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Análise sobre o Projeto de Lei 998/2010 que dispõe sobre a criação
do Programa Municipal de Reciclagem Ambiental Participativa
(PMRAP).

Autoria: Vereador Luis Tibé – PT do B

Sugestão de Guilherme Rolim
Coordenador do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade do
Movimento Nossa BH.


Introdução:

        O Projeto de Lei (PL) 998/2010 proposto pelo vereador Luis Tibé, traz em seus conceitos e
objetivos, uma intenção bastante inovadora e atual ao levantar a questão da necessidade de reciclar os
resíduos gerados na cidade e propor um “Programa Municipal de Reciclagem Participativa”. Porém, vou
aqui analisar os conceitos práticos e técnicos da viabilidade de implantação de tal política no município, da
forma como foi proposto na PL.

       De acordo com o Art. 3º do PL 998, inicialmente, as escolas Municipais de Belo Horizonte serviriam
como centros para recebimento, triagem e venda desse material. Nesta análise pondero “O Como” isso
poderia ser realizado e “Quais” as possíveis implicações. Vou aqui, separar a estrutura da coleta pós
consumo, em suas múltiplas partes, de acordo com a figura 1, para que seja mais bem entendido o
processo.
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                    PROGRAMA MUNICIPAL DE RECICLAGEM AMBIENTAL PARTICIPATIVA

                       COLETA E
                                                           CENTROS DE TRIAGEM                          VENDA DOS RESÍDUOS
                    TRANSPORTE DE
                                                           (ESCOLAS MUNICIPAIS)                            RECICLADOS
                       RESÍDUOS

             PONTOS IMPORTANTES A            PONTOS IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS                  PONTOS IMPORTANTES A SEREM
               SEREM OBSERVADOS                                                                             OBSERVADOS
                                             * Qual o espaço físico necessário para receber o
          * Onde e como os resíduos serão    material?                                          * Como será gerenciada a renda
          entregues? Haverá pontos           * As Escolas Municipais possuem estruturas         proveniente da venda dos resíduos? A
          específicos para a coleta?         disponíveis e adequadas (coberturas, sistemas      própria Escola seria a responsável pela
                                             de contenção de líquidos, etc) para receber o      gestão?
          * Quem irá fazer a entrega dos     material?
          resíduos nos pontos                * Haverá necessidade de prensas e esteiras para    * Como será feito o controle pela
          estabelecidos? A população, os     triagem do material? Quem fornecerá esses          Secretaria de Educação Municipal para o
          alunos?                            equipamentos?                                      direcionamento correto da renda
                                             * Quem irá trabalhar com a triagem dos             arrecadada com a venda dos resíduos?
          * Haverá algum programa de         resíduos? Será feito por funcionários da escola
          educação ambiental na              ou por outras pessoas como cooperativas de         * A escola ficaria como responsável por
          população para que esse tipo de    catadores?                                         contatar as empresas compradoras dos
          comportamento se faça usual        * Se a atividade de triagem for realizada por      resíduos recicláveis? Novamente será
          entre as pessoas? Quem irá         pessoas de fora da escola, como fica a relação     uma atividade a ser cumprida pela
          desenvolver esse programa de       entre estas pessoas e uma estrutura onde se        Diretoria da escola?
          educação ambiental?                concentram crianças e adolescentes?
                                             * Haverá treinamento adequado para as pessoas      * Como os resíduos seriam transportados
          * Qual será a estrutura a ser      que lidarão com a triagem dos produtos? Quem       dos centros de triagem até as empresas
          montada para receber os            seria responsável por esse treinamento?            compradoras?
          resíduos coletados?                * Quem irá gerenciar o processo? Seria a
                                             Diretoria da Escola? Nesse caso não estaria        * Haveria espaço suficiente no centro de
          * Como os resíduos serão           acontecendo um desvio da função foco da            reciclagem para armazenar os residuos
          transportados dos pontos de        Diretoria?                                         até que tenha volume suficiente para que
          coleta até os pontos de triagem?   * Como fica a questão de saúde pública com um      a empresa recicladora busque?
                                             centro de reciclagem dentro de uma escola
                                             pública?
                                             * Os custos fixos e variáveis como água e
                                             energia e pagamento de funcionários, ficarão a
                                             cargo das escolas?

       Figura 1 – Sequência da estrutura necessária para a realização da coleta pós consumo de materiais recicláveis.




1 – A coleta e transporte dos resíduos

   •   Um programa de coleta pós consumo, requer a definição do local onde as       Coleta pos consumo é a coleta
       pessoas depositarão os resíduos, que pode ser em áreas estabelecidas         dos resíduos possíveis de serem
       em estacionamentos de shoppings ou grandes redes de supermercados.           reciclados, após sua utilização
       Para esses casos, é necessário se pensar na estrutura necessária para        pelo consumidor final.
       receber o material, como por exemplos pontos de coletas específicos,
       sendo necessário definir os custos para essa estrutura e de onde sairá o
       dinheiro. Se a coleta for acontecer diretamente no ponto de triagem da escola, essa estrutura para
       recebimento do material não será necessário.

   •   Se a estrutura dos pontos de coleta for localizada fora da estrutura da escola, como será feito o
       recolhimento desse material e seu transporte até os centros de triagem? O serviço de limpeza
       urbana (SLU) poderia ser estruturado para essa atividade, mas hoje no município de BH,
       praticamente não temos a coleta seletiva implantada.

   •   Também é importante pensar na estrutura de coleta e transporte para os resíduos líquidos (óleos
       comestíveis e gorduras hidrogenadas – conforme definição do art. 5° do PL 998/10), que é
       completamente diferente da estrutura para resíduos sólidos.

   •   Para qualquer que seja a estrutura definida para a coleta dos resíduos sólidos, será necessário um
       programa de educação ambiental para a comunidade, e nesse caso, quem arcaria com os custos
       do programa, a Prefeitura Municipal?
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2 – Os Centros de Triagem – Escolas Municipais

   •   Quando se definem as Escolas Municipais como os principais centros de triagem dos resíduos,
       vários são os aspectos que devemos levar em consideração. Inicialmente, podemos pensar na
       estrutura necessária para receber os resíduos (tanto sólidos como líquidos), que precisam de um
       local coberto, ventilado, com baias de separação para os diferentes tipos de resíduos e
       maquinários como prensas e uma linha de triagem, onde estes possam ser separados e
       classificados. É provável que uma ou outra escola, possa ter um local possível de ser adaptado
       para tal função – e se tiver, estará deixando de utilizar para fins educacionais - porém creio ser
       mais provável que as escolas não disponham de um espaço físico necessário para a montagem
       dos centros de triagem.

   •   Em seguida é necessário se pensar na equipe que irá fazer o trabalho de triagem. Essa será
       composta por pessoas da própria escola – e nesse caso há pessoal suficiente para isso? – ou
       equipes “terceirizadas”, como cooperativas de catadores? Surge aí outra questão: As escolas
       municipais concentram uma grande quantidade de jovens e crianças, e a interação entre esses
       grupos sociais deve ser analisada com cuidado. Seja com equipe da própria escola ou com serviço
       terceirizado, a questão de treinamentos específicos e utilização de EPIs (Equipamentos de
       Proteção Individual) também é fundamental.

   •   A gestão dos centros de triagem envolve controle de processos produtivos, gestão de pessoas e
       controle financeiro, podendo até ser considerado como um “negócio”. E esse negócio será
       coordenado por qual equipe, pelos Diretores das escolas? Isso caracterizaria um desvio claro das
       funções administrativas da Diretoria, cujo foco principal é cuidar da escola e do ensino dos alunos.

   •   Outra questão relevante, diz respeito à questão da saúde pública. Centros de triagem de resíduos,
       geralmente são locais onde a limpeza e higiene são difíceis de serem mantidos, o que pode levar
       ao aparecimento de grande quantidade de moscas, abelhas e roedores, além da disseminação do
       mau cheiro pela comunidade vizinha.

   •   Os custos fixos e variáreis associados aos processos dos Centros de Reciclagem, como energia,
       água, etc., também deverão ser considerados.



3 – A venda dos resíduos reciclados

   •   O processo da venda dos resíduos reciclados requer o contato com diversas empresas
       compradoras, muitas vezes de outras cidades ou estados, o controle da quantidade vendida e a
       gestão dos recursos financeiros obtidos.

   •   Deve-se pensar em como os resíduos já separados irão sair da escola. Em diversas situações, as
       empresas que compram os recicláveis, somente buscam o material a partir de certa quantidade
       estocada, que compense o deslocamento de um caminhão - No caso do vidro acontece dessa
       maneira. Nestas situações, o espaço interno do Centro de Triagem deve ser estruturado para
       armazenar os resíduos até que o volume seja suficiente para sua retirada pela empresa. Caso a
       empresa compradora do resíduo não buscar na escola, como esse resíduo será retirado?
       Novamente a Prefeitura irá se responsabilizar?

   •   A questão da gestão financeira é outro ponto importante. Como e por quem será gerenciado o
       “lucro” da venda dos resíduos. Como o Caixa Escolar irá prestar constas desse valor extra no
       orçamento da escola para a Secretaria de Educação? A Secretaria de Educação iria receber um
       percentual de cada escola pela venda dos recicláveis?
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4 – Considerações finais


        A coleta pós consumo de materiais recicláveis requer uma logística própria, além de estrutura
apropriada, pessoal treinado e programas de educação ambiental voltados para a comunidade. É
necessário o envolvimento de diversos e diferentes atores para que o sistema funcione, além de uma
programação de recursos financeiros, muitas vezes superiores aos orçamentos estipulados para as
escolas. A venda, o repasse e o controle do dinheiro arrecadado também são temas de grande relevância,
sem falar na questão da saúde pública nas escolas, que deve ser considerada e analisada de forma
prioritária.

       De acordo com as ponderações levantadas, o Projeto de Lei 998/10 e o Programa Municipal de
Reciclagem Ambiental Participativa, na forma como foi estruturado, não é uma ação simples para ser
implementada.

       Alternativas e soluções para a retirada de resíduos recicláveis do meio ambiente devem ser
buscadas e incentivadas, seja pelos nossos representantes, pelo governo ou pela própria sociedade.
Porém, devemos buscar com criatividade as soluções para os problemas, tomando o cuidado para que
essas soluções – que a princípio parecem boas – não estarem na verdade, causando outros e talvez mais
sérios problemas para a sociedade.
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5 – Anexo – Projeto de Lei 998/2010
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Analise do PL 998 por GuilhermeRolim

  • 1. V00 - Belo Horizonte - 19/11/2010 Análise sobre o Projeto de Lei 998/2010 que dispõe sobre a criação do Programa Municipal de Reciclagem Ambiental Participativa (PMRAP). Autoria: Vereador Luis Tibé – PT do B Sugestão de Guilherme Rolim Coordenador do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade do Movimento Nossa BH. Introdução: O Projeto de Lei (PL) 998/2010 proposto pelo vereador Luis Tibé, traz em seus conceitos e objetivos, uma intenção bastante inovadora e atual ao levantar a questão da necessidade de reciclar os resíduos gerados na cidade e propor um “Programa Municipal de Reciclagem Participativa”. Porém, vou aqui analisar os conceitos práticos e técnicos da viabilidade de implantação de tal política no município, da forma como foi proposto na PL. De acordo com o Art. 3º do PL 998, inicialmente, as escolas Municipais de Belo Horizonte serviriam como centros para recebimento, triagem e venda desse material. Nesta análise pondero “O Como” isso poderia ser realizado e “Quais” as possíveis implicações. Vou aqui, separar a estrutura da coleta pós consumo, em suas múltiplas partes, de acordo com a figura 1, para que seja mais bem entendido o processo.
  • 2. V00 - Belo Horizonte - 19/11/2010 PROGRAMA MUNICIPAL DE RECICLAGEM AMBIENTAL PARTICIPATIVA COLETA E CENTROS DE TRIAGEM VENDA DOS RESÍDUOS TRANSPORTE DE (ESCOLAS MUNICIPAIS) RECICLADOS RESÍDUOS PONTOS IMPORTANTES A PONTOS IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS PONTOS IMPORTANTES A SEREM SEREM OBSERVADOS OBSERVADOS * Qual o espaço físico necessário para receber o * Onde e como os resíduos serão material? * Como será gerenciada a renda entregues? Haverá pontos * As Escolas Municipais possuem estruturas proveniente da venda dos resíduos? A específicos para a coleta? disponíveis e adequadas (coberturas, sistemas própria Escola seria a responsável pela de contenção de líquidos, etc) para receber o gestão? * Quem irá fazer a entrega dos material? resíduos nos pontos * Haverá necessidade de prensas e esteiras para * Como será feito o controle pela estabelecidos? A população, os triagem do material? Quem fornecerá esses Secretaria de Educação Municipal para o alunos? equipamentos? direcionamento correto da renda * Quem irá trabalhar com a triagem dos arrecadada com a venda dos resíduos? * Haverá algum programa de resíduos? Será feito por funcionários da escola educação ambiental na ou por outras pessoas como cooperativas de * A escola ficaria como responsável por população para que esse tipo de catadores? contatar as empresas compradoras dos comportamento se faça usual * Se a atividade de triagem for realizada por resíduos recicláveis? Novamente será entre as pessoas? Quem irá pessoas de fora da escola, como fica a relação uma atividade a ser cumprida pela desenvolver esse programa de entre estas pessoas e uma estrutura onde se Diretoria da escola? educação ambiental? concentram crianças e adolescentes? * Haverá treinamento adequado para as pessoas * Como os resíduos seriam transportados * Qual será a estrutura a ser que lidarão com a triagem dos produtos? Quem dos centros de triagem até as empresas montada para receber os seria responsável por esse treinamento? compradoras? resíduos coletados? * Quem irá gerenciar o processo? Seria a Diretoria da Escola? Nesse caso não estaria * Haveria espaço suficiente no centro de * Como os resíduos serão acontecendo um desvio da função foco da reciclagem para armazenar os residuos transportados dos pontos de Diretoria? até que tenha volume suficiente para que coleta até os pontos de triagem? * Como fica a questão de saúde pública com um a empresa recicladora busque? centro de reciclagem dentro de uma escola pública? * Os custos fixos e variáveis como água e energia e pagamento de funcionários, ficarão a cargo das escolas? Figura 1 – Sequência da estrutura necessária para a realização da coleta pós consumo de materiais recicláveis. 1 – A coleta e transporte dos resíduos • Um programa de coleta pós consumo, requer a definição do local onde as Coleta pos consumo é a coleta pessoas depositarão os resíduos, que pode ser em áreas estabelecidas dos resíduos possíveis de serem em estacionamentos de shoppings ou grandes redes de supermercados. reciclados, após sua utilização Para esses casos, é necessário se pensar na estrutura necessária para pelo consumidor final. receber o material, como por exemplos pontos de coletas específicos, sendo necessário definir os custos para essa estrutura e de onde sairá o dinheiro. Se a coleta for acontecer diretamente no ponto de triagem da escola, essa estrutura para recebimento do material não será necessário. • Se a estrutura dos pontos de coleta for localizada fora da estrutura da escola, como será feito o recolhimento desse material e seu transporte até os centros de triagem? O serviço de limpeza urbana (SLU) poderia ser estruturado para essa atividade, mas hoje no município de BH, praticamente não temos a coleta seletiva implantada. • Também é importante pensar na estrutura de coleta e transporte para os resíduos líquidos (óleos comestíveis e gorduras hidrogenadas – conforme definição do art. 5° do PL 998/10), que é completamente diferente da estrutura para resíduos sólidos. • Para qualquer que seja a estrutura definida para a coleta dos resíduos sólidos, será necessário um programa de educação ambiental para a comunidade, e nesse caso, quem arcaria com os custos do programa, a Prefeitura Municipal?
  • 3. V00 - Belo Horizonte - 19/11/2010 2 – Os Centros de Triagem – Escolas Municipais • Quando se definem as Escolas Municipais como os principais centros de triagem dos resíduos, vários são os aspectos que devemos levar em consideração. Inicialmente, podemos pensar na estrutura necessária para receber os resíduos (tanto sólidos como líquidos), que precisam de um local coberto, ventilado, com baias de separação para os diferentes tipos de resíduos e maquinários como prensas e uma linha de triagem, onde estes possam ser separados e classificados. É provável que uma ou outra escola, possa ter um local possível de ser adaptado para tal função – e se tiver, estará deixando de utilizar para fins educacionais - porém creio ser mais provável que as escolas não disponham de um espaço físico necessário para a montagem dos centros de triagem. • Em seguida é necessário se pensar na equipe que irá fazer o trabalho de triagem. Essa será composta por pessoas da própria escola – e nesse caso há pessoal suficiente para isso? – ou equipes “terceirizadas”, como cooperativas de catadores? Surge aí outra questão: As escolas municipais concentram uma grande quantidade de jovens e crianças, e a interação entre esses grupos sociais deve ser analisada com cuidado. Seja com equipe da própria escola ou com serviço terceirizado, a questão de treinamentos específicos e utilização de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) também é fundamental. • A gestão dos centros de triagem envolve controle de processos produtivos, gestão de pessoas e controle financeiro, podendo até ser considerado como um “negócio”. E esse negócio será coordenado por qual equipe, pelos Diretores das escolas? Isso caracterizaria um desvio claro das funções administrativas da Diretoria, cujo foco principal é cuidar da escola e do ensino dos alunos. • Outra questão relevante, diz respeito à questão da saúde pública. Centros de triagem de resíduos, geralmente são locais onde a limpeza e higiene são difíceis de serem mantidos, o que pode levar ao aparecimento de grande quantidade de moscas, abelhas e roedores, além da disseminação do mau cheiro pela comunidade vizinha. • Os custos fixos e variáreis associados aos processos dos Centros de Reciclagem, como energia, água, etc., também deverão ser considerados. 3 – A venda dos resíduos reciclados • O processo da venda dos resíduos reciclados requer o contato com diversas empresas compradoras, muitas vezes de outras cidades ou estados, o controle da quantidade vendida e a gestão dos recursos financeiros obtidos. • Deve-se pensar em como os resíduos já separados irão sair da escola. Em diversas situações, as empresas que compram os recicláveis, somente buscam o material a partir de certa quantidade estocada, que compense o deslocamento de um caminhão - No caso do vidro acontece dessa maneira. Nestas situações, o espaço interno do Centro de Triagem deve ser estruturado para armazenar os resíduos até que o volume seja suficiente para sua retirada pela empresa. Caso a empresa compradora do resíduo não buscar na escola, como esse resíduo será retirado? Novamente a Prefeitura irá se responsabilizar? • A questão da gestão financeira é outro ponto importante. Como e por quem será gerenciado o “lucro” da venda dos resíduos. Como o Caixa Escolar irá prestar constas desse valor extra no orçamento da escola para a Secretaria de Educação? A Secretaria de Educação iria receber um percentual de cada escola pela venda dos recicláveis?
  • 4. V00 - Belo Horizonte - 19/11/2010 4 – Considerações finais A coleta pós consumo de materiais recicláveis requer uma logística própria, além de estrutura apropriada, pessoal treinado e programas de educação ambiental voltados para a comunidade. É necessário o envolvimento de diversos e diferentes atores para que o sistema funcione, além de uma programação de recursos financeiros, muitas vezes superiores aos orçamentos estipulados para as escolas. A venda, o repasse e o controle do dinheiro arrecadado também são temas de grande relevância, sem falar na questão da saúde pública nas escolas, que deve ser considerada e analisada de forma prioritária. De acordo com as ponderações levantadas, o Projeto de Lei 998/10 e o Programa Municipal de Reciclagem Ambiental Participativa, na forma como foi estruturado, não é uma ação simples para ser implementada. Alternativas e soluções para a retirada de resíduos recicláveis do meio ambiente devem ser buscadas e incentivadas, seja pelos nossos representantes, pelo governo ou pela própria sociedade. Porém, devemos buscar com criatividade as soluções para os problemas, tomando o cuidado para que essas soluções – que a princípio parecem boas – não estarem na verdade, causando outros e talvez mais sérios problemas para a sociedade.
  • 5. V00 - Belo Horizonte - 19/11/2010 5 – Anexo – Projeto de Lei 998/2010
  • 6. V00 - Belo Horizonte - 19/11/2010
  • 7. V00 - Belo Horizonte - 19/11/2010