Bibliotecas Escolares e Avaliação de Recursos Digitais
1. Bibliotecas Escolares e a Web 2.0
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Síntese da 7ª sessão online (módulo 6)
de 17 a 24 de Março de 2011
Avaliação de Recursos Educativos Digitais
Este Módulo tem por objectivos:
Familiarizar‐se com os conceitos de Recurso educativo digital e objecto de aprendizagem.
Reflectir sobre as questões de credibilidade e acessibilidade da informação disponível nas redes
digitais e sobre a ética da informação;
Compreender a importância de a BE definir uma política de avaliação de recursos educativos
digitais;
Conhecer a importância dos Direitos de autor e o que são as licenças Creative Commons;
Avaliar recursos educativos digitais de acordo com critérios pré‐estabelecidos.
O Módulo teve também um conjunto de leituras obrigatórias e outras facultativas.
Quanto às tarefas:
Tarefa 1
1 – A partir da leitura dos documentos de leitura obrigatória, elaborar uma grelha de avaliação de
recursos educativos digitais que incluisse os diferentes parâmetros de análise indicados nos documentos.
2 – Utilizando essa grelha, proceder à avaliação de um dos seguintes: um recurso dos apresentados no
Portal das Escolas em OU um blogue dos apresentados no Catálogo de Blogues Educativos em OU o blogue da
sua biblioteca, caso ele exista; OU um dos blogues da lista indicada durante a sessão 4, Módulo 3.
3 – Após a conclusão da tarefa enunciada no ponto 2, os formandos deveriam publicar uma mensagem no
fórum 1 da sessão com a indicação do endereço do endereço do recurso avaliado e, em anexo, a grelha de
avaliação preenchida.
Tarefa 2
4 – Participa na discussão, a partir do Fórum 2 onde se debateriam entre outras as seguintes questões:
Que tipo de conteúdos a BE deve disponibilizar aos seus utilizadores? Como institucionalizar uma prática de
avaliação de recursos na BE? Como podemos envolver os utilizadores na produção/avaliação de conteúdos?
Etc.
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As grelhas de avaliação de recursos educativos digitais apresentaram modelos muito semelhantes; seguindo a
sugestão da formadora, os formandos não apenas as partilharam no Fórum mas acederem a constituir uma
pasta no Google Docs reunindo todas as grelhas. Essa pasta / colecção encontra-se disponível em:
Para a realização da primeira tarefa foi curioso como a maior parte dos formandos recorreu ao Portal das
Escolas, ao recentemente lançado catálogo de Blogues Educativos. Talvez isso se deva ao facto de terem
abordado a ferramenta Blogue previamente na formação e de várias BE’s terem já o seu blogue.
Assim, a distribuição de recursos avaliados foi a seguinte:
Tipo de
Recurso Digital Blogue
recurso
Vanda: Blogue da EB2,3/S de Baião
Alcina: http://vid8o.wordpress.com/
Alice: http://lerparacrer.wordpress.com/
(trabalhou o formulário em colaboração com a Dora que é da
Isabel:
mesma equipa da BE)
http://www.minerva.uevo
Mª José: http://casadashistoriasmagicas.blogspot.com/
ra.pt/ticiencia/odesporto/
Clara: http://setimosalereaescrever.blogspot.com/
desafio.htm
Formando / Sílvia: http://miratejomimo.blogspot.com/
Ana Paula:
exemplo Nuno: http://esjaraujo.wordpress.com/
http://www.cercifaf.org.pt
Cristina: http://bibliosaobernardo.ning.com/profiles/blog/list
/mosaico.edu/ca/swf/fun
Ana Paula: http://escolinhaportuguesa.blogspot.com/
(analisou também um
José: http://agrupamento-vertical-canelas.edu.pt/blogs/biblioteca/
blogue)
Lucília: http://memoriacomhistoria.blospot.com/
Fátima: http://espavrecursostecnologicosdeciencias.blogspot.com/
Mafalda: http://espavrecursostecnologicosdeciencias.blogspot.com/
Manuela: http://www.nonio.uminho.pt/vooslp2/
As grelhas apresentaram muito pontos em comum pois basearam-se na apresentação de Carlos Pinheiro sobre
avaliação de RED’s.
Da discussão ficou evidente que este tipo de trabalho, embora prepare o Professor Bibliotecário ou qualquer
outro docente para uma apreciação geral de um recurso não é possível de ser feito de forma sistemática dadas
as condicionantes do trabalho nas BE’s (actividades frequentes, pessoal insuficiente, necessidade de uma
gestão criativa dos recursos que não deixa muito tempo para a leitura e análise ponderadas).
No que tocou à segunda tarefa, não se conseguiu dinamizar a discussão como se idealizou: dadas as
condicionantes de trabalho dos diversos formandos, quando olharam para as questões cujo único objectivo era
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servirem de suporte á discussão, optaram, na sua maior parte por preparar um documento onde procuraram
apresentar as suas respostas.
As questões eram as seguintes:
Pensando em toda a lógica do trabalho de uma Biblioteca Escolar em pleno século XXI, sugerimos que o debate
se organize em torno das seguintes questões:
• Que tipo de conteúdos a BE deve disponibilizar aos seus utilizadores?
• Como institucionalizar uma prática de avaliação de recursos na BE?
• Como podemos envolver os utilizadores na produção/avaliação de conteúdos?
• Que desafios se colocam às BE na gestão das contribuições dos utilizadores?
• De que forma a BE pode promover o trabalho colaborativo baseado em recursos?
• Como promover uma atitude ética na utilização de recursos?
Algumas das ideias apresentadas foram:
O formando José Camejo referiu que “É sabido por todos que o desenvolvimento da Tecnologias de Informação
e Comunicação originou um boom de informação, definida por um aumento substancial de quantidade,
diversidade e possibilidade da sua reprodução sem limites. Assim, a Biblioteca Escolar teve de abandonar a sua
aparência para se tornar numa rede multimédia de informação isto é, as bibliotecas estão a utilizar as
Tecnologias de Informação e Comunicação no oferecimento de serviços e produtos e, especialmente, numa
relação de interacção com o Utilizador”.
A formanda Manuela de Fátima considerou que “Os conteúdos disponibilizados aos utilizadores devem servir as
suas necessidades curriculares, isto considerando que falamos de uma BE/CRE”.
A formanda Manuela de Fátima referiu que “ Para além de criarem recursos/conteúdos de forma colaborativa,
os utilizadores, com a sua participação ,podem também avaliar os que encontram (rating)”
A formanda Manuela de Fátima considerou que “Também porque as bibliotecas são produtoras de recursos,
devem suscitar uma reflexão crítica sobre os conteúdos produzidos para manter a qualidade do serviço
prestado, tornando fundamental o papel daquela na sociedade da informação”.
A formanda Dora Pinheiro coloca a seguinte questão: Mas para quê e porquê avaliar recursos educativos
digitais se, à distância de um clic temos imensos e se não gostarmos deste podemos sempre saltar para outro?”
à qual responde da forma que se segue: “Precisamente por isso! Face ao “crescimento exponencial e
heterogéneo de recursos educativos digitais na Internet”, à diversidade de autorias e ao tempo cada vez mais
restrito, ter acesso a um repositório de recursos educativos validado é essencial e traduz de forma magistral o
papel das bibliotecas escolares no sucesso das aprendizagens e no destaque que dá ao alargamento e
desenvolvimento das literacias da informação e da comunicação”.
Foi referido pela formanda Alice Santos que “A avaliação de recursos em colaboração com os outros professores
parece-me fundamental, bem como o desafio para que estes nos "notifiquem" sempre que um recurso lhes
pareça importante do ponto de vista da sua disciplina. Os marcadores sociais, os instrumentos de avaliação de
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RED e outros são muito importantes mas há que fazer o trabalho prévio, a demonstração, a prova de que ISTO
funciona e pode dar bons resultados”.
A formanda Alcina Soares considerou que “que após formação adequada, o professor bibliotecário poderá criar
pequenos guiões simplificados que alertem para aspectos importantes no uso da internet e dos recursos
educativos digitais que podem ser utilizados, um para os seus colegas professores e outro para os alunos
utilizadores da BE, a fim de esclarecer e apoiar todos na selecção de instrumentos de qualidade. Isto, no
entanto, em nada invalida que os professores da escola obtenham igualmente formação adequada, já que o
professor bibliotecário não pode ser o único responsável pela escolha de informação e/ou formação nesta área.
Existindo formação para todos os docentes, o conhecimento por sua vez será passado mais facilmente aos
alunos permitindo-lhes escolher o trigo do joio: uma competência para a vida”.
O formando José Camejo referiu ainda que “A Biblioteca Escolar é hoje um centro de recursos e responsável,
em grande medida, pela integração efectiva dos alunos na sociedade do conhecimento. O professor
bibliotecário, como agente de mudança, deve promover, na Biblioteca Escolar, práticas colaborativas para o uso
da informação no sentido de desenvolver as competências de leitura e literacia dos alunos”.
A formanda Alice Santos questionou “como podemos na BE formar os nossos alunos para um uso ético dos
recursos, para o respeito pela propriedade intelectual, se alguns professores aceitam trabalhos que, à vista
desarmada, demonstram que não são mais que cópias descaradas de retalhos diversos, "pescados" aqui e ali.
Uma vez mais, o caminho começa mais atrás, junto dos nossos colegas, na definição de estratégias comuns
que conduzam a uma orientação dos alunos no sentido de produzirem os seus trabalhos sem omitir as fontes,
seguindo guiões de pesquisa e orientações aceites por todos”.
Como refere a formanda Ana Paula Gonçalves “neste momento a escola (alunos e professores)está mais
desperta para esta realidade e há uma preocupação maior da pesquisa de informação/utilização de recursos se
processar de forma mais estruturada, orientada, segura e validada por critérios de ética”.
Os formadores