Este documento discute os gêneros textuais e como trabalhar com eles no letramento e nos anos iniciais da educação. Ele aborda a diferença entre gêneros textuais e tipologias textuais, apresenta exemplos de gêneros orais e escritos, e fornece dicas para desenvolver o letramento e projetos literários na educação infantil.
3. Objetivos do Encontro
• Formular ideias de planejamento;
• Discutir os gêneros textuais apresentados no projeto Buriti;
• Repensar o letramento com as atividades propostas;
• Fazer uma reflexão sobre as diferenças entre Gêneros e Tipos
textuais.
4. Conteúdos desenvolvidos no encontro:
Comunicação no ambiente escolar;
Planejamento como ação pedagógica;
A fala e a escrita;
Gêneros textuais;
Interdisciplinaridade.
5. As crianças deixam de usar a palavra apenas para
demonstrar desagrado ou desejos e iniciam o uso
das palavras para
negociação com argumentações próprias e
objetivos específicos.
6. O que são gêneros
textuais e como
trabalhar com eles no
Letramento e nos anos
iniciais?
Vídeo
7. Diferenças
Gênero Textual Tipologia Textual
Onde Como
Contexto Gramática
Carta
Narração
Bilhete
Descrição
Agenda
Argumentação
Anotações
Injunção
Romance
Exposição
Resenha
Blog
E-mail
8. GÊNEROS TEXTUAIS
Ainda que nos comuniquemos com
diversas pessoas no dia a dia, não
utilizamos a mesma estrutura.
A cada troca, buscamos um “modelo”
já conhecido para podermos organizar
o discurso, a fim de obter sucesso na
comunicação.
9. Assim, podemos dizer que para interagirmos, produzimos textos que seguem
formas já existentes na sociedade, ou seja, gêneros textuais produzidos em
Contexto
Social
GÊNEROS TEXTUAIS
Gêneros textuais
Interação
Social
um determinado contexto.
10. GÊNEROS TEXTUAIS
Competência discursiva
(Por meio da diversidade de
gêneros)
Utilizar a língua de modo
variado
Adequar a língua ao contexto
de uso
11. GÊNEROS TEXTUAIS
Os PCNs de Língua Portuguesa (LP) contribuíram para a divulgação e discussão
da proposta de trabalho com gêneros textuais.
Esse trabalho propicia ao aluno o desenvolvimento de suas Capacidades de
Linguagem.
Muda, assim, o foco do ensino de LP que costumava ser dedicado ao estudo
da nomenclatura gramatical.
Segundo os PCNs, as propostas de transformação do ensino de LP
consolidaram-se em práticas de ensino em que tanto o ponto de partida
quanto o de chegada é o uso da linguagem.
Capacidades de
linguagem
12. GÊNEROS TEXTUAIS
Gramática normativa
Novas propostas de ensino
Desenvolvimento
das competências
linguísticas por meio
da linguagem.
O desenvolvimento da linguagem
possibilita um contato não apenas
com as normas gramaticais, mas
também com aspectos gerais que
compõem um texto.
Antigamente
Aprendizado focado nas regras
gramaticais em busca da
perfeição, tanto oral quanto
escrita.
13. GÊNEROS TEXTUAIS
Porém, isso não quer dizer que as
aulas de gramática desaparecerão do
cotidiano escolar.
Na verdade, elas ganham outra
dimensão, pois deixam de ser uma
finalidade do ensino de Língua
Portuguesa, passando a ser um meio
de levar o aluno a refletir sobre o uso
da língua.
14. GÊNEROS TEXTUAIS
É possível mudar a estrutura do gênero sem alterar-lhe o tema ou mesmo a
informação que ele transmite.
Observe o exemplo com um poema de Manuel Bandeira.
“João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia
num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.”
15. Notícia
João, um carregador de feira livre e morador do morro da
Babilônia, foi encontrado morto na lagoa Rodrigo de Freitas pela
manhã. Testemunhas dizem tê-lo visto bêbado e descontrolado no bar
Vinte de Novembro na noite anterior.
16. Pedro: E ai Zé? Soube do João?
José: Qual João?
Diálogo
Pedro: O carregador de feira livre!
José: Ah sim, o que aconteceu com ele?
Pedro: Encheu a cara ontem a noite no bar, parecia louco, depois se
atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
17. Atividade
Em duplas ou trios:
Crie uma história em forma de conto;
Poesia;
Notícia;
Dialogo.
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18. Como ficam os anos iniciais?
Desde os anos iniciais devemos inserir práticas
pedagógicas ligadas as práticas da oralidade que
desenvolvam hábitos de escuta e fala na
comunicação escolar com normas e valores.
Como?
Roda de conversa, leitura de
histórias, entrevistas, debates,
jogos, relatos...
19. Planejamento semanal com:
Relatar de passeios do final de semana;
Reproduzir uma obra de arte;
Cantar;
Recitar;
Formular e explicar hipóteses;
Responder perguntas;
Descrever um cenário, um personagem;
Narrar uma história;
Entrevistar alguém;
Apresentar ou contar sobre a entrevista.
20. Formação de leitores
Espaço para discutir o que foi lido:
Intercâmbio de ideias
Espaço para falantes e ouvintes
Espaços físicos:
Biblioteca;
Sala de aula;
Pátio;
Variação de gêneros textuais em:
Revistas;
Livros;
Internet;
Jornais...
21. Dicas para despertar o gosto pela escuta:
( todos no círculo para melhor participação)
“RODA DE CONVERSA”
1. Demonstrar interesse;
2. Antecipar o que será lido (informações importantes);
3. Conhecer o texto e apreciar a história;
4. Ensaiar a leitura ( entonação, ritmo, pausas, suspense necessário);
5. Ao final. Comentar o que foi lido;
6. Dar e coletar opiniões;
7. Estabelecer relações Com:
Outros textos,
Experiências pessoais,
O tempo (início, meio e fim); Vídeo
8. Falas claras.
22. Dicas para desenvolver projetos literários:
Escolha da obra coletivamente;
Relatar a história após a escuta da mesma;
Produzir um ou mais desenhos sobre o que escutou;
Escrever uma carta ao autor do texto;
Convidar o autor para uma visita ( expor os desenhos);
Escrever o convite coletivamente;
Elaborar questões para fazer ao autor no momento da entrevista;
Carta de agradecimento ao diretor da escola...
23. GÊNEROS TEXTUAIS
Gêneros textuais: Esse primeiro conceito, ainda muito usado para
referir-se aos gêneros, analisa o enunciado sem nenhuma relação
com fatores externos.
Gêneros discursivos: Esse novo conceito surgiu em decorrência dos
estudos linguísticos e considera como elementos de análise todos os
fatores externos que envolvem a produção do enunciado.
24. GÊNEROS DO DISCURSO
“Tipos relativamente estáveis de
enunciados, constituídos historicamente e
que mantêm uma relação direta com a
dimensão social.”
Classificação dos gêneros (por nível de
complexidade):
Primários: são aqueles relacionados às
atividades cotidianas e informais (oralidade).
Secundários: são mediados na maioria
das vezes pela escrita.
(BAKHTIN, 1997)
28. TIPOLOGIAS TEXTUAIS
TIPOS TEXTUAIS
narrativo descritivo argumentativo
explicativo ou expositivo injuntivo ou instrucional
29. TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Narração: Marcada pela temporalidade. Baseia-se em
fato e ação, assim a progressão temporal é essencial
para o seu desenrolar. Ex: fábula
Descrição: Nesse tipo textual há apresentação do ser
descrito em um determinado momento. Ex: cardápio
Argumentação: É aquela em que se faz a defesa de
um ponto de vista, uma ideia ou em que se questiona
algum fato. Ex: carta do leitor
Explicativo/ Expositivo: Intenciona explicar ou dar
informações a respeito de alguma coisa até então
desconhecida. Ex: verbete/dicionário
Injuntivo/Instrucional: A marca dessa tipologia são os
verbos no imperativo ou outras formas que indicam
ordem. Ex: receita
30. Ensinar a produção textual por meio dos gêneros textuais é proporcionar ao
aluno a possibilidade de ampliar seu conhecimento.
No campo mais criativo e emotivo, o
aluno poderá criar com os gêneros,
poemas, crônicas, contos, entre outros.
Quando ele aprende o que é uma carta pessoal ou
ainda uma carta de solicitação, tomará
consciência de como se comportar quando
necessitar de tal opção.
31. Lei de Diretrizes e Bases
(LDB)
PCNs
Função da escola
Cidadão crítico
Cidadão ético
Cidadão livre
Cidadão participativo
Cidadão consciente
Cidadão coconstrutor
Cidadão justo
Diversidade de gêneros
textuais
33. REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO,
Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.) Gêneros
textuais e ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. Editora:
Parábola, 2008.
KOCH, I. Gêneros do Discurso. In: KOCH. Desvendando os segredos do texto. São Paulo:
Cortez, p. 53 - 60, 2002.
34. LINKS INTERESSANTES
Portal do Professor (MEC) http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
Recursos didáticos – (Governo do Paraná)
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3
36. Contatos
Michele Rodrigues
pedagogicogovernosp02@moderna.com.br
(11) 97542-9658
Sala dos professores
Ambiente para a troca de experiências
pedagógicas.
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Notas do Editor
Ainda que nos comuniquemos com diversas pessoas no dia a dia, não utilizamos a mesma estrutura.
A cada troca, buscamos um “modelo” já conhecido para podermos organizar o discurso, a fim de obter sucesso na comunicação.
Comprometida com os exercícios da cidadania, a educação busca desenvolver a competência discursiva do aluno. Assim, objetiva-se que ele seja capaz de utilizar a língua de modo variado e adequá-la ao contexto de uso, seja esse oral ou escrito.
Os textos organizam-se sempre dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a este ou àquele gênero.
(PCN – LP, 1997)
O que é falado, a forma que é dado ao texto e a maneira como é falado são características diretamente ligadas ao gênero.
a) os conteúdos , que são e se tornam dizíveis pelo gênero (conversa, carta, palestra, entrevista, resumo, notícia...) e não por frases ou orações; b) a estrutura/forma específica dos textos (narrativo, argumentativo, descritivo, explicativo ou conversacional) c) as configurações específicas das unidades de linguagem (estilo) : os traços da posição enunciativa do locutor e os conjuntos de seqüências textuais e de tipos discursivos que constituem a estrutura genérica (por exemplo, construir um texto instrucional – ensinar a jogar xadrez – é diferente de construir um texto argumentativo – defender o jogo de xadrez como atividade importante para o desenvolvimento mental).
Desde sempre, o ensino da língua portuguesa baseava-se nas normas e modelos, idealizando as gramáticas e os dicionários como o modo correto de falar e escrever. Nas escolas cobra-se do aluno a decoração de regras e normas, e se esperava que o aluno pudesse se comunicar daquela maneira. Porém como o avanço no campo das pesquisas provou-se que a língua é viva e está em constante mudança. Dessa forma é impalpável que um aluno possa falar da maneira como ele escreve.
Aspectos gerais podem ser: Coerência e coesão, concordâncias nominais e verbais, sujeitos e predicados.
Refletir sobre o uso da língua é entender para quê, para quem, por quais meios; até mesmo a escolha de determinadas estruturas em detrimento de outras tem uma finalidade.
Na
Quero dizer que cada tipo de texto possui sua característica, sua forma, sua materialidade. Os gêneros são estáveis por que se repetem (parecem) tanto no tema, no estilo e na forma.
Bakhtin foi um pensador russo que deu origem ao pensamento da língua como mecanismo de interação humana. Participou de um grupo de estudo que tempos depois ficou conhecido por círculo de Bakhtin.
Conversa do telefone
Conversa entre namorados
Julgamento
Reunião de empresa
Os gêneros textuais estão dentro das tipologias.
Os textos, independentemente do gênero a que pertencem, se constituem de sequências com determinadas características linguísticas, como classe gramatical predominante, estrutura sintática, predomínio de determinados tempos e modos verbais. Assim, dependendo dessas características, temos os diferentes tipos textuais.
Narrativa: exemplos – Relato, crônica, Romance, fábula
Descrição: Exemplos – Anúncio de classificado de carro, cardápio
Argumentação: Exemplos – Sermão ou crítica literária
Explicativa: exemplos – Livro didático ou manuais de aparelho
Injuntiva: Exemplos - Receita culinária ou horóscopo
Os gêneros ampliam o conhecimento e possibilitam que o aluno consiga se comunicar nos diversos meios.