O documento discute a história, características, sinais e sintomas, tratamento e curiosidades sobre o HPV. Ele descreve como o HPV já era conhecido na antiguidade, mas foi melhor estudado nos últimos séculos. O documento também explica como o HPV pode causar verrugas genitais e raramente lesões em outras áreas, e como o tratamento inclui cauterização e vacinas.
3. Apesar de estar em grande destaque atualmente, essa doença já era
conhecida na Antiguidade. Reconhecida inicialmente por Hipócrates
(460-377 A.C.), foi depois descrita como verrugas da pele, na Era
Romana (Celsus 25 D.C.). Embora houvesse relatos de sua ocorrência
na Idade Média, naquela época não existia distinção entre as
diversas doenças sexualmente transmissíveis. No século XVIII,
chegou a ser confundida com manifestações da sífilis e,
posteriormente, com a gonorreia. Foi no século XX que apareceram
evidências de que as verrugas eram causadas por um vírus. Nos
últimos 30 anos, estudos mais específicos revelaram que essas
verrugas são causadas pelo HPV. Ficamos sabendo sobre a relação
entre o HPV e o câncer do colo uterino e que o herpes vírus,
inicialmente estudado, não tinha participação na origem desse
tumor apenas nos últimos 20 anos.
5. A característica mais comum do HPV no homem é o aparecimento de
verrugas no pênis, embora a maioria das vezes ele passe despercebido e
sem sinais clínicos aparentes. A contaminação por HPV ocorre na pele e
mucosa, podendo ser encontrada em sua forma clínica verrucosa nos
genitais, na uretra, na região anal, na orofaringe, na árvore respiratória,
além de em outros locais. Os HPV genitais são transmitidos por meio das
relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e
ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos
vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções
subclínicas são encontradas no colo do útero. Na maior parte dos casos,
as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem
espontaneamente.
7. Os sintomas do HPV podem surgir tanto no homem, como na mulher,
mas são mais facilmente observados no homem devido a anatomia
masculina, que facilita a observação de pequenas verrugas na região
íntima.
As verrugas características do HPV podem aparecer na região genital
masculina ou feminina ou até mesmo na boca, afetando a garganta
ou a língua. O período de incubação do vírus HPV é geralmente de 3 a
4 meses, mas pode demorar até 2 anos para se manifestar.
No entanto, o vírus do HPV pode estar presente, mesmo não tendo
verrugas visíveis e por isso muitas vezes o paciente só descobre que
possui HPV através do exame microscópico. Sempre que o homem
apresentar HPV, sua parceira sexual deverá ser examinada, devido o
risco de desenvolvimento de câncer de colo de útero.
9. Os tratamentos são diversos e dependem do caso. Para a eliminação das
verrugas, geralmente é usado o método da cauterização química ou
elétrica. Em outras situações, pode ser recomendado o uso de cremes e
medicamentos via oral que têm ação imunológica protetora das
células. Como o HPV geralmente é transmitido através da relação sexual, o
uso do preservativo diminui consideravelmente a possibilidade de
transmissão do vírus, apesar de não evitá-la totalmente. Por isso,
usar camisinha é recomendado inclusive entre parceiros casados. O
urologista aconselha, ainda, evitar o tabagismo e o uso de drogas que
podem interferir negativamente no sistema imunológico, facilitando a
infecção por HPV. A multiplicidade de parceiros sexuais também favorece a
transmissão do vírus. Por fim, é importante lembrar que já existem vacinas
contra o HPV capazes de proteger dos tipos de vírus mais presentes no
câncer de colo de útero. Mas, por enquanto, essas vacinas não estão
disponíveis na rede pública de saúde brasileira. Sua inclusão no Programa
Nacional de Imunização (PNI) ainda está sendo estudada pelo Ministério da
Saúde.
11. Compartilhar o sabonete pode transmitir o HPV
O vírus pode se alojar nas toalhas, nas roupas íntimas e no sabonete e ser
transmitido pelo uso comum desses objetos.
Vacina contra HPV é menos benéfica com a idade
A vacina para o papiloma humano é recomendada dos nove anos até os 26 anos,
quando sua eficiência é maior. Mulheres com mais de 40 anos têm pouca
probabilidade de se beneficiarem da vacina contra o vírus.
HPV é associado a 75% dos casos de câncer de pênis
Pesquisa divulgada pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) mostra que o HPV,
juntamente com a má higiene do pênis e associada à presença de fimose, costuma
provocar grande parte dos casos do câncer no órgão genital masculino. Caso a
parceira seja diagnosticada com a doença, mesmo que não haja marcas no pênis, o
homem precisa realizar um exame preventivo para saber se está contaminado.
Entre essas e outras informações, o certo é que existem dois métodos de
prevenção: o uso da camisinha em relações sexuais e a vacina.
O Laboratório Amplicon disponibiliza testes moleculares utilizando técnicas
sensíveis e aperfeiçoadas de análises que permite identificar o HPV e o tipo do
vírus e, com isso, acelerar o tratamento da doença.