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Detectores ELSD
Matheus Brito 418226
Murilo Paix 508152
Histórico
• O detector por espalhamento de luz evaporativo (evaporative light
scattering detector - ELSD) foi inventado, em 1966, por cientistas da
Union Carbide Australiana;
• Mas tornou-se comercialmente disponível a partir dos anos 80;
• Foram desenvolvidas modificações instrumentais com o objetivo de
tornar o ELSD compatível com colunas capilares e microbore;
• A principal alteração foi na redução do diâmetro do capilar do
nebulizador com o intuito de aumentar a velocidade linear da fase
móvel e a eficiência da produção do aerossol.
2
Histórico
• A técnica então passou a ser apropriada no caso da conexão de ELSD
com cromatógrafo líquido de alto desempenho acoplado a um:
• HPLC/MS
• HPLC/NMR
• Além disso, o ELSD também pode ser modificado para fornecer
detecção simultânea de até quatro sistemas independentes de HPLC.
• Também é compatível com um cromatógrafo em contracorrente em
alta velocidade (HSCCC) e um cromatógrafo com fluido supercrítico
(SFC).
3
Interesse
• Compatibilidade com gradientes de eluição (o que representa uma
vantagem em relação a detectores de índice de refração);
• O baixo custo;
• A facilidade de operação;
• Insensibilidade da detecção a
variações na temperatura.
Figura 1. Número de artigos publicados de 1989 a maio de 2011,
nos quais é utilizado ELSD para análise de produtos naturais.
Fonte: ISIknowledge.
4
Princípios da Técnica
• O detector por espalhamento de luz evaporativo (ELSD) pode ser usado
para a análise de todo soluto que seja menos volátil que a sua fase móvel.
• A maioria dos outros tipos de detectores se restringe à detecção de
substâncias com propriedades físico-químicas definidas, ao uso de um
número limitado de solventes (por exemplo, sem absorção no UV entre 200
e 400 nm), ou ao uso de eluição isocrática.
• O ELSD pode ser utilizado com eluição isocrática, com gradientes
complexos de eluição
• E também para a detecção de qualquer tipo de substância menos volátil
do que o eluente.
5
• O princípio de operação de um ELSD envolve 3 etapas (Figura 2):
• Nebulização;
• Evaporação;
• Detecção.
Princípios da Técnica
6
Figura 2: Esquema de um
detector de espalhamento de
luz evaporativo
7
Nebulização
• É a primeira etapa do mecanismo de detecção por ELSD e é a mais
importante para se ter sucesso quando do uso deste detector;
• O eluente carregando a amostra sai da coluna cromatográfica e entra
em uma câmara de nebulização;
• O gás nebulizador transforma o eluente em um aerossol;
Obs. : O gás nebulizador pode ser nitrogênio ou hélio, sendo
estes os mais utilizados.
8
Evaporação
• A segunda etapa inicia quando as gotículas de eluente e de analito
são arrastadas pelo fluxo de gás para um tubo aquecido (drift tube),
ocorrendo a evaporação da fase móvel, permanecendo somente as
partículas do analito no gás carregador;
• Nesta etapa, a escolha de temperatura adequada de evaporação é
essencial na qual deve ser estabelecida de acordo com a volatilidade
do analito e da fase móvel. São normalmente fixadas entre 30 e 100
°C;
• Em cromatografia de fase reversa as condições iniciais do gradiente
são fatores limitantes;
9
Evaporação
• Se for utilizada uma temperatura muito baixa, alguns solventes
podem entrar no detector na forma líquida resultando em ruído ou
sinais pontiagudos na linha de base, tornando impossível uma análise
mais precisa;
• No caso de altas temperaturas pode ocorrer uma diminuição na
sensibilidade do ELSD se forem analisados compostos parcialmente
voláteis;
• O tamanho das partículas que entram no detector após a evaporação
depende do diâmetro das gotículas, bem como da concentração e da
densidade do analito.
10
Detector
• O detector que mede a quantidade de luz espalhada é composto:
• fonte de luz
• fotomultiplicador ou fotodiodo (fornece um sinal de resposta)
• O uso de luz monocromática não parece ser significativamente
vantajoso, porém a utilização de radiação luminosa de comprimentos
de onda mais curtos geralmente melhora a sensibilidade dos
detectores.
• A quantidade de luz dispersada é controlada pelo diâmetro da
partícula, pelo comprimento de onda da luz e pelo ângulo da luz
espalhada.
11
Parâmetros que influenciam nas respostas
• A distribuição do tamanho das partículas formadas no aerossol é
variável e depende da natureza do solvente utilizado;
• Além disso, a quantidade de luz espalhada depende fortemente da
absortividade molar do soluto;
• Para este detector não existem requisitos especiais para o
comprimento de onda da fonte luminosa; em alguns instrumentos
comerciais, é utilizada simplesmente uma lâmpada de retroprojetor;
• A temperatura do drift tube e o fluxo do gás nebulizador, são
importantes para uma resposta melhor tornando-se necessária a
otimização destas condições e a calibração do instrumento.
12
Vantagens
• Um ELSD pode ser usado com a maioria dos solventes para se otimizar a
seletividade na separação, além de sua utilização ser altamente flexível, já
que pode ser alterado de um modo de análise para outro (normal ou
reverso);
• Uma vez que o instrumento foi aquecido e está em execução, o desvio que
ocorre na linha de base é muito pequeno durante a análise, mesmo com
mudanças abruptas na composição do solvente;
• A maioria dos solventes orgânicos como acetona e clorofórmio, por
exemplo, pode ser usado com este detector, além de poderem ser
utilizados com mais de 20% de água em um gradiente e, também, conter
pequenas espécies iônicas;
• O limite de detecção depende, de certa forma, da natureza da fase móvel,
da natureza da amostra e da especificidade do instrumento.
13
Vantagens
• Possui uma habilidade em detectar quase todas as classes de
compostos, independentemente de suas propriedades físicas ou
químicas, o que torna esta técnica versátil e robusta;
• Não é afetado por mudanças na temperatura ambiente, é de fácil
operação e quase não necessita de manutenção;
• Podem ser feitos ajustes rápidos, que são muitas vezes necessários
durante o desenvolvimento de um método;
• A sensibilidade dos instrumentos mais recentes é equivalente à dos
detectores de índice de refração e é ainda melhor do que a dos
detectores de ionização em chama, ou dos detectores de UV
operando em baixos comprimentos de onda.
14
Vantagens
• Apesar de ser um detector destrutivo devido à perda de amostra, é
possível inserir um divisor de fluxo entre o final da coluna e a entrada
do detector, no qual grande parte da amostra poderá ser desviada e
recuperada. Desta forma, o detector torna-se uma excelente
ferramenta de pesquisa, uma vez que a amostra pode ser facilmente
coletada ou redirecionada para outros detectores, como para um
espectrômetro de massas, por exemplo.
15
Figura 3: Variedades de
compostos naturais
analisados por compostos
orgânicos.
Fonte: ISIknowledge, pesquisa realizada no período de abril-
maio de 2011.
16
Desvantagens
• Alguns dos fatores limitantes para o uso do ELSD se referem a sua
restrição quanto à volatilidade da fase móvel e do analito.
• Como caracteristica a fase móvel deve ser completamente volátil ou,
então, resíduos irão se depositar na câmara de aquecimento e
bloquearão a célula óptica;
• Reagentes com pareamento de íons, modificadores não voláteis,
ácidos, bases e tampões não podem ser usados em ELSD;
• Dentre alguns modificadores voláteis que são aceitáveis temos os
ácidos, acético, fórmico e trifluoroacético.
17
Desvantagens
• Compostos que estejam em concentrações muito baixas, a um nível de
ng/mL, poderão não ser detectados (o limite de quantificação deve ser
acima de 0,1 μg/mL). Contornamos com uma pré-concentração da amostra
e uma limpeza prévia para a retirada de interferentes
• O detector por espalhamento de luz é destrutivo e, portanto, deve ser o
último em linha se for usado em série com outros detectores.
• É necessário um compressor de ar que seja capaz de fornecer 5 L/min de
ar comprimido filtrado, ou seja, um cilindro padrão de ar ou nitrogênio é
esvaziado entre 4 e 8 h. O fluxo de ar que contém o solvente que foi
evaporado deve ser conduzido para fora do laboratório ou para um
exaustor.
18
Referências
• Urano, R. M. P.; Rodrigues, F. T.; Berlinck, R. G. S.; Quim. Nova, Vol. 35,
No. 6 1198-1208, 2012
• Gonzalez, M. H.; Bianchi, R. S.; Pereira, C. D.; Cassiano, N. M,; Bezerra,
Q. C.; Scientia Chromatographica 2011; 3(4):315-325 .
19
Obrigado!!!
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Histórico e Princípios do Detector ELSD

  • 1. Detectores ELSD Matheus Brito 418226 Murilo Paix 508152
  • 2. Histórico • O detector por espalhamento de luz evaporativo (evaporative light scattering detector - ELSD) foi inventado, em 1966, por cientistas da Union Carbide Australiana; • Mas tornou-se comercialmente disponível a partir dos anos 80; • Foram desenvolvidas modificações instrumentais com o objetivo de tornar o ELSD compatível com colunas capilares e microbore; • A principal alteração foi na redução do diâmetro do capilar do nebulizador com o intuito de aumentar a velocidade linear da fase móvel e a eficiência da produção do aerossol. 2
  • 3. Histórico • A técnica então passou a ser apropriada no caso da conexão de ELSD com cromatógrafo líquido de alto desempenho acoplado a um: • HPLC/MS • HPLC/NMR • Além disso, o ELSD também pode ser modificado para fornecer detecção simultânea de até quatro sistemas independentes de HPLC. • Também é compatível com um cromatógrafo em contracorrente em alta velocidade (HSCCC) e um cromatógrafo com fluido supercrítico (SFC). 3
  • 4. Interesse • Compatibilidade com gradientes de eluição (o que representa uma vantagem em relação a detectores de índice de refração); • O baixo custo; • A facilidade de operação; • Insensibilidade da detecção a variações na temperatura. Figura 1. Número de artigos publicados de 1989 a maio de 2011, nos quais é utilizado ELSD para análise de produtos naturais. Fonte: ISIknowledge. 4
  • 5. Princípios da Técnica • O detector por espalhamento de luz evaporativo (ELSD) pode ser usado para a análise de todo soluto que seja menos volátil que a sua fase móvel. • A maioria dos outros tipos de detectores se restringe à detecção de substâncias com propriedades físico-químicas definidas, ao uso de um número limitado de solventes (por exemplo, sem absorção no UV entre 200 e 400 nm), ou ao uso de eluição isocrática. • O ELSD pode ser utilizado com eluição isocrática, com gradientes complexos de eluição • E também para a detecção de qualquer tipo de substância menos volátil do que o eluente. 5
  • 6. • O princípio de operação de um ELSD envolve 3 etapas (Figura 2): • Nebulização; • Evaporação; • Detecção. Princípios da Técnica 6
  • 7. Figura 2: Esquema de um detector de espalhamento de luz evaporativo 7
  • 8. Nebulização • É a primeira etapa do mecanismo de detecção por ELSD e é a mais importante para se ter sucesso quando do uso deste detector; • O eluente carregando a amostra sai da coluna cromatográfica e entra em uma câmara de nebulização; • O gás nebulizador transforma o eluente em um aerossol; Obs. : O gás nebulizador pode ser nitrogênio ou hélio, sendo estes os mais utilizados. 8
  • 9. Evaporação • A segunda etapa inicia quando as gotículas de eluente e de analito são arrastadas pelo fluxo de gás para um tubo aquecido (drift tube), ocorrendo a evaporação da fase móvel, permanecendo somente as partículas do analito no gás carregador; • Nesta etapa, a escolha de temperatura adequada de evaporação é essencial na qual deve ser estabelecida de acordo com a volatilidade do analito e da fase móvel. São normalmente fixadas entre 30 e 100 °C; • Em cromatografia de fase reversa as condições iniciais do gradiente são fatores limitantes; 9
  • 10. Evaporação • Se for utilizada uma temperatura muito baixa, alguns solventes podem entrar no detector na forma líquida resultando em ruído ou sinais pontiagudos na linha de base, tornando impossível uma análise mais precisa; • No caso de altas temperaturas pode ocorrer uma diminuição na sensibilidade do ELSD se forem analisados compostos parcialmente voláteis; • O tamanho das partículas que entram no detector após a evaporação depende do diâmetro das gotículas, bem como da concentração e da densidade do analito. 10
  • 11. Detector • O detector que mede a quantidade de luz espalhada é composto: • fonte de luz • fotomultiplicador ou fotodiodo (fornece um sinal de resposta) • O uso de luz monocromática não parece ser significativamente vantajoso, porém a utilização de radiação luminosa de comprimentos de onda mais curtos geralmente melhora a sensibilidade dos detectores. • A quantidade de luz dispersada é controlada pelo diâmetro da partícula, pelo comprimento de onda da luz e pelo ângulo da luz espalhada. 11
  • 12. Parâmetros que influenciam nas respostas • A distribuição do tamanho das partículas formadas no aerossol é variável e depende da natureza do solvente utilizado; • Além disso, a quantidade de luz espalhada depende fortemente da absortividade molar do soluto; • Para este detector não existem requisitos especiais para o comprimento de onda da fonte luminosa; em alguns instrumentos comerciais, é utilizada simplesmente uma lâmpada de retroprojetor; • A temperatura do drift tube e o fluxo do gás nebulizador, são importantes para uma resposta melhor tornando-se necessária a otimização destas condições e a calibração do instrumento. 12
  • 13. Vantagens • Um ELSD pode ser usado com a maioria dos solventes para se otimizar a seletividade na separação, além de sua utilização ser altamente flexível, já que pode ser alterado de um modo de análise para outro (normal ou reverso); • Uma vez que o instrumento foi aquecido e está em execução, o desvio que ocorre na linha de base é muito pequeno durante a análise, mesmo com mudanças abruptas na composição do solvente; • A maioria dos solventes orgânicos como acetona e clorofórmio, por exemplo, pode ser usado com este detector, além de poderem ser utilizados com mais de 20% de água em um gradiente e, também, conter pequenas espécies iônicas; • O limite de detecção depende, de certa forma, da natureza da fase móvel, da natureza da amostra e da especificidade do instrumento. 13
  • 14. Vantagens • Possui uma habilidade em detectar quase todas as classes de compostos, independentemente de suas propriedades físicas ou químicas, o que torna esta técnica versátil e robusta; • Não é afetado por mudanças na temperatura ambiente, é de fácil operação e quase não necessita de manutenção; • Podem ser feitos ajustes rápidos, que são muitas vezes necessários durante o desenvolvimento de um método; • A sensibilidade dos instrumentos mais recentes é equivalente à dos detectores de índice de refração e é ainda melhor do que a dos detectores de ionização em chama, ou dos detectores de UV operando em baixos comprimentos de onda. 14
  • 15. Vantagens • Apesar de ser um detector destrutivo devido à perda de amostra, é possível inserir um divisor de fluxo entre o final da coluna e a entrada do detector, no qual grande parte da amostra poderá ser desviada e recuperada. Desta forma, o detector torna-se uma excelente ferramenta de pesquisa, uma vez que a amostra pode ser facilmente coletada ou redirecionada para outros detectores, como para um espectrômetro de massas, por exemplo. 15
  • 16. Figura 3: Variedades de compostos naturais analisados por compostos orgânicos. Fonte: ISIknowledge, pesquisa realizada no período de abril- maio de 2011. 16
  • 17. Desvantagens • Alguns dos fatores limitantes para o uso do ELSD se referem a sua restrição quanto à volatilidade da fase móvel e do analito. • Como caracteristica a fase móvel deve ser completamente volátil ou, então, resíduos irão se depositar na câmara de aquecimento e bloquearão a célula óptica; • Reagentes com pareamento de íons, modificadores não voláteis, ácidos, bases e tampões não podem ser usados em ELSD; • Dentre alguns modificadores voláteis que são aceitáveis temos os ácidos, acético, fórmico e trifluoroacético. 17
  • 18. Desvantagens • Compostos que estejam em concentrações muito baixas, a um nível de ng/mL, poderão não ser detectados (o limite de quantificação deve ser acima de 0,1 μg/mL). Contornamos com uma pré-concentração da amostra e uma limpeza prévia para a retirada de interferentes • O detector por espalhamento de luz é destrutivo e, portanto, deve ser o último em linha se for usado em série com outros detectores. • É necessário um compressor de ar que seja capaz de fornecer 5 L/min de ar comprimido filtrado, ou seja, um cilindro padrão de ar ou nitrogênio é esvaziado entre 4 e 8 h. O fluxo de ar que contém o solvente que foi evaporado deve ser conduzido para fora do laboratório ou para um exaustor. 18
  • 19. Referências • Urano, R. M. P.; Rodrigues, F. T.; Berlinck, R. G. S.; Quim. Nova, Vol. 35, No. 6 1198-1208, 2012 • Gonzalez, M. H.; Bianchi, R. S.; Pereira, C. D.; Cassiano, N. M,; Bezerra, Q. C.; Scientia Chromatographica 2011; 3(4):315-325 . 19