Cobranças (%) Vendas
Rotação do Activo
Proporciona informação sobre o número de vezes que o activo líquido da empresa foi
reconstituído através das Vendas. Quanto maior a velocidade dessa reconstituição, maior será
o montante dos meios líquidos libertos pela empresa. Este rácio será maior em actividades
comerciais dos que em actividades industria.
Vendas
Rotação do Activo =
Total do Activo
Tempo Médio de Recebimentos
O rácio procura evidenciar o prazo médio que os clientes da empresa estão a demorar
a regularizar as suas responsabilidades. A empresa tem todo o interesse em estudar este rácio
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30. para analisar, por umlado, a sua política de crédito, e por outro lado, a eficáciados serviços
financeiros.
Prazo Médio de Recebimentos= Clientes X 365
Vendas
Tempo Médio de Pagamentos
É o rácio que mede a celeridade com que a empresa costuma pagar as suas dívidas aos
fornecedores.
Prazo Médio de Pagamentos= Fornecedores X 365
Compras
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31. II – ENQUADRAMENTO PRÁCTICO
1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA SETH, S.A.
Seth - Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos, foi constituída em
1933 pela empresa dinamarquesa Højgaard & Schultz a/s, sendo hoje uma das principais
empresas portuguesas de Obras Marítimas e uma referência internacional na Engenharia
Costeira e Portuária.
Ao longo da sua história de 75 anos, a empresa tem realizado numerosos trabalhos
de construção civil, industrial e obras públicas para a Administração Central e Autárquica,
Institutos Autónomos, Forças Armadas Portuguesas, Forças Armadas dos EUA e para a
NATO. A Seth estabeleceu-se rapidamente como uma empresa de tecnologia avançada,
tendo-lhe sido adjudicada, em 1947, a construção da Ponte Marechal Carmona em Vila Franca
de Xira.
Em 1949, a Seth construiu a Barragem do Pego do Altar (Rio de Sta. Catarina, em
Setúbal) onde, pela primeira vez em Portugal, o paramento de montante foi protegido com
uma cortina de chapas de aço inoxidável com juntas elásticas. Ainda em 1949, construiu a
Barragem de Vale do Gaio (Rio Xarrama, em Alcácer do Sal); nesta obra, uma inovação
tecnológica para a época foi a aplicação de uma cortina interior em material betuminoso entre
o maciço terroso e o maciço de enrocamento. Em 1954, a empresa construiu também a Ponte
da Vala Nova em Benavente, a primeira ponte construída em Portugal com betão pré-
esforçado.
Em 1954, a empresa construiu também a Ponte da Vala Nova em Benavente, a
primeira ponte construída em Portugal com betão pré-esforçado.
Mais recentemente, em 1990, a Seth esteve envolvida no Projecto de Navegabilidade
do Rio Douro, nomeadamente no troço da Valeira. Mais recentemente, em 1990, a Seth
esteve envolvida no Projecto de Navegabilidade do Rio Douro, nomeadamente no troço da
Valeira.
Em 2003, a Seth integrou o consórcio a quem foi adjudicada a empreitada do
Gasoduto de Transporte de Gás Natural entre Sines e Setúbal. Os trabalhos efectuados
contemplaram a construção de um Gasoduto de Gás Natural com 87 quilómetros de
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31
32. extensão, entre Sines e Setúbal e, a travessia do Rio Sado, considerada a maior travessia da
Europa por perfuração horizontal dirigida.
1.1 DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1.1.1 BALANÇOS 2006 E 2007
Quadro 4: BALANÇO - 2006 E 2007
Fonte: Relatório Anual 2007 - Seth, S.A.
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Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
32
34. BALANÇOS GRÁFICOS
Quadro 7: BALANÇOS - GRÁFICOS
BALANÇOS GRÁFICOS 2007 2006
Activo Fixo 26% 24%
Activo Circulante 74% 76%
Capitais Próprios 31% 34%
Passivo Médio Longo Prazo 2% 0,05%
Passivo Curto Prazo 67% 66%
Balanços Gráficos 2006 - Activos
24%
Activo Fixo
Activo Circulante
76%
Balanço Gráfico 2007 - Activos
26%
Activo Fixo
Activo Circulante
74%
Fonte: Adaptado pelos Autores do Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
Constatamos, que houve uma pequena vairação entre o activo fixo e circulante de 2%.
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35. Balanços Gráficos 2006 - Cap. Próprio + Passivo
34%
Capitais Próprios
Passivo Medio Longo Prazo
Passivo Curto Prazo
66% 0%
Balanços Gráficos 2007 - Cap. Próprio + Passivo
31%
Capitais Próprios
Passivo Medio Longo Prazo
Passivo Curto Prazo
2%
67%
Fonte: Adaptado pelos Autores do Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
Verificamos que houve um ligeiro aumento nos passivos de cursto/médio/longo
prazo e uma ligera redução nos capitais próprios
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36. 1.1.2 DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Quadro 8: DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS - 2006 E 2007
Fonte: Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
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37. 2. INDICADORES DE GESTÃO
Quadro 9: INDICADORES DE GESTÃO – 2006 E 2007
QUADRO DE INDICADORES
Situação Financeira Curto-prazo 2006 2007 Var. % Valores Padrão*
Fundo de Maneio 4.127.913,59 € 3.403.625,33 € -17,55% ≥0
Rácio de Liquidez Geral 1,15 1,10 -4,20% ≥1
Rácio de Liquidez Reduzida 1,11 1,10 -1,05% ≥1
Rácio de Liquidez Imediata 0,10 0,14 36,72%
Rácio de Solvabilidade Total 0,51 0,45 -12,00% 0,50
Situação Financeira Médio-longo prazo
Rácio de Autonomia Financeira 0,34 0,31 -8,28% ≥0,25**
Rácio de Cobertura do Activo Fixo 1,43 1,28 -10,56% ≥1
Rácio Debt-to-Equity (c/ base no Passivo Total) 1,96 2,22 13,64%
Rácio Debt-to-Equity (c/ base no Passivo Mèdio/Longo Prazo) 0,0014 0,052 3520,41% <1
Situação Económica
Rentabilidade Líquida das Vendas*** 10,21% 10,56% 3,44% > 5%
Rentabilidade dos Capitais Próprios 33,39% 32,94% -1,33% >TRASR
Rentabilidade do Activo 11,30% 10,22% -9,50%
Rácios de Funcionamento
Mercadorias/Vendas*** 2,57% 0,43% -83,12%
Clientes/Vendas*** 44,31% 34,30% -22,60%
Vendas/Actvo - Rotação do Activo 1,11 0,97 -12,51%
Tempo Médio de Recebimentos (dias) 162 125 -22,60%
Tempo Médio de Pagamentos (dias) 84 75 -10,46%
* Os valores padrão para o sector da empresa em análise
** O valor padrão de referência para Portugal
*** Inclui Prestações de Serviços
Fonte: Adaptado pelos Autores do Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
3. ANÁLISE ECONOMICA E FINANCEIRA
Por forma a que o analista possa realizar um juízo sobre a situação económico
financeira de uma empresa, torna-se necessário recorrer a um conjunto de indicadores.
Embora estes possam assumir diversas formas, os mais populares são sem dúvida aqueles que
assumem a forma de rácios. Um rácio mais não é do que o quociente entre duas grandezas
geralmente extraídas directamente da informação contabilística de uma empresa.
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Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
37
38. Frequentemente bastarão para alguns analistas mais experientes a observação de um
pequeno conjunto de rácios para este formar um juízo, ainda que preliminar e sujeito a
legitimação futura com informação mais aprofundada, sobre a condição financeira de uma
empresa.
Conforme descrito no primeiro capítulo, o método de análise pelos rácios sugere a sua
comparação preferencialmente com os valores padrão do sector de actividade da organização,
ou, na sua falta, com os valores padrão gerais.
Procuramos assim outras organizações similares que nos permitissem efectuar um
benchmark, o que de alguma forma acreditamos nos poder dar uma interpretação dos rácios
apurados do respectivo sector.
3.1. ANÁLISE ESTÁCTICA 2006
Situação Financeira – Custo Prazo
Fundo de Maneio – Podemos dizer que a empresa apresenta um bom fundo de
maneio (4.127.913,59 €), o que lhe permitirá uma boa gestão financeira, se aplicar parte deste
valor, podendo aumentar assim os resultados financeiros.
R.L.G. – Valor padrão do para este sector é ≥1, sendo o valor de 1,15, verificamos
que a empresa consegue solver com facilidade as suas obrigações a curto prazo. Possui um
bom equilíbrio financeiro a curto prazo, ou seja, a empresa tem recursos e uma folga
adequada. (1,15).
R.L.R. – Apresentando um valor de 1,11, podemos afirmar que a empresa revela
capacidade em solver os seus compromissos de curto prazo.
R.L.I. – O rácio de liquidez imediata é de 0,10, que traduz um baixo grau de
cobertura dos passivos circulantes pelas disponibilidades.
R.S.T. – O rácio de solvabilidade é bom (0,51), o que representa um bom equilíbrio
financeiro, ou seja, a empresa possui capitais próprios suficientes para cobrir o passivo da
mesma. Assim, a empresa demonstra uma boa capacidade de solver todas as suas obrigações,
quer a curto, médio e longo prazo.
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39. Situação Financeira – Médio/Longo Prazo
R.A.F. – Através deste rácio poderemos concluir que a empresa financia os seus
activos através de capitais próprios em 34% (0,34), que representa um bom valor, pois o valor
padrão deste sector é de 0,25. Verifica-se assim que a empresa não tem necessidade de se
financiar no exterior. Em simultâneo, também permite verificar que a empresa demonstra uma
elevada capacidade de obtenção de empréstimos a médio e longo prazo, caso esta venha a
necessitar.
R.C.A.F. – Este rácio, também se apresenta acima da média padrão (> 1,43). Uma vez
que a empresa não tem passivo de médio/longo prazo, verifica-se que o capital permanente é
coincidente com os capitais próprios. Assim, podemos afirmar que a empresa tem total
capacidade de capitais próprios para auto financiar o imobilizado.
R.D./E. (Passivo Total) vs R.D./E. (Passivo Médio/Longo Prazo) – Segundo
os analistas, podemos concluir que a empresa não tem endividamento, pois o R.D./E.(Passivo
Médio/Longo Prazo) – 0,0014 - é inferior ao R.D./E. (Passivo total) – 1,96.
Situação Económica
R.L.V. – O valor encontrado foi de 10,21%, podemos concluir que a empresa tem
uma boa rentabilidade líquida das vendas, revelando eficiência no negócio, visto que o valor
padrão deste sector é >5%.
R.C.P. – A rentabilidade dos capitais próprios é de 33,39%, ou seja, é uma boa taxa
remuneração dos activos sem risco. Este indicador revela que o investimento feito pelos
accionistas na empresa está a ser rentável, visto que a taxa de juro em vigor (2,25% - dados do
BCE) é muito menor que a rentabilidade da empresa.
Rácios de Funcionamento
Mercadorias/Vendas – O valor é de 2,57%, e que dizer que a empresa tem um valor
baixo de mercadorias face às vendas, derivado ao facto de mesma estar inserida no sector da
industria.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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40. Clientes/Vendas – Verifica-se um rácio clientes/vendas de 44,31%, sendo no nosso
entender muito elevado. Pode traduzir-se como desfavorável em termos financeiros, e
evidenciar que o departamento de cobranças pode estar a ter um fraco desempenho.
Rotação do Activo – Este rácio apresenta-nos o peso que as vendas desta empresa,
representam no total dos activos. Indica-nos o grau de utilização dos activos. O valor de 1,11
no rácio vendas/activo, indica o numero de vezes que o activo liquido da empresa é
reconstítuido através das vendas. Neste caso o montante dos meios lìquidos libertos pela
empresa são maiores.
T.M.R. – O prazo médio de recebimentos é de 162 dias, o que comparado com uma
empresa do mesmo sector a ACF, S.A: (ver anexo), que é de 130 dias - no mesmo ano de 2006
- podemos afirmar que está ligeiramente acima, +/- 30 dias, o que a nosso entender não é
relevante.
T.M.P. – O prazo médio de pagamentos é de 84 dias, que comparando com o T.M.R.
é inferior, ou seja, isto indica que a empresa tem um bom cash-flow (fundo maneio).
Análise Geral
Em termos gerais na análise de 2006, podemos afirmar que a situação financeira de
curto prazo é excelente, estando os rácios acima dos valores padrão.
Em termos estáticos, a empresa tem recursos e folga para fazer face aos seus
compromissos de curto prazo. A empresa consegue satisfazer os seus compromissos de curto
prazo sem recorrer a vendas adicionais, ou á obtenção de empréstimos.
A situação financeira de médio e longo prazo é boa, encontrando-se todos os rácios
acima dos valores padrão. A empresa tem suficiência de capitais próprios e permanentes, e
não se encontra endividada.
A situação económica é boa, pois os rácios indicam que a empresa faz uma boa
optimização dos recursos disponíveis. A rentabilidade dos capitais próprios é boa face à taxa
de remuneração dos activos sem risco, concluindo-se que a empresa estará a remunerar
adequadamente o capital próprio.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
40
41. No que respeita aos rácios de funcionamento, podemos dizer que a empresa tem um
stock de mercadorias reduzido, pelo facto de se enquadrar num sector que não obriga a
grandes stocks. Salientamos também, que o departamento de cobranças tem um desempenho
fraco. A nível da rotação do activo verificamos que a empresa esta a operar acima das suas
capacidades.
3.2. ANÁLISE ESTÁCTICA 2007
Situação Financeira – Custo Prazo
Fundo de Maneio – Podemos dizer que a empresa apresenta um bom fundo de
maneio ( 3.403.625,33 € ), o que lhe permitirá uma boa gestão financeira, se aplicar parte
deste valor, podendo aumentar assim os resultados financeiros.
R.L.G. – Valor padrão do para este sector é ≥1, sendo o valor de 1,15, verificamos
que a empresa consegue solver com facilidade as suas obrigações a curto prazo. Possui um
bom equilíbrio financeiro a curto prazo, ou seja, a empresa tem recursos e uma folga
adequada. (1,10).
R.L.R. – Apresentando um valor de 1,10, podemos afirmar que a empresa revela
capacidade em solver os seus compromissos de curto prazo.
R.L.I. – O rácio de liquidez imediata é de 0,14, que traduz um baixo grau de
cobertura dos passivos circulantes pelas disponibilidades.
R.S.T. – O rácio de solvabilidade é ligeiramente abaixo do valor padrão (0,45), o que
representa um fraco equilíbrio financeiro, ou seja, a empresa não possui capitais próprios
suficientes para cobrir o passivo da mesma. Assim, a empresa não demonstra uma capacidade
de solver todas as suas obrigações, quer a curto, médio e longo prazo.
Situação Financeira – Médio/Longo Prazo
R.A.F. – Através deste rácio poderemos concluir que a empresa financia os seus
activos através de capitais próprios em 31% (0,31), que representa um bom valor, pois o valor
padrão deste sector é de 0,25. Verifica-se assim que a empresa não tem necessidade de se
financiar no exterior. Em simultâneo, também permite verificar que a empresa demonstra uma
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
41
42. elevada capacidade de obtenção de empréstimos a médio e longo prazo, caso esta venha a
necessitar.
R.C.A.F. – Este rácio, também se apresenta acima da média padrão (> 1,28). Uma vez
que a empresa não tem passivo de médio/longo prazo, verifica-se que o capital permanente é
coincidente com os capitais próprios. Assim, podemos afirmar que a empresa tem total
capacidade de capitais próprios para auto financiar o imobilizado.
R.D./E. (Passivo Total) vs R.D./E. (Passivo Médio/Longo Prazo) – Segundo
pesquisa efectuada, podemos concluir que a empresa não tem endividamento, pois o R.D./E.
(Passivo Médio/Longo Prazo) – 0,052 - é inferior ao R.D./E. (Passivo total) – 2,22, que é um
dos factor de medição do endividamento.
Situação Económica
R.L.V. – O valor encontrado foi de 10,56%, podemos concluir que sa empresa tem
uma boa rentabilidade líquida das vendas, revelando eficiência no negócio, visto que o valor
padrão deste sector é >5%. I
R.C.P. – A rentabilidade dos capitais próprios é de 32,94%, ou seja, é uma boa taxa
remuneração dos activos sem risco. Este indicador revela que o investimento feito pelos
accionistas na empresa está a ser rentável, visto que a taxa de juro em vigor (2,25% - dados do
BCE) é muito menor que a rentabilidade dos capitais próprios da empresa.
Rácios de Funcionamento
Mercadorias/Vendas – O valor é de 0,43%, e que dizer que a empresa tem um valor
muito baixo de mercadorias face as vendas, derivado ao facto de mesma estar inserida num
sector que não obriga a um grande stock de mercadorias.
Clientes/Vendas – Verifica-se um rácio clientes/vendas de 34,30%, o que sendo no
nosso entender está elevado. Pode traduzir-se como desfavorável em termos financeiros, e
evidenciar que o departamento de cobranças pode estar a ter um fraco desempenho.
Rotação do Activo – Este rácio apresenta-nos o peso que as vendas desta empresa,
representam no total dos activos. Indica-nos o grau de utilização dos activos. O valor de 0,97
no rácio vendas/activo, indica o numero de vezes que o activo liquido da empresa é
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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43. reconstituido através das vendas. Neste caso, o montante dos meios liquidos libertos pela
empresa são menores.
T.M.R. – O prazo médio de recebimentos é de 125 dias, o que comparado com uma
empresa do mesmo sector a ACF (ver anexo) que é de 130 dias (no mesmo ano de 2006),
podemos afirmar que está enquadrada com o mercado.
T.M.P. – O prazo médio de pagamentos é de 75 dias, que comparando com o T.M.R.
é inferior, ou seja, isto indica que a empresa tem um bom cash-flow (fundo maneio).
Análise Geral
Em termos gerais na análise de 2007, podemos afirmar que a situação financeira de
curto prazo é excelente, estando os rácios acima dos valores padrão.
Em termos estáticos, a empresa tem recursos e folga para fazer face aos seus
compromissos de curto prazo. A empresa consegue satisfazer os seus compromissos de curto
prazo sem recorrer a vendas adicionais, ou á obtenção de empréstimos.
A situação financeira de médio e longo prazo também é boa, encontrando-se todos os
rácios acima dos valores padrão. A empresa tem suficiência de capitais próprios e
permanentes, e não se encontra endividada.
A situação económica é igualmente boa, pois os rácios indicam que a empresa faz uma
boa optimização dos recursos disponíveis. A rentabilidade dos capitais próprios é boa face à
taxa de remuneração dos activos sem risco, concluindo-se que a empresa estará a remunerar
adequadamente o capital próprio.
No que respeita aos rácios de funcionamento, podemos dizer que a empresa tem um
stock de mercadorias reduzido, pelo facto de se enquadrar num sector que não obriga a
grandes stocks. Salientamos também, que o departamento de cobranças poderá estar a ter um
desempenho fraco. A nível da rotação do activo verificamos que a empresa esta a operar
acima das suas capacidades.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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44. 3.3. ANÁLISE DÍNÂMICA
Na comparação de 2007 relativamente a 2006, verificamos que a empresa no geral
aumentou o sua produtividade, e a rentabilização dos capitais disponíveis.
Em 2007 a empresa apresenta um decréscimo no seu fundo de maneio de
aproximadamente 724.288,26 € face a 2006.
No que respeita à situação financeira a curto prazo, os rácios de liquidez e
solvabilidade sofrem um ligeiro decréscimo, proveniente essencialmente do aumento do valor
de dívida de terceiros, face ao ano de anterior.
O rácio de autonomia financeira bem como o rácio do activo fixo, continuam a
apresentar valores satisfatórios, ou seja, acima dos valores padrão para este sector. No que
respeita ao endividamento, através do Debt-to-Equity Ratio, verificamos que a empresa não
se encontra endividada.
Em relação aos rácios de rentabilidade, não houve oscilações de maior, mantendo-se
praticamente os mesmos valores. Em nossa opinião, verifica-se um bom aproveitamento dos
recursos disponíveis.
Relativamente aos rácios de funcionamento, verifica-se uma diminuição significativa
do valor de dívida de clientes perante o valor das vendas, o que demonstra um significativo
esforço e resultados de cobrança, notando-se também nos decréscimos dos prazos médios de
pagamentos e recebimentos.
Por fim, verificou-se também uma ligeira melhoria na gestão dos seus recursos já que
o resultado líquido do exercício aumentou cerca de 7,12% relativamente a 2006, optimizando
dessa forma os custos e os proveitos da empresa.
4. CONCLUSÃO
Concluímos que a Seth, S.A., teve em 2007 um desempenho financeiro excelente
comparado com o exercício anterior, tendo o seu volume de negócios aumentado face ao ano
anterior, mantendo assim os resultados a um nível altamente satisfatórios. A empresa
apresenta-se bem tanto a nível financeiro como económico, visto que os seus principais
indicadores se situam acima dos valores padrão do sector onde se situa.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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45. Esta empresa para se apresentar competitiva face ao mercado, tem de estar
modernizada e para tal fez alguns investimentos a nível do activo imobilizado, onde ressalta a
construção da nova sede e a modernização dos equipamentos, através de aquisiçoes de novos
equipamentos. Tudo isto traduz um esforço financeiro dos accionistas, mas que pela
rentabilidade dos capitais próprios (32,94%), traduz-se numa mais valia para os mesmos, visto
que a rentabilidade está bem acima da taxa de juros de um depósito prazo, oferecida pelo BCE
(Banco Central Europeu), que é de 2,25%, para um depósito a prazo de 1 ano.
Constatamos também que a dívida a terceiros aumentou cerca de 73%, que se deveu
fundamentalmente ao adiantamento de clientes e a fornecedores de imobilizado.
Em suma, podemos dizer que para realizar um juízo sobre a situação económico-
financeira de uma empresa, é necessário recorrer a um conjunto de indicadores. Embora estes
possam assumir diversas formas, os mais populares são sem dúvida aqueles que assumem a
forma de rácios.
Um rácio mais não é do que o quociente entre duas grandezas geralmente extraídas
directamente da informação contabilística de uma empresa. Frequentemente bastarão para
alguns analistas mais experientes a observação de um pequeno conjunto de rácios para que
possa formar um juízo, ainda que preliminar e sujeito a legitimação futura com informação
mais aprofundada, sobre a condição financeira de uma empresa.
Entende-se normalmente que a informação sob a forma de rácios possui diversas
vantagens relativamente às grandezas contabilísticas analisadas isoladamente em valor
absoluto; tornando mais significativa a informação de conjunto proporcionada e facilitando
comparações, que poderão ter lugar para a mesma empresa ao longo de um certo período
temporal (análise de séries temporais) ou entre diferentes empresas.
Mas em termos genéricos, cumpre salientar que os rácios financeiros são apenas um
instrumento de análise que pode e deve ser complementado por outros. Deste modo, a
tomada de decisões importantes com base em apenas alguns indicadores tornar-se-á sempre
perigosa, mesmo para analistas experientes. Deveremos ter sempre consciência, por
conseguinte, que a análise de indicadores, mais do que conclusões, traz-nos apenas alguns
indícios que um analista deverá procurar confirmar através do recurso a outras técnicas e
fontes de informação complementares.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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46. BIBLIOGRAFIA
• BORGES, António; Rodrigues, Azevedo; Rodrigues, Rogério. Elementos de
Contabilidade Geral. Rei dos Livros; 1993
• NEVES, João Carvalho das; Análise Financeira: métodos e técnicas; texto Editora;
6ªedição; ISBN 972-47-0008-9
NETGRAFIA
• http://www.seth.pt [29/05/2009]
• http://www.acf.pt [10/06/2009]
• http://www.cnc.min-financas.pt [04/06/2009]
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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47. ANEXOS
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno
Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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