O documento descreve a República Velha no Brasil (1889-1930), marcada pelo domínio das oligarquias rurais de São Paulo e Minas Gerais. Os presidentes implementaram a "política do café-com-leite" para beneficiar os fazendeiros desses estados. Isso levou ao abandono das outras regiões do país e concentração de poder nas mãos de coronéis e governadores.
2. • O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado
pelo governo de presidentes civis, ligados ao
setor agrário. Estes políticos saiam dos
seguintes partidos: Partido Republicano
Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro
(PRM). Estes dois partidos controlavam as
eleições, mantendo-se no poder de maneira
alternada.
3. • Contavam com o apoio da elite agrária do
país.
Dominando o poder, estes presidentes
implementaram políticas que beneficiaram o
setor agrário do país, principalmente, os
fazendeiros de café do oeste paulista.
5. • Política do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta época eram
políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes
dois estados eram os mais ricos da nação e,
por isso, dominavam o cenário político da
república.
6. • Saídos das elites mineiras e paulistas, os
presidentes acabavam favorecendo sempre o
setor agrícola, principalmente do café
(paulista) e do leite (mineiro). A política do
café-com-leite sofreu duras críticas de
empresários ligados à indústria, que estava
em expansão neste período.
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9. • Se por um lado a política do café-com-leite
privilegiou e favoreceu o crescimento da
agricultura e da pecuária na região Sudeste,
por outro, acabou provocando um abandono
das outras regiões do país.
10. • As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste
ganharam pouca atenção destes políticos e
tiveram seus problemas sociais agravados.
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12. • Política dos Governadores
• Montada no governo do presidente paulista Campos Salles,
esta política visava manter no poder as oligarquias.
Resumindo: era uma troca de favores políticos entre
governadores e presidente. O presidente apoiava os
candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto
estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e
também durante a época do governo.
13. • O coronelismo
• A figura do "coronel" era muito comum
durante os anos iniciais da República,
principalmente nas regiões do interior do
Brasil. O coronel era um grande fazendeiro
que utilizava seu poder econômico para
garantir a eleição dos candidatos que apoiava.
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16. • Era usado o voto de cabresto, onde o coronel
(fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de
violência para que os eleitores de seu "curral
eleitoral" votassem nos candidatos apoiados
por ele. Como o voto era aberto, os eleitores
eram pressionados e fiscalizados por capangas
do coronel, para que votasse nos candidatos
indicados.
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18. • O coronel também utilizava outros "recursos"
para conseguir seus objetivos políticos, tais
como: compra de votos, votos fantasmas,
troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
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23. • O Convênio de Taubaté
• Essa foi uma fórmula encontrada pelo
governo republicano para beneficiar os
cafeicultores em momentos de crise. Quando
o preço do café abaixava muito, o governo
federal comprava o excedente de café e
estocava.
26. • Esperava-se a alta do preço do café e então os
estoques eram liberados. Esta política
mantinha o preço do café, principal produto
de exportação, sempre em alta e garantia os
lucros dos fazendeiros de café.
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28. • Ciclo da borracha
• Outra característica da República Velha foi a
valorização da borracha, no final do século
XIX, alimentada pelo aquecimento da
indústria automobilística dos Estados Unidos.
29. Questão do Acre :
• Embora com suas fronteiras definidas desde o
período colonial graças a tratados assinados
entre Portugal e Espanha nos séculos XVIII e
XIX, restaram ainda algumas disputas
fronteiriças a serem solucionadas nos
primeiros anos da República. Uma delas
ocorreu em torno do Acre, região de seringais
legalmente pertencente à Bolívia, mas
habitada por brasileiros desde o final do
século XIX.
30. • A questão se agravou quando, recusando-se a
reconhecer a autoridade boliviana, Luís Galvez
Rodrigues de Arias proclamou a República do
Acre em 1899, exigindo sua anexação ao
Brasil. As forças armadas de ambos os países
expulsaram Arias, mas em 1902, quando os
bolivianos arrendaram a área para o Bolivian
Syndicate of New York, uma nova rebelião
estourou.
31. • Comandados por Plácido de Castro, os
brasileiros decretaram o Estado Independente
do Acre. Em julho de 1903 Rui Barbosa foi
chamado para tratar da questão. Mas,
discordando das propostas do Barão do Rio
Branco, disposto a pagar pelo território que
Rui julgava brasileiro por direito, exonerou-se
do cargo.
32. . No final, o país acabou comprando a região
dos bolivianos e dos peruanos,
estabelecendo-se suas fronteiras por meio
do Tratado de Petrópolis, assinado entre os
três países em 1903. Rio Branco indenizaria o
Bolivian Syndicate e comprometia-se a
construir a ferrovia Madeira-Mamoré, no
trecho das cachoeiras do rio Madeira, para
permitir o escoamento e a exportação da
borracha pelos portos de Manaus e Belém.
No ano seguinte, o Acre foi incorporado ao
Brasil.
40. • O ciclo da borracha trouxe progresso à
região amazônica, especialmente a Belém
e Manaus. A borracha chegou a ocupar o
segundo posto de nossas exportações,
perdendo apenas para o café.
44. • Com o aumento da importância da borracha
no cenário internacional, os ingleses
apanharam sementes de seringueira no Brasil
e fizeram plantações na Malásia. Com o passar
do tempo, a produção da Malásia superou a
brasileira.